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GUIA LABORAT2022

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GUIA DE 
HABILIDADES 
Versão 2 (abril/2021) 
 
 
 
 
TERESINA-PI 
2021 
1 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
 
 
REITOR 
Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes 
VICE-REITOR 
Prof. Dr. Viriato Campelo 
 
 
DIRETORA DO CCS 
Profa. Dra. Kelly Palombit 
 
CHEFE DO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
Profa. Dra. Fernanda Valéria Silva Dantas Avelino 
COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM 
Profa. Dra. Francisca Tereza de Galiza 
 
COORDENAÇÃO DO LABORATÓRIO SIMENFS 
Profa. Dra. Chrystiany Plácido de Brito Vieira (Coordenadora) 
Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade (Subcoordenadora) 
 
TÉCNICAS DO LABORATÓRIO 
 Maria Lina do Nascimento Martins 
Rosângela Aguiar Vilanova 
Silvana Maria Vasconcelos Sousa 
Silvia Araújo da Silva 
 
 
 
Última revisão: abril/2021* 
Elaborado pela Coordenação do LABSIMENFS GESTÃO 2018-2022. 
* Considerando o contexto da Pandemia e seguindo as orientações do Guia de Recomendações e 
Procedimentos para a Retomada Gradual das Atividades Presenciais do Departamento de Enfermagem 
(Versão 1 20.03.2021), elaborado pelo GTAERGAPDepenf/CCS/UFPI, e o Manual de Normas e Rotinas de 
Funcionamento e Biossegurança do LABSIMENFS. Elaborado pela coordenação do LABSIMENFS Gestão 
2018-2022. Revisado em abril/2021. 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1. Anamnese ............................................................................................... 
2. Administração de medicação via intramuscular ...................................... 
3. Administração de medicação via intravenosa ......................................... 
4. Administração de medicação via subcutânea ......................................... 
5. Administração de medicação via ocular ................................................. 
6. Administração de medicação via oral ..................................................... 
7. Administração de medicação via nasal ................................................... 
8. Administração de medicação via retal .................................................... 
9. Administração de nutrição enteral .......................................................... 
10. Administração de nutrição parenteral total ............................................. 
11. Administração de sangue total e hemocomponentes ............................. 
12. Antissepsia cirúrgica das mãos .............................................................. 
13. Aspiração de secreção oral e nasal ........................................................ 
14. Aspiração nasotraqueal de pacientes intubados e traqueostomizados .. 
15. Assistência de enfermagem ao parto vaginal sem intercorrências ......... 
16. Ausculta fetal intermitente ....................................................................... 
17. Avaliação puerperal ................................................................................ 
18. Banho no leito ......................................................................................... 
19. Cateterismo venoso periférico ................................................................ 
20. Coleta de hemocultura ............................................................................ 
21. Coleta de gasometria arterial .................................................................. 
22. Coleta de material para citopatologia oncótica (papanicolau) ................ 
23. Coleta de urocultura ................................................................................ 
24. Calçar e remover luva de procedimento ................................................. 
25. Calçar e remover luva estéril .................................................................. 
26. Colocação e retirada de avental ou capote ............................................ 
27. Colocação e retirada de gorro ou touca .................................................. 
28. Colocação e retirada de máscara cirúrgica ............................................ 
29. Colocação e retirada de máscara de proteção respiratória .................... 
30. Colocação e retirada de óculos de proteção ou protetor facial ............... 
31. Cuidados com o corpo pós-morte ........................................................... 
32. Curativo em cateter venoso central ........................................................ 
33. Curativo de ferida aberta ........................................................................ 
34. Curativo de ferida cirúrgica limpa ........................................................... 
35. Curativo para retirada de cateter venoso central ................................... 
36. Exame da cabeça e do pescoço ............................................................. 
37. Exame das mamas ................................................................................. 
38. Exame do sistema cardiovascular .......................................................... 
39. Exame do sistema gastrointestinal ......................................................... 
40. Exame do sistema genital feminino ........................................................ 
41. Exame do sistema genital masculino ...................................................... 
42. Exame do sistema hemolinfopoiético ..................................................... 
43. Exame do sistema musculoesquelético .................................................. 
44. Exame do sistema neurológico ............................................................... 
45. Exame do sistema nutricional e hidratação ............................................ 
46. Exame do sistema respiratório ............................................................... 
47. Exame do sistema urinário ..................................................................... 
48. Exame físico geral .................................................................................. 
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49. Glicemia capilar ...................................................................................... 
50. Higienização simples das mãos .............................................................. 
51. Higienização antisséptica das mãos ....................................................... 
52. Higienização antisséptica das mãos (com preparações alcoólicas) ....... 
53. Higiene íntima ......................................................................................... 
54. Higiene oral ............................................................................................. 
55. Lavagem gástrica .................................................................................... 
56. Lavagem intestinal .................................................................................. 
57. Medida da altura uterina ......................................................................... 
58. Mudança de decúbito .............................................................................. 
59. Nebulização ............................................................................................ 
60. Orientações para colocação e retirada de EPI’s ..................................... 
61. Oxigenoterapia por cateter nasal ............................................................ 
62. Palpação obstétrica ................................................................................ 
63. Retirada de pontos em incisão cirúrgica ................................................. 
64. Retirada de sonda nasogástrica e nasoenteral ...................................... 
65. Retirada de sonda vesical de demora .................................................... 
66. Sondagem nasogástrica e nasoenteral .................................................. 
67. Sondagem vesical ...................................................................................68. Soroterapia ............................................................................................. 
69. Técnicas básicas do exame físico .......................................................... 
70. Verificação de medidas antropométricas ................................................ 
71. Verificação de pulso ................................................................................ 
72. Verificação de pressão arterial ............................................................... 
73. Verificação da respiração ....................................................................... 
74. Verificação de temperatura ..................................................................... 
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 
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1.ANAMNESE 
Habilidade a ser desenvolvida: Anamnese de enfermagem. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica; desenvolver comunicação adequada, tanto a verbal 
como a não verbal; conhecer termos semiotécnicos. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Prontuário do paciente; 
 Fichas próprias/ Histórico de Enfermagem; 
 Biombo S/N; 
 Bloco de anotações e caneta. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento; 
 Esclarecer as dúvidas ou falhas no entendimento; 
 Reduzir o nível de ansiedade do paciente; 
 Estabelecer relação interpessoal; 
 Ambiente com privacidade, temperatura e iluminação 
adequadas. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar os EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
5 
 
 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente. 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Chamar o paciente pelo nome; 
 Iniciar a entrevista propriamente dita perguntando “Como o (a) 
senhor (a) está?”; 
 Encorajar e estimular o paciente a expressar a percepção que 
possui de sua história de saúde; 
 Direcionar a abordagem para outras áreas, para ter uma visão 
global do paciente: motivo da internação e/ou queixa principal 
(motivo da procura da assistência e descrição dos sintomas 
que apresenta com início, localização, intensidade, fatores que 
agravam e aliviam os sintomas); presença de doenças e 
tratamentos anteriores e alergias (descrição resumida de 
doenças crônicas; motivo de hospitalizações e/ou cirurgias 
anteriores; alergias a medicamentos e alimentos); 
antecedentes familiares (estado de saúde dos familiares diretos 
e causa da morte de familiares); uso de medicamentos (relação 
dos medicamentos que tomou ou toma e outras substâncias); 
existência de fatores de risco (relato de consumo de álcool, 
fumo ou drogas com quantidade, frequência, idade de início e 
quando parou, se for o caso); hábitos e costumes (relato das 
condições de moradia, hábitos de higiene, alimentação, sono e 
repouso, atividades físicas, atividade sexual, lazer e 
eliminações); 
 Fechar a entrevista conscientizando que está terminando, 
dando a oportunidade para o paciente expor algo que não 
tenha sido abordado e que julgue importante; 
 Fazer um resumo dos dados colhidos, para assegurar a 
compreensão e a clareza das informações; 
 Esclarecer dúvidas; 
6 
 
 
 Estabelecer metas conjuntas quanto ao planejamento da 
assistência de enfermagem; 
 Guardar o material e deixar o paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir. 
 Realizar todas as anotações de enfermagem. 
 
2. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAMUSCULAR 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos ou 
imunobiológicos via intramuscular. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia muscular do organismo; reconhecer a 
farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos 
e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica. 
Repetir: No mínimo 5 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Prontuário do paciente com a medicação prescrita pelo médico; 
 Luvas de procedimentos; 
 Ampola de medicação ou frasco; 
 Seringa de 3 ou 5 ml; 
 Agulha indicada (calibre 25x7,0/ 30x8,0 ou outra conforme a 
medicação); 
 Álcool 70%; 
 Algodão; 
 Biombo S/N; 
 Cuba rim. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
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 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Conferir a prescrição médica: nome do paciente, 
enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, 
horário e data; 
 Preparar de maneira asséptica e correta a dose de medicação 
conforme prescrição médica; 
 Conferir o rótulo da medicação com a ficha de medicamentos 
duas vezes; 
 Explicar o procedimento ao paciente e dizer que a infusão do 
medicamento pode lhe causar um pequeno desconforto; 
 Comparar os rótulos dos medicamentos com a ficha do 
paciente no seu leito; 
 Expor apenas a região em que será aplicada a injeção; 
 Realizar a limpeza das mãos e calçar luvas de procedimentos; 
 Inspecionar a região muscular indicada para injeção e verifique 
a sua integridade, ausência de dor ou endurecimento; 
 Auxiliar o paciente a ficar em uma posição confortável, 
dependendo da região da injeção; 
 Limpar a região com algodão e álcool 70%; 
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 Inserir a agulha no músculo em um movimento suave e 
constante, segurando a pele com a mão não dominante. Puxe 
o embolo da seringa, se não houver retorno de sangue, injete 
o medicamento lentamente; 
 Após a aplicação, despreze a agulha em local apropriado (caixa 
pérfurocortante) e despreze também os outros materiais 
utilizados; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
3.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA INTRAVENOSA 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicação por via 
intravenosa. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede venosa humana; reconhecer 
a farmacologia das medicações administradas bem como os efeitos terapêuticos 
e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica. 
Repetir: No mínimo 5 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Seringa de 10ml ou 20ml; 
 Agulhas 40x12; 
 Equipo de soro S/N; 
 Equipo para bomba de infusão S/N; 
 Algodão com álcool a 70%; 
 Scalp nº 21 ou 23, cateter periférico (Jelco nº 18, 20, 22); 
 Polifix e torneirinha; 
 Ampola de diluente, frasco ou bolsa comsolução prescrita; 
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 Luvas de procedimento e EPI’s; 
 Garrote; 
 Suporte para soro; 
 Bandeja; 
 Bomba de infusão S/N. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Conferir a prescrição médica: nome do paciente, 
enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, 
horário e data; 
 Remover o plástico protetor da bolsa ou frasco de solução; 
 Fazer a inspeção do frasco para observar possíveis partículas, 
alteração da cor, rachaduras ou vazamentos, e data da 
validade da solução; 
 Preparar a etiqueta de identificação conforme prescrição, com 
nome, enfermaria e leito do paciente. Anotar a data, a hora e o 
nome de quem preparou, início e fim da infusão. Ao colocar a 
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etiqueta de identificação no frasco, lembre-se que ao pendurá-
lo, este será invertido; 
 Realizar a desinfecção da ampola/frasco com álcool a 70%, 
abrir a ampola ou frasco de medicamentos ou eletrólitos, 
aspirar com seringa. Realizar a desinfecção do injetor lateral, 
torneira ou frasco de soro com álcool a 70% e introduzir a 
medicação aspirada no frasco da solução; 
 Adaptar o frasco ao equipo e instalar no paciente, controlando 
o fluxo da infusão; 
 Observar o paciente para sinais/sintomas de reações adversas 
ao medicamento ou solução; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável. 
 Higienizar as mãos. 
 Agradecer ao paciente e se despedir. 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
4.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA SUBCUTÂNEA 
 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos e/ou 
imunobiológicos no tecido subcutâneo. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do tecido subcutâneo do organismo; 
reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos 
terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 5 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Seringa de 1ml ou 3ml; 
 Luvas de procedimentos; 
 Agulhas indicadas (calibre 13 x 4,5); 
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 Ampola de medicação ou frasco; 
 Álcool 70%; 
 Algodão; 
 Biombo S/N; 
 Cuba rim. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Conferir a prescrição médica: nome do paciente, 
enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, 
horário e data; 
 Preparar de maneira asséptica e correta a dose de medicação 
conforme prescrição médica; 
 Conferir o rótulo da medicação com a ficha de medicamentos 
duas vezes; 
 Comparar os rótulos dos medicamentos com a ficha do 
paciente no seu leito; 
 Usar o biombo ou fechar a porta; 
12 
 
 
 Expor apenas a região que será aplicada a injeção; 
 Realizar a limpeza das mãos e colocar as luvas de 
procedimentos; 
 Inspecionar a região de aplicação subcutânea; 
 Estender firmemente a pele através do local da injeção ou 
pinçar a pele com a mão não dominante; 
 Inserir agulha de forma rápida e firmar em ângulo de 45° a 90°; 
e depois liberar a pele. Injetar lentamente o medicamento; 
 Após a aplicação, desprezar a agulha em local apropriado 
(caixa de pérfurocortante); 
 Desprezar luvas e organizar o ambiente; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
5.ADMNISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA OCULAR 
 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos por via ocular. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do olho humano; reconhecer a 
farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos 
e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica. 
Repetir: No mínimo 5 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Gazes ou lenço de papel; 
 Cuba rim; 
 Frasco ou pomada do medicamento; 
 Luvas de procedimento. 
13 
 
 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Verificar prescrição médica e checar o nome do paciente, 
medicamento, dosagem e horário e em qual globo ocular deve 
ser administrado; 
 Colocar o paciente sentado ou deitado com o pescoço em 
ligeira hiperextensão; 
 Calçar as luvas; 
 Utilizar a técnica asséptica rigorosa quando instilar 
medicamento; 
 Antes de se iniciar a colocação das gotas ou pomadas limpar 
os olhos de qualquer secreção com ajuda de uma gaze estéril; 
 Para instilação de gotas de colírio: instilar o número de gotas 
prescritas a uma distância de 1 a 2 cm do saco conjuntival; se 
o paciente piscar ou se as gotas caírem fora repetir 
procedimento; 
 Pedir ao paciente que feche os olhos; 
14 
 
