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1 Maria Eduarda Mendes 103 MOTRICIDADE III Resumo • Manobra de Gauess (levantar do miopata) - presente na síndrome motora, numa distrofia muscular progressiva ➢ Alterações musculares temos diminuição de força proximal, enquanto nas neuropatias periféricas tem uma perda de força mais distal. • Avaliação dos reflexos profundos inclui o clônus, que pode aparecer na fase crônica ada síndrome piramidal quando temos hiperrreflexia. • Sinal De Babinski – presente na síndrome piramidal (mas na fase aguda podemos ter ou não, mas na maioria das vezes temos) • Manobra do pronador/ dos braços estendidos/ de Miganzzini dos membros superiores – Fazemos pra avaliar força muscular, e nela vemos a avaliação de déficits mínimos de força. • Vemos uma hipotonia – Pernas em rotação externa, postura passiva, vemos isso na inspeção. ➔ Temos exame de coordenação; estática e marcha COORDENAÇÃO • Atividade motora ordenada, regular e harmônica. • Preservação da força muscular é pré-requisito para a manutenção da coordenação. 2 Maria Eduarda Mendes 103 • Cerebelo – centro da coordenação motora, não faz a força, não faz a ação, mas coordena os movimentos, sem ele nossos movimentos seriam atáxicos (sem ordem) Cerebelo Centro Integrador • Vias e Estruturas que entram em contato com o cerebelo ➢ Trato Corticoespinhal ➢ Núcleos Vestibulares ➢ Núcleo Rubro ➢ Núcleo Olivar Inferior ➢ Medula Espinhal ➢ Tálamo ➢ Ponte 3 Maria Eduarda Mendes 103 Delimitações e Relações Anatômicas Corpo caloso Tronco Cerebral (Mesencéfalo, Ponte, Bulbo) Cerebelo Delimitações do cerebelo: ➢ Superior: tenda do cerebelo ➢ Frente: tronco cerebral ➢ Atras: fossa posterior OBS: As vias cerebelares tem duplo cruzamento dentro do próprio cerebelo, assim se eu tenho uma lesão do hemisfério cerebelar esquerod a alteração clinica vai ser a esquerda (diferentes da via piramidal) 4 Maria Eduarda Mendes 103 Divisão Anatômica ➢ Lesão no verme: clinica de ataxia de tronco, alteração de marcha ➢ Lesão nos hemisférios: alteração mais apendicular, membros superior/ inferior Divisão Filogenética Arquicerebelo: • Lobo Floculo Nodular - parte mais primitiva do cerebelo • Controla Equilíbrio e movimentos oculares http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiqyreI_onMAhXHGZAKHaYAAWcQjRwIBw&url=http://www.auladeanatomia.com/neurologia/cerebelo.htm&psig=AFQjCNE93gn2NSvQCZSN0RfvNShWCxxwmw&ust=1460580884320718 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjviOTKgorMAhUKCpAKHW0UAMEQjRwIBw&url=http://slideplayer.es/slide/8090724/&psig=AFQjCNE93gn2NSvQCZSN0RfvNShWCxxwmw&ust=1460580884320718 5 Maria Eduarda Mendes 103 Paleocerebelo: • Vermis - região do centro • Controla tônus e Movimentos axiais Neocerebelo: • Hemisférios cerebelares • Planejamento Motor e Movimentos Finos OBS: funções do cerebelo: equilibro, coordenação, tônus Divisão funcional do Cerebelo Vestibulocerebelo: • LOBO FLÓCULO NODULAR (equilíbrio e mov. Oculares) Espinocerebelo: • VÉRMIS – ZONA INTERMÉDIA DOS HEMISFÉRIOS (eq. Postura) Cerebrocerebelo: • Zona Lateral dos hemisférios e conexões com o córtex (eq. e coordenação apendicular) 6 Maria Eduarda Mendes 103 Tontura: se sente sem equilíbrio Vertigem: sensação das coisas rodarem Tremor: O essencial é mais simétrico, bilateral, baixa amplitude e não tem mais sintomas neurológicos – esse é fisiológico ➢ Tremor cerebelar: Tremor de ação, quando o paciente via fazer o movimento o tremor aparece, tem maior amplitude. Paciente cerbelar tem fala escandiva: fala silabando Marcha: anda sem equilíbrio, em zigue-zague, fica caindo, como se estivesse bêbado Sinal focal vai ser uma alteração cerebelar Principais Grupos de Enfermidades Prevalentes do Sistema Nervoso • Doença Vascular encefálica • Neoplasias • Cefaleias • Doenças desmielinizantes - esclerose múltipla 7 Maria Eduarda Mendes 103 • Doenças Neurodegenerativas • Doenças Autoimunes • Doenças Infecciosas e parasitárias - cerebelite • Intoxicações – álcool, • Traumatismos Alterações de Coordenação Essas alterações de coordenação = Ataxia Região Anatômica Manifestações Clínicas Hipóteses Diagnósticas Hemisfério Cerebelar esq. ou direito Ataxia apendicular AVC, neoplasias, EM Vérmis Ataxia axial, disartria Degeneração cerebelar alcoólica, neoplasias Lóbulo Flóculo- nodular Nistagmo, desequilíbrio AVC, neoplasias Pancerebelar (pega todo cerebelo) Combinações das descritas acima Degeneração cerebelar paraneoplásicas, doenças genéticas (ataxias espinocerebelares), medicamentos. 