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AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1961058 - RS (2021/0264089-3) RELATOR : MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR AGRAVANTE : JULIO CESAR ALVES KISS OUTRO NOME : JULIO CESAR KISS ADVOGADOS : EDUARDO SAMOEL FONSECA - SP297154 RICARDO MAMORU UENO - SP340173 MAURICIO SAMOEL FONSECA - SP401715 SEAN HENDRIKUS KOMPIER ABIB - SP396562 AGRAVADO : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 7/STJ. NÃO INCIDÊNCIA. HIPÓTESE DE REVALORAÇÃO DOS CRITÉRIOS JURÍDICOS A PARTIR DA MOLDURA FÁTICA DELINEADA NA SENTENÇA E NO ACÓRDÃO RECORRIDO. RECONSIDERAÇÃO. CRIME DE TRÁFICO. APREENSÃO DE 180 G DE MACONHA. PLEITO DEFENSIVO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA USO DE ENTORPECENTE. CONDENAÇÃO FIRMADA UNICAMENTE EM RAZÃO DA QUANTIDADE DA DROGA APREENDIDA E DA FORMA DE ACONDICIONAMENTO. AUSÊNCIA DE QUALQUER OUTRO ELEMENTO DE CONVICÇÃO IDÔNEO A CARACTERIZAR A MERCANCIA. Agravo regimental provido para reconsiderar a decisão da Presidência desta Corte e conhecer do agravo para dar provimento ao recurso especial a fim de desclassificar a conduta e considerar o réu como incurso no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, cabendo ao Juízo de origem aplicar as penas nele cominadas como entender de direito. DECISÃO Trata-se de agravo regimental interposto por Júlio César Alves Kiss (ou Júlio Cesar Kiss) contra a decisão da Presidência desta Corte, que conheceu do agravo por ele interposto para não conhecer de seu recurso especial, em razão da incidência da Súmula 7/STJ (fls. 364/366). Em suas razões, o agravante sustenta que é desnecessário o revolvimento fático, ante a situação jurídica apresentada nos autos do Recurso Especial (fls. 284/292), já que é dado ampla e desarrazoada interpretação ao teor do art. 33 da Lei n. 11.343/2006, ao passo que a suposta conduta narrada pelo Parquet – e isso (e-STJ Fl.406) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação no DJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab prescinde de qualquer análise das provas produzida – deixa evidente que a resposta jurídica mais acertada é a desclassificação da conduta para o tipo disposto no art. 28 da Lei n. 11.343/06 (fl. 370). O Ministério Publico Federal emitiu parecer pugnando pelo conhecimento do agravo para negar seguimento ao recurso especial (fls. 397/404). É o relatório. Tenho que a presente insurreição dispensa incursão fático-probatória, uma vez que os elementos necessários à solução da controvérsia se encontram devidamente expressos na sentença e no acórdão recorrido, de modo que a análise da pretensão recursal não exige o reexame da prova, mas, tão somente, o correto enquadramento jurídico dos fatos considerados pelas instâncias ordinárias, o que afasta, portanto, a incidência da Súmula 7/STJ à espécie. Com efeito, nos termos da jurisprudência desta Corte, a definição da correta adequação típica das ações delituosas não representa reexame de provas, mas revaloração dos critérios jurídicos empregados para a tipificação penal do delito, quando – como no caso concreto – é possível claramente vislumbrar a moldura fática sem a necessidade de revolvimento probatório (REsp n. 1.571.008/PE, Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe 23/2/2016). Nesse sentido: AgRg no AREsp n. 542.434/MG, Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, DJe 27/3/2017; AgRg no AREsp n. 523.477/GO, Ministro Gurgel de Faria, Quinta Turma, DJe 28/10/2015; AgRg no REsp n. 1.490.441/SP, Ministro Leopoldo de Arruda Raposo (Desembargador convocado do TJ/PE), Quinta Turma, DJe 17/6/2015; e AgInt no AREsp n. 1.170.106/SP, Ministro Moura Ribeiro, Terceira Turma, DJe 30/4/2018. Desse modo, dou provimento ao agravo regimental para reconsiderar a decisão agravada, passando à análise do agravo em recurso especial. No caso em exame, a moldura fática descrita na sentença e no acórdão permite verificar que com o acusado foram apreendidos um total de 