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Farmacologia - Demências

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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DAS PRINCIPAIS DEMÊNCIAS
Doença de Alzheimer, Parkinson e Demência Vascular
08/03
INIBIDORES DA ACETILCOLINESTERASE
A ampliação da transmissão colinérgica é a base do tratamento da 
Doença de Alzheimer. Três fármacos são amplamente usados, sendo eles: 
donezepila, rivastigmina e galantamina. São medicamentos antagonistas 
reversíveis das colinesterases, enzimas que catalisam a clivagem da 
acetilcolina na fenda sináptica em colina e acetato. Essa classe 
medicamentosa é a primeira opção geral para o tratamento sintomático 
dos déficitis cognitivos associados à DA leve à moderada. Também podem 
ser tratados os mesmos sintomas decorrentes da demência vascular 
(GOODMAN and GILMAN, 2012). Existem evidências laboratoriais de 
que os inibidores da colinesterase podem agir de alguma maneira para 
reduzir a formação ou a neurotoxicidade, retardando a progressão de DA. 
Esses fármacos agem no aumento da oferta de acetilcolina, pois este 
neurotransmissor é de grande importância para funções cognitivas 
diferentes, como aprendizado, memória e atenção. Além disso, estudos 
mostram que a redução de liberação de Ach bloqueiam a memória de 
longo prazo de reconhecimento de objetos, sem afetar a memória remota. 
(JAERGER, X, 2010). Diferentes fármacos também auxiliam na 
melhora da função colinérgica, como agonistas dos receptores muscarínicos 
e nicotínicos (RANG and DALE, 2016).
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES DE GLUTAMATO
Existe um outro fármaco também aprovado no tratamento da Doença 
de Alzheimer, a memantina, um antagonista dos receptores de 
glutamato (NMDA). É utilizado como coadjuvante ou alternativo aos 
inibidores de colinesterase para tratar DA e é também usada 
frequentemente para tratar outras demências neurodegenerativas. 
Essa classe interage com o sítio de ligação do Mg+2 no canal do 
receptor de forma a impedir a ativação excessiva e, ao mesmo tempo, 
preservar a função normal. Esse fármaco reduz expressivamente a 
taxa de deterioração clínica dos pacientes do DA moderada à grave. 
(GOODMAN and GILMAN, 2012). Além do declínio cognitivo, os 
sintomas comportamentais e psiquiátricos da demência são comuns, 
principalmente nos estágios intermediários. Os inibidores de 
colinesterase e antagonistas de NMDA reduzem alguns desses 
sintomas. Entretanto, seus efeitos são modestos e esses fármacos não 
controlam sintomas como agitação. Os antipsicóticos como risperidona, 
olanzapina e quetiapina são opções mais eficazes para o tratamento da 
agitação e psicose na DA. Eficazes, porém, de uso limitado por seus 
efeitos colaterais. Podem ser usados também estabilizadores de humor, 
como carbamazepina. Existem também evidências de efeito benéfico 
com o ácido valpróico, 
LEVODOPA: UM PRECURSSOR DA DOPAMINA
A levopoa é um precursos metabólico da dopamina e isoladamente e ainda 
é considerado o fármaco mais eficaz para o tratamento de DP. Na prática 
clínica, a levodopa é quase sempre ministrada em conjunto com um 
inibidor de ação periférica dos aminoácidos l-aromáticos descarboxilase, 
como carbidopa ou benserazida. Esses compostos não penetram bem no 
SNC. São usados pois, se a levodopa for administrada isoladamente, é em 
grande parte metabolizado por enzimas presentes na mucosa intestinal e 
outros tecidos, de modo a diminuir sua biodisponibilidade a quantidade 
que chega ao SNC. Alguns protocolos optam por levodopa apenas quando 
os sintomas da dopamina causam limitações funcionais e outros 
tratamentos são inadequados ou mal tolerados. Uma alternativa para o 
tratamento de levodopa é usar fármacos que atuem como agonistas diretos 
nos receptores dopaminérgicos, como pramipexol. (GOODMAND and 
GILAMN, 2012).

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