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APS 4 SEMESTRE_Obesidade e suas consequências

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14
UNIVERSIDADE PAULISTA
ALLEX RICO DOS SANTOS BRACHI
ELISEU MARSON NETO
JANAÍNA BARBOSA ARAÚJO
LETÍCIA ALVES FARIA
LÍVIA NARDY
MÁRCIA KARINA JACOB DO NASCIMENTO
MARIELE INNOCENTI
RAFAELA DOS ANJOS NEVES
ROSEANE DOS SANTOS MELO
OBESIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS
CAMPINAS – SP
2021
ALLEX RICO DOS SANTOS BRACHI
ELISEU MARSON NETO
JANAÍNA BARBOSA ARAÚJO
LETÍCIA ALVES FARIA
LÍVIA NARDY
MÁRCIA KARINA JACOB DO NASCIMENTO
MARIELE INNOCENTI
RAFAELA DOS ANJOS NEVES
ROSEANE DOS SANTOS MELO
OBESIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Trabalho para Atividades Práticas Supervisionadas (APS) apresentada à Universidade Paulista – UNIP.
 Orientadora: Profª. Graziela Stoppa
CAMPINAS - SP
2021
RESUMO
Palavras-chave:
Sumário
2.	INTRODUÇÃO	4
3.	MÉTODO	6
4.	DESENVOLVIMENTO	7
5.	CONCLUSÃO	17
6.	REFERÊNCIAS	18
INTRODUÇÃO
A obesidade é uma doença crônica não transmissível que vem aumentando de forma contínua, sendo considerada uma epidemia mundial. (ANJOS, 2017). Especialistas em saúde tem se preocupado com a doença pelo fato de suas complicações decorrentes desencadearem possíveis enfermidades. (PINHEIRO, 2003)
A importância do corpo se dá, pois através dele as pessoas se manifestam. Os cuidados com a saúde, beleza e estética são regrados diante das normas sociais, que são frutos das relações entre o indivíduo, corpo e sociedade. 
Sendo assim, a obesidade é um estado divergente dos padrões. O indivíduo obeso é anormal, pois difere do ideal de beleza do corpo magro idealizado pela sociedade, também sendo entendida como um estado patológico. (WANDERLEY, et al, 2010)
A provável responsável pelo desenvolvimento da obesidade é a teoria da economia energética, onde o organismo visa a redução do gasto energético como uma forma de sobrevivência. (WANDERLEY, et al, 2010)
Evidências indicam que a genética tem grande influência no desenvolvimento da obesidade. Nota-se que o apetite e comportamento alimentar também sofrem influência e há indicações de que o componente genético age sobre o gasto energético e consequentemente sobre a taxa metabólica. (WANDERLEY, et al, 2010)
A manutenção do peso e gordura corporal sofrem intervenções dos genes. Estas intervenções se dão pela participação destes no controle de vias eferentes (nutrientes, leptina, sinais nervosos, entre outros), de mecanismos centrais (neurotransmissores hipotalâmicos) e de vias aferentes (insulina, catecolamina, sistema nervoso autônomo). (WANDERLEY, et al, 2010)
 A deficiência congênita de leptina é responsável por 1 a 2% dos casos de obesidade mórbida precoce. O hormônio é considerado um marcador de tecido adiposo, por ser excretado pelo tecido como consequência do acúmulo de gordura. Reduz a apetência por inibir a formação de neuropeptídeos relacionados ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e por realizar o aumento da expressão de neuropeptídeos anorexígenos, como o hormônio estimulante de a-melanócito e o hormônio liberador de corticotrópica. (WANDERLEY, et al, 2010)
