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GUIA DE HABILIDADES Versão 2 (abril/2021) TERESINA-PI 2021 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM REITOR Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes VICE-REITOR Prof. Dr. Viriato Campelo DIRETORA DO CCS Profa. Dra. Kelly Palombit CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Profa. Dra. Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM Profa. Dra. Francisca Tereza de Galiza COORDENAÇÃO DO LABORATÓRIO SIMENFS Profa. Dra. Chrystiany Plácido de Brito Vieira (Coordenadora) Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade (Subcoordenadora) TÉCNICAS DO LABORATÓRIO Maria Lina do Nascimento Martins Rosângela Aguiar Vilanova Silvana Maria Vasconcelos Sousa Silvia Araújo da Silva Última revisão: abril/2021* Elaborado pela Coordenação do LABSIMENFS GESTÃO 2018-2022. * Considerando o contexto da Pandemia e seguindo as orientações do Guia de Recomendações e Procedimentos para a Retomada Gradual das Atividades Presenciais do Departamento de Enfermagem (Versão 1 20.03.2021), elaborado pelo GTAERGAPDepenf/CCS/UFPI, e o Manual de Normas e Rotinas de Funcionamento e Biossegurança do LABSIMENFS. Elaborado pela coordenação do LABSIMENFS Gestão 2018-2022. Revisado em abril/2021. 2 SUMÁRIO 1. Anamnese ............................................................................................... 2. Administração de medicação via intramuscular ...................................... 3. Administração de medicação via intravenosa ......................................... 4. Administração de medicação via subcutânea ......................................... 5. Administração de medicação via ocular ................................................. 6. Administração de medicação via oral ..................................................... 7. Administração de medicação via nasal ................................................... 8. Administração de medicação via retal .................................................... 9. Administração de nutrição enteral .......................................................... 10. Administração de nutrição parenteral total ............................................. 11. Administração de sangue total e hemocomponentes ............................. 12. Antissepsia cirúrgica das mãos .............................................................. 13. Aspiração de secreção oral e nasal ........................................................ 14. Aspiração nasotraqueal de pacientes intubados e traqueostomizados .. 15. Assistência de enfermagem ao parto vaginal sem intercorrências ......... 16. Ausculta fetal intermitente ....................................................................... 17. Avaliação puerperal ................................................................................ 18. Banho no leito ......................................................................................... 19. Cateterismo venoso periférico ................................................................ 20. Coleta de hemocultura ............................................................................ 21. Coleta de gasometria arterial .................................................................. 22. Coleta de material para citopatologia oncótica (papanicolau) ................ 23. Coleta de urocultura ................................................................................ 24. Calçar e remover luva de procedimento ................................................. 25. Calçar e remover luva estéril .................................................................. 26. Colocação e retirada de avental ou capote ............................................ 27. Colocação e retirada de gorro ou touca .................................................. 28. Colocação e retirada de máscara cirúrgica ............................................ 29. Colocação e retirada de máscara de proteção respiratória .................... 30. Colocação e retirada de óculos de proteção ou protetor facial ............... 31. Cuidados com o corpo pós-morte ........................................................... 32. Curativo em cateter venoso central ........................................................ 33. Curativo de ferida aberta ........................................................................ 34. Curativo de ferida cirúrgica limpa ........................................................... 35. Curativo para retirada de cateter venoso central ................................... 36. Exame da cabeça e do pescoço ............................................................. 37. Exame das mamas ................................................................................. 38. Exame do sistema cardiovascular .......................................................... 39. Exame do sistema gastrointestinal ......................................................... 40. Exame do sistema genital feminino ........................................................ 41. Exame do sistema genital masculino ...................................................... 42. Exame do sistema hemolinfopoiético ..................................................... 43. Exame do sistema musculoesquelético .................................................. 44. Exame do sistema neurológico ............................................................... 45. Exame do sistema nutricional e hidratação ............................................ 46. Exame do sistema respiratório ............................................................... 47. Exame do sistema urinário ..................................................................... 48. Exame físico geral .................................................................................. 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 33 36 38 40 44 47 49 52 54 57 59 60 61 62 63 65 66 68 70 74 76 78 81 84 87 94 97 100 103 108 118 120 123 126 3 49. Glicemia capilar ...................................................................................... 50. Higienização simples das mãos .............................................................. 51. Higienização antisséptica das mãos ....................................................... 52. Higienização antisséptica das mãos (com preparações alcoólicas) ....... 53. Higiene íntima ......................................................................................... 54. Higiene oral ............................................................................................. 55. Lavagem gástrica .................................................................................... 56. Lavagem intestinal .................................................................................. 57. Medida da altura uterina ......................................................................... 58. Mudança de decúbito .............................................................................. 59. Nebulização ............................................................................................ 60. Orientações para colocação e retirada de EPI’s ..................................... 61. Oxigenoterapia por cateter nasal ............................................................ 62. Palpação obstétrica ................................................................................ 63. Retirada de pontos em incisão cirúrgica ................................................. 64. Retirada de sonda nasogástrica e nasoenteral ...................................... 