180 g de maconha e que tal quantidade foi o único elemento considerado pelo Magistrado sentenciante (e-STJ Fl.407) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação no DJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab para enquadrar a conduta objeto do processo-crime em questão como exercício inequívoco da mercancia de droga ilícita (fl. 177). Segundo narrado no acórdão, na hipótese, os policiais foram atender uma ocorrência referente a uma briga de casal, de modo que, quando chegaram até o local, o acusado, ao perceber a aproximação da guarnição, passou a dispensar objetos na areia. Ato contínuo, os policiais foram verificar o local e apreenderam uma sacola plástica contendo três torrões de maconha, pesando aproximadamente um total de 176 g e um tubo plástico contendo 4 g de maconha (fl. 256 - grifo nosso). Tal cenário foi suficiente para evidenciar, no entender das instâncias ordinárias, sua participação no comércio de entorpecentes (idem). A meu ver, todavia, tal contexto fático delineado não permite a segura e firme caracterização da prática do tráfico de drogas, mormente porque, na hipótese, a quantidade da droga apreendida em seu poder (180 g de maconha), isoladamente considerada e desacompanhada de qualquer outro elemento idôneo de convicção, não se revela como fundamento suficiente para a caracterização do tráfico ilícito de entorpecentes. Do mesmo modo, a simples forma de acondicionamento das drogas apreendidas (fl. 177) não passa de mera conjectura sem qualquer aptidão lógica a sustentar, de modo isolado, a conclusão pela mercancia. Assim, tenho que o cenário fático-probatório descrito na sentença e no acórdão recorrido são insuficientes para evidenciar com a segurança indispensável a configuração do delito descrito no art. 33 da Lei de Drogas. Nesse sentido, cito alguns precedentes: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. LITISPENDÊNCIA. NÃO OCORRÊNCIA. CONDENAÇÃO. LASTRO PROBATÓRIO INSUFICIENTE. DESCLASSIFICAÇÃO. ART. 28 DA LEI N. 11.343/2006. 1. Tratando-se de fatos distintos veiculados em ações penais diversas, não há que se falar em litispendência. 2. É possível examinar em habeas corpus a legitimidade da condenação imposta desde que não seja necessário que se proceda à dilação probatória. 3. Para a imposição de uma condenação criminal, faz-se necessário que seja prolatada uma sentença, após regular instrução probatória, na qual haja a indicação expressa de provas suficientes acerca da comprovação da autoria e da materialidade do delito, nos termos do art. 155 do Código de Processo Penal. 4. Insta salientar, ainda, que a avaliação do acervo probatório deve ser realizada balizada pelo princípio do favor rei. Ou seja, remanescendo dúvida sobre (e-STJ Fl.408) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação noDJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab a responsabilidade penal do acusado, imperiosa será a sua absolvição, tendo em vista que sobre a acusação recai o inafastável ônus de provar o que foi veiculado na denúncia. 5. A apreensão da droga no domicílio do acusado, por si só, insta consignar, não indica a realização do tipo inserto no art. 33 da Lei de Drogas, notadamente se considerada a pouca quantidade que foi encontrada. Além disso, não foram localizados petrechos comuns a essa prática (balança de precisão, calculadora, recipientes para embalar a droga, etc). Ademais, os policiais, únicas testemunhas do fato, ao serem questionados, nada acrescentaram sobre a apuração dos fatos. Em suma, não foram encontradas evidências do comércio ilícito. 6. Ordem concedida, para desclassificar a imputação contida na denúncia para o tipo inserto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, devendo o Magistrado da 5ª Vara Criminal de Serra/ES aplicar as penas nele cominadas como entender de direito. (HC n. 497.023/ES, Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, DJe 21/6/2019) HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. NULIDADE DO ACÓRDÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO. FINALIDADE COMERCIAL NÃO COMPROVADA. DESCLASSIFICAÇÃO. POSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. Não se identifica nulidade no acórdão impugnado, uma vez que o Tribunal de origem apresentou, de modo claro, suas razões de decidir. 