A etiologia da obesidade é uma das mais complexas, pois seu desenvolvimento possui múltiplas causas e é resultado de interações entre fatores genéticos, psicológicos, socioeconômicos, culturais e ambientais. (WANDERLEY, et al, 2010)
As consequências dessa patologia vêm preocupando profissionais da área de saúde por ser uma doença multifatorial. Fatores nutricionais, genéticos, culturais, psicossociais, e metabólicos, levam ao desenvolvimento da síndrome metabólica, causando alterações na hipertensão, triglicérides, colesterol, glicemia, entre outros. (MELO, 2011; MARIATH, 2007)
Como consequência dos problemas de saúde ocasionados pela obesidade, estudos foram realizados visando a identificação dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa patologia. Estratégias são formadas para o combate da obesidade e atenuam assim seus impactos no sistema único de saúde no Brasil. Sua crescente prevalência, vem sendo o fundamento para a reestruturação na saúde. (MARIATH, 2007)
Estudos revelam que a redução da quantidade de massa corporal, em particular a gordura, traz melhorias a qualidade de vida dos pacientes e diminui a morbidade e mortalidade. (FRANCISCHI, et al, 200)
O exercício contribui diretamente na redução do peso e é uma forma de tratamento de obesidade. Este eleva o gasto energético e em combinação com a dieta promove a redução do peso corporal, maximizando a perda de gordura e minimizando a perda de massa magra. (FRANCISCHI, et al, 200)
O ministério da saúde com o intuito de promover a saúde e qualidade de vida estabeleceu como parte da rede de atenção a linha de cuidados para a obesidade, proporcionando um atendimento individual e intervenções coletivas. Trata-se a patologia em todos os seus aspectos, com assistência multiprofissional, contando com nutricionistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, educador físico, entre outros. (ANJOS, 2017)
A redução da obesidade para a saúde pública é de extrema relevância. O impulso social e os investimentos econômicos em alimentação e na qualidade de vida de pessoas obesas indicam que são essenciais. (FRANCISCHI, et al, 200)
MÉTODO
DESENVOLVIMENTO
4.1 Obesidade
A OMS (Organização Mundial de Saúde) define como uma doença crônica, com o acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, ocasionando aumento de peso e desequilíbrio na saúde da população. (ANJOS, 2017).
Em nossos corpos, a obesidade surge quando a quantidade de energia ingerida com os alimentos ultrapassa muito a quantidade de energia gasta nas atividades diárias. Outros fatores também interferem como a genética, fatores ambientais, estilos de vida (hábitos alimentares e sedentarismo), fatores psicológicos e metabólicos, entre outros. (SANTOS, 2018)
O diagnóstico de obesidade é realizado através do cálculo do índice de massa corpórea (IMC), que é um padrão internacional de avaliação do grau de obesidade, onde se divide o peso pela altura do paciente, elevado ao quadrado. Porém devem-se considerar outros indicadores, pois o IMC não demonstra a distribuição corporal de gordura e de massa muscular. Considera-se obeso o paciente com o índice de massa corpórea maior ou igual a 30 Kg/m2. (SANTOS 2018)
Exemplo: Paciente A: Peso 70 kg e Altura 1,65.
IMC = Peso/Altura elevado ao quadrado.