65. Retirada de sonda vesical de demora .................................................... 66. Sondagem nasogástrica e nasoenteral .................................................. 67. Sondagem vesical ...................................................................................68. Soroterapia ............................................................................................. 69. Técnicas básicas do exame físico .......................................................... 70. Verificação de medidas antropométricas ................................................ 71. Verificação de pulso ................................................................................ 72. Verificação de pressão arterial ............................................................... 73. Verificação da respiração ....................................................................... 74. Verificação de temperatura ..................................................................... REFERÊNCIAS ...................................................................................... 130 132 133 135 137 139 141 143 146 147 149 151 152 154 155 158 160 162 164 168 170 174 180 182 185 186 189 4 1.ANAMNESE Habilidade a ser desenvolvida: Anamnese de enfermagem. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; desenvolver comunicação adequada, tanto a verbal como a não verbal; conhecer termos semiotécnicos. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Prontuário do paciente; Fichas próprias/ Histórico de Enfermagem; Biombo S/N; Bloco de anotações e caneta. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento; Esclarecer as dúvidas ou falhas no entendimento; Reduzir o nível de ansiedade do paciente; Estabelecer relação interpessoal; Ambiente com privacidade, temperatura e iluminação adequadas. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar os EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 5 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente. Providenciar privacidade para o paciente; Chamar o paciente pelo nome; Iniciar a entrevista propriamente dita perguntando “Como o (a) senhor (a) está?”; Encorajar e estimular o paciente a expressar a percepção que possui de sua história de saúde; Direcionar a abordagem para outras áreas, para ter uma visão global do paciente: motivo da internação e/ou queixa principal (motivo da procura da assistência e descrição dos sintomas que apresenta com início, localização, intensidade, fatores que agravam e aliviam os sintomas); presença de doenças e tratamentos anteriores e alergias (descrição resumida de doenças crônicas; motivo de hospitalizações e/ou cirurgias anteriores; alergias a medicamentos e alimentos); antecedentes familiares (estado de saúde dos familiares diretos e causa da morte de familiares); uso de medicamentos (relação dos medicamentos que tomou ou toma e outras substâncias); existência de fatores de risco (relato de consumo de álcool, fumo ou drogas com quantidade, frequência, idade de início e quando parou, se for o caso); hábitos e costumes (relato das condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e repouso, atividades físicas, atividade sexual, lazer e eliminações); Fechar a entrevista conscientizando que está terminando, dando a oportunidade para o paciente expor algo que não tenha sido abordado e que julgue importante; Fazer um resumo dos dados colhidos, para assegurar a compreensão e a clareza das informações; Esclarecer dúvidas; 6 Estabelecer metas conjuntas quanto ao planejamento da assistência de enfermagem; Guardar o material e deixar o paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir. Realizar todas as anotações de enfermagem. 2. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos ou imunobiológicos via intramuscular. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia muscular do organismo; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 5 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Prontuário do paciente com a medicação prescrita pelo médico; Luvas de procedimentos; Ampola de medicação ou frasco; Seringa de 3 ou 5 ml; Agulha indicada (calibre 25x7,0/ 30x8,0 ou outra conforme a medicação); Álcool 70%; Algodão; Biombo S/N; Cuba rim. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 7 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Conferir a prescrição médica: nome do paciente, enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, horário e data; Preparar de maneira asséptica e correta a dose de medicação conforme prescrição médica; Conferir o rótulo da medicação com a ficha de medicamentos duas vezes; Explicar o procedimento ao paciente e dizer que a infusão do medicamento pode lhe causar um pequeno desconforto; Comparar os rótulos dos medicamentos com a ficha do paciente no seu leito; Expor apenas a região em que será aplicada a injeção; Realizar a limpeza das mãos e calçar luvas de procedimentos; Inspecionar a região muscular indicada para injeção e verifique a sua integridade, ausência de dor ou endurecimento; Auxiliar o paciente a ficar em uma posição confortável, dependendo da região da injeção; Limpar a região com algodão e álcool 70%; 8 Inserir a agulha no músculo em um movimento suave e constante, segurando a pele com a mão não dominante. Puxe o embolo da seringa, se não houver retorno de sangue, injete o medicamento lentamente; Após a aplicação, despreze a agulha em local apropriado (caixa pérfurocortante) e despreze também os outros materiais utilizados; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 3.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAVENOSA Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicação por via intravenosa. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede venosa humana; reconhecer a farmacologia das medicações administradas bem como os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 5 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Seringa de 10ml ou 20ml; Agulhas 40x12; Equipo de soro S/N; Equipo para bomba de infusão S/N; Algodão com álcool a 70%; Scalp nº 21 ou 23, cateter periférico (Jelco nº 18, 20, 22); Polifix e torneirinha; Ampola de diluente, frasco ou bolsa comsolução prescrita; 9 Luvas de procedimento e EPI’s; Garrote; Suporte para soro; Bandeja; Bomba de infusão S/N. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Conferir a prescrição médica: nome do paciente, enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, horário e data; Remover o plástico protetor da bolsa ou frasco de solução; Fazer a inspeção do frasco para observar possíveis partículas, alteração da cor, rachaduras ou vazamentos, e data da validade da solução; Preparar a etiqueta de identificação conforme prescrição, com nome, enfermaria e leito do paciente. Anotar a data, a hora e o nome de quem preparou, início e fim da infusão. Ao colocar a 10 etiqueta de identificação no frasco, lembre-se que ao pendurá- lo, este será invertido; Realizar a desinfecção da ampola/frasco com álcool a 70%, abrir a ampola ou frasco de medicamentos ou eletrólitos, aspirar com seringa. Realizar a desinfecção do injetor lateral, torneira ou frasco de soro com álcool a 70% e introduzir a medicação aspirada no frasco da solução; Adaptar o frasco ao equipo e instalar no paciente, controlando o fluxo da infusão; Observar o paciente para sinais/sintomas de reações adversas ao medicamento ou solução; Guardar o material e deixar paciente confortável. Higienizar as mãos. Agradecer ao paciente e se despedir. Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 4.