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2 BIMESTRE - CONTRATOS

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Anastácio Nascimento
anastacio.nascimento007@gmail.com
Professor Charles 
E-mail: charlesadv@gmail.com
CONTRATOS – 2° BIMESTRE
30/04/20
Contratos em Espécie:
Compra e venda (art. 481- 532) conceito no art. 481:
Contrato pelo qual uma das partes se obriga a transferir o domínio de uma coisa à outra parte mediante pagamento de um preço em dinheiro.	Comment by Anastacio Nascimento: Não há COMPRA e VENDA sem DINHEIRO.
Toda COMPRA e VENDA é SINALAGMÁTICA.
Para perfectibilizarão (art. 1267) é necessária a tradição jurídica- ato material de transferência de domínio que perfectibilizada TODO negócio jurídico. (com a tradição, acompanha-se a transferência de domínio). 	Comment by Anastacio Nascimento: Para o mundo jurídico brasileiro ninguém é proprietário de um bem antes da tradição.	Comment by Anastacio Nascimento: É o mesmo que transferência de propriedade.
Transferência de domínio não é tradição, mas em regra: a tradição acompanha a transferência de domínio, propriedade.
Transferência de propriedade de:
· TRADIÇÃO: bens móveis
· REGISTRO IMOBILIÁRIO: bens imóveis
· EXCEÇÃO À REGRA: art. 1361, CC – Alienação fiduciária. Transmite a propriedade independentemente de tradição.
· EXCEÇÃO À REGRA: Reserva de domínio. Não transfere a propriedade enquanto não pagar todo preço.
Ato físico de transferir o bem, nem sempre faz transferência de domínio. Podem ocorrer em momentos dissociados 
Se a coisa se inviabiliza já acontecido o pagamento, mas sem tradição a coisa perece para o dono. Se a tradição já ocorreu não devolv9e o pagamento- res perit domino
Exceções: quando tradição não acompanha a transferência de propriedade 
Se entrega para outro, o comprador não pode reclamar com o terceiro de boa-fé. Ele tem direito de exigir a perfectibilizarão da compra e venda, a entrega do bem. Pode pedir devolução do valor pago. 
Com a tradição imperfeita o agente causador do dano ficará obrigado a:
1- Cumprir o disposto na compra e venda de forma forçada
2- Poder exigir o dinheiro pago de volta 
3- Na impossibilidade de cumprimento da obrigação, pedir perdas e danos 
Natureza da Compra e Venda: 
a) Sinalagmático (obrigações recíprocas: comprador paga o preço e vendedor tem obrigação de dar, transferir); 
b) Consensual art. Art. 482, CC (forma é exceção- pode ser solene, mas não é sempre! Art. 108- valor acima de 30 Salário mínimo precisa de escritura pública); Ex: imóveis (escritura pública + registro).
c) Oneroso (mútuos bônus e ônus) para ambas as partes;
d) Comutativo (obrigações certas e determinadas) - pode ser aleatório. As partes aferem com antecipação, os ônus e bônus, sendo as prestações equivalentes. Pode ser aleatório.
Elementos da Compra e Venda:
1) Coisa;
2) Preço:
3) Consentimento;
4) Exceção: A Forma;
Coisa- objeto que pode ser colocado no mercado e aferível economicamente.	Comment by Anastacio Nascimento: Representa qualquer elemento de conteúdo econômico que integre o patrimônio do vendedor e que seja suscetível de alienação.
1) Coisa: Corpórea ou incorpórea. É permitida a venda sobre coisa futura ou potencial. Ex: frutos esperados de uma colheita (lembram do Emptio Spei e Separatae)? Deve ser individuada (determinável e determinada). Deve ser bem do comércio. 
Deve ser possível de ser transferida (não se aliena coisas de terceiros nem se compra a própria coisa).
Futura ou determinada- empio spei e emptio spei sperate 
2) Preço- EM DINHEIRO ou REPRESNETANTE EM DINHEIRO (troca de bem por dinheiro). Deve ser sério, real e firme, proibido o animus jocandi (trolagem, brincadeira) em relação a preço. Diferença entre permuta- bem por bem. 	Comment by Anastacio Nascimento: Exemplo: falar que um apartamento de 100m² custa 10,00 reais.
PREÇO é a contraprestação devida pelo comprador em decorrência do direito de propriedade adquirida do vendedor. 
• O preço tem que ser estabelecido em dinheiro e em moeda corrente nacional, não podendo ser fixado em moeda estrangeira ou fixa-lo em quantias fechadas, como um salário mínimo. 
• Casos em que a coisa é paga em dinheiro e bens – DUAS QUESTÕES DOUTRINÁRIAS: 
1. O contrato se torna aquele da qual se dá a prestação de maior valor (se é dinheiro, temos uma compra e venda, se é objeto, permuta). 
2. Nessa hipótese, temos um contrato misto, que é um contrato formado pela união de outros contratos já existentes. 
• O preço pode ser determinado pelas partes, chamado de convencional, ou determinável. 
• Preço determinável é aquele em que as partes estabelecem parâmetros para que o preço venha a ser determinado quando do pagamento. Esses parâmetros de Determinabilidade do preço podem ser de três espécies: Arts. 485, 486 e 487, CC. 
- Determinado por um terceiro – partes elegem um terceiro para que diga qual será o preço do negócio. Normalmente esse terceiro é um expert no bem. 
- índices, Taxas.
- Parâmetros financeiros – parâmetros de mercado, como a tabela Fipe. 
• Art. 489 - Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das partes a fixação do preço.
- Nos casos de compra em estabelecimento, os preços das prateleiras são propostos, e cabe ao consumidor aceitar ou não. 
• Art. 482. A compra e venda, quando pura, considerar-se-á obrigatória e perfeita, desde que as partes acordarem no objeto e no preço.
• Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.
• Um contrato de compra e venda que não apresenta o preço, em regra, é nulo. Não é o valor, mas precisa-se explicitar um modo acordado em que se poderá chegar ao valor. Caso não seja estabelecido regulações sobre o preço, em teoria o contrato é nulo. Mas, o Art. 488 tenta validar os contratos feitos desse modo. – Fixando o preço naquele que é habitual da venda desse item, por isso, para que esse dispositivo possa ser aplicado, existe a necessidade de haver uma habitualidade de preços pelo vendedor, que, caso não exista, não valida o dispositivo e o contrato volta a ser nulo.
3) Consentimento: relativamente e absolutamente incapazes só podem comprar e vender mediante representação ou assistência.	Comment by Anastacio Nascimento: Ambas as partes convirjam as suas vontades, no sentido de que haja uma transferência de propriedade de determinada coisa, mediante uma contraprestação em dinheiro. É preciso que o vendedor queira vender e o comprador queira comprar. Existem restrições ao consentimento das partes. 
Ex¹: Art. 488. Convencionada a venda sem fixação de preço ou de critérios para a sua determinação, se não houver tabelamento oficial, entende-se que as partes se sujeitaram ao preço corrente nas vendas habituais do vendedor.Parágrafo único. Na falta de acordo, por ter havido diversidade de preço, prevalecerá o termo médio.
- Isso não se aplica a doação, porque nesse caso possuímos a antecipação de herança. 
Ex²: Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade;
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito.
Ex³: Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.- Condomínio é uma copropriedadedo mesmo bem, e por isso cada dono tem direito a uma quota parte do todo.
Legitimidade: não pode haver restrições legais para comprar e vender. Ex: pessoa casada, não pode vender bens imóveis sem outorgar do cônjuge. Exceto separação absoluta de bens.
Existe ainda a possibilidade de algumas modalidades de compra e venda exigirem consentimento especializado para ocorrer (ex. casamento com comunhão de bem, pai vender para um dos filhos)
Ex: pai vende bem ao filho sem consentimento dos demais.
Ex: Tutor, curador, leiloeiro e administrador não podem comprar bens que estão sob sua guarda e administração.
· Advogado com procuração não está proibido de comprar bens do cliente a não ser que o advogado esteja atuando expressamente como administrador dos bens do cliente.
· Bens do condomínio só podem ser vendidos a terceiros se antes forem ofertados aos próprios condôminos. Condôminos tem preferência sobre os bens do condomínio 
Exceção: observância da forma- lei só prevê no art. 108, só assim é exigível 
IMPORTANTE:
TRADIÇÃO: ato de eficácia e concretude a compra e venda.
ATO MATERIAL DA COMPRA E VENDA = tradição.
TRANSFERÊNCIA DE DOMÍNIO: de regra, acompanha a tradição, mas pode existir tradição sem transferência de propriedade.
JAMAIS CONFUNDIR!!!
Ex 1: sobre comprar uma coxinha e após pagar o salgado, eu tropeço e caio. Quem será o prejudicado? Eu. 
Ex 2: sobre comprar uma coxinha e antes de pagar o salgado, eu tropeço e caio. Quem será o prejudicado? A lanchonete.
Fundamento: como a coisa ainda não foi paga a coisa ainda pertence ao proprietário.
Ex 3: financiei um apartamento, não quitei as prestações e pegou fogo, quem fica prejudicado? O banco. É por isso que o banco te empurra aquele seguro contra incêndio.
Res Perit Domino (a coisa perece para quem tem o domínio).
Obs.: Professor, no exemplo da cantina, a transferência de domínio só ocorre quando eu dou o dinheiro? Se eu só pegar a coxinha, só há tradição? Sim
Consequências da compra e venda:
1- Vendedor tem que entregar a coisa livre e desimpedida. Deve entregar a coisa e seus acessórios e o comprador deve pagar o preço. O vendedor não é obrigado a entregar as pertenças.
Comprador tem que entregar o preço- se a venda for a crédito, vendedor entrega antes e recebe o preço depois. Na compra e venda à vista vigora a exceção de contrato não cumprido.
· Venda a credito: o vendedor está obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço.
