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Projeto Aprender e compartilhar (1)

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UNIVERSIDADE PAULISTA
CAMPOS DUTRA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
LETRAS - LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E INGLESA
Relatório de estágio atividade 2.2 – Relatório sobre o vídeo “Projeto Aprender e Compartilhar”
Cláudio Adriano Da Costa | R.A. F03FJJ3
2.2- Assistir ao vídeo sobre a atuação da educadora Joice Lamb, vencedora do prêmio Educador Nota 10 do ano de 2019, que atua em escola pública em Novo Hamburgo – RS, cujo tema é: “Projeto Aprender e Compartilhar”. Acessível pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=DEjuOQ50QhU.
O projeto “Aprender e Compartilhar” foi o responsável pela premiação de Joice Lamb como uma das dez vencedoras da edição 2019 do Prêmio Educador Nota 10 e escolhida como a Educadora do Ano, pela mesma premiação. Formada em Letras, ela é coordenadora pedagógica da EMEF Prof.ª Adolfina J.M. Diefenthäler, em Novo Hamburgo (RS), desde 2012. Seu grupo escolar desenvolveu projetos de iniciação científica, debates, atividades envolvendo alunos de séries diferentes e criaram ferramentas para ampliar a participação da escola e a sua comunidade nas decisões de gestão. “Desde o início como coordenadora da escola, fizemos projetos para resolver os problemas que nós tínhamos”, relembra. No entanto, no meio de tantas atribuições que cabem ao coordenador pedagógico, encontrar tempo para desenvolver projetos é um desafio na rotina. Para vencer essa corrida contra o tempo, Joice sabia que a missão transbordava o cargo. Era preciso que todo mundo estivesse envolvido na solução dos problemas. 
Nesta entrevista, ela nos conta como gestores podem olhar para dentro da sua escola e criar projetos que ampliem a autonomia dos alunos e engaje todos na melhoria da aprendizagem. 
Joice e sua equipe desenvolveram projetos que alunos de diferentes idades estimulassem a criatividade e o senso crítico, inspirada na convicção d e que todos podem “aprender e compartilhar” saberes. “Hoje sou muito mais consciente da importância de cada um no processo educativo. “Aprendi a ouvir os professores e os alunos e a tentar transformar essas falas em ações e as ações em projetos”. Seu projeto vencedor é uma ação ampla que convida a comunidade escolar para avaliar as atividades pedagógicas e propor encaminhamentos, correções de rota e melhorias. “Hoje temos uma escola linda, plural, sem pichações, os alunos encontraram outras formas de se expressar”, comemora. 
Com o projeto “#aprenderecompartilhar – Escola inovadora”, Joice conquistou um lugar entre os dez melhores professores do ano pelo Prêmio Educador Nota 10, promovido pelas fundações Victor Civita e Roberto Marinho. Dessa forma, gestores/as, especialistas e empresários do setor articulam possíveis caminhos para um contexto pós-pandemia, repensando a utilização de tecnologias, metodologias pedagógicas, relações socioemocionais, aproximações entre escola e família, bem como os fluxos entre os funcionários das instituições. 
O primeiro semestre de 2020 foi palco de rupturas abruptas sem precedentes em todas as camadas sociais. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) instaurou, rapidamente, mudanças que atravessaram a vida de todos e todas pelo mundo, afetando – diretamente – todos os espaços de sociabilidade. 
Diante de tantas alterações e reestruturações, questionamentos e incertezas emergem, propondo, de certa maneira, novos olhares sobre fluxos, vivências e experiências cotidianas. Acredito que teremos um modelo misto de educação do que tínhamos antes da pandemia. Isso não significa que todo mundo migrará para o EAD. Tudo o que estamos passando é um grande experimento de um EAD forçado em todos os níveis da educação. 
Com essa fase de experimentação, é possível termos uma ideia de como seria o mundo 100% on-line, mas também estamos descobrindo os percalços, a parte ruim da falta de convívio. Mas ficará muito evidente em um cenário pós -pandemia que é perfeitamente possível transmitir conhecimento de base de forma remota. Genuinamente, o futuro da educação será um híbrido do que era o mundo pré-pandemia com o período pandêmico. Teremos muito on-line, até por redução de custo, deslocamento e trânsito. Os alunos vão querer, os profissionais de ensino também. Porém, não podemos esquecer que a parte da experimentação é insubstituível”. O ensino a distância chegou de forma definitiva para a Educação Básica e agora todas as escolas necessitam ter ao menos uma solução que funcione remotamente. Para mim, o futuro está em soluções híbridas, que valorizam o professor, a troca com o aluno e também garantem a qualidade no conteúdo aplicado. Por isso, escolhemos o WhatsApp como principal canal para nossa Inteligência Artificial, já que ele é acessível para grande parte dos alunos das mais variadas realidades socioeconômicas. 
 Acho muito importante que as equipes escolares conheçam suas realidades para que consigam definir bem quais plataformas vão usar. Este é o momento de virarmos o jogo e percebermos que o celular pode ser um aliado na educação, uma ferramenta que pode, sim, agregar em sala de aula e engajar ainda mais os alunos”. A educação do futuro deve ser essencialmente uma educação digital e ambiental.