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos e/ou imunobiológicos no tecido subcutâneo. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do tecido subcutâneo do organismo; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 5 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Seringa de 1ml ou 3ml; Luvas de procedimentos; Agulhas indicadas (calibre 13 x 4,5); 11 Ampola de medicação ou frasco; Álcool 70%; Algodão; Biombo S/N; Cuba rim. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Conferir a prescrição médica: nome do paciente, enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, horário e data; Preparar de maneira asséptica e correta a dose de medicação conforme prescrição médica; Conferir o rótulo da medicação com a ficha de medicamentos duas vezes; Comparar os rótulos dos medicamentos com a ficha do paciente no seu leito; Usar o biombo ou fechar a porta; 12 Expor apenas a região que será aplicada a injeção; Realizar a limpeza das mãos e colocar as luvas de procedimentos; Inspecionar a região de aplicação subcutânea; Estender firmemente a pele através do local da injeção ou pinçar a pele com a mão não dominante; Inserir agulha de forma rápida e firmar em ângulo de 45° a 90°; e depois liberar a pele. Injetar lentamente o medicamento; Após a aplicação, desprezar a agulha em local apropriado (caixa de pérfurocortante); Desprezar luvas e organizar o ambiente; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 5.ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA OCULAR Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos por via ocular. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do olho humano; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 5 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Gazes ou lenço de papel; Cuba rim; Frasco ou pomada do medicamento; Luvas de procedimento. 13 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Verificar prescrição médica e checar o nome do paciente, medicamento, dosagem e horário e em qual globo ocular deve ser administrado; Colocar o paciente sentado ou deitado com o pescoço em ligeira hiperextensão; Calçar as luvas; Utilizar a técnica asséptica rigorosa quando instilar medicamento; Antes de se iniciar a colocação das gotas ou pomadas limpar os olhos de qualquer secreção com ajuda de uma gaze estéril; Para instilação de gotas de colírio: instilar o número de gotas prescritas a uma distância de 1 a 2 cm do saco conjuntival; se o paciente piscar ou se as gotas caírem fora repetir procedimento; Pedir ao paciente que feche os olhos; 14 Para instilação de creme oftálmico pedir ao paciente que olhe para o teto; Segurar o aplicador da pomada acima da pálpebra inferior, aplicar uma camada fina de pomada de maneira uniforme ao longo da borda interna da pálpebra inferior sobre a conjuntiva; Pedir ao paciente que feche os olhos e esfregue ligeiramente a pálpebra em movimentos circulares com ajuda da gaze; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 6.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos via oral. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Bandeja; Medicamento prescrito; Rótulo de identificação do medicamento; Copinho descartável; Copo com água, suco ou líquido de preferência; Canudo, se necessário; Macerador de comprimidos ou pilão (opcional); Papel toalha; Luva de procedimento, se necessário. 15 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente. Conferir a prescrição médica: nome do paciente, enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, horário e data; Preparar a medicação de um paciente por vez; Selecionar corretamente o medicamento, comparar o rótulo de identificação com a prescrição, conferir a data de validade, calcular a dose do medicamento (se necessário); Identificar o copinho com o rótulo; Colocar o medicamento no copinho sem tocá-lo, usar seringa ou medidor para os líquidos; Diluir o medicamento com água quando necessário; Levar a bandeja até o paciente e colocar sobre a mesa de cabeceira; Conferir a etiqueta com os dados do paciente; Colocar o paciente sentado ou em decúbito elevado (Posição de Fowler alta); 16 Entregar o copinho com a medicação e água; Aguardar o paciente a deglutir o medicamento; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 7. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA NASAL Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicação via nasal. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia das vias respiratórias superiores; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Bandeja; Lenços de papel ou gaze; Conta-gotas; Medicação prescrita; Luvas de procedimentos. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; 17 Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Verificar a prescrição médica, conferindo horário de aplicação do medicamento, nome do paciente, dosagem e em qual narina será aplicado; Inspecionar as condições do nariz e dos seios nasais, apalpando os seios nasais para verificar sua sensibilidade; Explicar o procedimento ao paciente quanto à posição e quanto às sensações que devem ser esperadas como, ardor ou sensação de picada da mucosa, ou ainda, sensação de choque quando o medicamento escorrer pela garganta; Instruir o paciente para assuar o nariz, a menos que seja contraindicado (por exemplo: risco de aumento da pressão intracraniana ou sangramentos nasais). Em seguida, solicitar ao paciente que limpe as narinas com lenço de papel; Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira; Para acesso à faringe posterior: solicitar ao paciente que incline a cabeça para trás; Para acesso ao seio etmóide ou esfenóide: colocar um travesseiro sob os ombros e inclinar a cabeça do paciente para trás; Para acesso aos seios frontais e maxilares: solicitar ao paciente que incline a cabeça para trás e para o lado que deve ser tratado; Pingar as gotas nas narinas sem tocar em suas paredes; 18 Orientar o paciente a permanecer na mesma posição entre 2 ou 3 minutos; Observar a reação do paciente e posicioná-lo novamente no leito, de acordo com sua necessidade; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 8. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA RETAL Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamento por via retal. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia da via gastrointestinal; reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Bandeja; Aplicador descartável S/N; Lubrificante; Gaze; Medicamento prescrito; Papel toalha; Comadre; Luva de procedimento/ máscara; Biombo; Impresso para anotar; Sonda retal S/N; 19 Forro impermeável; Lençol. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Checar no prontuário nome do paciente, leito, nome da droga, via, horário e data; Calçar luvas de procedimentos; Posicionar o paciente na posição de SIMS; Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze; Orientar o paciente que respire lenta e profundamente pela boca durante a introdução da medicação; Observar qualquer reação ou desconforto do paciente; Retirar as luvas; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 20 9.ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL Habilidade a ser desenvolvida: Administração de nutrição por via enteral (estômago/intestino delgado). Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; conhecer os cuidados com sonda nasogástrica e/ou nasoenteral, gastrostomia ou jejunostomia. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Luvas de procedimento; Frasco com nutrição enteral prescrita; Equipo próprio para nutrição enteral; Seringa de 20ml; Copo com água potável; Estetoscópio; Suporte de soro; Biombo. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem acontecer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Lero prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; 21 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Conferir a dieta com a prescrição médica e conferir todo material necessário; Calçar as luvas; Observar a integridade do frasco, aspecto e temperatura da dieta; Conectar o equipo ao frasco da dieta; Agitar o frasco contendo a fórmula e abrir a válvula reguladora do equipo para remover o ar; Explicar o procedimento ao paciente sempre que possível; Posicionar o paciente em posição “semi-Fowler” ou “Fowler”; Confirmar o posicionamento da sonda realizando aspiração com seringa de 20ml; Avaliar o local de inserção da sonda em caso de gastrostomia e jejunostomia; Auscultar os sons intestinais antes da administração da dieta; Conectar o equipo à sonda, dobrando-a para evitar a entrada de ar; Abrir o equipo deixando a dieta correr lentamente, conforme prescrição médica; Lavar a sonda com 20ml de água filtrada em “push”, pós término da dieta e fechar a sonda; Manter o paciente em decúbito elevado por 30 minutos; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; 22 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a aplicação do medicamento. 10. ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL Habilidade a ser desenvolvida: Administração de nutrição por via parenteral (NPT). Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Equipo para infusão de NPT; Bomba de infusão; Frasco de NPT; Luva estéril; Caso o paciente não tenha acesso central, reunir material para realização de acesso venoso central: bandeja de subclávia, pacote estéril para pequena cirurgia, cateter de subclávia, seringa de 10 e 20ml, fio cirúrgico nylon 4.0, PVPI tópico, lidocaína 2% sem vasoconstrictor, agulha 40x12, 25x7 ou 30x8, luvas estéreis 7,5 e 8,0, esparadrapo, soro fisiológico 0,9% e equipo de soro. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; 23 Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Conferir no prontuário a prescrição; Etiquetar o frasco da NPT com os dados do mesmo; Caso necessário, auxiliar o médico na punção de acesso venoso central e realizar curativo no local de inserção do cateter após a punção; Instalar a nutrição parenteral total, conforme prescrição médica, usando técnicas assépticas; Fazer programação da bomba de infusão para controle rigoroso do gotejamento; Realizar controle da bomba de infusão e gotejamento a cada 6 horas; Observar temperatura da nutrição parenteral, que deve estar em temperatura ambiente; Registrar horário de início e término da infusão; Observar: não adicionar outros elementos à infusão preparada. Conservar as soluções preparadas não utilizadas de imediato em refrigeradores e proteger contra a luz. Garantir que a solução de NPT seja infundida em 24h (temperatura ambiente). Utilizar a NPT refrigerada em até 48 horas de sua manipulação. Retirar o frasco refrigerador 2-3h antes do horário previsto para instalação. Observar a solução quanto ao aspecto; Trocar o equipo a cada infusão; 24 Interromper a infusão em caso de choque pirogênico; Manter acesso exclusivo para instalação de NPT; Realizar curativo no cateter com técnicas assépticas a cada 24h; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar todas as anotações de enfermagem e checar o procedimento. 11. ADMINISTRAÇÃO DE SANGUE TOTAL E HEMOCOMPONENTES Habilidade a ser desenvolvida: Administração de sangue total e hemocomponentes. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema circulatório, bem como, os efeitos terapêuticos e adversos da administração de hemocomponentes e derivados; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Garrote; Álcool 70%; Cateter intravenoso periférico nº 18 ou 20; Equipo para transfusão de sangue em y com filtro; Soro fisiológico; Hemoderivado prescrito; Luvas de procedimento; Avental; Protetor facial; Extensor com variação; 25 Bolsa de gelo (S/N); Algodão; Cuba rim; Suporte para soro. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Reunir o material; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Obter o consentimento do paciente/familiar; Coletar amostra do sangue do paciente; Obter e registrar os sinais vitais; Verificar prescrição médica; Obter o hemoderivado do banco de sangue. Inspecionar quanto à coloração anormal, turvação, coágulos ou ar em excesso. Ler as instruções no rótulo do produto no que concerne à estocagem e à infusão. Verificar a data de validade; Verificar a identificação do paciente: 26 a) Checar nome do paciente e data de nascimento, comparando tais informações com as do cartão de receptor que acompanha a bolsa e com a prescrição médica; b) Confirmar o resultado de testes sorológicos e a compatibilidade ABO e Rh comparando o rótulo e a etiqueta do frasco, o prontuário e a forma de transfusão; Higienizar as mãos novamente; Preparar o local da infusão. Escolher uma veia calibrosa que permita ao paciente certo grau de movimentação. Usar equipo específico para hemotransfusão, sendo um equipo diferente para cada bolsa de hemocomponente a ser transfundido; Atentar para que o início da transfusão não exceda 30 minutos após o recebimento da bolsa; Iniciar a infusão lentamente (2mL/min). Permanecer próximo ao leito do paciente e, se não houver sinais de efeitos adversos, aumentar o fluxo da infusão até o valor prescrito; Observar o paciente atentamente e verificar os sinais vitais de hora em hora até 1h após a transfusão. Relatar imediatamente qualquer sinal de efeito adverso para o médico responsável; Monitorar tempo e ritmo de perfusão, para que seu tempo máximo não ultrapasse o tempo permitido; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Realizar registro minucioso do procedimento, identificação dos profissionais responsáveis pelas conferências e pela infusão, além de dados sobre o produto, volume infundido e resposta imediata do paciente à transfusão. Em caso de reações transfusionais, notificar em impresso específico. 12. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS 27 Habilidade a ser desenvolvida: Antissepsia cirúrgica das mãos. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de antissepsia cirúrgica das mãos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Antissépticos; Escova com cerdas macias para escovação da pele; Compressa estéril. 2 - Preparar o ambiente: Verificar se possui todos os materiais necessários. 3 - Desenvolvimento da técnica: Reunir o material; Retirar todas as jóias e adornos (relógios, anéis, pulseiras e etc.); Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos, nessa ordem; Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com antisséptico, pressionar a parte da esponja contra a pele e espalhar por todas as partes; Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com limpador de unhas; Friccionar as mãos, ou escovar com a escova esterilizada, observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos; Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto-sensor; Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo 28 pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes dobras da toalha/compressa para regiões distintas; Observar a duração do procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante). 13. ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO ORAL E NASAL Habilidade a ser desenvolvida: Aspiração de via oral e nasal. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia de vias aéreas humana; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Fonte de oxigênio, ar comprimido ou vácuo; Válvulas de aspiração diferenciadas geralmente por meio das cores: verde – oxigênio, amarelo – ar comprimido e cinza – vácuo; Frasco coletor de vidro ou plástico; Intermediário de látex ou silicone; Sondas de aspiração de calibre adequado (adulto nº 12 a 18 e crianças de 08 a 12); Frasco de soro fisiológico a 0,9% de 250 ml; Luvas estéreis ou de procedimento; Pacote de gaze estéril; Copinho descartável de 50 ml; Água destilada estéril (ampola de 5 ml); Lubrificante hidrossolúvel estéril (para aspiração nasal); Saco de lixo para material contaminado; 29 Máscara descartável, óculos e avental (equipamentos de proteção individual – EPI); 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Posicionar o paciente; Providenciar privacidade para o paciente; Reunir o material; Escolher adequadamente o calibre da sonda, de acordo com as características físicas do cliente e tipo de secreção. Se o cliente tiver lesões orais, e a secreção estiver apenas na cavidade oral, utilizar sondas menores; Abrir pacote de sonda na extremidade distal da sonda de aspiração, adaptá-la ao intermediário, mantendo-a protegida dentro do invólucro; Calçar luva limpa, não-estéril; Abrir pacote de gaze estéril; Para inserção nasal da sonda, lubrificar a ponta da mesma com solução hidrossolúvel evitando, desta forma, traumatismos teciduais, não forçar a entrada da sonda. Se o cliente tossir, 30 deter a introdução da sonda e prosseguir com o movimento quando ele inalar; Clampear o intermediário e ajustar a pressão de sucção entre 80 e 120 mmHg. A manobra deve durar 15 segundos; Introduzir a sonda de aspiração na boca ou nariz, desclampear o intermediário, aspirar, utilizar movimentos rotatórios e retirando a sonda com cuidado; Deixar o cliente descansar por 20 a 30 segundos, antes de uma nova aspiração, a não ser que ele apresente desconforto respiratório. Instalar oxigenoterapia se prescrito; Se o cliente tiver condições, pedir para respirar profundamente e tossir entre aspirações; Repetir aspiração, avaliando sempre as condições do cliente; Desprezar a sonda, enrolando-a sobre a mão calçada com luva, puxando as luvas sobre a sonda e desprezando-as no saco de lixo; Introduzir a extremidade do intermediário de látex no copo descartável com soro fisiológico, aspirando em torno de 30 ml do mesmo para fazer a limpeza deste; Proteger a abertura do intermediário com uma gaze ou com invólucro estéril, podendo inclusive utilizar o pacote onde estava a sonda; Fechar a válvula da fonte de aspiração; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Fazer as anotações no prontuário do paciente. 14. ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL DE PACIENTES INTUBADOS E TRAQUEOSTOMIZADOS Habilidade a ser desenvolvida: Aspiração nasotraqueal de pacientes intubados e traqueostomizados. 31 Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a técnica de calçar luvas estéreis; conhecer a anatomia das vias aéreas; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Luvas estéreis e de procedimento; Máscara descartável; Óculos de proteção; Sonda de aspiração estéril; Sistema de aspiração (aspirador, frasco de aspirador e extensão de silicone); Soro fisiológico ou água destilada; Oxímetro de pulso; Fonte de oxigênio. 2 - Preparar o ambiente; Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Reunir o material; Colocar máscara descartável e os óculos; 32 Monitorar a frequência cardíaca e auscultar os sons respiratórios; Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou semi-fowler; Abrir assepticamente a sonda de aspiração e as luvas estéreis; Calçar as luvas estéreis. Considerar a mão dominante como estéril e a mão não dominante deverá ser considerada limpa enão estéril; Com a mão dominante pegar a sonda de aspiração e conectá- la ao tubo de silicone; Verificar se o equipamento está funcionando adequadamente colocando a sonda de aspiração no recipiente de soro fisiológico ou água destilada; Lubrificar a sonda de aspiração com soro fisiológico ou água destilada; Introduzir a sonda de aspiração delicadamente no tubo, e avançar a sonda suavemente inclinando e para baixo logo acima da entrada na traqueia. Inserir a sonda cerca se 16 a 20 cm (adulto); Aplicar a aspiração, girando delicadamente a sonda de aspiração enquanto retira-o. Não aspirar por mais de 15 segundos e nem exceder a aspiração a 120 mmHg. Encorajar o paciente a tossir; Lavar a sonda de aspiração com soro fisiológico ou água destilada após aspiração; Promover oxigênio ao paciente após cada aspiração; Repetir a aspiração quantas vezes for necessária, respeitando o intervalo entre uma aspiração e outra (intervalo deve ser de 20 a 30 segundos ou mediante estabilização dos sinais vitais – saturação, FC, FR); Após concluída aspiração traqueal, aspirar a cavidade bucal (bochechas e embaixo da língua); Descartar a sonda de aspiração e soro fisiológico ou água destilada em local apropriado; 33 Remover e descartar as luvas ao concluir a aspiração; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Fazer as anotações no prontuário do paciente. 15. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO VAGINAL SEM INTERCORRÊNCIAS Habilidade a ser desenvolvida: Assistência ao parto vaginal sem intercorrências. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; conhecer o desenvolvimento embrionário; conhecer o mecanismo do parto, períodos clínicos do parto, uso da cama de PPP (pré-parto, parto e pós-parto) e diversidade de posições que a parturiente poderá adotar; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Simulador de parto Noelle; Bandeja de parto; Sonnar; Luvas estéreis; Luvas de procedimento se necessário; Material para clampeamento oportuno do cordão umbilical (clamp, tesoura); Material para delivramento ativo da placenta (seringa 3 ml, agulha 25/7, duas ampolas de ocitocina, algodão, álcool); Material para coleta de sangue do cordão umbilical se necessário (seringa de 3 ou 5 ml, agulha 40/12 e tubo de coleta de sangue). 2 - Preparar o ambiente; 34 Preparar o simulador: posicionar o simulador Noelle em posição litotômica e ajustar a cama PPP para o nascimento. Posicionar o feto em posição adequada para simulação do mecanismo de parto (apresentação cefálica, situação longitudinal, occípto esquerda anterior ou occípto esquerda anterior). Ajustar os parâmetros no controle Noelle dos batimentos cardiofetais desejados e duração do trabalho de parto; Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições da parturiente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento; Promover um ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação e privativo. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar o histórico obstétrico e período clínico do parto em que a parturiente se encontra; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se à paciente e ao acompanhante; Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar a parturiente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para a paciente; Reunir o material; Realizar a assepsia com antisséptico nas coxas, região perineal e vulva; Auscultar os BCF durante o intervalo das contrações; Caso o período expulsivo torne-se prolongado, a parturiente deverá ser reavaliada. Isto é, verificar se a dilatação está efetivamente completa e se a apresentação está suficientemente descida e em caso afirmativo verificar se as contrações são efetivas; 35 Durante a expulsão da cabeça, deve-se apoiar a cabeça com uma mão e, se possível, proteger o períneo com a outra mão para evitar lacerações; Para se libertar o ombro anterior, pega-se na cabeça com as mãos e faz-se uma tração suave em direção ao sacro materno. Para se libertar o ombro posterior faz-se uma tração suave em direção à sínfise púbica; Após o período expulsivo, avaliar a vitalidade do RN e se APGAR > ou = a 8 posicionar o RN em contato pele-a-pele com a mãe no mínimo 1 hora após o parto; Aguardar o intervalo de 1 a 5 minutos, quando o cordão parar de pulsar, pinçar o cordão umbilical com o clamp e uma pinça hemostática e em seguida realizar o corte do mesmo. *OBSERVAR O SIMULADOR DE PARTO NOELLE REALIZAR AS ETAPAS DO MECANISMO DE PARTO: Insinuação (a cabeça do feto penetra na pelve com a sutura sagital alinhada no diâmetro transverso); Descida (ocorre de modo intermitente com as contrações); Rotação interna (o diâmetro ântero-posterior da cabeça fica alinhado ao diâmetro ântero-posterior da abertura inferior da pelve); Desprendimento (a cabeça emerge graças a extensão sob a sínfise púbica junto com os ombros); Rotação externa (a cabeça gira ao contrário e leva o occípto a se movimentar cerca de 45º de volta a sua posição esquerda ou direita original); Expulsão (ocorre a expulsão do restante do corpo mais suavemente após a passagem da cabeça e dos ombros anterior e posterior); Avaliar a vitalidade do recém-nascido (RN) por meio dos parâmetros do boletim de APGAR; Posicionar o RN em contato pele-a-pele com a mãe; Cobrir o RN com o campo cirúrgico para evitar perda de calor; Aguardar de 1 a 5 minutos para realizar o clampeamento do cordão umbilical; Após o clampeamento posicionar o RN de forma favorável a prática do aleitamento materno; 36 Prestar assistência ao 3º período clínico do parto (delivramento); Preparar e administrar 10UI de ocitocina IM no vasto lateral da coxa ou deltoide; Avaliar se houve o desprendimento e descida da placenta; Avaliar o mecanismo de delivramento da placenta (Baudelocque-Schultze ou mecanismo de Baudelocque- Duncan); Avaliar a presença dos cotilédones e membranas da placenta; Posicionar a puérpera em posição confortável; Aguardar o tempo de no mínimo uma hora com o RN em contato pele-a-pele e de no mínimo duas horas no centro obstétrico; Explicar para os discentes o processo fisiológico que acontece com a mulher durante o 4ª período clínico do parto (período de Greenberg: miotamponagem, trombotamponagem, avaliação dos SSVV, loquiações, estado emocional, cuidados com a higiene íntima, primeiros cuidados com o RN, amamentação); Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer à paciente e se despedir; Elaborar a evolução de enfermagem e registrar em prontuário. 16. AUSCULTA FETAL INTERMITENTE Habilidade a ser desenvolvida: Ausculta fetal intermitente. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; conhecer o desenvolvimento embrionário; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: 37 Bandeja; Estetoscópio fetal (estetoscópio de Pinard, fetoscópio ou monitor manual de ultrassom Doppler); Luvas de procedimento se necessário. 2 - Preparar o ambiente; Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições da paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento; Promoverum ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação e privativo. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica da paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se à paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para a paciente; Reunir o material; Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com o abdômen descoberto; Identificar o dorso fetal, pela palpação e perguntando à gestante em qual lado ela sente mais os movimentos fetais (o dorso estará no lado oposto); Segurar o estetoscópio de Pinard pelo tubo, encostando a extremidade de abertura mais ampla no local previamente identificado como correspondente ao dorso fetal; Encostar o pavilhão da orelha na outra extremidade do estetoscópio; 38 Fazer, com a cabeça, leve pressão sobre o estetoscópio e, só então, retirar a mão que segura o tubo; Quando disponível, utilizar o sonar doppler; Procurar o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do dorso fetal; Controlar o pulso da gestante para certificar-se de que os batimentos ouvidos são os do feto, já que as frequências são diferentes; Contar os batimentos cardíacos fetais por um minuto, observando sua frequência e seu ritmo; Avaliar resultados da ausculta dos BCF; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer à paciente e se despedir; Registrar os BCF na ficha perinatal, no Cartão da Gestante ou partograma. 17. AVALIAÇÃO PUERPERAL Habilidade a ser desenvolvida: Assistência à mulher no período puerperal mediato. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 2 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Bandeja; Luvas de procedimento se necessário; Fita métrica inelástica; 2 - Preparar o ambiente; Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 39 Reconhecer as condições da paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento; Promover um ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação e privativo. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica da paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se à paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para a paciente; Reunir o material; Posicionar a puérpera em decúbito dorsal, com o abdômen descoberto; Avaliar o útero por meio da inspeção e palpação com as duas mãos: observar se está com consistência firme, indolor a palpação. Medir e verificar altura uterina (15 cm diminuindo cerca de 1cm/dia); Avaliar as mamas por meio da inspeção e palpação: avaliar simetria, presença de leite/colostro, sinais de ingurgitamento e pega. Para avaliar a pega (apreensão correta mamiloareolar pelo bebê) é necessário que esta região esteja amolecida, para tanto, deve-se realizar o teste de flexibilidade que consiste em apreender a região com as pontas dos dedos e executar movimentos de flexão (inferosuperior e laterolateral); Avaliar os lóquios por meio da inspeção e olfato: observar cor, volume, conteúdo, período e cheiro: 40 - RUBRA – cor vermelha; cerca de 50g; composto de sangue, produtos fibrosos, células teciduais, plasma, hemácias e leucócitos; ocorre nos primeiros 3 a 4 dias; cheiro de carne. - FUSCA – cor rosa e marrom; cerca de 15-20g; composto de sangue reduzido, plasma, fragmento de tecido histolizado; ocorre do 4º ao 10º dia; cheiro de carne. - FLAVA – cor amarelada; cerca de 15-20g; composto de exsudação serosa, células deciduais, muco cervical e flora; ocorre do 11º ao 14º dia; cheiro de esperma. - ALBA – cor branca; cerca de 15-20g; composto de células deciduais degeneradas, leucócitos e muco; ocorre do 15º ao final do puerpério; não tem cheiro. Avaliar a episiorrafia ou ferida operatória por meio da inspeção e palpação: observar características da cicatrização; Pesquisar Sinal Homans (trombose venosa profunda): com a paciente em decúbito dorsal realizar a dorsiflexão do pé e observar presença de dor que quando é positiva a paciente refere dor na panturrilha e mensurar o diâmetro da panturrilha direita e esquerda; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer à paciente e se despedir; Realizar as anotações da avaliação no prontuário da paciente. 18. BANHO NO LEITO Habilidade a ser desenvolvida: Higienização do corpo ou parte dele realizado no próprio leito do paciente. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do organismo; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. Repetir: No mínimo 2 vezes. Passo Descrição 41 1 - Reunir o material: Biombo; Algodão e cotonete; Gazes (limpeza dos olhos); Compressas; Roupa de cama (fronha, camisola e toalhas de banho e rosto, lençóis, cobertor); Luvas de procedimento; Sabonete líquido ou similar; Hidratante ou similar; Escova de dente ou espátula enrolada com gaze; Espátulas; Creme dental ou solução dentifrícia (antisséptico bucal ou bicarbonato de sódio a 2% diluído); Copo com água; Lubrificante para os lábios S/N; Cuba rim ou similar; Uma ou duas bacias; Um balde (desprezar a água utilizada); Comadre forrada com papel toalha; Jarra com água; Material para desinfecção concorrente; Pente/escova de cabelo; Recipiente para lixo (hamper); Funil (saco de lixo plástico com as duas extremidades abertas e a lateral até o meio envolvendo um cobertor/lençol enrrolado em forma de arco) para unidade que não tem kit banho; Tesoura pequena, escova para unha, aparelho de barbear e desodorante se necessário. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 42 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem ocorrer antes e após o procedimento; Ambiente seguro, privativo, com iluminação e ventilação adequadas. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Reunir o material; Avaliar condições físicas/mentais do paciente; Conferir o material e colocar em mesa auxiliar ou cabeceira; Colocar a roupa de cama no espaldar da cadeira. Fronha, camisola e toalhas no assento da mesma; Soltar as roupas de cama; Preparar ambiente: colocar biombo; fechar janelas se necessário; desligar refrigeração; Clampear drenos; Realizar higiene oral; Providenciar hamper, evitando colocar as roupas no chão; Desamarrar as tiras da camisola e tirá-la por baixo do lençol, não expondo o paciente; Fazer coxim nos ombros colocando paciente em posição supina; Colocar o rolo com o impermeável ou funil sob a cabeça do paciente; 43 Colocar a escadinha próxima da cabeceira da cama. Forrá-lacom papel toalha e colocar o balde em cima da mesma. Colocar a extremidade mais fina do impermeável (bico do funil) dentro do balde; Colocar as bolas de algodão nos ouvidos do paciente; Irrigar, ensaboar, massagear e enxaguar o couro cabeludo com a polpa dos dedos; Colocar o travesseiro no lugar; Enxugar a cabeça com a toalha de banho que estava sobre o travesseiro e retirar as bolas de algodão do ouvido; Limpar os ouvidos com cotonetes; Lavar os olhos com gaze úmida sem sabão (distal-proximal); Ensaboar, enxaguar, enxugar e secar o rosto, orelhas e pescoço anterior e posterior; Limpar nariz com cotonetes; Dobrar o lençol em leque até a cintura. Proteger o tórax com a toalha de banho no sentido transversal. Colocar os membros superiores sobre a mesma; Ensaboar, enxaguar e enxugar o antebraço, braço, clavícula e por último a axila, no sentido de baixo para cima friccionando e fazendo movimentos circulatórios começando do lado distal para o proximal; Mergulhar as mãos na bacia, ensaboar, enxaguar e enxugá- las; Ensaboar, enxaguar e enxugar o tórax e abdome; Abaixar o lençol em leque dos membros inferiores até o abdome; Colocar a toalha de banho, no sentido longitudinal, sob os membros inferiores; Ensaboar, enxaguar e secar, no sentido de baixo para cima friccionando e fazendo movimentos circulatórios; Colocar um dos pés na bacia, lavar, enxaguar e secar. Em seguida fazer proceder da mesma forma no outro pé; 44 Colocar comadre forrada sob as nádegas; Pedir ao paciente para fletir as pernas mantendo-as separadas; Irrigar, ensaboar, enxaguar e secar a região pubiana e anterior da coxa; Realizar higiene íntima; Retirar a comadre e enxugar com a toalha e posicionar o paciente em decúbito lateral; Ensaboar e enxugar as costas, coxa posterior, glúteos e interglúteos; Massagear, com hidratante ou similar (AGE), as costas no sentido do retorno venoso, coxa posterior e glúteos; Trocar a roupa de cama fazendo a desinfecção concorrente com álcool a 70% ou similar; Massagear com hidratantes os membros superiores no sentido do retorno venoso; Colocar a camisola ou pijama e pentear os cabelos; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer à paciente e se despedir; Realizar as anotações da avaliação no prontuário da paciente. 19. CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO Habilidade a ser desenvolvida: Cateterismo venoso periférico. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede venosa periférica do corpo humano; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Bandeja; Agulhas ou cânulas (scalpe ou cateter flexível); Torniquete (garrote); 45 Luvas de procedimento; Esparadrapo/micropore; Caneta; Algodão embebido em álcool 70%. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem acontecer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Reunir o material; Avaliar as condições clínicas e a experiência prévia do paciente bem como sua preferência pelo local de punção; Auxiliar o paciente a sentar-se de modo confortável ou se colocar em posição de decúbito dorsal horizontal em um local com boa iluminação; Manter-se posicionado na altura do paciente; Preparar equipo e/ou soluções intravenosas (IV): fechar a pinça de controle de fluxo de equipo, para posteriormente retirar a bainha protetora sobre a ponta do equipo conectando-o à bolsa ou frasco de solução. Preparar seringas com medicamentos IV; 46 Encher o equipo de infusão com solução venosa lentamente. Deve-se comprimir a câmara de gotejamento e soltar, isso permite que ela encha um terço à metade; Certificar-se que o equipo está sem ar ou bolhas. Caso contrário, eliminar com pequenas batidas. O equipo deve possuir solução em toda sua continuidade incluindo múltiplas portas; Calçar luvas de procedimento; Identificar uma veia acessível. Aplicar um torniquete de 10 a 15 cm acima do local de inserção proposto. Não aplicar um torniquete muito apertado. Pode-se aplicar o torniquete em cima de uma fina camada de tecido; Selecionar a veia considerando a superfície dorsal e ventral das extremidades superiores do braço não dominante e observe se houver muitos pelos, realizar tonsura. Evitar áreas dolorosas a palpação e escolher veias calibrosas e retas, local que não interfira nas atividades de vida diária. Palpar a veia com o dedo indicador pressionando-a para baixo e observar a sensação elástica, macia e que faz a veia saltar levemente enquanto a pressão é liberada; se possível coloque a extremidade em posição pendente; evitar bifurcações e locais já puncionados, vasos infiltrados ou com flebite. Escolher o calibre adequado para o jelco ou cateter flexível; Realizar a antissepsia do local no sentido aspiral, de dentro para forra, utilizando algodão umedecido em álcool a 70%, com movimentos em sentido único, utilizando as várias faces do algodão, com atenção para não tocar a área após realizar a antissepsia; Fixar a veia colocando o polegar sobre ela e, delicadamente, apertar a pele distal numa distância de 4 a 5 cm, e considerar: cateter intravenoso periférico com bisel para cima, em um ângulo de 10 a 30 graus, ligeiramente distal ao local da punção venosa na direção da veia. Se escalpe segurar a agulha em 47 ângulo de 10 a 15 graus com bisel para cima, ligeiramente distal ao local real da punção venosa; Observar o retorno venoso pelo jelco ou escalpe, indicando que a agulha penetrou na veia. Cateter intravenoso periférico avançar para dentro da veia e em seguida soltar o estilete (guia mandril), fixar o mandril e introduzir o cateter flexível. Escalpe: continuar a manter a pele esticada e avançar até a introdução total; Estabilizar a punção venosa com a mão não dominante fazendo uma pressão 3 cm acima do acesso, em seguida retire o torniquete com a mão dominante; Realizar fixação com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou um cateter periférico tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico para estabilização. Cobrir com cobertura semioclusiva ou membrana transparente semipermeável. Gaze e fita adesiva estéril apenas quando a previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de manter o cateter seja maior que 48h não utilizar a gaze para cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua troca; Guardar o material e deixar paciente confortável; Retirar luvas e higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Fazer as anotações no prontuário do paciente e checar o procedimento, data e hora do acesso, tamanho e extensão do calibre no prontuário. 