· Venda a vista (imediata): o vendedor não se obriga a entregar a coisa antes de receber o preço, é o comprador pode não pagar se ver que não vai receber a coisa podendo consignar o preço em juízo. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO.
2- Obrigação perante o CDC nas relações de consumo contra evicção, vício aparentes e ocultos. 	Comment by Anastacio Nascimento: Vendedor fica responsabilizado por prejuízos decorrentes de evicção, vícios redibitórios e aparentes.
3- Regra Res Perit Domino - A coisa perece para o dono. Antes da tradição quem é o dono? É o proprietário.
Mora do Comprador em receber: o risco passa a ser integral seu – exonera o vendedor. A regra do Art. 492, §2° do CC diz que o comprador responde pelos riscos da mora accipiendi- ex. se atrasa pela compra e objeto se impossibilitou naquele período 
Mora accipiendi – mora do credor;
Mora solvendi – mora do devedor;
Cláusulas especiais da compra e venda - não podem ser presumidas, devem estar explícitas no contrato. 
a- Retrovenda art. 505- clausula que dá o direito ao vendedor de no prazo de até 3 anos contados do registro reaver o imóvel vendido, devolvendo o preço e todas as despesas feitas pelo comprador- espécie de direito de arrependimento. A retrovenda torna a propriedade resolúvel pois retorna às partes para o status quo.	Comment by Anastacio Nascimento: Quando o vendedor vende o bem, mas reserva o direito de recobrar o bem em até três anos. Restituindo ao comprador o que pagou, mais as despesas do contrato e as benfeitorias. Nesses casos o comprador possui uma propriedade resolúvel, porque está sujeita a uma condição resolutiva. Evento futuro e incerto – condição. Quando tira um direito, é condição resolutiva. Eficácia real – a retrovenda tem oponibilidade erga omnes, pode ser oponível a qualquer um que possua a propriedade do bem. Não é recomendável utilizar em bens móveis, mas é possível.	Comment by Anastacio Nascimento: Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
A retrovenda torna a propriedade resolúvel pois o vendedor, exercendo seu direito no prazo, desfaz a compra e venda como se ela nunca tivesse existido- direito se transmite aos herdeiros e pode ser exercido contra terceiros. Prazo é decadencial.
04/05/20
b- Venda sujeita a contento e sujeita a prova (art. 510 e seguintes). Condição suspensiva, depende, para se perfectibilizar, do agrado do comprador. Enquanto não der o seu agrado, é espécie de empréstimo, comodatário. Se neste período de empréstimo houver dano ao bem, o comprador fica obrigado a indenizar. É direito personalíssimo que não se transmite a terceiros ou herdeiros. 	Comment by Anastacio Nascimento: Cláusulas que condicionam suspensivamente a transferência da propriedade a uma manifestação de concordância do comprador, que pode ser baseada em critério puramente subjetivo “venda a contento”, ou objetivos “venda sujeita a prova”. Contento – venda que é realizada para permitir que o comprador possa avaliar as características da coisa. Ex: venda de tecidos – o comprador pode dizer que não gostou do tecido, não é objetivo, e mesmo assim a venda perde a eficácia. No contento, quando o comprador vai demonstrar o desagrado, não necessita de motivos objetivos. A venda a contento faz com que os efeitos da tradição se tornem suspensos. Sujeita a Prova – o comprador apresenta critérios que provem que o bem adquirido não possuía uma das características que foram atribuídas ao bem, o que faz com que a venda perca a eficácia. O desagrado do comprador tem de estar conjunto a prova de ausência de uma das características que o bem deveria possuir.Se diferem do arrependimento e do Vício Redibitório porque nos casos da venda por contento e da venda sujeita a prova, tem a tradição sem efeito de transferência de propriedade, que só ocorre se uma condição vier a ser real (por exemplo, o bem realmente possuir a característica visada). E, no arrependimento e no vício redibitório, a tradição altera a propriedade do bem.
Enquanto o comprador não der o seu agrado, os efeitos da compra e venda ficam paralisados, neste tempo de paralização é que vigora o empréstimo. Se não dá contento a relação de compra e venda se desfaz. É uma exceção da regra de a tradição acompanhar a transferência de domínio.
Não vigora a regra res perit domino. Dono da ótica é dono do bem até eu dar contento, mas eu danificar o bem, eu sou obrigado a ressarcir. A coisa perece para quem está usando.
c- Venda sujeita a prova (art. 510 CC) - presume que se o objeto, produto ou serviço tiver as qualidades previstas, a pessoa do contratante fica obrigada a comprar. Não está ligada ao contento. Se limita a cumprir descrição técnica e qualidade do produto.	Comment by Anastacio Nascimento: O comprador deverá prova-la venda sujeita a experimentação ou ensaio. Esta venda não se sujeita ao capricho do comprador provado. Não poderá não gostar ou arrepender-se assim, responderá por perdas e danos e o vendedor poderá obrigar a compra e venda. O silencio do comprador importa aceitação presumida é direito personalíssimo – não estende a herdeiros.Ex: desafio Activia – satisfeita ou seu dinheiro de volta.
Esta venda não se sujeita ao capricho do comprador porque, tendo o produto ou o serviço as qualidades descritas, ainda que o comprador tenha provado e não gostado, a compra e venda será obrigatória.
Igualmente é umdireito personalíssimo, não se transmite a terceiros ou herdeiros.
d- Preempção ou Direito de preferência (art. 513): direito de preferência do vendedor de readquirir a coisa que vendeu caso o comprador vier a vender depois.
É quando o comprador se obriga a oferecer a coisa comprada ao vendedor, que tem o privilégio de exercer o direito de recompra antes que a coisa seja oferecida aos demais.
Está sujeito a um duplo prazo: de vigência do direito (180 dias se a coisa for bem móvel e 2 anos se bem imóvel) e de exercício do direito (uma vez notificada que vai fazer a venda, tem prazo para exercer o direito).
O prazo de exercício é contado da ciência pelo vendedor de que o comprador quer vender a coisa. É prazo decadencial de 3 dias para bem móvel e 60 dias para bem imóvel.
É direito personalíssimo. Terceiros de boa-fé não serão prejudicados- a compra e venda não se desfaz, mas pode ser exigida perdas e danos do comprador. Se for terceiro de má fé, em conluio com o comprador, a venda se desfaz.
Prazo para exercer a preferência – art. 516 CC: prazo para exercer o direito decadencial de 3 dias se móvel, 60 dias, se imóvel, contado da oferta.
Diferente do prazo em que vigora a cláusula de preempção terceiro adquirente de boa-fé não será afetado se estiver em conluio com o comprador para fraudar a preferência será responsável solidário pelas perdas e danos.
e- Reserva de domínio (art. 521-528). É quando o vendedor se reserva no direito de propriedade e na posse indireta até o pagamento integral do preço, porque a propriedade só será adquirida pelo comprador com o pagamento da última parcela. tradição e transferência da propriedade não são conjuntas. Constitui uma garantia ao vendedor, é condição suspensiva da propriedade, evento futuro e incerto.	Comment by Anastacio Nascimento: Hipótese em que o vendedor vende o bem, mas mantém a propriedade. É muito aplicado nos casos de venda por parcelas. O comprador registra o bem, mas que não gera um efeito de transferência de propriedade até que pague sua obrigação. Essa cláusula, quando no caso concreto tem descumprimento de alguma obrigação, permite o ajuizamento da reintegração de posse. Os efeitos do registro estão suspensos, mas, a coisa perece para o comprador.
A tradição só transfere a posse precária ao comprador e a perfectibilidade da compra e venda fica sujeita a um elemento futuro e incerto (divergência doutrinária, alguns dizem que é evento certo porque você tem parcelas determinadas).
A reserva de domínio só se faz por escrito (art. 522), é clausula solene.
Para que tenha eficácia contra terceiros, a reserva deve ser registrada na matricula do bem- eficácia real.
Não pode ser feita em bens fungíveis, apenas em coisas certas e determinadas.
Não vigora regra res perit domino, aquele que está com a posse deve zelar como se proprietário fosse respondendo por eventuais danos.
A tradição não acompanha a transferência de domínio.
Não cabe reserva de domínio para bens fungíveis. 
Art. 524: Desde a tradição, embora o domínio seja de outra pessoa, o comprador responde pelos riscos da coisa - Não vigora a regra RES PERIT DOMINO.
f- Alienação fiduciária (art. 1.361 CC, decreto 611/ 69, LEI 9.514/97 e 13465/2017). Não há necessidade de processo judicial para que o banco retome o imóvel em caso de inadimplência após a notificação.	Comment by Anastacio Nascimento: Da propriedade resolúvel e posse indireta sobre um bem infungível, onde o devedor fiduciante ao transmitir a propriedade ao credor fiduciário se demite do seu direito de proprietário de modo que poderá vir a se tornar novamente proprietário quando quitar integralmente sua dívida com o agente financeiro. Há uma alienação de domínio, provisório porque ele foi feito e precisa retornar para o alienante logo, a propriedade e instrumento de garantia.Sempre é acessório de um contrato principal. Ex: compra e venda com alienação fiduciária/ mútuo com alienação fiduciária, etc. Só admite a forma escrita e com registro - EXIGE SOLENIDADE – para 1° art. 1361 CC. Não vigora a regra RES PERIT DOMINO – art. 1363, CC – o devedor assume o risco de a coisa perecer.Cabe para BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS - Lei 4.728/65 CC art. 1.361 CC.Em caso de inadimplemento, a coisa tem que ser vencida e o produto da venda abatido do débito - art. 1.364 a 1.366, CC. Art. 4° - Decreto 611/69 – se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor. Fica facultado ao credor requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva.O devedor (fiduciante) é o depositário do bem, logo responsável pelo mesmo. Se passar a terceiro ou se desfazer do bem, pode incidir em estelionato.
Conceitos: negócio jurídico pelo qual uma das partes adquire em confiança a propriedade de um bem se obrigando a devolver o mesmo tão logo venha a acontecer o evento a que se subordinava.