 
 Para instilação de creme oftálmico pedir ao paciente que olhe 
para o teto; 
 Segurar o aplicador da pomada acima da pálpebra inferior, 
aplicar uma camada fina de pomada de maneira uniforme ao 
longo da borda interna da pálpebra inferior sobre a conjuntiva; 
 Pedir ao paciente que feche os olhos e esfregue ligeiramente a 
pálpebra em movimentos circulares com ajuda da gaze; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
6.ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA ORAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamentos via oral. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; 
reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos 
terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Bandeja; 
 Medicamento prescrito; 
 Rótulo de identificação do medicamento; Copinho descartável; 
 Copo com água, suco ou líquido de preferência; 
 Canudo, se necessário; 
 Macerador de comprimidos ou pilão (opcional); 
 Papel toalha; 
 Luva de procedimento, se necessário. 
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2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente. 
 Conferir a prescrição médica: nome do paciente, 
enfermaria/leito, medicamento, dose, via de administração, 
horário e data; 
 Preparar a medicação de um paciente por vez; 
 Selecionar corretamente o medicamento, comparar o rótulo 
de identificação com a prescrição, conferir a data de validade, 
calcular a dose do medicamento (se necessário); 
 Identificar o copinho com o rótulo; 
 Colocar o medicamento no copinho sem tocá-lo, usar seringa 
ou medidor para os líquidos; 
 Diluir o medicamento com água quando necessário; 
 Levar a bandeja até o paciente e colocar sobre a mesa de 
cabeceira; 
 Conferir a etiqueta com os dados do paciente; 
 Colocar o paciente sentado ou em decúbito elevado (Posição 
de Fowler alta); 
16 
 
 
 Entregar o copinho com a medicação e água; 
 Aguardar o paciente a deglutir o medicamento; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
7. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA NASAL 
 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicação via nasal. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia das vias respiratórias superiores; 
reconhecer a farmacologia das medicações administradas, bem como os efeitos 
terapêuticos e adversos; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Bandeja; 
 Lenços de papel ou gaze; 
 Conta-gotas; 
 Medicação prescrita; 
 Luvas de procedimentos. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
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 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Verificar a prescrição médica, conferindo horário de aplicação 
do medicamento, nome do paciente, dosagem e em qual narina 
será aplicado; 
 Inspecionar as condições do nariz e dos seios nasais, 
apalpando os seios nasais para verificar sua sensibilidade; 
 Explicar o procedimento ao paciente quanto à posição e quanto 
às sensações que devem ser esperadas como, ardor ou 
sensação de picada da mucosa, ou ainda, sensação de choque 
quando o medicamento escorrer pela garganta; 
 Instruir o paciente para assuar o nariz, a menos que seja 
contraindicado (por exemplo: risco de aumento da pressão 
intracraniana ou sangramentos nasais). Em seguida, solicitar 
ao paciente que limpe as narinas com lenço de papel; 
 Colocar o paciente sentado ou elevar a cabeceira; 
 Para acesso à faringe posterior: solicitar ao paciente que incline 
a cabeça para trás; 
 Para acesso ao seio etmóide ou esfenóide: colocar um 
travesseiro sob os ombros e inclinar a cabeça do paciente para 
trás; 
 Para acesso aos seios frontais e maxilares: solicitar ao paciente 
que incline a cabeça para trás e para o lado que deve ser 
tratado; 
 Pingar as gotas nas narinas sem tocar em suas paredes; 
18 
 
 
 Orientar o paciente a permanecer na mesma posição entre 2 
ou 3 minutos; 
 Observar a reação do paciente e posicioná-lo novamente no 
leito, de acordo com sua necessidade; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
8. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO VIA RETAL 
 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de medicamento por via retal. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia da via gastrointestinal; reconhecer a 
farmacologia das medicações administradas, bem como, os efeitos terapêuticos 
e adversos; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Bandeja; 
 Aplicador descartável S/N; 
 Lubrificante; 
 Gaze; 
 Medicamento prescrito; 
 Papel toalha; 
 Comadre; 
 Luva de procedimento/ máscara; 
 Biombo; 
 Impresso para anotar; 
 Sonda retal S/N; 
19 
 
 
 Forro impermeável; 
 Lençol. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Checar no prontuário nome do paciente, leito, nome da droga, 
via, horário e data; 
 Calçar luvas de procedimentos; 
 Posicionar o paciente na posição de SIMS; 
 Afastar os glúteos com auxílio de uma gaze; 
 Orientar o paciente que respire lenta e profundamente pela 
boca durante a introdução da medicação; 
 Observar qualquer reação ou desconforto do paciente; 
 Retirar as luvas; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
9.ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de nutrição por via enteral 
(estômago/intestino delgado). 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; 
reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; 
conhecer os cuidados com sonda nasogástrica e/ou nasoenteral, gastrostomia 
ou jejunostomia. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Luvas de procedimento; 
 Frasco com nutrição enteral prescrita; 
 Equipo próprio para nutrição enteral; 
 Seringa de 20ml; 
 Copo com água potável; 
 Estetoscópio; 
 Suporte de soro; 
 Biombo. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem acontecer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Lero prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
21 
 
 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Conferir a dieta com a prescrição médica e conferir todo 
material necessário; 
 Calçar as luvas; 
 Observar a integridade do frasco, aspecto e temperatura da 
dieta; 
 Conectar o equipo ao frasco da dieta; 
 Agitar o frasco contendo a fórmula e abrir a válvula reguladora 
do equipo para remover o ar; 
 Explicar o procedimento ao paciente sempre que possível; 
 Posicionar o paciente em posição “semi-Fowler” ou “Fowler”; 
 Confirmar o posicionamento da sonda realizando aspiração 
com seringa de 20ml; 
 Avaliar o local de inserção da sonda em caso de gastrostomia 
e jejunostomia; 
 Auscultar os sons intestinais antes da administração da dieta; 
 Conectar o equipo à sonda, dobrando-a para evitar a entrada 
de ar; 
 Abrir o equipo deixando a dieta correr lentamente, conforme 
prescrição médica; 
 Lavar a sonda com 20ml de água filtrada em “push”, pós 
término da dieta e fechar a sonda; 
 Manter o paciente em decúbito elevado por 30 minutos; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
22 
 
 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar a 
aplicação do medicamento. 
 
 
10. ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de nutrição por via parenteral 
(NPT). 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia gastrointestinal do organismo; 
reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Equipo para infusão de NPT; 
 Bomba de infusão; 
 Frasco de NPT; 
 Luva estéril; 
 Caso o paciente não tenha acesso central, reunir material para 
realização de acesso venoso central: bandeja de subclávia, 
pacote estéril para pequena cirurgia, cateter de subclávia, 
seringa de 10 e 20ml, fio cirúrgico nylon 4.0, PVPI tópico, 
lidocaína 2% sem vasoconstrictor, agulha 40x12, 25x7 ou 30x8, 
luvas estéreis 7,5 e 8,0, esparadrapo, soro fisiológico 0,9% e 
equipo de soro. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
23 
 
 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Conferir no prontuário a prescrição; 
 Etiquetar o frasco da NPT com os dados do mesmo; 
 Caso necessário, auxiliar o médico na punção de acesso 
venoso central e realizar curativo no local de inserção do 
cateter após a punção; 
 Instalar a nutrição parenteral total, conforme prescrição 
médica, usando técnicas assépticas; 
 Fazer programação da bomba de infusão para controle 
rigoroso do gotejamento; 
 Realizar controle da bomba de infusão e gotejamento a cada 
6 horas; 
 Observar temperatura da nutrição parenteral, que deve estar 
em temperatura ambiente; 
 Registrar horário de início e término da infusão; 
 Observar: não adicionar outros elementos à infusão 
preparada. Conservar as soluções preparadas não utilizadas 
de imediato em refrigeradores e proteger contra a luz. 
Garantir que a solução de NPT seja infundida em 24h 
(temperatura ambiente). Utilizar a NPT refrigerada em até 48 
horas de sua manipulação. Retirar o frasco refrigerador 2-3h 
antes do horário previsto para instalação. Observar a solução 
quanto ao aspecto; 
 Trocar o equipo a cada infusão; 
24 
 
 
 Interromper a infusão em caso de choque pirogênico; 
 Manter acesso exclusivo para instalação de NPT; 
 Realizar curativo no cateter com técnicas assépticas a cada 
24h; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar todas as anotações de enfermagem e checar o 
procedimento. 
 