20. COLETA DE HEMOCULTURA Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de sangue para cultura. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; reconhecer a anatomia do sistema venoso; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 48 Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Luvas deprocedimento; Avental indicado para precaução de contato; Máscara cirúrgica; Óculos de proteção; Etiqueta ou esparadrapo para identificação; Agulha estéril de acordo com a quantidade de amostras, com calibre apropriado para punção venosa (Ex.: 25x7); Seringa estéril de 10 ml de acordo com a quantidade de amostras; Antisséptico (Álcool a 70%, clorexidina e iodo-povidona); Garrote; Algodão ou gaze estéril; Frasco para hemocultura; Caixa térmica para transporte de amostras. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem acontecer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; 49 Reunir o material; Observar precauções padrão de biossegurança; Colocar o garrote e pedir ao paciente que abra e feche as mãos várias vezes, finalmente deixando o punho fechado; Palpar levemente as veias do paciente, escolhendo uma veia firme, pulsante e maleável; Higienizar o local da punção proposto friccionando com um agente antisséptico (iodo-povidona, álcool a 70% ou clorexidina) com movimentos circulares a partir do local escolhido por cerca de 5cm. Deixar secar de 1 a 2 minutos, sendo que o local de punção venosa não deve ser palpado após a desinfecção, a menos que se use uma luva estéril; Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas tampas com álcool 70%; Utilizando agulha e seringa estéreis, inserir a agulha na veia e obter a quantidade de sangue desejada, mantendo a agulha firme. O volume ideal de sangue a ser coletado corresponde a 10% do volume total do frasco de coleta, geralmente 10 ml para adultos e 0,5 a 5 ml para crianças; Transferir vagarosamente o sangue para o interior do frasco de hemocultura. Após inoculação, misturar lentamente. Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e distribuição do sangue no frasco de hemocultura; Não contaminar a superfície externa do frasco de coleta e verificar se ele está firmemente vedado (caso ocorram respingos ou contaminação na parte externa do frasco, fazer descontaminação com álcool 70% ou outra solução descontaminante disponível); Identificar apropriadamente a amostra e enviá-las imediatamente (em até 30 min.) ao laboratório juntamente com a solicitação médica devidamente preenchida; 50 Aplicar no local puncionado pressão com gaze ou algodão. Limpar o local com álcool, especialmente quando foi utilizado iodo para assepsia prévia; Desprezar agulhas em perfurocortante em local apropriado e os demais materiais em saco de lixo; Repetir o procedimento de acordo com a quantidade de amostras solicitadas pelo médico; Guardar o material e deixar paciente confortável; Retirar luvas e higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Registrar o procedimento no prontuário do paciente. 21. COLETA DE GASOMETRIA ARTERIAL Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de gasometria arterial. Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede arterial periférica do corpo humano; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. Repetir: No mínimo 4 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Equipamentos de proteção individual (máscara descartável, óculos de proteção e luvas de procedimento); Seringa de 3ml; Agulha 1,2x40 (rosa); Agulha 0,7x25 (cinza) ou menor; Heparina; Algodão; Álcool 70%; Gaze; 51 Tampa de borracha para ocluir a agulha; Coxim. 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições do paciente e as possíveis intercorrências que podem acontecer antes e após o procedimento. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica do paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Providenciar privacidade para o paciente; Reunir o material; Observar precauções padrão de biossegurança; Estender o braço, com a palma da mão para cima e hiperextender o punho apoiando-o; Sobre o coxim (para deixar a artéria radial o mais superficial possível), identificar a artéria radial palpando o processo estiloide do rádio e o tendão dos flexores do carpo, sentindo-se o pulso radial entre essas duas estruturas anatômicas; Colocar luva; Limpar o local da punção com o algodão embebido em álcool 70%; Heparinizar a seringa com a agulha rosa (aspira a heparina e devolve no frasco); Trocar agulha rosa pela agulha de menor calibre; 52 Palpar o pulso radial usando a mão não dominante (polpa digital dos dedos indicador e médio); Com a mão dominante, inserir a agulha em ângulo de 30-45º em direção cefálica logo abaixo do local onde está palpando o pulso; Avançar a agulha lentamente até que o sangue arterial flua espontaneamente para a seringa. Coletar no mínimo 1ml (idealmente, coletar 3ml); Retirar a agulha e comprimir imediatamente com a gaze, fazendo pressão por 5 minutos; Retirar as bolhas da seringa e tampar a agulha (“espetar” na tampinha de plástico ou silicone); Retirar as luvas; Identificar a seringa com o nome do paciente; Encaminhar imediatamente para laboratório em bolsa térmica com gelo; Guardar o material e deixar paciente confortável; Higienizar as mãos; Agradecer ao paciente e se despedir; Registrar o procedimento no prontuário do paciente. 22. COLETA DE MATERIAL PARA CITOPATOLOGIA ONCÓTICA (PAPANICOLAU) Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de material para citopatologia oncótica (papanicolau). Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. Repetir: No mínimo 3 vezes. Passo Descrição 1 - Reunir o material: Luva de procedimento; 53 Foco de luz; Maca ginecológica; Lençol de maca e lençol de papel; Lâmina com extremidade fosca; Espátula de Ayres; Escova cervical; Espéculo vaginal de aço inox (nº 0, 1, 2 e 3) ou espéculo descartável tamanho pequeno ou médio; Gazes; Porta lâmina com ranhura com etiqueta para identificação; Solução para fixar (álcool absoluto). 2 - Preparar o ambiente: Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; Reconhecer as condições da paciente e as possíveis intercorrências que podem acontecer antes e após o procedimento; Assegurar ambiente seguro, confortável e com privacidade. 3 - Desenvolvimento da técnica: Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e história clínica da paciente; Higienizar as mãos e usar EPI’s; Apresentar-se à paciente e/ou acompanhante; Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização de dois identificadores, conferindo com o prontuário; Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento;
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