70/1.65*1,65 = 70/2.72 = 25.7
Resultado: 25.7
A obesidade está aumentando de forma contínua, sendo considerada uma epidemia atualmente, ocasionando um problema de saúde pública mundial, sendo considerada uma doença crônica não transmissível, o que vem preocupando especialistas em saúde, devido a todas as suas complicações decorrentes, e consequentemente o desenvolvimento de outras enfermidades. (PINHEIRO, 2003)
4.2 Fatores e Aspectos
4.2.1 Metabólico e Genético
Referente a esses aspectos, consta que a teoria da economia energética é a provável responsável pelo desenvolvimento da obesidade, em cenários de adversidade biológicas e social em que existe uma deficiência de energia, o organismo libera uma série de mecanismos metabólicos adaptativos, visando reduzir o gasto energético como uma maneira de sobrevivência. Este ajuste leva o organismo a um ponto de equilíbrio, em que o gasto e ingestão energética são menores que o normal, porém, mostra ser inconstante, pois um aumento na ingestão de alimentos, pode revelar um ganho de peso, consequentemente o aumento da eficiência metabólica. (WANDERLEY, et al, 2010)
Consta evidências indicando uma forte influência genética no desenvolvimento da obesidade, porém os mecanismos ainda não são esclarecidos, mas nota-se que o apetite e comportamento alimentar sofrem total influência genética e há indicações de que o componente genético age sobre o gasto genético, assim notadamente sobre a taxa metabólica. Incoerência endócrina como o hipotireoidismo e problemas no hipotálamo, alteração no metabolismo de corticosteroides, hipogonadismo em homens e ovariectomia em mulheres, síndrome de Cushing e síndrome dos ovários policísticos podem ainda conduzir à obesidade. (WANDERLEY, et al, 2010)
O peso corporalé ordenado por uma interação completa entre neuropeptídeos e hormônios, o principal controle são de núcleos hipotalâmicos, as mutações nos genes de hormônios e neuropeptídeos, seus receptores ou seus elementos regulatórios, vem sendo relacionada a obesidade, embora não seja explicada a forma comum desta patologia. (WANDERLEY, et al, 2010)
Genes intervêm na manutenção de peso e gordura corporal estáveis ao longo do tempo, essa intervenção vem da participação desses no controle de vias eferentes (nutrientes, leptina, sinais nervosos, entre outros), de mecanismos centrais (neurotransmissores hipotalâmicos) e de vias aferentes (insulina, catecolamina, sistema nervoso autônomo). A leptina é o hormônio excretado pelo tecido adiposo subcutâneo em resposta do armazenamento de gordura ou excesso de ingestão alimentar, sendo assim, considerável marcador da quantidade de tecido adiposo. A leptina reduz o apetite por inibir a formação de neuropeptídeos relativos ao apetite, como o neuropeptídeo Y, e por realizar o aumento da expressão de neuropeptídeos anorexígenos, como o hormônio estimulante de a-melanócito e o hormônio liberador de corticotrópica. A deficiência congênita desse hormônio é responsável por 1 a 2% dos casos de obesidade mórbida precoce. (WANDERLEY, et al, 2010)
A gênese da obesidade também possui outros fatores envolvidos, como a colecistocinina (CCK), a ghrelina, o neuropeptídeo Y (NPY) e o peptídeo YY, substâncias envolvidas na ingestão alimentar. A CCK e o peptídeo YY, são dispostos pelo trato gastrointestinal e ao nível cerebral inibem a ingestão, promovendo a saciedade após uma refeição. NPY é sintetizado no SNC e estimula a ingestão. A redução nos níveis de insulina e leptina ativa os neurônios produtores de NPY no hipotálamo, a leptina inibe a síntese. Ghrelina é hormônio gastrointestinal que estimula o apetite e faz parte do sistema de regulação do peso corporal. A produção excessiva de ghrelina pode levar a obesidade. As alterações no controle da liberação dessas e de outras substâncias envolvidas na regulação do balanço energético, assim provocando disfunções nos sistemas de regulação do peso corporal por retroalimentação, assim ocasionando a obesidade. (WANDERLEY, et al, 2010)
4.2.2 Simbólico e Sociocultural
O valor sociocultural referente a obesidade é variável de uma sociedade para outra, nos diferentes ambientes históricos. A referência de saúde antigamente era correlacionada a tamanho do corpo, atualmente significado foi modificado com as novas crenças culturais acerca do corpo magro. (WANDERLEY, et al, 2010)