 
11. ADMINISTRAÇÃO DE SANGUE TOTAL E HEMOCOMPONENTES 
Habilidade a ser desenvolvida: Administração de sangue total e 
hemocomponentes. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema circulatório, bem como, os 
efeitos terapêuticos e adversos da administração de hemocomponentes e 
derivados; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Garrote; 
 Álcool 70%; 
 Cateter intravenoso periférico nº 18 ou 20; 
 Equipo para transfusão de sangue em y com filtro; 
 Soro fisiológico; 
 Hemoderivado prescrito; 
 Luvas de procedimento; 
 Avental; 
 Protetor facial; 
 Extensor com variação; 
25 
 
 
 Bolsa de gelo (S/N); 
 Algodão; 
 Cuba rim; 
 Suporte para soro. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Reunir o material; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Obter o consentimento do paciente/familiar; 
 Coletar amostra do sangue do paciente; 
 Obter e registrar os sinais vitais; 
 Verificar prescrição médica; 
 Obter o hemoderivado do banco de sangue. Inspecionar 
quanto à coloração anormal, turvação, coágulos ou ar em 
excesso. Ler as instruções no rótulo do produto no que 
concerne à estocagem e à infusão. Verificar a data de 
validade; 
 Verificar a identificação do paciente: 
26 
 
 
a) Checar nome do paciente e data de nascimento, 
comparando tais informações com as do cartão de 
receptor que acompanha a bolsa e com a prescrição 
médica; 
b) Confirmar o resultado de testes sorológicos e a 
compatibilidade ABO e Rh comparando o rótulo e a 
etiqueta do frasco, o prontuário e a forma de 
transfusão; 
 Higienizar as mãos novamente; 
 Preparar o local da infusão. Escolher uma veia calibrosa que 
permita ao paciente certo grau de movimentação. Usar equipo 
específico para hemotransfusão, sendo um equipo diferente 
para cada bolsa de hemocomponente a ser transfundido; 
 Atentar para que o início da transfusão não exceda 30 minutos 
após o recebimento da bolsa; 
 Iniciar a infusão lentamente (2mL/min). Permanecer próximo 
ao leito do paciente e, se não houver sinais de efeitos 
adversos, aumentar o fluxo da infusão até o valor prescrito; 
 Observar o paciente atentamente e verificar os sinais vitais de 
hora em hora até 1h após a transfusão. Relatar imediatamente 
qualquer sinal de efeito adverso para o médico responsável; 
 Monitorar tempo e ritmo de perfusão, para que seu tempo 
máximo não ultrapasse o tempo permitido; Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Realizar registro minucioso do procedimento, identificação 
dos profissionais responsáveis pelas conferências e pela 
infusão, além de dados sobre o produto, volume infundido e 
resposta imediata do paciente à transfusão. Em caso de 
reações transfusionais, notificar em impresso específico. 
 
12. ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS 
27 
 
 
Habilidade a ser desenvolvida: Antissepsia cirúrgica das mãos. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
antissepsia cirúrgica das mãos; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Antissépticos; 
 Escova com cerdas macias para escovação da pele; 
 Compressa estéril. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Verificar se possui todos os materiais necessários. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Reunir o material; 
 Retirar todas as jóias e adornos (relógios, anéis, pulseiras e 
etc.); 
 Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos, 
nessa ordem; 
 Recolher, com as mãos em concha, o antisséptico e espalhar 
nas mãos, antebraço e cotovelo. No caso de escova 
impregnada com antisséptico, pressionar a parte da esponja 
contra a pele e espalhar por todas as partes; 
 Limpar sob as unhas com as cerdas da escova ou com 
limpador de unhas; 
 Friccionar as mãos, ou escovar com a escova esterilizada, 
observando espaços interdigitais e antebraço por no mínimo 3 
a 5 minutos, mantendo as mãos acima dos cotovelos; 
 Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos 
para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a 
torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não 
possuir foto-sensor; 
 Enxugar as mãos em toalhas ou compressas estéreis, com 
movimentos compressivos, iniciando pelas mãos e seguindo 
28 
 
 
pelo antebraço e cotovelo, atentando para utilizar as diferentes 
dobras da toalha/compressa para regiões distintas; 
 Observar a duração do procedimento: de 3 a 5 minutos para a 
primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias 
subsequentes (sempre seguir o tempo de duração 
recomendado pelo fabricante). 
 
13. ASPIRAÇÃO DE SECREÇÃO ORAL E NASAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Aspiração de via oral e nasal. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia de vias aéreas humana; reconhecer os 
materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Fonte de oxigênio, ar comprimido ou vácuo; 
 Válvulas de aspiração diferenciadas geralmente por meio das 
cores: verde – oxigênio, amarelo – ar comprimido e cinza – 
vácuo; 
 Frasco coletor de vidro ou plástico; 
 Intermediário de látex ou silicone; 
 Sondas de aspiração de calibre adequado (adulto nº 12 a 18 e 
crianças de 08 a 12); 
 Frasco de soro fisiológico a 0,9% de 250 ml; 
 Luvas estéreis ou de procedimento; 
 Pacote de gaze estéril; 
 Copinho descartável de 50 ml; 
 Água destilada estéril (ampola de 5 ml); 
 Lubrificante hidrossolúvel estéril (para aspiração nasal); 
 Saco de lixo para material contaminado; 
29 
 
 
 Máscara descartável, óculos e avental (equipamentos de 
proteção individual – EPI); 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Posicionar o paciente; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Reunir o material; 
 Escolher adequadamente o calibre da sonda, de acordo com 
as características físicas do cliente e tipo de secreção. Se o 
cliente tiver lesões orais, e a secreção estiver apenas na 
cavidade oral, utilizar sondas menores; 
 Abrir pacote de sonda na extremidade distal da sonda de 
aspiração, adaptá-la ao intermediário, mantendo-a protegida 
dentro do invólucro; 
 Calçar luva limpa, não-estéril; 
 Abrir pacote de gaze estéril; 
 Para inserção nasal da sonda, lubrificar a ponta da mesma com 
solução hidrossolúvel evitando, desta forma, traumatismos 
teciduais, não forçar a entrada da sonda. Se o cliente tossir, 
30 
 
 
deter a introdução da sonda e prosseguir com o movimento 
quando ele inalar; 
 Clampear o intermediário e ajustar a pressão de sucção entre 
80 e 120 mmHg. A manobra deve durar 15 segundos; 
 Introduzir a sonda de aspiração na boca ou nariz, desclampear 
o intermediário, aspirar, utilizar movimentos rotatórios e 
retirando a sonda com cuidado; 
 Deixar o cliente descansar por 20 a 30 segundos, antes de uma 
nova aspiração, a não ser que ele apresente desconforto 
respiratório. Instalar oxigenoterapia se prescrito; 
 Se o cliente tiver condições, pedir para respirar profundamente 
e tossir entre aspirações; 
 Repetir aspiração, avaliando sempre as condições do cliente; 
 Desprezar a sonda, enrolando-a sobre a mão calçada com 
luva, puxando as luvas sobre a sonda e desprezando-as no 
saco de lixo; 
 Introduzir a extremidade do intermediário de látex no copo 
descartável com soro fisiológico, aspirando em torno de 30 ml 
do mesmo para fazer a limpeza deste; 
 Proteger a abertura do intermediário com uma gaze ou com 
invólucro estéril, podendo inclusive utilizar o pacote onde 
estava a sonda; 
 Fechar a válvula da fonte de aspiração; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Fazer as anotações no prontuário do paciente. 
 
