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AD2 Literatura 2021 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
DISCIPLINA: LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR 
 
AD2 – 2021.2 - prazo final de entrega: 31/10 
 
Coordenadora(o): Anna Carolina C. de A. da Matta Machado 
Aluno(a): 
• Ana Beatriz Garcia Lima 
• Luana Vallim do Carmo 
• Maryana A C P Queiroz 
Matrículas: 
• 20112080080 
• 20112080478 
• 20012080135 
Polo: Rocinha 
Orientações 
Preste atenção aos enunciados das 4 (quatro) questões e responda a partir de reflexão 
com clareza, coerência, dialogando com o conteúdo estudado (aspectos teórico-
metodológicos da disciplina) e com posicionamento próprio e crítico acerca das 
questões lançadas nesta AD2 (relativa às Aulas 08 a 23). 
• Esta avaliação a distância pode ser realizada individualmente, em duplas ou 
trios, necessariamente de estudantes do mesmo polo, tal como na AD1. Neste 
caso é essencial que ambos os estudantes enviem o mesmo arquivo, com nome e 
matrícula da dupla. 
• Atenção à necessidade de citar as fontes consultadas. 
 
1ª Questão: (valor: 2,0 pontos) 
 
Retome o estudo das Aulas 15 e 16. Analise, destacando os pontos fortes e 
possíveis adaptações, este Plano de Aula sobre o trabalho da poeta Roseana Murray, 
disponível no Espaço do Professor, na Enciclopédia Itaú Cultural 
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/planos-de-aula
(itaucultural.org.br) - Palavras que ensinam em Roseana Murray - 
https://issuu.com/itaucultural/docs/04_ic_cadernoprofessor-roseanamurra 
 
O plano introduz o trabalho de forma sucinta e objetiva, elencado suas etapas 
com clareza por meio de uma estrutura simples, enumerada e de fácil entendimento. 
Nos primeiro, segundo e terceiro momentos do desenvolvimento da atividade, é 
possível perceber as características de um trabalho lúdico e sensível, comprometido 
em demonstrar a diversidade poética através das obras de Roseana Murray e capaz 
de ampliar a experiência estética dos alunos. 
Em análise individual das etapas de desenvolvimento dispostas no plano, 
esmiuçando a articulação entre suas imagens, sonoridades e conceitos, chegamos às 
seguintes conclusões: 
No primeiro momento, a atividade apresenta as diferentes concepções de 
registros e propõe uma aproximação com a autora por meio da leitura de um dos seus 
poemas e do compartilhamento de informações sobre ela. Apesar de explícita sobre os 
objetivos, sentimos que esta etapa não oferece outros recursos, talvez mais lúdicos, que 
possam instigar a curiosidade do aluno a respeito do trabalho da autora. É uma etapa 
menos movimentada, pautada numa investigação teórica. 
Entretanto, no segundo momento, no qual se sugere que os alunos leiam o 
poema em frente ao espelho, o plano explora as possibilidades que a experiência física 
proporciona ao aluno durante a leitura para o seu próprio reflexo, de maneira a apreciar 
a poesia e seus signos. Essa construção se sentido por meio da ludicidade e da 
experimentação propicia o encontro com o Eu lírico e reveste a leitura de sentimento ao 
fazer com que o aluno se autoquestione sobre quem ele é, sobre como se enxerga no 
mundo, trazendo um movimento que desloca o aluno do lugar de leitor para o de 
partícipe. 
No terceiro momento percebe-se que o plano enfatiza a tradução do que se lê em 
Gestos e do se vê na obra de Almeida Junior através das representações gestuais. É 
possível fazer uma leitura da cena estampada na obra por meio dos gestos e das 
expressões dos personagens. Aqui, o trabalho explora bem a importância dessas 
representações na observação dos sentidos que podem ser recriados por imagens, sons, 
escrita, etc. 
O quarto momento, que encerra a atividade, convida o leitor a se conhecer e a 
conhecer o outro através de poemas-receita. Na parte final são distribuídos, 
aleatoriamente, os papéis em que os alunos registraram as respostas da pergunta “quem 
https://enciclopedia.itaucultural.org.br/planos-de-aula
https://issuu.com/itaucultural/docs/04_ic_cadernoprofessor-roseanamurra
https://issuu.com/itaucultural/docs/04_ic_cadernoprofessor-roseanamurra
é você” (2º momento) e solicitado que cada um leia o papel recebido para que todos 
tentem adivinhar quem é o colega descrito em cada texto. Aqui residem ensinamentos 
sobre a forma de falar e agir, tocados pela sensibilidade da poesia. A etapa estimula a 
projeção de um olhar atento e cuidadoso ao outro por meio dessa troca de informações a 
respeito de si. 
Em geral, o plano apresenta uma estrutura bem definida, segmentada em etapas 
que viabilizam o contato consigo e com o outro por meio de atividades lúdicas de 
sensibilização. Há alguns aspectos que podem ser mais ajustados à faixa etária 
trabalhada, como uma adaptação para o final, por exemplo, que propõe a produção de 
receitas poéticas pelos alunos e, em seguida, suas respectivas leituras para a turma. Uma 
atividade de participação coletiva (em grupo) talvez fosse mais apropriada por inspirar 
maior segurança através da cooperatividade, expondo características que os conectem 
uns com os outros. 
 