O corpo é um aspecto existencial fundamental, pois através dele que as pessoas se manifestam pelo mundo, os cuidados de beleza, estética e saúde é regrado diante do sistema das normas sociais, que nada mais é que o fruto da relação entre os indivíduos, seu corpo e a sociedade. (WANDERLEY, et al, 2010)
Atualmente observa-se padrões corporais próprios relacionados ao corpo magro, delineado, estético e eternamente jovem. Sendo assim, a obesidade é um estado divergente aos padrões de normalidade na cultura, o indivíduo obeso é anormal, pois difere do ideal de beleza do corpo magro e musculosos construído pela sociedade, também sendo entendida como um estado patológico gerando impotência do corpo e minimizando a possibilidade de vida do indivíduo no seu ambiente. (WANDERLEY, et al, 2010)
Na esfera social a obesidade tem duas definições, uma é que um estado desviante do padrão de normalidade na cultura, assim o corpo gordo é considerado fora da norma social aceitável, pois difere do corpo magro e musculoso. A outra compreende como um estado patológico, uma doença, em função de sinais e sintomas da enfermidade, assim tendo alta relação com outras comorbidades e ainda por comprometer a qualidade de vida do indivíduo no ambiente social. (WANDERLEY, et al, 2010)
4.2.3 Psíquicos
Acredita que o fator psicológico e psiquiátrico possui maior importância, principalmente em sua história, pois nas primeiras seis décadas do século XX, a obesidade foi entendida como resultado de dificuldade morais ou problemas psíquicos. (WANDERLEY, et al, 2010)
Os indivíduos que apresentam obesidade são vistos como únicos culpados pela sua condição, devido o fato de serem incapazes de se controlar, eram notados como tendo baixa autoestima, limitação intelectual, mau funcionamento mental, como excesso de ansiedade e covardia, são vistos como pessoas que violam as normas sociais. (WANDERLEY, et al, 2010)
Dentre os prejuízos diversos a saúde relacionada a obesidade está o aspecto psicológico, como aquele relaciona a imagem corporal que compara com diversos fatores que se relacionam, como emocionais, atitudes e perceptuais. O ambiente competitivo, com altas exceptivas da adequação ao corpo perfeito, pode criar problemas de realização pessoal. (WANDERLEY, et al, 2010)
Problemas psicológicos estão associados ao ganho de peso, por exemplo o estresse, ansiedade e depressão, influenciando diretamente ao comportamento alimentar. O controle, a percepção de si, ansiedade e o desenvolvimento emocional, porém estar gordo não significa ter problemas psicológicos, sendo necessário esclarecer a crença que é utilizada como explicação do excesso de peso, sendo assim, os profissionais da área de psicologia na terapêutica da obesidade mostram-se importante, por permite um diagnostica mais apurado. (WANDERLEY, et al, 2010)
A etiologia da obesidade é uma das mais complexas, o seu desenvolvimento possui múltiplas causas e é o resultado de interação entre fator genético, psicológico, socioeconômico, cultural e ambiental. (WANDERLEY, et al, 2010)
4.3 Consequências
As consequências dessa patologia vêm preocupando profissionais da área de saúde pública, pois são diversos os fatores que causam a obesidade, sendo multifatoriais, como os fatores nutricionais, fatores genéticos, culturais, psicossociais, e metabólicos, esse gerando o desenvolvimento da síndrome metabólica, causando alteração na hipertensão, triglicérides, colesterol, glicemia em jejum, obesidade abdominal, entre outros. (MELO, 2011; MARIATH, 2007)
Devido a todos os problemas de saúde, ocasionados pela obesidade, foram realizados diversos estudos, com foco na identificação dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa patologia, analisando estratégias para o combate da obesidade e moderando assim seus impactos no sistema único de saúde no Brasil, sua crescente prevalência, vem sendo o fundamento para a reestruturação na saúde. (MARIATH, 2007)
O ministério da saúde estabeleceu como parte da rede de atenção a linha de cuidado para a obesidade, com o intuito de promover a saúde e qualidade de vida, ampliando a concepção restrita da doença, potencializando um atendimento individual e intervenções coletivas, que tratem a patologia em todos os seus aspectos, com profissionais de várias áreas, como nutricionistas, psicólogos, médicos, enfermeiros, educador físico, entre outros. (ANJOS, 2017)