Realizada em favor do banco, que fica com a propriedade temporária do bem- garantia real do bem. O comprador vende a posição de comprador ao banco.
São duas relações distintas. Vendedor com comprador e comprador com o banco, tendo o bem como garantia. Devolve a posição de proprietário com o pagamento integral do preço.
Com o pagamento integral do preço, se perde o domínio do banco porque ele volta automaticamente para a propriedade do comprador/ devedor do financiamento 
Silvio Venosa: é compra e venda com o dono do bem e não com o banco. Não implica compra e venda com o banco, é negócio que visa garantir obrigação, é transmissão abstrata, simbólica da coisa, pois o alienante autoriza o comprador a continuar na posse imediata. 
Partes: devedor fiduciante (cliente do banco que pega o empréstimo) ele constitui em favor do banco a alienação fiduciária.
Credor fiduciário é o banco que recebe a alienação fiduciária em seu favor, quem empresta o dinheiro.
Lei de 97- o devedor fica com propriedade suspensa enquanto não pagar integralmente o preço
Constitui-se um direito real de garantia para que o credor fiduciário possa, se desejar, retomar o objeto vendido a qualquer tempo diante do inadimplemento do financiamento
Alienação acompanha o objeto independente de quem seja o atual proprietário, direito reipersecutório
Credor fiduciário:
Propriedade não é plena, integral, pois está sujeito a uma restrição e condição resolutiva.
Por mais que o banco queira ficar com o objeto, ele não pode. Com o pagamento da última parcela extingue o contrato.
Propriedade do devedor fiduciante está sob condição resolutiva- com a alienação ele fica suspenso de sua condição de proprietário, embora tenha posse imediata.
O devedor fiduciante se DEMITE de seu direito de propriedade em favor de um agente financeiro
É sempre ACESSÓRIA de um contrato principal
Art. 1361- alienação fiduciária é solene: escrita e com registro em cartório
Não vigora a regra Res Perit Domino- banco não perde o objeto em caso de deterioração. O devedor fica obrigado a pagar o dano. O devedor do banco se torna fiel depositário do bem.
Cabe para bens fungíveis e infungíveis.
Em caso de inadimplemento do devedor (1364 e 1366) o credor fiduciário não pode ficar com o bem. Vai se emitir na automática propriedade do bem e a partir disso ele é obrigado a fazer um leilão.
Pela lei da alienação fiduciária, o inadimplemento faz a propriedade ser automaticamente consolidada na mão do credor fiduciário e, a partir disso, ele terá que vender o objeto. Caso após a venda resida saldo de dívida, o credor tem o automático direito de mover um processo de execução para receber o saldo.
VENOSA: alienação fiduciária não é compra e venda, mas é relação de constituo possessório em favor do devedor.
Tantas pessoas físicas como jurídicas podem contratar alienação fiduciária. Não é exclusividade de banco. Art. 22 da lei de alienação. É impossível cumular garantias no objeto.
FLAVIO TARTUCE: alienação é espécie de penhora. Devedor do banco tinha a propriedade e também a posse direta e indireta do bem. Com a alienação fiduciária, tanto a propriedade quanto a posse indireta passam para o banco e o devedor,que antes possuía o bem em nome próprio, passa agora em possuir em nome alheio. Banco tem garantia transitória
Art. 26, p.1- aboliu processo judicial para que credor. Credor deve notificar o devedor para purgar a mora em 15 dias. Se não purga consolida a propriedade, sem processo judicial. Uma vez que a propriedade está consolidada, ele tem 30 dias para marcar o leilão da venda (art. 27).
07/05/20
Diferenças entre Reserva de Domínio e Alienação Fiduciária.
	Alienação fiduciária
	Reserva de domínio
	Bens móveis e imóveis.
	Só bem móveis.
	Objetos fungíveis e infungíveis.
	Só objetos infungíveis.
	Relação envolve terceiro: agente financeiro.
	Negociação direta entre comprador e devedor 
	Vendedor não fica com a propriedade, transfere temporariamente ao banco;
	Vendedor fica com a propriedade.
	Agente financeiro exige como garantia a alienação da propriedade após a tradição pelo vendedor;
	Vendedor dissocia a transferência de domínio da tradição.
	Dar garantia as instituições bancárias.
	Objetivo: dar maiores garantias para empresários- produtores de bens 
PERMUTA- TROCA – art. 533
Conceito: dar uma coisa por outra, que não seja em dinheiro (bem por bem). Não pode ser bem por serviço pois isso configura prestação de serviço.
Caracterização: típico contrato bilateral, oneroso, comutativo, consensual, podendo ser solene em caso de troca de imóveis.
É regulado pelas regras da compra e venda. Não se exige que objetos tenham o mesmo valor, mas se eles não tiverem o mesmo valor existe torna da diferença. Torna não é obrigação, mas se não querem partes tem que pactuar abrindo mão expressamente. Se a torna for maior do que a metade do total do negócio caracteriza-se compra e venda e não permuta. Ex. 1 objeto vale 100 mil e outro 30 mil, total do negócio é 130 mil e se a torna for superior a 35 mil, é compra e venda.	Comment by Anastacio Nascimento: É a parte que tem que ser devolvida em dinheiro. E para a grande maioria da doutrina e da jurisprudência este valor jamais poderá ser superior à metade do valor total do negócio.
Princípio Major Pars Ad Se Minorem Trahit- se parte em dinheiro for superior é venda e troca se o valor do objeto for superior.
Se na permuta houver tonar em dinheiro vai incidir obrigatoriamente imposto de renda ou ITBI, mesmo que abra mão da torna incide o pagamento por conta de ganha de capital- diferença patrimonial anterior a operação.
11/05/20
Doação 
Conceito – Art. 538
Transferir bens ou vantagens de uma pessoa a outra por liberalidade.	Comment by Anastacio Nascimento: Animo de doar.
Figuras – Doador e Donatário
· Ato iter vivos de liberdade – doação; 
Ex: João transferiu seu imóvel para Maria enquanto vivo.
· Ato causa mortis de liberdade – testamento;
Ex: João morreu e deixou seus bens para Maria.
Doutrina e jurisprudência – doação tem caráter de direito pessoal. 
Sobre a obrigação de doar (nas Puras – já que nas com encargo não se discute), há 3 posições.
1) Há mera expectativa de direito em relação ao donatário. A transferência de propriedade ocorre somente com a tradição: antes disso não há doação.
O donatário não pode mover ação reivindicatória possessória, busca e apreensão se for entregue a terceiro, etc.
Poderia o donatário reclamar perdas e danos? Não. Porque é mera expectativa de direito – não é direito adquirido, não causa prejuízo ao donatário, só acréscimo patrimonial ou sim: quebra a boa-fé objetiva, etc.)
A depender do tipo da doação que é feita o doador não se sujeito aos vícios redibitórias, evicção e juros. Doação pura, não sujeita o doador a responsabilidade. 
Na doação com modulo ou encargo o doador vai se sujeitar a responsabilidade por vícios e evicção. O donatário tem contraprestação, há bilateralidade, onerosidade, doador ganha algo com a doação. Mútuos ônus e bônus torna o doador responsável.
Clausula de reversão- pacto que dá direito ao doador reaver a coisa doada caso o donatário morra antes dele. Reverte o patrimônio ao doador caso o donatário faleça antes.
Espécies de doação
1- Pura: feita por simples tradição, sem modo ou encargo, doador só perde patrimônio e donatário só ganha patrimônio. Donatário não precisa consentir, não precisa ter capacidade. 
2- Doação modal/ com encargo: donatário tem obrigação a cumprir, contraprestação. Doador tem direito de ação contra o donatário se ele não cumpriu: pode compelir a fazer ou pedir restituição.
O donatário terá uma incumbência que não pode ser ilícita ou impossível. Em não cumprindo a obrigação, o donatário ficara sujeito a devolver o objeto caso já esteja com ele, indenizar as perdas e danos ou ainda se sujeitar a uma obrigação de fazer por parte do doador 
3- Remuneratória: feita em gratidão, contemplação de alguém. Não tinha intuito de doar inicialmente, mas após o ato resolve remunerar a outro por gratidão 
4- Condicional: é aquela que depende de evento futuro incerto. Ex. se passar no vestibular vai ganhar um carro. É uma condição para que a doação aconteça. Vigora elemento alea, sorte
5- A termo: tem prazo de início e prazo certo para terminar. Ex. dá o imóvel em doação por 10 anos.
6- Doação de pai para filho: só pode ser feito em adiantamento de legitima/ de herança.
O filho que recebeu o objeto em vida faz a colação do objeto aos autos do inventário.
7- De um cônjuge para outro: só admitido quando forem casados em separação de bens ou regime de comunhão parcial de bens- um cônjuge só pode doar se o bem for de patrimônio próprio.
8- Conjuntiva- feita a duas ou mais pessoas ao mesmo tempo. Os quinhões entre os vários donatários não precisam ser idênticos. Se o bem doado for indivisível, haverá necessário condomínio ente eles.
INVALIDADE da doação
a- Casos comuns: que invalidam todo negócio jurídico
i- Incapacidade das partes 
ii- Licitude do objeto 
iii- Não observância da forma- é contrato solene e que só admite a forma escrita!!
b- Falta de requisitos da doação: ex. se doação for universal (é proibida no ordenamento, me desfazer de todo o meu patrimônio) mas feita sem usufruto. Se é para ocorrer doação universal deve ter garantia do usufruto para o doador. Ex. 2 doações inoficiosa, não pode doar além do patrimônio que possui, sem atingir a legitima dos herdeiros, ex. 3 doações ente cônjuges sem respeitar o regime de casamento.
c- Por vícios de consentimento- erro, dolo, coação, estado de necessidade ou perigo, lesão, simulação, fralde contra credores.