 As futuras gerações necessitarão de um conhecimento profundo dos recursos ambientais e de como geri-los. Além do conhecimento sobre todo o universo e a cultura digital na qual estão inseridas. Criar um diálogo entre esses dois saberes – o digital e o ambiental – parece ser o grande desafio da educação do futuro pós-pandemia. 
A Covid-19 não é só um problema de saúde, é também um problema ambiental. A medida que novos vírus começam a surgir no ecossistema e os modelos de sociedade superpopulosos, com grandes aglomerações se tornam epicentro dos surtos de transmissão, uma nova organização da sociedade, do espaço urbano e uma nova educação de cidadãos se fazem necessários, sem dúvida nossa normalidade será diferente, com muito cuidado no distanciamento corporal e nas medidas de higiene e saúde recomendadas. Mas o afeto será ainda mais imprescindível para essa retomada presencial. 
Com toda essa pandemia ficou claro que o vínculo é muito importante tanto para a saúde mental, corporal e social dos estudantes. Nosso principal foco será na dimensão humana, no cuidado com o estudante e suas especificidades, resguardando também nossos docentes e administrativos. 
 Na pós-pandemia as escolas voltarão com uma visão mais de negócio, com maior clareza da missão do empresário e suas atribuições, pois essa pandemia deu aos mantenedores a oportunidade de ver sua empresa e reconhecer suas particularidades na questão não somente Educacional e Pedagógica, mas como empresa que dá lucro, prejuízo, responsabilidades e conhecimento de leis e aplicação da mesma dentro da sua Escola. 
Creio que as escolas devam tirar algo de positivo nessa pandemia, tiveram que se readequar as finanças da Escola, e acompanhar de forma meticulosa cada fato e tomada de decisão. Mantenedores na grande maioria, professores, educadores, que tiveram seu sonho de constituir uma escola, terão conquistado mais um aprendizado que é a transformação desse Educador em agora também, Empresário. Com todas as dificuldades que é empreender, todas as responsabilidades que levam sob sua tutela, mas como êxito de transformar a educação, ser gerador de renda e emprego, e ver-se parte de empresários que carregam o país, independentemente do seu tamanho, com sua carga máxima de esforço e dedicação para uma Educação de qualidade. 
Joice mostra que é preciso ter paciência para tecer as relações. Não se pode apressar o desenvolvimento das pessoas e dos alunos. Eles precisam ter seu tempo. Então, tem que estimular. É algo que se demora para aprender, mas é algo que precisa ser aprendido. É preciso compreender o tempo das pessoas e isso não significa que, se o aluno quiser ficar sentado, é para deixá-lo ficar sentado o tempo todo. Como coordenadora sua função é de estimular, propor, colocar as pessoas em situações. Mas nãopode ser uma tarefa feita com raiva ou obrigação, tem que ser feita com amor e com tranquilidade.
O Protagonismo do aluno é exercido quando ele tem mais autonomia, ele dá mais significado para aprendizagem. Parece, às vezes, que os alunos podem escolher, que não existe um trabalho pedagógico por trás, que eles podem fazer o que eles quiserem, qualquer coisa vai ser bom e nós não vamos ter rigor. Não é verdade. Aquilo que eles escolhem fazer precisa ser bem feito, tem uma cobrança grande dos resultados e eles têm que demonstrar esses resultados. Dessa forma, os estudantes começam a dar mais valor para esse conhecimento. Quando a comunidade começa a entender que não é fazer por fazer, mas que existem objetivos por trás disso, eles começam a ser parceiros dessas iniciativas. Por exemplo, criar espaços de convivência entre alunos de séries diferentes, ajuda na questão da empatia, da convivência e do clima escolar. Nós temos uma escola que não é segmentada. Claro, nós temos as divisões de séries, mas, ao mesmo tempo, é uma escola em que todo mundo faz parte. A escola é de todo mundo.
Para mim, a maior lição que os Mantenedores poderá tirar dessa pandemia é a sua reformulação de Educador para Empresário. E o empresário que superar essa crise, terá o aprendizado de negócios aprimorado e sairá muito mais forte para fazer sua Escola crescer ainda mais como uma instituição de sucesso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
<https://premioeducadornota10.org/votacao-popular/2019/joice-lamb/>. Acesso em 23 de novembro de 2021. 
<https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2286/ninguem-faz-escola-sozinho-
diz-educadora-do-ano>. Acesso em 23 de novembro de 2021. 
<https://fundacaolemann.org.br/noticias/joice- lamb-e-a-educadora-do-ano-
no-educador-nota-10-
2019?gclid=CjwKCAjwkN6EBhBNEiwADVfya2rIGy6IySFD6ZAJK9IzB
GGF9FG6KM2YrD0ZxTxKsMKeNmAs7xT0oRoCYbsQAvD_BwE>. Acesso em 23 de novembro de 2021. 
<https://direcionalescolas.com.br/como-manter-a-gestao-da-sua-escola-em-
tempos-de-crise/>. Acesso em 23 de novembro de 2021.