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Aula 01 - Doenças do Esôfago

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Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
1 
 
Aula 01 – Prova Parcial 
Doenças do esôfago 
 Definição: esôfago é um tubo muscular responsável pela 
condução dos alimentos desde a faringe até o estomago. Em 
adultos mede cerca de 25 cm a partir do músculo cricofaríngeo, na 
altura da 6ª vertebra cervical até a junção com o estomago 
 É dividido em três partes: 
✓ Cervical: que cursa através do pescoço 
✓ Torácica: que é localizada no tórax – mediastino 
✓ Abdominal: que atravessa o diafragma e chega ao abdome 
onde alcança o estomago 
 Junções do esôfago: 
✓ Junção faringoesofágica: localizada posteriormente a 
cartilagem cricóide, faringe + esôfago 
✓ Junção gastroesofágica: localizada no ponto de encontro 
entre o esôfago e o estomago 
 Esfíncteres do esôfago: 
✓ Esfíncteres: feixes de fibras musculares de controle 
involuntário 
✓ Esfíncter Esofágico Superior (ESS)/Músculo Cricofaríngeo: controla a junção faringoesofágica 
✓ Esfíncter Esofágico Inferior (EEI)/Cárdia: controla a junção gastroesofágica 
 Disfagia: dificuldade a deglutição 
✓ Disfagia orofaríngea: é a dificuldade de esvaziar o material da orofaringe no esôfago, resulta de 
função anormal proximal ao esôfago. Pacientes se queixam de dificuldade para iniciar a 
deglutição, regurgitação nasal e aspiração traqueal seguida de tosse. Geralmente ocorre em 
pacientes com doenças neurológicas ou musculares que afetam a musculatura esquelética 
✓ Disfagia esofágica: consiste na dificuldade da passagem do alimento pelo esôfago, pode resultar 
de obstrução mecânica ou distúrbio motor 
 A parte composta por músculo liso do corpo do esôfago são inervadas pelo nervo vago que controla o 
peristaltismo sob condições fisiológicas. A inervação neural do esôfago é realizada pelo plexo 
miontérico – Aurbach localizada entre as duas camadas muscula e pelo plexo submucoso de Meissner 
Histologia 
 Histologicamente o esôfago é 
composto por quatro camadas: 
✓ Mucosa 
✓ Submucosa 
✓ Muscular 
✓ Adventícia/Serosa: a parte do 
esôfago dentro do peritônio é 
serosa e por fora do peritônio 
é adventícia 
A) Mucosa : 
→ Revestida por epitélio 
estratificado pavimentoso 
Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
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não queratinizado apoiado em lâmina própria que é formada por tecido conjuntivo frouxo 
rico em vasos e que emite papilas 
→ Na base da mucosa existe uma delicada faixa de tecido muscular liso entremeado por fibras 
elásticas 
B) Submucosa: 
→ Tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e 
elásticas e vasos do plexo venoso submucoso 
→ Meissner: plexo (estruturas ganglionares – gânglios 
= conjunto de corpos neuronais fora do SNC) 
nervoso submucoso 
C) Muscular: 
→ Responsável pela função motora é dividida em 
duas camadas de feixes musculares a muscular 
interna (interna) e a muscular externa (longitudinal) 
→ Na porção superior do esôfago a camada muscular 
é constituída principalmente por musculo estriado 
esquelético que progressivamente é substituído por 
fibras musculares lisas tornando-se apenas liso a 
partir da metade inferior do esôfago 
→ Plexo miontérico/Aurbach: gânglios nervosos 
miontéricos responsáveis para os movimentos 
peristálticos 
D) Adventícia: 
→ Formada por tecido conjuntivo Peri esofágico, rico 
em nervos e vasos sanguíneos 
→ Plexo venoso adventicial 
 