14. ASPIRAÇÃO NASOTRAQUEAL DE PACIENTES INTUBADOS E 
TRAQUEOSTOMIZADOS 
Habilidade a ser desenvolvida: Aspiração nasotraqueal de pacientes intubados 
e traqueostomizados. 
31 
 
 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a técnica de calçar luvas estéreis; conhecer a 
anatomia das vias aéreas; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Luvas estéreis e de procedimento; 
 Máscara descartável; 
 Óculos de proteção; 
 Sonda de aspiração estéril; 
 Sistema de aspiração (aspirador, frasco de aspirador e 
extensão de silicone); 
 Soro fisiológico ou água destilada; 
 Oxímetro de pulso; 
 Fonte de oxigênio. 
2 - Preparar o ambiente; 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Reunir o material; 
 Colocar máscara descartável e os óculos; 
32 
 
 
 Monitorar a frequência cardíaca e auscultar os sons 
respiratórios; 
 Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou semi-fowler; 
 Abrir assepticamente a sonda de aspiração e as luvas estéreis; 
 Calçar as luvas estéreis. Considerar a mão dominante como 
estéril e a mão não dominante deverá ser considerada limpa enão estéril; 
 Com a mão dominante pegar a sonda de aspiração e conectá-
la ao tubo de silicone; 
 Verificar se o equipamento está funcionando adequadamente 
colocando a sonda de aspiração no recipiente de soro 
fisiológico ou água destilada; 
 Lubrificar a sonda de aspiração com soro fisiológico ou água 
destilada; 
 Introduzir a sonda de aspiração delicadamente no tubo, e 
avançar a sonda suavemente inclinando e para baixo logo 
acima da entrada na traqueia. Inserir a sonda cerca se 16 a 20 
cm (adulto); 
 Aplicar a aspiração, girando delicadamente a sonda de 
aspiração enquanto retira-o. Não aspirar por mais de 15 
segundos e nem exceder a aspiração a 120 mmHg. Encorajar 
o paciente a tossir; 
 Lavar a sonda de aspiração com soro fisiológico ou água 
destilada após aspiração; 
 Promover oxigênio ao paciente após cada aspiração; 
 Repetir a aspiração quantas vezes for necessária, respeitando 
o intervalo entre uma aspiração e outra (intervalo deve ser de 
20 a 30 segundos ou mediante estabilização dos sinais vitais – 
saturação, FC, FR); 
 Após concluída aspiração traqueal, aspirar a cavidade bucal 
(bochechas e embaixo da língua); 
 Descartar a sonda de aspiração e soro fisiológico ou água 
destilada em local apropriado; 
33 
 
 
 Remover e descartar as luvas ao concluir a aspiração; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Fazer as anotações no prontuário do paciente. 
 
15. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PARTO VAGINAL SEM 
INTERCORRÊNCIAS 
Habilidade a ser desenvolvida: Assistência ao parto vaginal sem 
intercorrências. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; conhecer 
o desenvolvimento embrionário; conhecer o mecanismo do parto, períodos 
clínicos do parto, uso da cama de PPP (pré-parto, parto e pós-parto) e 
diversidade de posições que a parturiente poderá adotar; reconhecer os 
materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Simulador de parto Noelle; 
 Bandeja de parto; 
 Sonnar; 
 Luvas estéreis; 
 Luvas de procedimento se necessário; 
 Material para clampeamento oportuno do cordão umbilical 
(clamp, tesoura); 
 Material para delivramento ativo da placenta (seringa 3 ml, 
agulha 25/7, duas ampolas de ocitocina, algodão, álcool); 
 Material para coleta de sangue do cordão umbilical se 
necessário (seringa de 3 ou 5 ml, agulha 40/12 e tubo de coleta 
de sangue). 
2 - Preparar o ambiente; 
34 
 
 
 Preparar o simulador: posicionar o simulador Noelle em 
posição litotômica e ajustar a cama PPP para o nascimento. 
Posicionar o feto em posição adequada para simulação do 
mecanismo de parto (apresentação cefálica, situação 
longitudinal, occípto esquerda anterior ou occípto esquerda 
anterior). Ajustar os parâmetros no controle Noelle dos 
batimentos cardiofetais desejados e duração do trabalho de 
parto; 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições da parturiente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento; 
 Promover um ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação 
e privativo. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar o histórico obstétrico e período 
clínico do parto em que a parturiente se encontra; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se à paciente e ao acompanhante; 
 Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar a parturiente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para a paciente; 
 Reunir o material; 
 Realizar a assepsia com antisséptico nas coxas, região 
perineal e vulva; 
 Auscultar os BCF durante o intervalo das contrações; 
 Caso o período expulsivo torne-se prolongado, a parturiente 
deverá ser reavaliada. Isto é, verificar se a dilatação está 
efetivamente completa e se a apresentação está 
suficientemente descida e em caso afirmativo verificar se as 
contrações são efetivas; 
35 
 
 
 Durante a expulsão da cabeça, deve-se apoiar a cabeça com 
uma mão e, se possível, proteger o períneo com a outra mão 
para evitar lacerações; 
 Para se libertar o ombro anterior, pega-se na cabeça com as 
mãos e faz-se uma tração suave em direção ao sacro materno. 
Para se libertar o ombro posterior faz-se uma tração suave em 
direção à sínfise púbica; 
 Após o período expulsivo, avaliar a vitalidade do RN e se 
APGAR > ou = a 8 posicionar o RN em contato pele-a-pele com 
a mãe no mínimo 1 hora após o parto; 
 Aguardar o intervalo de 1 a 5 minutos, quando o cordão parar 
de pulsar, pinçar o cordão umbilical com o clamp e uma pinça 
hemostática e em seguida realizar o corte do mesmo. 
*OBSERVAR O SIMULADOR DE PARTO NOELLE REALIZAR AS 
ETAPAS DO MECANISMO DE PARTO: Insinuação (a cabeça do feto 
penetra na pelve com a sutura sagital alinhada no diâmetro 
transverso); Descida (ocorre de modo intermitente com as 
contrações); Rotação interna (o diâmetro ântero-posterior da cabeça 
fica alinhado ao diâmetro ântero-posterior da abertura inferior da 
pelve); Desprendimento (a cabeça emerge graças a extensão sob a 
sínfise púbica junto com os ombros); Rotação externa (a cabeça gira 
ao contrário e leva o occípto a se movimentar cerca de 45º de volta a 
sua posição esquerda ou direita original); Expulsão (ocorre a expulsão 
do restante do corpo mais suavemente após a passagem da cabeça 
e dos ombros anterior e posterior); 
 Avaliar a vitalidade do recém-nascido (RN) por meio dos 
parâmetros do boletim de APGAR; 
 Posicionar o RN em contato pele-a-pele com a mãe; 
 Cobrir o RN com o campo cirúrgico para evitar perda de calor; 
 Aguardar de 1 a 5 minutos para realizar o clampeamento do 
cordão umbilical; 
 Após o clampeamento posicionar o RN de forma favorável a 
prática do aleitamento materno; 
36 
 
 
 Prestar assistência ao 3º período clínico do parto 
(delivramento); 
 Preparar e administrar 10UI de ocitocina IM no vasto lateral da 
coxa ou deltoide; 
 Avaliar se houve o desprendimento e descida da placenta; 
 Avaliar o mecanismo de delivramento da placenta 
(Baudelocque-Schultze ou mecanismo de Baudelocque-
Duncan); 
 Avaliar a presença dos cotilédones e membranas da placenta; 
 Posicionar a puérpera em posição confortável; 
 Aguardar o tempo de no mínimo uma hora com o RN em 
contato pele-a-pele e de no mínimo duas horas no centro 
obstétrico; 
 Explicar para os discentes o processo fisiológico que acontece 
com a mulher durante o 4ª período clínico do parto (período de 
Greenberg: miotamponagem, trombotamponagem, avaliação 
dos SSVV, loquiações, estado emocional, cuidados com a 
higiene íntima, primeiros cuidados com o RN, amamentação); 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer à paciente e se despedir; 
 Elaborar a evolução de enfermagem e registrar em prontuário. 
 