Revogação da doação: quando há ingratidão. Animus Donandi, pessoa que está ciente do prejuízo patrimonial, se o donatário é ingrato, perde a doação
Ingratidão: de regra, uma doação não se revoga, principalmente quando o donatário já aceitou a mesma, com isto o donatário fica obrigado a ter uma obrigação ética e moral em face do doador: não atentar contra a vida do doador; não efetuar xingamentos, impropérios contra o doador- injuria, calunia, difamação; 
O donatário não pode ser ingrato em relação aos herdeiros do doador- ascendentes e descendentes também são protegidos pelo instituto da ingratidão. O contrário não é verdade, os ascendentes e descendentes do donatário não tem obrigação.
Pro donatário a obrigação é personalíssima, não se estende aos herdeiros do donatário. Prazo para mover ação de revogação da doação é de 1 ano, decadencial. STF admite possibilidade da promessa de doação- quando promete tem que doar. 
Revogação por descumprimento de modo ou encargo. Donatário não a obrigação, fica sujeito a revogação da doação. 
14/05/20
Locação- art. 565 a 578 cc + Lei 8245/ 91- regulamento locação de coisas 
Locação: quando uma parte, mediante remuneração, se compromete a fornecer por um certo tempo ou não, o uso, gozo, de coisa.
Remuneração = pagamento em dinheiro ou coisa que o valha. Diferencia comodato de aluguel 
Só existe locação de bens INFUNGÍVEIS (se fosse fungível seria mútuo)
Fungibilidade ligada a natureza da coisa. Fungível é aquilo que é perecível, perde substancia e pode ser trocada por algo de mesma qualidade, quantidade e espécie 
Infungível não pode perder substancia, não pode ser trocado por algo de mesma quantidade,qualidade e espécie.
A pessoa que aluga, deve devolver a MESMA coisa, sem perda de substancia. 
Nome do pagamento que se dá pelo locatário é ALUGUEL (em prestação de serviço se paga salário, na empreitada se paga preço).
Classificação do aluguel:
Contrato sinalagmático, bilateral. Locador tem obrigação de dar em uso e gozo pleno (ceder a posse imediata), para locatário obrigação de pagar aluguel.
Onerosidade: bônus e ônus para ambos.
Contrato comutativo: obrigações aferíveis de imediato, sem variação do tempo, não sujeito a sorte ou alea 
Contrato não solene- sem forma prescrita em lei. Embora aluguel não tenha solenidade, a fiança tem que ser por escrito- é acessório.
Se a locação tiver fiança, só é admitido por escrito- é solene.
De regra, todo locador é proprietário do objeto, para dar em aluguel basta ter poderes de administração do objeto
Locatário pode dar em subaluguel pois tem poderes de adm. Se o locador quiser impedir, deve fazer em contrato.
Ex. Sindico locar área comum do condomínio aos demais condôminos; ex. inventariante locar os objetos do espólio. O inventariante ainda não é dono, mas é considerado administrador dos objetos do falecido. Ex. tutor e curador dar em aluguel os objetos do tutelado ou curatelado. 
Para dar em locação é preciso poder de administrar = capacidade (+18 anos, consentimento livre de vícios) + direito de dar em uso ou gozo + direito de transferir a posse. 
Posseiro ilegal pode dar em locação? Ele tem capacidade, está no uso e gozo (ainda que ilicitamente), mas não tem direito de transferir! Não é administrador. 
Objeto: só pode se dar em locação bens infungíveis, exceto aluguel ad pompam vel ostentationen- possibilidade de locar bens fungíveis para pompa (ostentação, serve para dar luxo, elegância e charme) e circunstância. 
São bens fungíveis que se tornam infungíveis diante daquele ato- ex. bolo muito caro em um casamento, que não será consumido 
Ex. 2- exposição de whisky caros, alugado e depois devolvido.
Deve retornar sem perda de substancia. Caso contrário deve ser pago perdas e danos.
O acessório segue o principal- locação envolve o principal + acessório. Ex. aluguel do imóvel, que vem com jardim. Acessório também deve voltar do mesmo jeito que foi entregue.
Apesar de o acessório precisar ser restituído tanto quanto o principal, os frutos não precisam ser ressarcidos pelo locatário. 
A manutenção da posse, mesmo que exija quebra de cerca, corte de árvore, não precisa ressarcir.
É permiti que os acessórios sejam consumidos sem responsabilidade do locatário desde que o consumo seja necessário para a manutenção da coisa.
Pagamento: pagamento de aluguel só se faz em dinheiro e no domicílio do locatário (devedor)- dívida Querable/ quesível (≠ dívida portable- paga no domicilio do locador, credor).
Se locador não foi receber, está em mora. Não é o devedor que está em mora. 
Tempo: tem tempo certo para acabar, que pode ser determinado ou indeterminado.
Antes de finalizado o prazo, jamais o locador poderá reaver a coisa locada. É obrigado a esperar o tempo do aluguel. Em caso de ser tempo indeterminado o locador deve notificar para desocupar em 30 dias. Sob pena de perdas e danos.
Se a locação for por tempo determinado e ao final do prazo o locador não retomar a coisa, o contrato renova-se automaticamente e ela vira por tempo indeterminado 
FORMAS DE RETOMADA DO IMÓVEL
Denúncia é direito do locador de pedir o imóvel de volta 
	Denúncia cheia- feita por descumprimento das obrigações contratuais por parte do locatário
	Denúncia vazia- direito de retomar o imóvel, decorre de lei, do direito de propriedade e administração do locador 
	Art. 47 lei de locações 
	Art. 46
	Há motivo
	Não há motivo- imotivada
	Locação menor que 30 meses (escrita) ou verbal
	Locação igual ou superior a 30 meses- SÓ ESCRITO
	Ex. pede imóvel para dar de presente de casamento 
uso próprio
Não pagamento do aluguel
	Se indeterminado, há necessidade de notificação previa e 30 dias para desocupar
Denuncia cheia só cabe quando locação é por prazo menor do que 30 meses se o contrato for escrito OU se tiver sido de forma verbal- proteção do locatário de abuso de direito.
Denúncia vazia- locação precisa ser igual ou superior a 30 meses só escrito. Se aluguel for maior de 30 meses verbal não cabe denúncia vazia. Contrato verbal implica não ter direito a denúncia vazia. 
Ação de despejo serve, por força de sentença, a compelir o locatário a desocupar o imóvel, podendo ser usada a força policial para isso, sem prejuízo de cumular na ação de despejo o pagamento de alugueis em atraso. 
Em locações comerciais superiores a 5 anos, o locatário ganha o direito de exigir a renovação compulsória do aluguel por igual período, caso não entre em consenso com o locador. Para proteger o good will ou fundo de comércio.
Pode retomar por denuncia cheia ou vazia, não pode negar o direito de renovação. 
FORMA: livre, não solene. Se quiser que tenha efeito perante terceiro deve ser feito por escrito e registrado em cartório de imóveis. Ex. direito de preferência de compra e venda. 
Se o aluguel for verbal existe presunção juris tantun (admite prova em contrário) de que tudo que o locador disser ser considerado verdade. 
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DO LOCADOR 
1- Receber o aluguel- caso não receba tem direito de penhor sobre os objetos do locatário. STJ excepciona esse direito em julgados minoritários. 
2- É proibido ao locador cobrar antecipadamente os alugueres, a não ser por locação por temporada e desde que ela não esteja garantida por fiança, calção ou coisa do tipo.
Art. 43 da lei de inquilinato- cobrar antecipadamente o aluguel é contravenção penal. 
3- Garantia: calção equivalente a 3 meses de aluguel; fiança; seguro. 
4- Mover ação de despejo. 
5- Autorizar por escrito a cessão, sublocação e empréstimo. Na falta de autorização o locatário não pode fazer.
6- Pedir a revisão dos alugueres. 
DEVERES do locador 
1) Entregar a coisa com suas pertenças- o que é pertença: tudo aquilo que dá ostentação e luxo: ex. ar condicionado em imóvel. 
2) A falta do acessório torna a coisa inutilizável. 
3) Manter a coisa útil e desimpedida para uso.
4) Reparar os danos na coisa que impeçam o seu uso e gozo.
5) Pagar os impostos do prédio locado, as taxas de administração, encargos de obra coletiva, o fundo de reserva, seguro incêndio obrigatório e IPTU é encargo do locador, a não ser que haja clausula em sentido contrário. 
6) Benfeitorias uteis e necessárias devem ser ressarcidas pelo locador, desde que previamente autorizada por eles. 
7) Fornecer recibo do aluguel.
18/05/20
Direitos do locatário 
1- Exigir do locador a entrega da coisa, o recibo do aluguel, a manutenção da coisa durante o tempo do contrato e a garantia de uso pacífico do bem, além da responsabilidade por vícios ocultos.
2- Pedir relação de estado da coisa- vistoria do estado do imóvel (se não der, não pode o locador pedir indenização). Locatário faz vistoria na entrada e na saída- para segurança de que o locatário não vai exigir nada em excesso.
Se o locador não der a relação, ele perde o direito de pedir a indenização em caso de danos ao imóvel. 
3- Reter a coisa alugada se locador não pagar perdas e danos para retomada antes 
Se exigir a retomada antes do prazo, o locatário pode reter.
Ressarcimento das benfeitorias ÚTEIS e NECESSÁRIAS- autorizadas pelo locador.
Levantar as benfeitorias voluptuárias (a útil agrega utilidade, conforto, fruição; necessária é para que a coisa não se deteriore; voluptuária ligada a luxo e ostentação).
4- Direito de preferência na aquisição do imóvel- deve ser feito em até 30 dias, prazo decadencial, contado da notificação da venda pelo locador.
Desde que tenha registro do contrato, pode reclamar perdas e danos.
Só pode ser requerido contra terceiro se tiver registro- pode anular a venda para terceiro de boa-fé.
