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1 EFEITOS RECORRENTES DA SUPLEMENTAÇÃO COM CREATINA RECURRING EFFECTS OF CREATINE SUPPLEMENTATION Gustavo XAVIER1 Valter DANTONIO JÚNIOR2 RESUMO: A suplementação com creatina, vem sendo utilizada constantemente por praticantes de atividades físicas com o intuito de aumento de força e massa muscular. Diante disso, diversos estudos são realizados em cima deste suplemento alimentar na tentativa de desvendar os mecanismos responsáveis pelas eventuais adaptações. Essa revisão teve como objetivo, debater os principais estudos que investigaram os efeitos da suplementação de creatina na força e hipertrofia. Já se foi provado que a suplementação com creatina possui efeitos ergogênicos positivos, e é um tema promissor para estudos na área terapêutica. PALAVRAS-CHAVE: Creatina; efeitos ergogênicos; suplementação. ABSTRACT: Creatine supplementation has been used constantly by physical activity practitioners to increase strength and muscle mass. Therefore, several studies are performed on this food supplement to unravel the mechanisms responsible for eventual adaptations. This review aimed to discuss the main studies that investigated the effects of creatine supplementation on strength and hypertrophy. Creatine supplementation has been proven to have positive ergogenic effects and is a promising topic for therapeutic studies. KEYWORDS: Creatine; ergogenic effects; supplementation. 1 Graduando do Curso de Nutrição da Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal 2 Graduado em Ciências Biológicas. Mestre em Ciências Fisiológicas. Docente na Disciplina de Metodologia Científica na Faculdade São Luís de Jaboticabal. Orientador(a). E-mail: valter_bio@hotmail.com.br 2 INTRODUÇÃO No mundo competitivo, a busca por performances cada vez melhores, são perseguidas dia após dia, de maneira incansável. Diversos recursos ergogênicos são utilizados, entre eles podemos encontrar, esteroides anabolizantes, peptídeos, creatina, e até mesmo o simples cafezinho que pessoas do mundo todo bebem todos os dias pode ser considerado, devido ter cafeína em sua composição. A creatina por exemplo até anos atrás, era banido o seu comércio no Brasil pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Grande parte desses recursos são considerados Doping em olimpíadas e competições oficiais, pois ela garante um aumento no desempenho em um curto tempo. Segundo Araujo; Ribeiro; Carvalho (2009), “A creatina é um nutriente natural, de origem animal, encontrada em carnes e peixes. É sintetizada de maneira endógena no fígado, pâncreas e rins a partir de alguns aminoácidos (glicina, arginina, metionina). Nesse trabalho, iremos abordar os efeitos que a suplementação com creatina monohidratada pode acarretar. METODOLOGIA A presente revisão, trata-se de um estudo feito em materiais digitais e artigos científicos. Busca por evidências comprovadas foram feitas em sites nacionais e internacionais, tendo como objetivo a elucidação dos efeitos ergogênicos gerados pela suplementação de creatina monohidratada. Foram selecionados os termos: Força Muscular; Creatina; Treinamento de Resistencia e Recursos Ergogênicos. Tais palavras-chave foram inseridas nos sites de pesquisas: SciELO; Revista Brasileira de Nutrição Esportiva e PubMed. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO A suplementação de creatina associada ao treinamento resistido, provocou o ganho de força e melhora na recuperação e formação de ATP entre os sets de treinamento (ALTIMARI et al., 2010). Mostrou-se também, um melhor aproveitamento da suplementação de creatina monohidratada em treinos de força pura, que eram realizados entre 1-5 repetições por set, em comparação a treinos hipertróficos, no qual as repetições ficavam entre 8-15 movimentos (MEDEIROS, 2010). O horário que se utiliza a creatina, não se mostrou relevante, foi testada a sua suplementação pré-treino e pós-treino, e em ambos os casos o efeito positivo foi o mesmo (ANTONIO e CICCONE, 2013). De acordo com Powers et al. (2003), ocorreu uma melhor absorção da creatina, quando havia a presença de carboidrato junto a sua ingestão. Foi notado além do mais, uma hidratação intracelular superior aos seus usuários comparados a não usuários. Um dos grandes problemas que se foi apontado assim que a creatina passou a ser comercializada livremente, foi a sua possível contribuição para falência renal e hepática. Entretanto um estudo publicado pela Revista Brasileira de Medicina do Esporte em 2011, mostrou que a suplementação com creatina monohidratada, além de não possuir relação com problemas renais e hepáticos, se fez benéfica para pacientes enfermos (CARVALHO, 2011). CONCLUSÃO Com base nos trabalhos revisados, conclui-se que, a suplementação com creatina monohidratada, mostrou um aumento de força de maneira significativa em praticantes de musculação, além de melhorar a formação de ATP, ocorrer uma melhor restauração do substrato energético entre as séries e melhorar a hidratação intracelular. 4 REFERÊNCIAS ARAUJO, E.R; RIBEIRO, P.S; CARVALHO, S.F.D. Creatina: metabolismo e efeitos de sua suplementação sobre o treinamento de força e composição corporal. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 3, n. 13, p. 63-69, 2009. ALTIMARI, L.R. et al. Efeitos da suplementação prolongada de creatina monohidratada sobre o desempenho anaeróbico de adultos jovens treinados. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.16, n. 3, p. 186-10, 2010. ANTONIO, J; CICCONE, V. The effects of pre versus post workout supplementation of creatine monohydrate on body composition and strength. Journal of the International Society of Sports, v.10, n. 1, p.39, 2013. CARVALHO, A.P.P.F.; et al. Suplementação com creatina associada ao treinamento resistido não altera as funções renal e hepática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.17, n. 4, p.237-241, 2011. MEDEIROS, R. J. D.; et al. Efeitos da Suplementação de Creatina na força máxima e na amplitude do eletromiograma de mulheres fisicamente ativas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.16, n. 5, p.353-357, 2010. POWERS, ME. et al. Creatine Supplementation increases total body water without altering fluid distribution. Journal of Athletic Training, 2003. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/journals/creatinemonohydrate. Acesso em: 12 de novembro de 2019. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/journals/creatinemonohydrate
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