8 Maria Eduarda Mendes 103 OBS: Alteração cerebelar pelo álcool pode causar ataxia apendicular ou axial EXAME DA COORDENAÇÃO MOTORA DINÂMICA: Realizado através das seguintes manobras: • Membros superiores: manobra dedo-nariz, movimentos alternos, stewart-holmes. • Membros inferiores: manobra calcanhar joelho. • Tronco: sinergismo muscular de tronco e membro. Prova dedo nariz: • Braço em extensão e abdução, peça que coloque a ponta do dedo indicador na ponta do nariz. • Realizar com olhos abertos e fechados. • Pode fazer um e depois o outro lado, ou os dois juntos • Observar se ele decompõe o movimento até tocar a ponta do nariz, ou se tem um tremor que se acentua conforme se aproxima do nariz Prova de Stewart-Holmes (Rechaço) • Paciente sentado, flexão do antebraço contra a resistência oposta pelo examinador, que bruscamente interrompe o movimento, se ele não controlar essa força e se golpear (tem alguma alteração) 9 Maria Eduarda Mendes 103 Movimentos alternados/ Movimentos alternos rápidos • Paciente realiza sucessivamente movimentos de pronação e supinação das mãos (DIADOCOCINESIA). Prova calcanhar joelho: • Peça ao paciente que coloque o calcanhar no joelho oposto e depois voltar pra base. • Para sensibilizar essa manobra = tornar ela mais evidente, eu peço pro paciente colocar o calcanhar no joelho oposto e deslizar o calcanhar na perna e voltar pra base. Sinergia De Tronco E Membros • Coloque o paciente em decúbito dorsal, peça que cruze as mãos sobre o peito e sente. • Estamos avaliando uma alteração axial • Paciente normalmente faz um gancho com os nervos inferiores e senta (sinergismo de tronco e membros) • Paciente com alteração cerebelar: quando ele levanta o tronco pra sentar ele levanta as pernas e fica como uma gangorra (asinergismo de tronco e membros) 10 Maria Eduarda Mendes 103 Alterações da Coordenação: • Dismetria ➢ Quando peço pro paciente colocar a ponta do dedo no nariz, se ele acerta o alvo (eumetria), se ele erra o alvo (dismetria) ➢ Na dedo-nariz e na calcanhar joelho ➢ As vezes pra acertar o alvo ele diminui a velocidade, assi devemos pedir pro paciente fazer mais rápido tbm • Disdiadococinesia ➢ Alteração nos movimentos alternos rápidos – enquanto uma mão ta pra cima outra tá pra baixo • Assinergismo de tronco e membros ➢ Na manobra de sinergia, na hora de sentar eleva tronco e pernas a mesmo tempo, como uma gangorra • Marcha atáxica ebriosa ➢ Marcha em zigue-zague, não anda e linha reta ➢ Abre a base de sustentação • Nistagmo ➢ Movimento rítmico dos olhos, como se estivessem tremendo. • Disartira ➢ Fala escandida - silabada • Macrografia ➢ Começa a escrever cada vez maior, devido ao tremor • Tremor de ação ➢ Tremor quando vai fazer o movimento, que se intensifica ao se aproximar do alvo • Tremor cefálico11 Maria Eduarda Mendes 103 ESTÁTICA Mecanismos neurológicos envolvidos no equilíbrio estático: • Sistema motor precisa estar integro • Sensibilidade proprioceptiva – noção da posição segmentar, do meu corpo no meio • Visão • Cerebelo • Sistema vestibular ➔ Sensibilidade proprioceptiva + Visão + Sistema Vestibular = TRIPÉ DA ESTÁTICA Esses que mandam a informação do meio pro cérebro Pesquisa do equilíbrio / estática: Sinal de Romberg: • Paciente de pé, os braços ao longo do corpo, os pés unidos e 30s com olhos abertos e 30s com olhos fechados. observar se permanece sem se mover. ➢ Positividade da Prova: oscilações corpóreas com a queda em qualquer direção, pode só abrir a base tbm ➢ Romberg sensibilizado: pedir pra colocar um pé na frente do outro Sinal de Romberg pode caracterizar ➢ Distúrbios da sensibilidade profunda (Ex: Neuropatia diabética; neurosifilis) - alteração proprioceptiva, noção da posição segmentar Assim que fecha os olhos paciente já se desequilibra e pode cair pra qualquer um dos lados. ➢ Distúrbios Vestibulares (ex: labirintopatias) Na hora que fecha os olhos pode ter um período de latência, e ter a queda sempre pro mesmo lado – o lado da lesão (pois geralmente 12 Maria Eduarda Mendes 103 temos uma soma de forças de cada lado mantendo o equilíbrio, se temos a lesão de um lado o outro lado empurra pro lado lesado e o paciente cai) MARCHA • A marcha constitui a síntese de toda a motricidade do indivíduo. • É um ato fundamentalmente automático, porém ao longo do desenvolvimento motor passa por outras instâncias do sistema motor. • Pode ser: Reflexa – Voluntária – Automática ➢ Temo uma marcha reflexa até os 6meses, depois temos o aprendizado da marcha (voluntario) e dps automática. ➢ Voluntário tbm quando começamos a andar. ➢ Marcha começa quando o paciente bate o calcanhar no solo, e termina com o mesmo movimento. Mecanismos neurológicos envolvidos na marcha 1 – Sistema extrapiramidal (movimentos automáticos associados - braços balançando). 13 Maria Eduarda Mendes 103 2 – Labirinto: Equilíbrio Correção necessária para a posição da cabeça 3 – Visão: percepção espacial 4 – Sensibilidade Proprioceptiva: percepção do corpo e de suas partes (sentido de posição e movimento do corpo, onde estou pisando.) 5 – Sistema Piramidal: atitude ereta; mudanças na marcha (começar, acelerar a andar, pode ate andar rápido involuntariamente) Exame de Marcha Observar: • Início da marcha (colocar ele sentado e pedir pra levantar e andar, Parkinson – levanta lento e começa a andar lento) • Posição do eixo do corpo (vemos a postura, ereta, em antero-flexao, rígida) • Movimentos associados dos braços (se perdeu esses movimentos) • Direção e trajeto (vai reto, em zigue-zague) • Mudanças rápidas de trajeto (peço pra ele andar pra frente e depois voltar, como muda o trajeto, vira normal ou em bloco) • Movimento de elevação da coxa (eleva mais – fraqueza distal, neuropatias periféricas) • Movimento de dorsiflexão do pé (flexiona ou o pé é caído) • Tônus do membro inferior 14 Maria Eduarda Mendes 103 Posso pedir pro paciente: ➢ ANDAR EM TANDEM – um pé na frente do outro ➢ ANDAR NA PONTA DOS PÉS ➢ ANDAR NOS CALCANHARES Definição dos Termos • Astasia – impossibilidade de manter-se de pé • Abasia – impossibilidade de andar • Astasioabasia – não fica em pé nem anda • Disbasia – dificuldade de andar (alguma dificuldade) • Ataxia – perda de coordenação dos movimentos Marchas Patológicas Hemiplégica/ Hemiparética /Ceifante/Helicópode Tipo de lesão: Piramidal ➢ Exp: lesão piramidal na capsula interna a direita, vai ter hemiparesia a esquerda, hipertonia seletiva de musculatura flexora dos superior e extensora do inferior, postura de Wernick-man. Para-parética espástica: Tipo de lesão: Piramidal bilateral ➢ Crianças com paralisa cerebral, flexão bilateral dos superiores e extensão bilateral dos inferiores 15 Maria Eduarda Mendes 103 Escarvante: Tipo de lesão: Alteração do nervo periférico (paralisia do nervo fibular ou ciático poplíteo externo, e polineuropatias) ➢ Podem ser bilaterais ou unilaterais Marcha Parkinsoniana: Tipo de lesão: Extrapiramidal (Doença de Parkinson) ➢ Paciente rígido, postura em antero-flexao, lentificação pra andar, perde movimento automatico do braço – fica colado no corpo, tremor se acentua na hora da marcha, tem passos curtos e pode ter acelaração involuntaria – festinação, tem dificuldade para parar os movimentos e para trocar a direção faz isso em blocos Cordonal/Tabética (Atáxica): Tipo de lesão: cordão posterior da medula (neurosifilis, mielopatia do hiv, neuropatia diabética) ➢ Paciente perde a noção da posição segmentar e ai ele bate mais forte no solo com o calcanhar para ter essa noção de posição, abre a base de sustentação Marcha Cerebelar/ebriosa (Atáxica) Tipo de lesão: cerebelar ➢ Abre a base de sustentação, anda em zigue- zague 16 Maria Eduarda Mendes 103 Anserina (pato) Tipos de lesão: miopatia ➢ Na miopatia temos mais fraqueza proximal eu distal, paciente tem hiperlordose, faz rotação acentuada do quadril, chuta a perna. Petit pas / Pequenos passos Tipo de lesão: atrofia cortical (pode ser do idoso normla, ou de dementes) ➢ Arrasta a sola dos pés, pequenos passos
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