Sendo assim, observa-se que existem poucos indícios nas pesquisas que fatores genéticos influenciaram em maior grau, o aumento da obesidade nos últimos 20 anos. Dessa forma o predomínio da obesidade em variados grupos populacional, está relacionado aos fatores comportamentais, principalmente dieta e exercícios físicos. No mundo atual destaca-se a importância de praticar a mudança de hábitos associados à vida corrida e moderna. O objetivo é disseminar as informações, através das linhas de cuidados, promovendo a alimentação e hábitos saudáveis a princípio, diminuindo assim os fatores de riscos para obesidade. (MARIATH, 2007)
4.3.1 Diabetes Mellitus tipo 2
O Diabetes mellitus tipo 2, é caracterizado pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas, e a incapacidade de ser utilizada de forma correta pelo organismo, considerada uma doença crônica, causando distúrbio no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. Um dos fatores desencadeantes para o desenvolvimento dessa patologia, é estar acima do peso ou obeso, além de outros como por exemplo: genética, idade, estresse,gravidez, entre outros. A obesidade afeta a regulação adequada de insulina, que controla os níveis de açúcar no sangue, a gordura gera a resistência periférica a insulina. A prevenção necessita de dieta e prática de exercícios físicos, ocasionando a diminuição no peso corpóreo. O tratamento além da mudança no estilo de vida poderá também ser medicamentoso. (SANTOS, 2018)
4.3.2 Hipertensão e doenças cardiovasculares
A hipertensão arterial é uma doença crônica multifatorial, caracterizada por níveis elevados e sustentados da pressão arterial (PA). Acontece quando a pressão sistólica em repouso é superior a 140 mmHg ou quando a pressão diastólica em repouso é superior 90 mmHg. Estudos sobre a mesma são fundamentais e de extrema importância, pois ela trata de um problema de saúde pública devido a sua magnitude, risco e dificuldades no seu controle, além da sua alta taxa de mortalidade. O diagnóstico da HA é realizado na detecção da elevação e sustentação da PA, em eventuais aferições. A PA deve ser aferida em toda avaliação médica por profissionais da saúde (BRASIL, 2010).
A Hipertensão arterial está associada ao aumento do risco das DCV, pois, provoca alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos). Estudos clínicos demonstraram que a detecção, o tratamento e o controle da HA são fundamentais para a redução dos eventos cardiovasculares (BRASIL, 2010). A mortalidade por DCV aumenta grandemente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg. Em 2001, por exemplo, cerca de 7,6 milhões de mortes no mundo foram atribuídas à elevação da PA. (BRASIL, 2010). Devido a esse aumento exponencial da HA, originou-se uma busca em torno dos fatores de risco (FR) relacionados a seus desenvolvimentos. Dentre eles, podem ser citados os FR não modificáveis, como a genética e a idade, mas também podem ser encontrados os FR modificáveis, como os hábitos alimentares inadequados, o sedentarismo e a obesidade. Este último, com auxílio de profissionais da área das 5 saúdes, os pacientes podem ter uma mudança no estilo de vida, de forma a prolongar e melhorar o seu dia a dia (RIQUE, et al, 2002).
Dentre as formas de prevenção e tratamento cita-se a medicamentosa, com uso de remédios recomendados por profissionais da área da saúde e a não medicamentoso onde se enquadra a mudança de hábitos alimentares e as atividades físicas regulares. A nutrição adequada pode alterar a incidência e a gravidade das DCV, pois pesquisas demonstraram que quanto mais alto o consumo de vegetais e frutas (exceto batata), menor seria o risco de DCV (RIQUE, et al, 2002). A American Heart Association enfatiza o consumo de vegetais, frutas e grãos integrais, mostrando a importância das fibras alimentares, antioxidantes e outras substâncias na prevenção e controle das DCV. Além disso, é essencial a manutenção do peso saudável, com auxílio da atividade física regularmente e consumo moderado de gorduras, para evitar o consumo excessivo de calorias (RIQUE, et al, 2002). Porém, para que a atividade física seja realmente benéfica, é necessário acompanhamento profissional para que haja a combinação da freqüência, intensidade e duração do exercício, assim como o planejamento de um programa que inclua atividades aeróbicas, de resistência e de flexibilidade (RIQUE, et al, 2002).