O terceiro adquirente não precisa respeitar a locação se o contrato não tiver cláusula nesse sentido e não estiver registrado em cartório (efeitos contra terceiros).
5- Purgar (expulsar) a mora na ação de despejo: secientificado de ação de despejo, ele pode purgar a mora e continuar no aluguel.
6- Só ser despejado por denuncia cheia ou vazia.
7- Sublocar, ceder ou emprestar se autorizado pelo locador.
Locatário pode dispor desses direitos se estiver disposto no contrato.
Deveres do locatário
1- Servir-se da coisa locada somente para o uso a ela destinado (ex. prédio comercial), mas, principalmente pela MP 881/19, hoje é plenamente possível e lícito ter um PEQUENO ambiente para se exercer um oficio em ambiente residencial.
2- Zelar pela coisa como se fosse sua- entregar a coisa ao final do prazo sem avarias, deteriorações.
3- Pagar o aluguel no prazo, e na falta da estipulação de dia, pagar até o dia 6 do mês;
4- Comunicar o locador das manutenções que precisam ser feitas, bem como todas as turbações de posse (ameaças, atrapalho a posse). Locatário tem o dever de mover ações para permanecer na posse- é legitimado ativo; 
5- Usar de ações possessórias para defender a coisa.
6- Restituir a coisa ao fim do contrato no estado em que recebeu, salvo deteriorações de uso regular. Não pode devolver antes do prazo, sob pena de multa ao locador. Pagar perdas e danos e multa ao final do contrato caso avarie a coisa locada;
7- Pagar as taxas de limpeza, água, luz, saneamento do condomínio, despesas da área comum, elevadores, antenas, reparos pequenos de hidráulica e elétrica, repor o fundo de reserva se usado. 
8- Fazer reparações locatícias ao seu custo exclusivo. Pequena reparação, ex. chave que não abre, vidro rachado, troca de lâmpada, resistência de chuveiro queimado
9- Consentir com os reparos urgentes do prédio urbano;
10- Dar caução no contrato.
Cessão, Sublocação e Empréstimo 
São modos intervivo de transmissão de aluguel, só podem ser feitos com anuência do locador (art. 13 da lei do inquilinato).
EMPRÉSTIMO: comodato (iremos estudar). Só com anuência do locador.
CESSÃO e SUBLOCAÇÃO: ambas visam transferir total ou parcialmente, do locatário a terceiro, os direitos e deveres da locação, desde que haja consentimento expresso e por escrito do locador – art. 13 da LEI DE INQUILINATO. É contrato solene- forma específica é ser escrito.
Já o subaluguel não tem forma prescrita em lei, pode ser inclusive contrato verbal.
No que diferem?
A sublocação se difere da cessão porque na primeira o devedor não se exonera do contrato, enquanto na segunda sim. Há uma nova locação, é a locação da locação. O contrato novo se vincula ao contrato de locação original, tornando-se acessório do mesmo: acabou a locação, acabou a sublocação.
No subaluguel existe a locação da locação, com estabelecimento de duas relações jurídicas diferentes. a principal é entre locador e locatário, a segunda é do locatório com terceiro. Se o primeiro é extinto, automaticamente se extingue o acessório. 
Já na cessão, o devedor original sai da contratação porque outra pessoa entra em seu lugar, simplesmente continuando no mesmo contrato original e sem a formação de um novo instrumento.
Na falta do pagamento do aluguel, o locador poderá exigir do sublocatário o seu pagamento. 
Havendo subaluguel é o sublocatário que tem o direito de preferência de compra do imóvel.
Na cessão, não se forma um segundo contrato. O cessionário entra no contrato original, substituindo o original locatário, excluindo o cedente.
Cessão exige instrumento público ou particular = é solene.
Sublocação pode ser verbal.
Na cessão o locatário aliena sua posição contratual e desta maneira desaparece da relação jurídica se isentando de qualquer responsabilidade. O cessionário terceiro assume todos os direitos e obrigações do contrato previamente estabelecidos.
No CC, rege-se pelas normas da cessão de crédito.
Mecanismo: pega a anuência do locador, cede e desliga-se da locação. O contrato termina para o cedente.
O cessionário recebe o bem no estado em que está não podendo reclamar o mau estado de conservação da coisa. Exigirá do locador as reparações que lhe competem.
SUBLOCAÇÃO:
CONCEITO: concessão do gozo, parcial ou total da coisa locada, pelo locatário.
REGRA: proibida em prédios urbanos, salvo autorização por escrito do locador.
O acessório segue o principal: finda a locação, acaba a sublocação.
O sublocatário tem direito de indenização das benfeitorias necessárias.
Morte do locador ou locatário: o que ocorre?
1- Falecendo o locador, a locação se transfere aos seus herdeiros = a locação não acaba pela morte do locador. 
2- Se o locador era fiduciário ou usufrutuário, não se transfere a locação aos herdeiros porque o nu proprietário não precisa manter a locação.
3- Se o locatário morrer, pode continuar a locação;
4- O cônjuge sobrevivente e herdeiros necessários que residam no prédio locado. 
5- O espólio do locatário, em locação não residencial é seu sucessor legal no negócio.
 EXTINÇÃO DO ALUGUEL 
1- Morte do locador, desde que os herdeiros não continuem no contrato. Simples morte do locador não extingue o contrato. Distrato- desistência do contrato de comum acordo. 
2- Denuncia cheia ou vazia, ou seja, retomada do imóvel nas hipóteses da lei do inquilinato- art. 46 e 47.
3- Perda total da coisa pelo seu desaparecimento ou inutilidade. 
4- Deterioração ou avaria da coisa por culpa do locatário. 
5- Termino do prazo. 
6- Morte do locatário sem herdeiros 
7- Por extinção de usufruto ou fideicomisso (testamento deixando bem para alguém que não nasceu ainda).
8- Falência ou recuperação judicial de qualquer uma das partes. 
9- Vencimento do prazo contratual (tempo determinado).
10- Desapropriação da coisa pelo poder público + imissão na posse em favor do poder público.
11- Morte do locatário sem sucessores nem sublocatário. Com a morte do locador, se transfere a locação aos herdeiros.
12- Nulidade ou anulação do contrato por vicio.
13- Resilição unilateral por inexecução. O locador pode fazer denuncia que pode se tornar ação de despejo por denuncia cheia (violação de obrigação legal do locatário) ou vazia (respaldo na lei para pedir a retomada).
14- Extinção do usufruto ou fideicomisso (testamento para deixar herança a quem não existe (concebido) no momento da herança – condição resolutiva.
15- Falência ou recuperação judicial do contratante.
21/05/20
Ação renovatória do aluguel
Entre os bens que compõe o estabelecimento, o ponto empresarial assume valor relevante. Ponto empresarial é o local em que se situa o estabelecimento, não se confundindo com o imóvel onde o estabelecimento opera e se situa. A relevância do ponto empresarial está nos efeitos que produz em relação ao empresário. Os dois principais efeitos são de agregar ao estabelecimento um valor de localização e o de proteção locatícia decorrente da prerrogativa de exercício da renovação compulsória da locação. 
A reunião desses bens de forma organizada cria a capacidade de gerar resultados econômicos, proveito que não se obteria sem tal organização. Essa aptidão de gerar resultados denomina-se aviamento, fundo de comércio ou em expressão consagrada GOODWILL.
O aviamento consiste no “resultado de um conjunto de variados fatores pessoais, materiais e imateriais, que conferem a dado estabelecimento in concreto a aptidão de produzir lucros.
A clientela é considerada fator relevante e fundamental para o sucesso da empresa. Não se trata de bem incorpóreo, mas do conjunto de pessoas que ocasional ou permanentemente consome produtos ou serviços da empresa. A clientela é o resultado do poder de atração exercido sobre os clientes; a confiança destes está sempre presente na formação e na manutenção da clientela. Por isso, esta não é um bem susceptível de apropriação ou de transação.
A clientela pode ser, portanto, valorada economicamente e constitui o fundo do comércio.
Cabível em aluguel não residencial
Trata-se de norma cogente que, portanto, não pode ser suprimida ou restringida por contrato, sob pena de nulidade da cláusula – vide art. 45 da LEI.
Origem: LEI DE LUVAS (DECRETO N° 24.150 DE 1934). 
Silvio Venosa ensina: “Nunca se entendeu que essa invasão do Estado no âmbito contratual fosse desmensurada”
Posto que “ao mesmo tempo desua promulgação caíam os velhos dogmas do individualismo liberal, cedendo espaço a uma legislação mais socializante que procurava colocar a propriedade a serviço de finalidade social.
Objetiva a renovação compulsória para proteger o fundo de comércio.
RUBENS REQUIÃO: “O lugar do comércio, em determinado, em determinado espaço, em uma cidade por exemplo ou na beira de uma estrada, em que está situado o estabelecimento comercial, e para o qual se dirige a clientela.”
“O valor incorpóreo do fundo de comércio se integra em parte ao valor do imóvel. Trazendo destarte pelo trabalho alheio benefícios ao proprietário.” E que “não seria justo atribuir exclusivamente ao proprietário tal quota de enriquecimento com empobrecimento do inquilino que criou o valor.”
Objetivo da ação renovatória
Superior Tribunal de Justiça: “Garantir os direitos do locatário face às pretensões ilegítimas do locador de se apropriar do patrimônio imaterial, que foi agregado ao seu imóvel pela atividade exercida pelo locatário. Notadamente o fundo de comércio, o ponto comercial.
ANDRÉ SANTA CRUZ: “A renovação compulsória do contrato de locação, só deve ser assegurada ao empresário que realmente tenha agregado valor ao local onde exerce suas atividades. Transformando em fator atrativo da clientela.”
RECURSO ESPECIAL. 243.401/SP – STJ proferiu decisão na qual negou a existência de direito de renovação forçada de locação, por entender que o locatário apenas aproveitara de fundo de comércio (do qual o ponto comercial é elemento central) já constituído previamente pela locadora e a ela pertencente.