2. A Corte estadual, ao dar provimento ao apelo ministerial, não demonstrou, de modo satisfatório, a presença de elementos concretos da venda de entorpecentes pelo réu. 3. A conclusão exarada no aresto teve como um dos fundamentos o silêncio do acusado em âmbito policial, pois, consoante delineado na ocasião, entendeu-se que, se ele era apenas usuário, deveria haver bradado essa situação na primeira oportunidade que teve. É evidente a violação dos direitos constitucionais do paciente, diante da menção ao seu silêncio como presunção de culpa e, por isso mesmo, motivo determinante para evidenciar o intuito de traficância, medida vedada pelo nosso ordenamento jurídico. 4. Além disso, o decisum faz alusão a outras evidências e provas produzidas em âmbito policial e em juízo, mas que, conforme delineado pelo Juízo de primeiro grau, não são suficientes, por si sós, para ensejar a condenação do insurgente pelo art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006. Isso porque as declarações prestadas pelos policiais, sob o crivo do contraditório, não trazem a certeza necessária a respeito da finalidade comercial dos entorpecentes localizados na oportunidade. 5. Na hipótese, havia somente vagas suspeitas sobre eventual tráfico de drogas perpetrado pelo réu, em razão, única e exclusivamente de denúncia anônima, o que fez surgir a desconfiança de que estaria traficando substâncias entorpecentes. Não há referência a prévia investigação, monitoramento ou campanas no local e principalmente, não foram mencionados elementos que demonstrem, de modo satisfatório, a destinação comercial da droga localizada com o acusado. 6. Além disso, a quantidade de entorpecentes apreendidos não é capaz de evidenciar, por si só, sua destinação comercial. 7. Desde a audiência de custódia, o Juízo singular afirmou a inexistência de indícios suficientes da prática, pelo acusado, de atos de venda de drogas. 8. Fica prejudicado o exame das demais teses suscitadas no writ - redução da pena-base, aplicação da minorante, abrandamento do regime e substituição da pena privativa de liberdade por medidas restritivas de direitos. 9. Ordem concedida, de ofício, a fim de restabelecer a sentença que condenou o réu à pena de 3 meses de prestação de serviços à comunidade, como incurso no art. 28 da Lei n. 11.343/2006. (HC n. 457.433/SP, Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe 3/4/2019) RECURSO ESPECIAL. TRÁFICO DE DROGAS. PLEITO DESCLASSIFICATÓRIO. DESNECESSÁRIO REVOLVIMENTO DE PROVAS. ALEGADA POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PRÓPRIO. AUSÊNCIA DE (e-STJ Fl.409) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação no DJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab PROVA DA TRAFICÂNCIA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL. REGRA PROBATÓRIA DECORRENTE DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA. RECURSO PROVIDO. 1. Não se desconhece o entendimento pacífico da jurisprudência - tanto deste Superior Tribunal quanto do Supremo Tribunal Federal - de que a pretensão de desclassificação de um delito exige, em regra, o revolvimento do conjunto fático-probatório produzido nos autos, providência incabível, em princípio, em sede de recurso especial. 2. Todavia, a moldura fática delineada na sentença e no acórdão não demonstrou o fim de mercancia, nem afastou de forma inconteste a afirmação do réu de que a droga apreendida destinava-se ao seu consumo pessoal. 3. A Lei n. 11.343/2006 não determina parâmetros seguros de diferenciação entre as figuras do usuário e a do pequeno, médio ou grande traficante, questão essa, aliás, que já era problemática na lei anterior (n. 6.368/1976) – e que continua na legislação atual. 