16. AUSCULTA FETAL INTERMITENTE 
Habilidade a ser desenvolvida: Ausculta fetal intermitente. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; conhecer 
o desenvolvimento embrionário; reconhecer os materiais necessários para o 
desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
37 
 
 
 Bandeja; 
 Estetoscópio fetal (estetoscópio de Pinard, fetoscópio ou 
monitor manual de ultrassom Doppler); 
 Luvas de procedimento se necessário. 
2 - Preparar o ambiente; 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições da paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento; 
 Promoverum ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação 
e privativo. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica da paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se à paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para a paciente; 
 Reunir o material; 
 Posicionar a gestante em decúbito dorsal, com o abdômen 
descoberto; 
 Identificar o dorso fetal, pela palpação e perguntando à 
gestante em qual lado ela sente mais os movimentos fetais (o 
dorso estará no lado oposto); 
 Segurar o estetoscópio de Pinard pelo tubo, encostando a 
extremidade de abertura mais ampla no local previamente 
identificado como correspondente ao dorso fetal; 
 Encostar o pavilhão da orelha na outra extremidade do 
estetoscópio; 
38 
 
 
 Fazer, com a cabeça, leve pressão sobre o estetoscópio e, só 
então, retirar a mão que segura o tubo; 
 Quando disponível, utilizar o sonar doppler; 
 Procurar o ponto de melhor ausculta dos BCF na região do 
dorso fetal; 
 Controlar o pulso da gestante para certificar-se de que os 
batimentos ouvidos são os do feto, já que as frequências são 
diferentes; 
 Contar os batimentos cardíacos fetais por um minuto, 
observando sua frequência e seu ritmo; 
 Avaliar resultados da ausculta dos BCF; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer à paciente e se despedir; 
 Registrar os BCF na ficha perinatal, no Cartão da Gestante ou 
partograma. 
 
17. AVALIAÇÃO PUERPERAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Assistência à mulher no período puerperal 
mediato. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; 
reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 2 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Bandeja; 
 Luvas de procedimento se necessário; 
 Fita métrica inelástica; 
2 - Preparar o ambiente; 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
39 
 
 
 Reconhecer as condições da paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento; 
 Promover um ambiente calmo, silencioso, com boa iluminação 
e privativo. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica da paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se à paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para a paciente; 
 Reunir o material; 
 Posicionar a puérpera em decúbito dorsal, com o abdômen 
descoberto; 
 Avaliar o útero por meio da inspeção e palpação com as duas 
mãos: observar se está com consistência firme, indolor a 
palpação. Medir e verificar altura uterina (15 cm diminuindo 
cerca de 1cm/dia); 
 Avaliar as mamas por meio da inspeção e palpação: avaliar 
simetria, presença de leite/colostro, sinais de ingurgitamento e 
pega. Para avaliar a pega (apreensão correta mamiloareolar 
pelo bebê) é necessário que esta região esteja amolecida, para 
tanto, deve-se realizar o teste de flexibilidade que consiste em 
apreender a região com as pontas dos dedos e executar 
movimentos de flexão (inferosuperior e laterolateral); 
 Avaliar os lóquios por meio da inspeção e olfato: observar cor, 
volume, conteúdo, período e cheiro: 
40 
 
 
- RUBRA – cor vermelha; cerca de 50g; composto de sangue, 
produtos fibrosos, células teciduais, plasma, hemácias e 
leucócitos; ocorre nos primeiros 3 a 4 dias; cheiro de carne. 
- FUSCA – cor rosa e marrom; cerca de 15-20g; composto de 
sangue reduzido, plasma, fragmento de tecido histolizado; 
ocorre do 4º ao 10º dia; cheiro de carne. 
- FLAVA – cor amarelada; cerca de 15-20g; composto de 
exsudação serosa, células deciduais, muco cervical e flora; 
ocorre do 11º ao 14º dia; cheiro de esperma. 
- ALBA – cor branca; cerca de 15-20g; composto de células 
deciduais degeneradas, leucócitos e muco; ocorre do 15º ao 
final do puerpério; não tem cheiro. 
 Avaliar a episiorrafia ou ferida operatória por meio da inspeção 
e palpação: observar características da cicatrização; 
 Pesquisar Sinal Homans (trombose venosa profunda): com a 
paciente em decúbito dorsal realizar a dorsiflexão do pé e 
observar presença de dor que quando é positiva a paciente 
refere dor na panturrilha e mensurar o diâmetro da panturrilha 
direita e esquerda; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer à paciente e se despedir; 
 Realizar as anotações da avaliação no prontuário da paciente. 
 
18. BANHO NO LEITO 
Habilidade a ser desenvolvida: Higienização do corpo ou parte dele realizado 
no próprio leito do paciente. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do organismo; reconhecer os materiais 
necessários para o desenvolvimento da técnica. 
Repetir: No mínimo 2 vezes. 
Passo Descrição 
41 
 
 
1 - Reunir o material: 
 Biombo; 
 Algodão e cotonete; 
 Gazes (limpeza dos olhos); 
 Compressas; 
 Roupa de cama (fronha, camisola e toalhas de banho e rosto, 
lençóis, cobertor); 
 Luvas de procedimento; 
 Sabonete líquido ou similar; 
 Hidratante ou similar; 
 Escova de dente ou espátula enrolada com gaze; 
 Espátulas; 
 Creme dental ou solução dentifrícia (antisséptico bucal ou 
bicarbonato de sódio a 2% diluído); 
 Copo com água; 
 Lubrificante para os lábios S/N; 
 Cuba rim ou similar; 
 Uma ou duas bacias; 
 Um balde (desprezar a água utilizada); 
 Comadre forrada com papel toalha; 
 Jarra com água; 
 Material para desinfecção concorrente; 
 Pente/escova de cabelo; 
 Recipiente para lixo (hamper); 
 Funil (saco de lixo plástico com as duas extremidades abertas 
e a lateral até o meio envolvendo um cobertor/lençol enrrolado 
em forma de arco) para unidade que não tem kit banho; 
 Tesoura pequena, escova para unha, aparelho de barbear e 
desodorante se necessário. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
42 
 