[...] Não detendo as locatárias a propriedade do fundo de comércio, carece de legitimidade para ajuizar ação renovatória. Na hipótese, conquanto o estabelecimento hospitalar tenha interposto aquele remédio legal, o fundo de comércio é pertencente à locadora e anterior à locação. Impondo, em consequência, a extinção do feito sem julgamento do mérito (art. 267, VI do CPC).
[...] Os artigos 51 e 53 da Lei 8.245/91 exigem interpretação sistemática e teleológica, buscando na MENS LEGIS a sua inelutável expressão social. [...] [15].
Tribunal de Justiça de São Paulo 
“[...] Outro ponto relevante a ser considerado decorre de imóvel objeto da lide ter sido locado quando já existia área de alimentação mantida pela própria locadora, destarte, ainda se admita a possibilidade de aumento da clientela em razão da profissionalização do serviço prestado, fato que justificaria o acréscimo de fregueses estranhos ao complexo hospitalar, por certo é que a inquilina, em verdade, sustenta a constituição de fundo de comercio com base em clientela proporcionada essencialmente pela própria locadora e que já existia à época da contratação.” 
Requisitos: art. 51 e 71 e seguintes da lei de locação lei de locação
Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:
I - O contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;
II - O prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;
III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.
§ 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor.
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do CPC, a Petição Inicial da ação renovatória deverá ser instruída com:
I – Prova do preenchimento dos requisitos dos incisos I, II e III do art. 51;
II – Prova do exato cumprimento do contrato em curso;
III – prova da quitação dos impostos e taxas que incidiram sobre o imóvel e cujo pagamento lhe incumbia;
IV – Indicação clara e precisa das condições oferecidas para a renovação da locação;
V – Indicação do fiador quando houver no contrato a renovar e, quando não for o mesmo, com indicação do nome ou denominação completa, número de sua inscrição no Ministério da Fazenda, endereço e, tratando-se de pessoa natural, a nacionalidade, o estado civil, a profissão e o número da carteira de identidade, comprovando, desde logo, mesmo que não haja alteração do fiador, a atual idoneidade financeira;
VI – Prova de que o fiador do contrato ou o que o substituir na renovação aceita os encargos da fiança, autorizado por seu cônjuge, se casado for;
VII – prova, quando for o caso, de ser cessionário ou sucessor, em virtude de título oponível ao proprietário.
Parágrafo único. Proposta a ação pelo sublocatário do imóvel ou de parte dele, serão citados o sublocador e o locador, como litisconsortes, salvo se, em virtude de locação originária ou renovada, o sublocador dispuser de prazo que admita renovar a sublocação; na primeira hipótese, procedente a ação, o proprietário ficará diretamente obrigado à renovação.
Art. 52 DA LEI – O locador não estará obrigado a renovar o contrato se:
I - Por determinação do Poder Público, tiver que realizar no imóvel obras que importarem na sua radical transformação; ou para fazer modificações de tal natureza que aumente o valor do negócio ou da propriedade;
II - O imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
Na hipótese do inciso II, o imóvel não poderá ser destinado ao uso do mesmo ramo do locatário, salvo se a locação também envolvia o fundo de comércio, com as instalações e pertences.
Nas locações de espaço em shopping centers, o locador não poderá recusar a renovação do contrato com fundamento no inciso II deste artigo.
Polo passivo da ação
Tem que ser citados o locador, o sublocador (se houver). A contestação do locador só pode versar sobre as matérias do art. 72 da lei de locação.
Se a divergência versar sobre o valor do aluguel, cada parte tem que apresentar seus laudos de avaliação e propostas de renovação.
“Locação – Ação renovatória – aluguel – discrepância de valores – laudo oficial inconclusivo – conversão do julgamento em diligência para a realização de nova perícia.
O juiz pode, a qualquer tempo, sob prudente discrição de oficio ou a requerimento da parte determinar a realização de nova prova pericial” (TJSP – ACÓRDÃO APELAÇÃO 0104888 – 90.2009.8.26.0006, relator(a) DES. RENATO SRTORELLI, DATA DE JULGAMENTO 16/05/2018, DATA DE PUBLICAÇÃO: 17/05/2018, 26° CÂMARA DE DIREITO PRIVADO).
Consequência final da ação renovatória
Art. 73. Renovada a locação, as diferenças dos aluguéis vencidos serão executadas nos próprios autos da ação e pagas de uma só vez.
Art. 74. Não sendo renovada a locação, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, se houver pedido na contestação.
Da Ação de despejo
Serve para finda o contrato e à retomada forçada do objeto da locação imobiliária.
Cabe também em casos de denúncia vazia.
Recursos contra a sentença só tem efeito devolutivo.
A ação é de rito comum e admite liminar – parág. 1° do art. 59 da lei – obrigatório oferecer caução de 3 (três) alugueres.
Só cabe liminar nas hipóteses dos incisos do art. 59.
Se o despejo for por motivo de falta de pagamento do aluguel, o locatário tem direito a purgar a mora nos termos do parágrafo 3° do art. 59 da LEI DE LOCAÇÃO. 
§ 3° No caso do inciso IX do § 1° deste artigo, poderá o locatário evitar a rescisão da locação e elidir a liminar de desocupação se, dentro dos 15 (quinze) dias concedidos para a desocupação do imóvel e independentemente de cálculo, efetuar depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos, na forma prevista no inciso II do art. 62.
A ação de despejo pode ser cumulada com cobrança de alugueres.
Art. 62, I - o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatárioe os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito;
V - Os aluguéis que forem vencendo até a sentença deverão ser depositados à disposição do juízo, nos respectivos vencimentos, podendo o locador levanta-los desde que incontroversos;
VI - Havendo cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos aluguéis, a execução desta pode ter início antes da desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido acolhidos.
Art. 63. Julgada procedente a ação de despejo, o juiz determinará a expedição de mandado de despejo, que conterá o prazo de 30 (trinta) dias para a desocupação voluntária, ressalvado o disposto nos parágrafos seguintes.
CUIDADO com as ressalvas dos parágrafos do art. Que modificam o prazo para desocupação, conforme o tipo de atividade no imóvel.
Art. 65. Findo o prazo assinado para a desocupação, contado da data da notificação, será efetuado o despejo, se necessário com emprego de força, inclusive arrombamento.
§ 1º Os móveis e utensílios serão entregues à guarda de depositário, se não os quiser retirar o despejado.
§ 2º O despejo não poderá ser executado até o trigésimo dia seguinte ao do falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.
25/05/20
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: são gratuitos, exigem a tradição para se perfectibilizar e é contrato unilateral.
2 ESPÉCIES DE EMPRÉSTIMOS:
· Comodato- art. 579-585
· Mútuo-art. 586-592
Comodato: empréstimo de bem infungível – deve ser restituído o mesmo bem emprestado- é empréstimo de USO. Deve retornar sem perecimento. 
Conceito (art. 579 cc): é empréstimo gratuito de coisas não fungíveis, perfaz-se com a tradição do objeto
Características:
1- Gratuidade: só uma parte afere vantagem e outra desvantagem patrimonial.
2- Real: exige entrega (tradição).
3- Contrato unilateral: comodante é credor (dá em empréstimo) e comodatário é o devedor. 
4- A coisa deve ser restituída sem qualquer perda de substância, sem avaria. 
5- Intuito personae. Confiança do comodatário – não pode ceder, emprestar, etc.
6- Infungibilidade e não Consumibilidade: pode ser sobre bem móvel e imóvel. Ex: fruição de uma casa de praia.
7- Pode ser dado como infungível um objeto fungível- grava o objeto de imperecibilidade. Comodato ad pompa. Existe a possibilidade de haver comodato sobre coisas fungíveis, quando ela servir para pompa e ostentação, ou ainda, o objeto tiver uma característica afetuosa muito especial.
8- Comodato sobre bem fungível e consumível – pompa e ostentação – Ad Pompam Vel Ostentationem.
9- Transmutação: o fungível se torna infungível. Ex: emprestar o whisky para o amigo pagar de bonzão.
10- Temporariedade: prazo certo ou indeterminado (até que a coisa alcance seu fim).
11- Comodante: proibido de pedir a restituição antes do objetivo, salvo emergência e por decisão judicial.
No mutuo há necessária perda de substancia, no comodato não.
Ao contrário do mutuo, como o que volta em restituição, é o mesmo objeto emprestado, não há transferência de domínio ao comodatário. 
O comodatário fica obrigado a restituir a coisa emprestada, sendo que, a regra res perit domino não vigora neste caso. O comodatário não responde por fortuito e força maior, a não ser em caso de mora em sua obrigação de restituir. 
Morte do comodante: confiança se quebra e restitui aos herdeiros.
Requisitos: 
Subjetivos: capacidade genérica para os atos da vida civil. EXCEÇÕES: art. 580, CC – não são proprietários.
Objetivo: somente bens infungíveis e inconsumíveis, qualquer coisa fora disto é mutuo.
Para dar em comodato não é necessário ser o proprietário. Apenas precisa de autorização (no mútuo precisa ser proprietário).
Formal: Contrato não solene- sem forma prescrita em lei, pode ser verbal.
Obrigação do comodatário: 
· zelo e guarda do objeto, guardar a coisa como se fosse sua. Negligencia, imperícia = desvalorização do bem = perdas e danos.
· Qualquer desvalorização e avaria não natural implica no pagamento de perdas e danos 
Ônus da conservação= despesas necessárias e urgentes para a manutenção da coisa são de obrigação do comodatário. As despesas necessárias e urgentes podem vir a ser ressarcidas pelo comodante- desde que estejam pactuadas = direito de retenção.
· Direito de retenção do comodatário caso o comodante negar o reembolso
· Limitar o uso da coisa conforme o pacto- se vender ou emprestar a coisa que tomou em empréstimo, comete crime de estelionato.