4.3.3 Neoplasias
Homens que apresentam sobrepeso tem mortalidade significantemente maior por câncer colorretal e próstata, cujo peso é cerca de 130% maior do que o peso médio para o seu biótipo tem 2,5 mais chances de morrer por câncer de próstata que indivíduos normais. (FRANCISCHI, et al, 200)
Mulheres acima do peso também tem maiores chances de desenvolver o câncer de colo uterino, ovário e mama. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.3.4 Disfunções endócrinas
Mulheres obesas, as que apresentam obesidade abdominal, desenvolve irregularidade no ciclo menstrual e amenorreias e apresentam mais problemas durante a gravidez, como a síndrome hipertensiva e a toxemia. (FRANCISCHI, et al, 200)
Garotas obesas geralmente possuem a menarca em idade mais nova que a jovens de peso normal, já que a menstruação é iniciada quando o peso corporal atinge certa massa corporal. O aumento do tecido adiposo intra-abdominal, da concentração de testosterona livre e pode implicar no desenvolvimento da síndrome do ovário policístico. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.4 Tratamento para a redução da obesidade
Estudos demostram que a redução da quantidade de massa corporal, em particular a gordura, melhora a qualidade de vida e diminui a morbidade e mortalidade de pacientes obesos. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.4.1 Dieta
A restrição da ingestão energética total, uma das formas de alcançar o déficit energético e reduzir o peso. (FRANCISCHI, et al, 200)
As dietas que retiram o consumo energético, jejuns prolongados, são cientificamente perigoso a saúde, resultando em perda de grande quantidade de água, eletrólitos, mineiras, glicogênio e outros tecidos isentos de gordura, com mínima redução de massa adiposa. (FRANCISCHI, et al, 200)
A quantidade de fibras alimentares tem importante função na dieta, tais como: redução na ingestão energética; aumento no tempo de esvaziamento gástrico; diminuição na secreção de insulina; aumento na sensação de saciedade; redução na digestibilidade; redução no gasto energético e aumento na excreção fecal de energia. A dieta rica em fibras contribui para minimizar a doença cardiovascular, devido a redução do colesterol e da LDL, as fibras interferem no metabolismo dos esteroides, que começa no trato gastrintestinal. (FRANCISCHI, et al, 200)
Dietas hipocalóricas sofrem mudanças que ocorrem em resposta a limitação no consumo energética que permiti o prolongamento da vida do indivíduo, à medida que o consumo energético é restrito, o gasto diminui, levando a redução da perda de peso com o tempo, em consequência de mudança na composição corporal. (FRANCISCHI, et al, 200)
O tratamento que previna ou mesmo diminua essa consequência oferece vantagem frente aos demais, a inclusão de exercícios físicos pode ser favorável. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.4.2 Exercícios Físicos
Feito regularmente resulta em benefícios grandes ao organismo, como melhora da capacidade cardiovascular e respiratória, diminuição da pressão arterial em hipertensos, melhorar na tolerância a glicose e ação da insulina. (FRANCISCHI, et al, 200)
Indivíduos fisicamente ativos e com excesso de peso mostram menor morbidade e mortalidade do que os sedentários, devido o aumento da sensibilidade a insulina e melhora na tolerância a glicose, no metabolismo lipídico. (FRANCISCHI, et al, 200)
O exercício contribui diretamente na redução do peso, é uma forma de tratamento de obesidade que eleva o gasto energético e minimiza os efeitos negativos da restrição. Em combinação com a dieta promove a redução do peso corporal, maximizando a perda de gordura e minimizando a perda de massa magra, as alterações induzidas pelo treinamento físico também depende do tipo, intensidade e duração. (FRANCISCHI, et al, 200)
Estudos mostram que pode apresentar efeito anoréxico, uma temporária supressão da fome, acompanhado por adiamento da alimentação após uma sessão de exercício. (FRANCISCHI, et al, 200)
Visando os inúmeros benefícios que o exercício regular realiza, este deve ser parte da estratégia de redução da gordura corporal. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.4.3 Medicamentos