 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem ocorrer antes e após o 
procedimento; 
 Ambiente seguro, privativo, com iluminação e ventilação 
adequadas. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Reunir o material; 
 Avaliar condições físicas/mentais do paciente; 
 Conferir o material e colocar em mesa auxiliar ou cabeceira; 
 Colocar a roupa de cama no espaldar da cadeira. Fronha, 
camisola e toalhas no assento da mesma; 
 Soltar as roupas de cama; 
 Preparar ambiente: colocar biombo; fechar janelas se 
necessário; desligar refrigeração; 
 Clampear drenos; 
 Realizar higiene oral; 
 Providenciar hamper, evitando colocar as roupas no chão; 
 Desamarrar as tiras da camisola e tirá-la por baixo do lençol, 
não expondo o paciente; 
 Fazer coxim nos ombros colocando paciente em posição 
supina; 
 Colocar o rolo com o impermeável ou funil sob a cabeça do 
paciente; 
43 
 
 
 Colocar a escadinha próxima da cabeceira da cama. Forrá-lacom papel toalha e colocar o balde em cima da mesma. Colocar 
a extremidade mais fina do impermeável (bico do funil) dentro 
do balde; 
 Colocar as bolas de algodão nos ouvidos do paciente; 
 Irrigar, ensaboar, massagear e enxaguar o couro cabeludo com 
a polpa dos dedos; 
 Colocar o travesseiro no lugar; 
 Enxugar a cabeça com a toalha de banho que estava sobre o 
travesseiro e retirar as bolas de algodão do ouvido; 
 Limpar os ouvidos com cotonetes; 
 Lavar os olhos com gaze úmida sem sabão (distal-proximal); 
 Ensaboar, enxaguar, enxugar e secar o rosto, orelhas e 
pescoço anterior e posterior; 
 Limpar nariz com cotonetes; 
 Dobrar o lençol em leque até a cintura. Proteger o tórax com a 
toalha de banho no sentido transversal. Colocar os membros 
superiores sobre a mesma; 
 Ensaboar, enxaguar e enxugar o antebraço, braço, clavícula e 
por último a axila, no sentido de baixo para cima friccionando e 
fazendo movimentos circulatórios começando do lado distal 
para o proximal; 
 Mergulhar as mãos na bacia, ensaboar, enxaguar e enxugá-
las; 
 Ensaboar, enxaguar e enxugar o tórax e abdome; 
 Abaixar o lençol em leque dos membros inferiores até o 
abdome; 
 Colocar a toalha de banho, no sentido longitudinal, sob os 
membros inferiores; 
 Ensaboar, enxaguar e secar, no sentido de baixo para cima 
friccionando e fazendo movimentos circulatórios; 
 Colocar um dos pés na bacia, lavar, enxaguar e secar. Em 
seguida fazer proceder da mesma forma no outro pé; 
44 
 
 
 Colocar comadre forrada sob as nádegas; 
 Pedir ao paciente para fletir as pernas mantendo-as separadas; 
 Irrigar, ensaboar, enxaguar e secar a região pubiana e anterior 
da coxa; 
 Realizar higiene íntima; 
 Retirar a comadre e enxugar com a toalha e posicionar o 
paciente em decúbito lateral; 
 Ensaboar e enxugar as costas, coxa posterior, glúteos e 
interglúteos; 
 Massagear, com hidratante ou similar (AGE), as costas no 
sentido do retorno venoso, coxa posterior e glúteos; 
 Trocar a roupa de cama fazendo a desinfecção concorrente 
com álcool a 70% ou similar; 
 Massagear com hidratantes os membros superiores no sentido 
do retorno venoso; 
 Colocar a camisola ou pijama e pentear os cabelos; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer à paciente e se despedir; 
 Realizar as anotações da avaliação no prontuário da paciente. 
19. CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO 
Habilidade a ser desenvolvida: Cateterismo venoso periférico. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede venosa periférica do corpo 
humano; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica; reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Bandeja; 
 Agulhas ou cânulas (scalpe ou cateter flexível); 
 Torniquete (garrote); 
45 
 
 
 Luvas de procedimento; 
 Esparadrapo/micropore; 
 Caneta; 
 Algodão embebido em álcool 70%. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem acontecer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Reunir o material; 
 Avaliar as condições clínicas e a experiência prévia do paciente 
bem como sua preferência pelo local de punção; 
 Auxiliar o paciente a sentar-se de modo confortável ou se 
colocar em posição de decúbito dorsal horizontal em um local 
com boa iluminação; 
 Manter-se posicionado na altura do paciente; 
 Preparar equipo e/ou soluções intravenosas (IV): fechar a pinça 
de controle de fluxo de equipo, para posteriormente retirar a 
bainha protetora sobre a ponta do equipo conectando-o à bolsa 
ou frasco de solução. 
 Preparar seringas com medicamentos IV; 
46 
 
 
 Encher o equipo de infusão com solução venosa lentamente. 
Deve-se comprimir a câmara de gotejamento e soltar, isso 
permite que ela encha um terço à metade; 
 Certificar-se que o equipo está sem ar ou bolhas. Caso 
contrário, eliminar com pequenas batidas. O equipo deve 
possuir solução em toda sua continuidade incluindo múltiplas 
portas; 
 Calçar luvas de procedimento; 
 Identificar uma veia acessível. Aplicar um torniquete de 10 a 15 
cm acima do local de inserção proposto. Não aplicar um 
torniquete muito apertado. Pode-se aplicar o torniquete em 
cima de uma fina camada de tecido; 
 Selecionar a veia considerando a superfície dorsal e ventral das 
extremidades superiores do braço não dominante e observe se 
houver muitos pelos, realizar tonsura. Evitar áreas dolorosas a 
palpação e escolher veias calibrosas e retas, local que não 
interfira nas atividades de vida diária. Palpar a veia com o dedo 
indicador pressionando-a para baixo e observar a sensação 
elástica, macia e que faz a veia saltar levemente enquanto a 
pressão é liberada; se possível coloque a extremidade em 
posição pendente; evitar bifurcações e locais já puncionados, 
vasos infiltrados ou com flebite. Escolher o calibre adequado 
para o jelco ou cateter flexível; 
 Realizar a antissepsia do local no sentido aspiral, de dentro 
para forra, utilizando algodão umedecido em álcool a 70%, com 
movimentos em sentido único, utilizando as várias faces do 
algodão, com atenção para não tocar a área após realizar a 
antissepsia; 
 Fixar a veia colocando o polegar sobre ela e, delicadamente, 
apertar a pele distal numa distância de 4 a 5 cm, e considerar: 
cateter intravenoso periférico com bisel para cima, em um 
ângulo de 10 a 30 graus, ligeiramente distal ao local da punção 
venosa na direção da veia. Se escalpe segurar a agulha em 
47 
 
 
ângulo de 10 a 15 graus com bisel para cima, ligeiramente distal 
ao local real da punção venosa; 
 Observar o retorno venoso pelo jelco ou escalpe, indicando que 
a agulha penetrou na veia. Cateter intravenoso periférico 
avançar para dentro da veia e em seguida soltar o estilete (guia 
mandril), fixar o mandril e introduzir o cateter flexível. Escalpe: 
continuar a manter a pele esticada e avançar até a introdução 
total; 
 Estabilizar a punção venosa com a mão não dominante 
fazendo uma pressão 3 cm acima do acesso, em seguida retire 
o torniquete com a mão dominante; 
 Realizar fixação com um curativo de poliuretano com bordas 
reforçadas ou um cateter periférico tradicional combinado a um 
dispositivo adesivo específico para estabilização. Cobrir com 
cobertura semioclusiva ou membrana transparente 
semipermeável. Gaze e fita adesiva estéril apenas quando a 
previsão de acesso for menor que 48h. Caso a necessidade de 
manter o cateter seja maior que 48h não utilizar a gaze para 
cobertura devido ao risco de perda do acesso durante sua 
troca; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Retirar luvas e higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Fazer as anotações no prontuário do paciente e checar o 
procedimento, data e hora do acesso, tamanho e extensão do 
calibre no prontuário. 
 