· Responde por mora, exigir pagamento de aluguel por estar em atraso, abuso do uso. Compensar pela mora 
· RISCO DA PERDA é do comodatário- não vigora res perit domino no comodato, não se perde para o dono, mas sim para o comodatário, o qual responde pelas perdas e danos 
Ex. incêndio- comodatário tem obrigação de salvar a coisa alheia antes das suas, sem risco de vida. Dever de se esforçar a salvar a coisa alheia.
Responsabilidade solidária: art. 585 CC – comodante pode exigir a restituição de qualquer um, mas cabe regresso.
Obrigações do comodante
· Não pedir a restituição do bem não terminado o prazo combinado.
· Pagar as despesas urgentes e necessárias.
· Zelar pela posse mansa e pacífica do comodatário- ex. carro que não foi pago, quando parado em blitz o veículo é apreendido- pagamento de perdas e danos.
· Não pedir a restituição da coisa antes do prazo. EXCEÇÃO: art. 581, CC
Formas de extinção do comodato
· Término ao final do uso, com a simples execução do contrato, seu adimplemento 
· Inexecução contratual- resolução, descumprimento do contrato, falha nas obrigações 
· Resilição- desistência unilateral 
· Distrato- desistência de comum acordo 
· Morte do comodatário- contrato é personalíssimo, os herdeiros não têm direito de usar e fruir da coisa. Fidúcia é quebrada com a morte. 
· Venda do bem: a terceiro
28/05/20
Mútuo – arts.586 a 592. CC: é um empréstimo de coisas fungíveis, o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu, de coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Empréstimo de CONSUMO.
Empréstimo de coisa Fungível (perecível) para consumi-la. Facilmente troca a coisa perecível por outra em seu lugar, restituindo outro de mesmo gênero, qualidade e quantidade 
O bem que pereceu era alheio, mas que deverá ser restituído, não sofrendo o mutuante prejuízo por tal perecimento.
A restituição deve ser de mesmo gênero, qualidade e quantidade, OU MELHOR.
O mútuo é empréstimo, mas como a coisa emprestada é fungível, o legislador deu uma solução genial para o problema do perecimento da coisa emprestada, que é com a tradição a transferência de propriedade do objeto. Como o que vigora é a regra res perit domino, o prejuízo, se houver, com a perda da coisa, será integralmente do mutuário, porque o mutuante ainda continuará com o direito de ser restituído em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade 
Junto com o mutuo há transferência de domínio da coisa, quem tomou emprestado se torna o verdadeiro dono da coisa. Com a tradição se torna proprietário do objeto. A coisa perece para o dono e ele é quem sofre o prejuízo, independente do perecimento.
Características: é um contrato real, para ser perfeito exige a entrega da coisa; contrato gratuito: só uma das partes tem ônus (mutuário) e outra bônus (mutuante); contrato unilateral, só um tem obrigações; contrato temporário.
1) unilateral ou sinalagmático, conforme a situação (se feneraticio ou não).
Contrato real: exige tradição.
Gratuito: o mutuante nada recebe. EXCEÇÃO mutuo feneraticio – art. 591 CC (será oneroso).
Prazos (Art. 592 cc). Dura enquanto a coisa durar para ser consumida. 
Requisitos: para dar em mútuo precisa ser maior de idade e proprietário do objeto; não é contrato solene, se faz por qualquer meio em direito admitido, exceto quando se trata de mútuo feneraticio (empréstimo de dinheiro), que deve ser feito por escrito. 
O mutuário fica obrigado a restituir o objeto ao final do contrato.
Fungibilidade da coisa: bem consumível.
Mudança do domínio da coisa: mutuário = livre disposição do bem (alienar, emprestar, abandonar...)res perit domino.
Obrigação de restituir: coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
Efeitos: mutuante não pode requerer a coisa em restituição antes de terminado o prazo- na ausência de prazo convencionado- o mutuante deve notificar o mutuário. Se o mútuo for feneraticio, o mutuário, além da restituição da coisa, fica obrigado a pagar os juros. 
O mutuante fica responsável por vícios redibitórios.
Causas extintivas: vencimento do prazo; No mutuo feneraticio, o não pagamento dos juros; distrato, desfazimento por comum acordo; resilição, desistência unilateral do contrato; por clausula contratual convencionada pelas partes.
Mútuo feneraticio (EC 40/ 2013 permitiu que bancos cobrem juros acima do limite legal determinado pela lei de usura- máximo de 12% ao ano) quem cobra acima comete crime de agiotagem.
Para que juros abusivos sejam caracterizados em contratos bancários, ele deve estar acima da média de mercado- Jurisprudência do STJ.
Mútuo feneraticio, ao contrário do mútuo tradicional, não é contrato intuito personae, e, por conta da MP 2170-35/ 2001, autoriza bancos inclusive a capitalizar juros (juros sobre juros = anatocismo)
Empréstimo de dinheiro voltados ao mercado imobiliário obrigam a contratação de seguro prestamista, pois serve para, em caso de falecimento ou invalidez do mutuário, quitar o saldo devedor do empréstimo
No mútuo feneraticio, morrendo o mutuário e não havendo seguro prestamista, a dívida se transmite aos herdeiros, no limite de sua herança 
Em empréstimos consignados (desconto em folha de pagamento), por força da lei 1046/ 50, morrendo o mutuário a dívida se extingue automaticamente e não é transmissível aos herdeiros. 
01/06/20
MANDATO (Art. 653-692)
Conceito: quando alguém recebe de outros poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses.
Quem recebe o mandato pratica o ato em nome da parte que o elege como mandatário.
O representante não se vincula ao negócio jurídico.
Quem confere poderes chama-se mandante. 
Quem recebe poderes chama-se mandatário.
Art. 665: mandatário só pratica atos nos estritos limites do que lhe foram outorgados- o que extrapolar não vincula o mandante, apenas se este ratificar o ato- convalidação do ato vincula o mandante. 
Para Washington de Barros, o que diferencia prestação de serviço de mandato é a representação.
Mandatário é representante, o prestador de serviço não é representante (ex. diferença advogado e encanador). 
Advogado presta serviço e é representante, mandatário, o contrato feito com o cliente é misto de prestação de serviço e mandato.
Mandato ≠ procuração (é instrumento do mandato, meio de prova do mandato)
Pode ter mandato sem procuração, mas se alguém precisa provar que tem poderes precisa apresentar a procuração, no entanto Toda procuração implica mandato
Segundo Orlando Gomes, jamais se deve confundir mandato com procuração. Embora possa haver mandato sem procuração, esta é um instrumento de prova de que a relação de mandato existe.
Art. 656- mandato é contrato não solene, mas procuração sim, só se admite por escrito. 
Advogado geralmente é representante e procurador, mas sindico é mero representante, assim como deputados e senadores 
Requisitos da procuração (art. 654 CC): indicação do lugar onde é feita, qualificação do outorgante e do outorgado, data, objeto da outorga, extensão dos poderes (se não estiver escrito o mandatário não pode praticar o ato), formalidades se exigidas por lei (Ex. 657 cc, compra e venda de bem imóvel por procuração em registro público).
Espécies de procuração
1- Ad judicia: só para o processo judicial, para juízo (art. 105 CPC- habilita a praticar todos os atos do processo- clausula ad judicia- mas também tem poderes específicos que podem ser outorgados) o rol do artigo 105 é meramente exemplificativo de modo que tudo que não estiver contido na clausula ad judicia necessitará de poderes específicos para serem realizados pelo advogado. 
Procuração ad judicia só pode ser outorgada a uma pessoa legalmente habilitada- OAB (art. 692, cc + art. 5, XIII CF).
Art. 104 cc- advogado pode atuar sem procuração quando a questão for urgente e necessária 
De regra é oneroso, podendo o advogado cobrar pelo mandato. Para maria helena Diniz esse tipo de contrato é bilateral e oneroso de regra, mas, para Carlos Roberto Gonçalves ele é unilateral e gratuito de regra. 
Segundo a regra do art. 654, p. 2 do CC, não há necessidade de reconhecimento de firma na procuração, a não ser que terceiros exijam 
Lei 13.726/ 2018- lei que desburocratizou adm. pública. Em processo administrativo não precisa de procuração com firma reconhecida.
2- Ad negotia: para todos os demais atos da vida. Ex: Nomear o tipo para vender uma ap. em Manaus.
Substabelecimento: ato do mandatário, que se vale de terceiro que praticará o ato por ele.
Serve para transferir poderes.
Substabelecimento é poder especial e que precisa constar na procuração 
O advogado que substabelece quando não autorizado, isso não vincula o mandante (cliente), pois não autorizou o substabelecimento. Mas há posição contraria do STJ
Segundo o STJ, é sempre um direito do mandatário (advogado) substabelecer. Não constando o poder de forma expressa na procuração, ainda assim poderá o advogado substabelecer
Se substabelece sem autorização, a responsabilidade de quem substabelecer é maior. Quem substabelece mal, fica responsável 
Espécies de substabelecimento
a- Com reserva de poderes: figura do substabelecente se mantem com os mesmos poderes que ele passa- ambos podem praticar os mesmos atos, possuem mesmos poderes
b- Sem reserva de poderes: equivale a renúncia dos poderes, substabelecente esgota seus poderes e o substabelecido fico com a exclusividade dos poderes
Quem pode realizar mandato:
Representantes podem ser 
1- Legais: é mandante por força de lei, não precisa assinar procuração. ex. genitores, tutores e curadores 
2- Judiciais: determinados pelo juiz. Ex, inventariante e administrador da massa falida. 
3- Convencionais: determinado por força de um contrato, eleito pelo mandante. 