São utilizados para tratamento medicamentoso, as seguintes drogas: anfetaminas, fenfluraminas, fenterminas, dietilpropriona, mazindol, pemolina, fenilpropanolamina e os anti-depressivos, fluoxitena e sertralina, entre outras. (FRANCISCHI, et al, 200)
Existem controvérsias em relação da utilização deles, devido à ausência e estudos sobre os efeitos a longo prazo. (FRANCISCHI, et al, 200)
Os medicamentos realizam a expectativa de cura para a obesidade, porém as pessoas frequentemente voltam a engordam com a suspenção do medicamento, os efeitos são: sonolência, nervosismo e distúrbios no trato gastrintestinal. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.4.4 Mudança ComportamentalO automonitoramento faz parte do programa de mudança comportamento e consiste em autoavaliação dos fatos, sentimentos, pensamentos e atitudes que acontecem antes, durante a pós as tentativas de manter um comportamento correto ao alimenta-se e na realizar exercícios. (FRANCISCHI, et al, 200)
Compõe o programa: educação sobre a etiologia da obesidade, educação alimentar, nutricional, educação através da fisiologia do exercício, estratégias, conhecimento para evitar ganho da gordura, apoio familiar, social, acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde. (FRANCISCHI, et al, 200)
4.5 Prevenção
A redução da obesidade para a saúde pública é de extrema relevância, o impulso social e os investimentos econômicos em alimentação e na qualidade de vida de pessoas obesas indicam que são essenciais. (FRANCISCHI, et al, 200)
Algumas medidas consideradas como interação entre estratégias administrativas e a comunidade, tais como: alterações na estrutura urbana, como construção de calçadas seguras e de ciclovias; melhora nos designs das construções a fim de facilitar o uso de escadas; legislação e regulação dos rótulos dos produtos alimentícios; subsídios para produtores de alimentos com pouca densidade calórica (em especial, frutas e vegetais); incentivos fiscais para empresas que incentivem a prática de atividades físicas dos empregados; consultoria nutricional para refeições escolares e empresariais, entre outras. De fato, intervir de maneira preventiva sobre a obesidade tende a ser mais fácil, menos caro e potencialmente mais efetivo. (FRANCISCHI, et al, 200)
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. São Paulo. 2010.
RIQUE, ABR; Soares, EA; Meirelles,CM. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Bras Med Esporte, Niteroi, v.8, n.6, 2002
RIBEIROL, AG; COTTAL, RMM; RIBEIROL, SMR. A promoção da saúde e a prevenção integrada dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Viçosa. Janeiro 2012
Pinheiro,Freitas,Tittoni Corso. Uma abordagem psicológica epidemiológica da obesidade. Outubro de 2003
MARIATH, A. B. et al. Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis entre usuários de unidade de alimentação e nutrição. Cad. Saúde pública, v. 23, n. 4. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000400017>Acesso em: 01.10.2021
 Anjos, Burlandy, Dias, Henriques; Obesidade e políticas públicas. 2017 
GIGANTE, D. P.; MOURA, E. C.; SARDINHA, L. M. Prevalência de excesso de peso e obesidade e fatores associados, Brasil, 2006. Rev. Saúde Pública [online]. 2009, vol.43. Disponível em: Acesso: 01.10.2021
Melo, ME. Doenças Desencadeadas ou Agravadas pela Obesidade, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica – ABESO. 2011
 SANTOS, Duarte; OBESIDADE: causas e consequências. Teresina, 2018. 
FRANCISCHI, Rachel Pamfilio Prado de et al. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Revista de Nutrição [online]. 2000, v. 13, n. 1 [Acessado 24 outubro 2021], pp. 17-28. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1415-52732000000100003>. Epub 15 Jul 2003. ISSN 1678-9865. https://doi.org/10.1590/S1415-52732000000100003.
Wanderley, Emanuela Nogueira e Ferreira, Vanessa AlvesObesidade: uma perspectiva plural. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2010, v. 15, n. 1 [Acessado 24 outubro 2021], pp. 185-194. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000100024>. Epub 08 Fev 2010. ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/S1413-81232010000100024.

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