4. Não por outro motivo, a prática tem evidenciado que a concepção expansiva da figura de quem é traficante acaba levando à inclusão, nesse conceito, de cessões altruístas, de consumo compartilhado, de aquisição de drogas em conjunto para consumo próprio e, por vezes, até de administração de substâncias entorpecentes para fins medicinais. 5. A atual (embora não recente) crise do sistema penitenciário brasileiro e o fato de o Brasil possuir, hoje, a terceira maior população carcerária do mundo – segundo o Centro Internacional de Estudos Prisionais – ICPS (International Centre for Prision Studies) – recomendam não desconsiderar as ponderações feitas neste caso concreto de que efetivamente é temerária, também sob essa perspectiva, a condenação do acusado pelo crime de tráfico de drogas. 6. A conduta imputada pelo Ministério Público – dentre as várias previstas no art. 33, caput, da Lei n. 11.343/2006 (que é de conteúdo múltiplo) – foi a de trazer consigo "11 (onze) pedras de crack, divididas em papelotes individuais e escondidas em suas partes íntimas". Em nenhum momento, o acusado foi visto vendendo, expondo à venda ou oferecendo entorpecentes a terceiros. 7. Não foram mencionados elementos que demonstrem, de modo satisfatório, a destinação comercial do entorpecente localizado com o recorrente. Com efeito, não houve campana policial para averiguação da conduta do recorrente, mas tão somente uma abordagem pessoal em virtude do fato de o coacusado - que conduzia a motocicleta - ter se evadido ao avistar a autoridade policial. 8. O Ministério Público - sobre quem pesa o ônus da prova dos fatos alegados na acusação - não comprovou a ocorrência de mercancia ilícita da droga encontrada em poder do recorrente, ou que a tanto se destinava, de modo que remanesce somente a conduta de trazer consigo a droga, para consumo pessoal, prevista no tipo do caput do art. 28 da Lei n. 11.343/2006. 9. Dada a primariedade do recorrente (conforme reconhecido na sentença), a reprimenda prevista para o delito de posse de drogas para consumo próprio - prestação de serviços à comunidade ou medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo - não pode superar o prazo de 5 meses (art. 28, § 3º, da Lei n. 11.343/2006). 10. Entretanto, o acusado respondeu ao processo cautelarmente privado de sua liberdade (desde sua prisão em flagrante, em 6/3/2017), e sua custódia preventiva foi mantida na sentença condenatória. 11. Como ele está presoa um lapso temporal superior ao da reprimenda que lhe seria imposta, deve ser reconhecida a extinção de sua punibilidade. 12. Recurso provido para desclassificar a conduta imputada ao réu para o crime previsto no art. 28 da Lei n. 11.343/2006 e, já cumprido o prazo máximo da sanção cabível - de modo até mais oneroso -, julgar extinta sua punibilidade. (REsp n. 1.769.822/PA, Ministro Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, DJe 13/12/2018). Ante o exposto, dou provimento ao agravo regimental para reconsiderar a decisão da Presidência desta Corte e, com fundamento no art. 253, II, c, do RISTJ, (e-STJ Fl.410) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação no DJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab conheço do agravo para dar provimento ao recurso especial a fim de desclassificar a conduta e considerar o réu como incurso no art. 28 da Lei n. 11.343/2006, cabendo ao Juízo de origem aplicar as penas nele cominadas como entender de direito. Publique-se. Brasília, 10 de março de 2022. Ministro Sebastião Reis Júnior Relator (e-STJ Fl.411) D oc um en to e le tr ôn ic o ju nt ad o ao p ro ce ss o em 1 0/ 03 /2 02 2 às 1 7: 50 :0 3 pe lo u su ár io : S IS T E M A J U S T IÇ A - S E R V IÇ O S A U T O M Á T IC O S Documento eletrônico VDA31689867 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006 Signatário(a): SEBASTIÃO REIS JÚNIOR Assinado em: 10/03/2022 17:32:31 Publicação no DJe/STJ nº 3350 de 11/03/2022. Código de Controle do Documento: c129ba24-db07-4218-a7f4-4cd36945bdab