Obstrução do esôfago – Distúrbios de motilidade 
 Principais: 
✓ Esôfago em quebra nozes: falta de coordenação entre a contração das camadas musculares do 
esôfago 
✓ Espasmo esofágico difuso: contração simultânea em diferentes locais do esôfago 
✓ Esfíncter esofágico inferior hipertenso: falta de relaxamento do esfíncter esofágico inferior 
 Não há uma causa específica para essas doenças 
Divertículo 
 Definição: exteriorização da mucosa através da camada 
muscular do esôfago. ´´ saco/bolsa ´´ que se enche de alimento. 
 No caso do esôfago é considerado um pseudodiverticulo pois 
para ser considerado um divertículo verdadeiro todas as camadas 
do órgão tem que acompanhar o divertículo 
 Existem tipos de divertículos esofágicos: 
✓ Divertículos de Zenker (faríngeos): consistem na 
exteriorização da mucosa e submucosa através do 
músculo cricofaríngeo – é o mais comum 
Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
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✓ Divertículos do esôfago médio (tração): são causados pela tração resultante de lesões 
inflamatórias mediastinais ou de maneira secundária por doenças de motilidade esofágica 
✓ Divertículos epifrênicos: ocorrem logo acima do diafragma e em geral acompanham um distúrbio 
de motilidade 
Estenose esofágica 
 Definição: estreitamento/diminuição do calibre da luz do esôfago, dificultando ou impedindo que a 
saliva ou os alimentos cheguem até o estomago 
 Geralmente é causada pelo espessamento fibroso da submucosa associada a atrofia da muscular própria e 
danos epiteliais secundários 
 Associada principalmente a refluxo gastroesofágico crônico, irradiação e injúrias cáusticas 
 Refluxo crônico: pode levar a uma lesão, o tecido sofre o processo de cura e se regenera gerando então 
uma fibrose em excesso podendo então levar uma fibrose 
Membranas de Mucosa 
 Uma membrana esofágica cresce através do lúmen do esôfago e pode 
causar disfagia, apenas uma parte da luz do esôfago é obstruída 
 Predomina na mucosa e submucosa (principalmente na submucosa) 
 A espessura da membrana é MENOR que 5 mm 
 Principais causas: 
✓ Refluxo 
✓ Doença do enxerto versus hospedeiro (transplante de medula) 
✓ Doenças bolhosas – Penfigoide bolhoso 
 Síndrome de Plummer Vinson: 
✓ Membrana de mucosa esofágica 
✓ Anemia por deficiência de ferro 
✓ Glossite (inflamação da língua) 
✓ Queilose/queilite (inflamação dos lábios) 
✓ Aparece em mulheres acima de 40 anos 
Anéis Esofágicos 
 O anel é circunferencial e diminui o lúmen/luz do esôfago 
 Se localiza principalmente no esôfago dista na membrana proximal (+ 
perto da laringe) 
 O anel é MAIOR que 5 mm e pode estar na mucosa, submucosa e as 
vezes até na muscular 
 Os anéis podem ser : 
✓ Anel tipo A: acima da junção gastroesofágica 
✓ Anel tipo B: na junção escamo-colunar (abaixo da junção 
gastroesofágica) 
 
 
 
Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
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 Acalasia 
 Definição: relaxamento parcial ou ausente do esfíncter inferior do esôfago (EEI) e contrações 
peristálticas no corpo esofágico 
 Acalasia x Esfíncter Esofágico Inferior Hipertenso: 
✓ No esfíncter esofágico inferior Hipertenso ocorre peristaltismo e na acalasia aperistalse (ausência 
de peristaltismo) 
✓ Na acalasia há uma degeneração no plexo miontérico que causa dano a plexos neuronais 
 Acalasia primária/idiopática: é um processo inflamatório associado a linfócitos T que causa danos a 
plexos neuronais – processo autoimune 
✓ Relaxamento incompleto do EEI 
✓ Tônus aumentado do EEI 
✓ Aperistalse do esôfago 
 Acalasia secundária: Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi destrói o plexo miontérico 
✓ Relaxamento incompleto do EEI 
✓ Tônus aumentado do EEI 
✓ Aperistalse do esôfago 
Esofagite 
 Definição: esofagite é a inflamação do esôfago, as esofagites podem ser provocadas por agentes físicos e 
químicos, ter origem infecciosa ou resultar da extensão de doenças sistêmicas. Esofagites infecciosas são 
raras e podem ser causadas por bactérias, vírus e fungos 
 Esofagites infecciosas: 
✓ Esofagite por Cândida: comum em imunossuprimidos, quando sintomática 
manifesta-se por disfagia, odinofagia, dor com irradiação para as costas e 
hemorragia. As lesões ocorrem especialmente nos terços médio e distal do 
esôfago. A mucosa torna-se elevada, nodulosa com placas ou pseudomembranas 
brancacentas ou com pequenas ulcerações circundadas por halo hiperêmico 
✓ Esofagite Herpética: causada pelo vírus Herpes simplex ocorre principalmente 
em indivíduos imunossuprimidos. Lesões semelhantes as encontradas na 
candidíase.Em indivíduos com sistema imunitário normal a infecção evolui 
para a cura espontânea em 3 a 5 dias 
✓ Esofagite por citomegalovírus (CMV): afeta geralmente imunossuprimidos, 
resulta em ulcerações superficiais na mucosa que podem estender-se a 
cavidade oral. Células volumosas com inclusões nucleares características 
chamadas de ´´ olho de coruja´´ 
 Esofagite eosinofilica: caracteriza-se por infiltração de eosinófilos na mucosa 
do esôfago. As lesões podem comprometer o terço distal ou a porção proximal 
do órgão. Hipersensibilidade do tipo I, acontece predominantemente em 
pacientes atópicos (pacientes que possuem pré-disposição a ter processos 
alérgicos como dermatite atópica, rinite alérgica, asma). Apresente número 
elevado de eosinófilos na biopsia e não responde a inibidores de bomba de 
prótons 
 Esofagite corrosiva: ingestão de substâncias corrosivas fortes ou detergentes 
usados para limpezas são as causas mais comuns de lesões químicas no esôfago 
Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
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Esofagites Crônicas 
 Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) : 
✓ Refluxo anormal do conteúdo gástrico para o interior do 
esôfago 
✓ É a manifestação clínica da esofagite 
✓ Diminuição do tônus do EEI 
✓ Aumento da pressão abdominal 
✓ Causas do DRGE: obesidade, álcool, depressivos do 
SNC, gravidez, hernia de hiato 
✓ É uma agressão química 
✓ Nenhuma causa definitiva é identificada pois na maioria 
dos casos é são vários juntos associados 
 Esofagite de refluxo: 
✓ Entidade clínica morfologicamente 
✓ Características clínicas: disfagia, azia e regurgitação de 
conteúdo gástrico 
✓ Manifestações clínicas: queimação epigástrica e 
retroesternal aliviada por antiácidos, dor epigástrica, 
eructação, regurgitação (principalmente noturna), odinofagia e disfagia 
 Esôfago de Barret: 
✓ Substituição do epitélio estratificado escamoso 
normal do terço distal do esôfago por epitélio 
colunar metaplásico do tipo intestinal (metaplasia) 
✓ Mais comum em homens acima de 50 anos 
✓ Complicação da DRGE e aumenta o risco de 
adenocarcinoma esofágico 
✓ O esôfago como está recebendo muita agressão 
química começa a sofrer metaplasia pois não 
consegue suportar ficar recebendo o ácido do 
estomago então muda suas celular para celular 
caliciformes – que suportam o ácido do estomago 
✓ É necessário endoscopia + biopsia 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome de Mallory-Weiss 
Patologia Especial I – Gabriela Monari T6 
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 Definição: são lacerações lineares e longitudinais de até 4 cm de 
extensão na maioria das vezes restrita a mucosa da junção 
gastresofágica 
 Comum nos homens, mais frequentes em alcoólatras, hernia de 
hiato após vômitos ou esforços 
 Laceração = ruptura/perda da continuidade da mucosa esofágica

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