ATOS PERSONALÍSSIMO jamais admitem mandato- prestar concurso público, laborar, fazer testamento, exercer mandatos eletivos, legar 
Exceção- art. 1542 CC: casamento pode ser feito por representante
Características do mandato:
i- Personalíssimo 
ii- Consensual: não tem forma prescrita em lei, exceto procuração 
iii- Gratuito (não há consenso) - representação deve ser feita na base da “camaradagem”, mas Maria Helena Diniz diz que é oneroso. Só uma das partes afere vantagem. Mandatário tem obrigações de representações e o mandante nada tem de obrigação. No contrato de advogado é oneroso pois em troca do serviço o cliente paga honorários
iv- Unilateral: apenas obrigação para uma das partes, não é sinalagmático 
Para cunha Gonçalves só pode haver mandato incidente sobre atos e fatos jurídicos e não sobre meros atos materiais pois ninguém confere mandato para cozinhar, chamar um taxi...
Espécies 
-Quanto ao modo de declaração: expresso; tácito; verbal; escrito.
- Modo de pagamento: gratuito ou remunerado.
-Judicial ou extrajudicial, ad judicia e ad negotia.
- Simples (negócios da vida que não envolvem atividade empresarial) ou empresário.
- Geral (mandatário pode gerir todos os negócios da vida da pessoa) ou especial (só representa nos negócios especificados).
- Em termos gerais (mandatário só pode administrar os negócios, não tem poderes de representar, falar em nome do mandante) ou com poderes especiais (poderes de administração e de representação).
Mandato conjunto (solidário) é uma exceção à regra do art. 672 do CC, que se expressamente convencionado implica que todos os mandatários tenham que praticar em conjunto e ao mesmo tempo os poderes outorgados pelo mandante. 
mandato sucessivo (fracionário) estabelece uma clara ordem de atuação entre os vários mandatários de modo que existe a prioridade da pratica dos atos por um mandatário preferente e os demais só atuaram naquilo que o primeiro não puder fazer ou for impedido.
ideia de hierarquia entre mandatários, mandante exerceum preferente, o segundo só atua naquilo que o primeiro for impedido ou não puder praticar. Só atuam os demais na falta do primeiro. 
Art. 662: excesso de mandato- mandatário extrapolar os poderes
Mandante não responde por excesso de mandato, desde que:
1- Impugne o excesso de mandato
2- Mandante não ratifique o ato- não convalidação 
Obrigações do mandatário
· Realizar o negócio a que foi incumbido. Não tem obrigação de resultado, é obrigação de meio, de se esforçar para atingir o resultado 
· Não exceder os poderes da procuração 
· Indenizar o mandante por culpa, imperícia, imprudência ou negligencia
· Concluir o negócio mesmo na iminência da morte do mandante ou ainda, tendo o mandante já falecido, ou revogado os poderes da procuração, o mandatário não tiver ciência disso- art. 689. Os herdeiros terão que concluir o negócio para evitar o perecimento do negócio. Jurisprudência do STJ tem entendido diferente, que devem repartir o bem, e não como a regra de que é do mandante
· Apresentar a procuração a quem exigir 
Obrigações do mandante:
· Cumprir o negócio feito pelo mandatário. Responsabilidade pela escolha do mandante é do mandante 
· Adiantar ou reembolsar despesas feitas pelo mandatário- ex. custas do processo 
· Ressarcir os mandatários dos prejuízos feitos na execução do negócio. Ex. representante bate o carro
· Pagar a remuneração, quando houver 
Extinção do mandato:
· Pela revogação ou renuncia 
· Fortuito ou força maior. Ex. objeto se deteriora e não tem como cumprir
· Resolução por inadimplemento voluntário. Ex. perda de prazo 
· Morte ou interdição das partes 
· Termino do prazo ou realização do negócio- simples execução 
04/06/20
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO (art. 593 a 609)
Trata de prestação de serviço de profissional liberal, autônomo. Não se trata de relações trabalhistas ou consumerista.
As relações trabalhistas caracterizam-se por subordinação, habitualidade e pagamento mensal, controle de jornada- prestação de serviço trabalhista.
Art. 3 do CDC- consumidor, regido pelo CDC.
A prestação de serviço civil é residual.
Prestação de serviço, para Caio Mário, é um contrato em que uma das partes, o prestador, se compromete perante outra, o tomador, a lhe prestar um serviço mediante remuneração em dinheiro (diferença entre o voluntariado, em que há ausência de remuneração- gratuidade). 
Características:
1- Obrigação de meio por parte do prestador, e não de resultado- se esforçar ao máximo para tentar alcançar o resultado pronto e acabado.
2- O risco é sempre do tomador de serviço, ele que responde, podendo ingressar com ação de regresso. 
3- Tempo máximo de duração da prestação de serviço é de 4 anos (art. 598 do CC). Se o serviço não for concluído, acaba o contrato de prestação de serviço. 
TST considera que contratos com duração superior a 4 anos, implica em escravidão análoga, moderna 
4- É contrato bilateral (sinalagma) e oneroso (desvantagens e bônus para ambos), comutativo (obrigações aferíveis de imediato), consensual (sem forma prevista em lei)
5- É contrato personalíssimo- quem toma o serviço não pode exigir que a prestação seja feita em benefício de outro (prestador só pode vir em retorno do tomador) e o prestador deve praticar ele mesmo o serviço
6- Objeto: qualquer objeto material ou imaterial, desde que não ilícito, imoral. 
Art. 601- se incerto o trabalho, entende que foi contratado para tudo que ele tem capacidade de fazer, da possibilidade de o prestador fazer. Não pode se recusar 
Remuneração de prestação de serviço é, em regra, por dia e hora trabalhada, não por resultado pronto e acabado. Pagamento imediato à prestação de serviço, se paga por mês podem ser reconhecidos direitos trabalhistas. 
Prestador de serviço se fiscaliza, mas nunca se subordina- faz exigência.
Se as partes não convencionarem valor de pagamento, haverá necessidade de ação judicial de arbitramento onde o juiz, conforme os usos e costumes do local, fixará o respectivo preço a ser pago. 
Art. 606- regula prestação de serviço por profissional inabilitado, que não satisfaz requisitos de lei. Estelionatários. Quem não for habilitado não faz jus a remuneração pactuada, mas se tiver resolvido o problema a contento, faz jus a uma compensação, a título de boa-fé.
Não se aplica a segunda parte quanto a habilitação for requisito legal- exercício ilegal de profissão considerada de ordem pública.
Profissionais que são essenciais à sociedade brasileira, portanto, que exercem profissões de ordem pública não poderão prestar serviço em hipótese alguma sem habilitação, sob pena de crime de exercício ilegal de profissão, e deste jeito, não tem direito sequer a compensação prevista em lei.
Demissão: ato de encerrar a prestação de serviço. Deve ser feito com prévio aviso da parte que quer acabar. Pode ser (art. 599):
1- Com justa causa;
2- Sem justa causa; 
Prazo do aviso prévio de antecedência de 8 dias se salário ajustado por mês, de 4 dias se salário ajustado por semana ou quinzenal; de véspera quando contratado por menos de 7 dias. 
Não se conta no prazo o tempo que o prestador de serviço deixou de servir voluntariamente. Caso esteja afastado do serviço daí conta no prazo. 
Art. 602- o contratado por tempo ou obra, não pode se demitir antes deste tempo ou da conclusão da obra- senão responde por perdas e danos ao tomador. 
Pode despedir por justa causa se não estiver se esforçando para atingir os resultados. 
Se quem demite é o tomador, sem justa causa, antes de finalizado prazo, o prestador tem direito de toda a remuneração vencida e metade do que receberia até o final do contrato.
Art. 607: hipóteses de extinção do contrato de prestação de serviços: morte das partes, visto que é contrato personalíssimo; terminado o prazo contratado ou os 4 anos; conclusão do serviço; rescisão via aviso prévio; inadimplemento; força maior ou fortuito.
Art. 608: aquele que aliciar pessoas, obrigadas em contrato escrito, fica obrigado a pagar a vítima, tudo que caberia em termos de salário pelo prazo de 2 anos- a título de indenização pelo aliciamento da mão de obra alheia. 
Concorrente contrata o prestador de serviço de outro. 
Contratos de Transportes – art. 730 a 756 do C.C.
1 – Histórico
O contrato de transporte tem sua gênese numa época em que o ser humano atinge determinado grau de relacionamento, fazendo nascer a necessidade de intercâmbio entre os povos, seja para fins comerciais, seja para fins políticos, tornando-se necessário o translado de pessoas e objetos.
Num primeiro momento, o transporte marítimo foi de suma importância para os povos da Grécia antiga, ao passo que regulou as normas de danos e avarias nos navios, bem como de descarto de objetos ao mar, no caso de perigo de naufrágio.
Tratando-se de legislação pátria, somente com a entrada em vigor do Código Comercial, em 1850, é que surgiram as primeiras normas regulamentares expressas, sendo que, devido às condições existentes à época, tais normas tratavam do transporte muito sucintamente, tendo em vista o pequeno desenvolvimento do mesmo. O próprio Código Comercial apenas tratou dos condutores de gêneros e dos comissários de transportes, em seus art. 99 a 118.
O Código Civil de 1916 foi completamente silente nesse campo, mantendo-se inerte no que dia respeito aos contratos de transportes.
Assim, somente com a entrada em vigor do Código Civil de 2002, é que os contratos de transportes foram tipificados, sendo traçadas apenas as regras gerais para tal modalidade de contrato.
Não obstante somente em 2002 ter sido tipificado os contratos de transportes, os mesmos já eram utilizados como contratos inominados, haja vista haver legislação esparsa acerca do tema.
2 – Aspectos Gerais
O Artigo 730 do Código Civil conceitua os contratos de transporte como o pacto pelo qual “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para o outro, pessoas ou coisas.”
VENOSA (2003, p. 481), em sua obra Direito Civil – Contratos em Espécie, conceitua o instituto como “negócio pelo qual um sujeito se obriga, mediante remuneração, a entregar coisa em outro local ou a percorrer

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