20. COLETA DE HEMOCULTURA 
Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de sangue para cultura. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; reconhecer a anatomia do sistema venoso; reconhecer os 
materiais necessários para o desenvolvimento da técnica. 
48 
 
 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Luvas deprocedimento; 
 Avental indicado para precaução de contato; 
 Máscara cirúrgica; 
 Óculos de proteção; 
 Etiqueta ou esparadrapo para identificação; 
 Agulha estéril de acordo com a quantidade de amostras, com 
calibre apropriado para punção venosa (Ex.: 25x7); 
 Seringa estéril de 10 ml de acordo com a quantidade de 
amostras; 
 Antisséptico (Álcool a 70%, clorexidina e iodo-povidona); 
 Garrote; 
 Algodão ou gaze estéril; 
 Frasco para hemocultura; 
 Caixa térmica para transporte de amostras. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem acontecer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
49 
 
 
 Reunir o material; 
 Observar precauções padrão de biossegurança; 
 Colocar o garrote e pedir ao paciente que abra e feche as mãos 
várias vezes, finalmente deixando o punho fechado; 
 Palpar levemente as veias do paciente, escolhendo uma veia 
firme, pulsante e maleável; 
 Higienizar o local da punção proposto friccionando com um 
agente antisséptico (iodo-povidona, álcool a 70% ou 
clorexidina) com movimentos circulares a partir do local 
escolhido por cerca de 5cm. Deixar secar de 1 a 2 minutos, 
sendo que o local de punção venosa não deve ser palpado 
após a desinfecção, a menos que se use uma luva estéril; 
 Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer 
assepsia prévia nas tampas com álcool 70%; 
 Utilizando agulha e seringa estéreis, inserir a agulha na veia e 
obter a quantidade de sangue desejada, mantendo a agulha 
firme. O volume ideal de sangue a ser coletado corresponde a 
10% do volume total do frasco de coleta, geralmente 10 ml para 
adultos e 0,5 a 5 ml para crianças; 
 Transferir vagarosamente o sangue para o interior do frasco de 
hemocultura. Após inoculação, misturar lentamente. Não se 
recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e 
distribuição do sangue no frasco de hemocultura; 
 Não contaminar a superfície externa do frasco de coleta e 
verificar se ele está firmemente vedado (caso ocorram 
respingos ou contaminação na parte externa do frasco, fazer 
descontaminação com álcool 70% ou outra solução 
descontaminante disponível); 
 Identificar apropriadamente a amostra e enviá-las 
imediatamente (em até 30 min.) ao laboratório juntamente com 
a solicitação médica devidamente preenchida; 
50 
 
 
 Aplicar no local puncionado pressão com gaze ou algodão. 
Limpar o local com álcool, especialmente quando foi utilizado 
iodo para assepsia prévia; 
 Desprezar agulhas em perfurocortante em local apropriado e 
os demais materiais em saco de lixo; 
 Repetir o procedimento de acordo com a quantidade de 
amostras solicitadas pelo médico; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Retirar luvas e higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente. 
 
 
 
21. COLETA DE GASOMETRIA ARTERIAL 
Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de gasometria arterial. 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia da rede arterial periférica do corpo 
humano; reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da 
técnica; reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. 
Repetir: No mínimo 4 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Equipamentos de proteção individual (máscara descartável, 
óculos de proteção e luvas de procedimento); 
 Seringa de 3ml; 
 Agulha 1,2x40 (rosa); 
 Agulha 0,7x25 (cinza) ou menor; 
 Heparina; 
 Algodão; 
 Álcool 70%; 
 Gaze; 
51 
 
 
 Tampa de borracha para ocluir a agulha; 
 Coxim. 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições do paciente e as possíveis 
intercorrências que podem acontecer antes e após o 
procedimento. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica do paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 Apresentar-se ao paciente e a seus familiares; 
 Certificar-se da identidade do paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento; 
 Providenciar privacidade para o paciente; 
 Reunir o material; 
 Observar precauções padrão de biossegurança; 
 Estender o braço, com a palma da mão para cima e 
hiperextender o punho apoiando-o; 
 Sobre o coxim (para deixar a artéria radial o mais superficial 
possível), identificar a artéria radial palpando o processo 
estiloide do rádio e o tendão dos flexores do carpo, sentindo-se 
o pulso radial entre essas duas estruturas anatômicas; 
 Colocar luva; 
 Limpar o local da punção com o algodão embebido em álcool 
70%; 
 Heparinizar a seringa com a agulha rosa (aspira a heparina e 
devolve no frasco); 
 Trocar agulha rosa pela agulha de menor calibre; 
52 
 
 
 Palpar o pulso radial usando a mão não dominante (polpa 
digital dos dedos indicador e médio); 
 Com a mão dominante, inserir a agulha em ângulo de 30-45º 
em direção cefálica logo abaixo do local onde está palpando o 
pulso; 
 Avançar a agulha lentamente até que o sangue arterial flua 
espontaneamente para a seringa. Coletar no mínimo 1ml 
(idealmente, coletar 3ml); 
 Retirar a agulha e comprimir imediatamente com a gaze, 
fazendo pressão por 5 minutos; 
 Retirar as bolhas da seringa e tampar a agulha (“espetar” na 
tampinha de plástico ou silicone); 
 Retirar as luvas; 
 Identificar a seringa com o nome do paciente; 
 Encaminhar imediatamente para laboratório em bolsa térmica 
com gelo; 
 Guardar o material e deixar paciente confortável; 
 Higienizar as mãos; 
 Agradecer ao paciente e se despedir; 
 Registrar o procedimento no prontuário do paciente. 
22. COLETA DE MATERIAL PARA CITOPATOLOGIA ONCÓTICA 
(PAPANICOLAU) 
Habilidade a ser desenvolvida: Coleta de material para citopatologia oncótica 
(papanicolau). 
Habilidade previamente desenvolvida (Pré-requisito): Conhecer a técnica de 
lavagem das mãos; conhecer a anatomia do sistema genital feminino; 
reconhecer os materiais necessários para o desenvolvimento da técnica; 
reconhecer as indicações e contraindicações da técnica. 
Repetir: No mínimo 3 vezes. 
Passo Descrição 
1 - Reunir o material: 
 Luva de procedimento; 
53 
 
 
 Foco de luz; 
 Maca ginecológica; 
 Lençol de maca e lençol de papel; 
 Lâmina com extremidade fosca; 
 Espátula de Ayres; 
 Escova cervical; 
 Espéculo vaginal de aço inox (nº 0, 1, 2 e 3) ou espéculo 
descartável tamanho pequeno ou médio; 
 Gazes; 
 Porta lâmina com ranhura com etiqueta para identificação; 
 Solução para fixar (álcool absoluto). 
2 - Preparar o ambiente: 
 Orientar quanto ao procedimento a ser realizado; 
 Reconhecer as condições da paciente e as possíveis 
intercorrências que podem acontecer antes e após o 
procedimento; 
 Assegurar ambiente seguro, confortável e com privacidade. 
3 - Desenvolvimento da técnica: 
 Ler o prontuário e identificar indicação do procedimento e 
história clínica da paciente; 
 Higienizar as mãos e usar EPI’s; 
 
 Apresentar-se à paciente e/ou acompanhante; 
 Certificar-se da identidade da paciente por meio da utilização 
de dois identificadores, conferindo com o prontuário; 
 Orientar a paciente e/ou acompanhante quanto ao 
procedimento;

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