 
2ª Questão: (valor: 2,0 pontos) 
 
Na perspectiva da formação do leitor, é interessante acompanhar a produção de 
conteúdo relacionada a esta temática nas redes sociais e plataformas como 
YouTube, Podcast, Blog, Instagram. 
Pesquise e indique 2 (duas) referências que poderiam ser válidas para a 
formação de um educador. 
 
1) Nome do canal/perfil: Luiz Antonio Simas 
Plataforma: Instagram 
Endereço@: @luizantoniosimas 
Breve descrição e justificativa da escolha: Luiz Antonio Simas é um professor, 
historiador, escritor e compositor brasileiro, ganhador do Prêmio Jabuti de 2016. 
Conhecido por atrelar religiosidade, corpo e cultura popular de rua de maneira 
irreverente e profunda, considerando a diversidade, as vivências e as subjetividades 
que norteiam a construção da identidade brasileira, especialmente do Rio de Janeiro. 
Ele fala sobre samba, sobre a poesia de rua, e dialoga criativamente (e criticamente) 
sobre os estigmas que recaem sobre os sujeitos culturais. Nossa escolha reverencia 
um dos poetas/escritores populares modernos mais sintonizados com a realidade da 
vivência e expressão popular fluminense, sobretudo a carioca. 
 
 
2) Nome do canal/perfil: Teatre-se 
Plataforma: Instagram 
Endereço@: @teatresenasfavelas 
Breve descrição e justificativa da escolha: Sob a comando da idealizadora e 
professora Tatiana Bastos, o Teatre-se é um projeto de teatro composto por jovens 
negros da comunidade do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo que trabalha a partir da 
releitura de músicas, textos e poesias produzidas por e para a periferia. Através de 
encenações e gestos, os alunos recriam sons, versos e situações do cotidiano 
brasileiro dos jovens negros e pobres. As performances são compartilhadas na 
página oficial do projeto no Instagram e contextualizadas pelos registros escritos da 
Tatiana. A escolha foi feita com base na diversificação do trabalho com a poesia e a 
dramatização na formação do leitor, de maneira a acolher as demandas e 
especificidades de território e destacar a importância da produção popular. 
 
 
3ª Questão: (valor: 4,0 pontos) 
 
Na Aula 17 trabalhamos os elementos do drama. Leia os trechos de “A bruxinha que 
era boa” (1958) e “Pluft, o fantasminha” (1955), de Maria Clara Machado, e, então, faça 
uma pesquisa para aprofundar seus conhecimentos sobre gênero e a biografia de Maria 
Clara Machado, que faria 100 anos este ano. 
 
Quando levamos o teatro para a criança, somos apenas aqueles 
que estão abrindo o caminho, o caminho que vai do sonho à 
realidade. Estamos criando, através da arte e a partir do 
maravilhoso, a oportunidade do menino sentir que a vida pode 
ser bonita, feia, misteriosa, clara, escura, feita de sonhos e 
realidades. (Maria Clara Machado) 
 
 
Elabore um textoou uma apresentação (cartaz, pdf etc.) com informações sobre a obra 
dessa autora e as características dos textos literários escritos para encenação. Não se 
esqueça de caso opte por uma apresentação, indicar o link para acesso ao arquivo e 
testar o link, organizar um arquivo único em pdf com toda a AD. 
 
 
 
 
 
A BRUXINHA QUE ERA BOA 
 
1 ATO E 3 CENAS SEM INTERVALO 
 
PERSONAGENS: 
Bruxinha Ângela, a bruxinha que era boa. 
Bruxinha Caolha, a pior de todos. 
Bruxinha Fredegunda. 
Bruxinha Fedorosa. 
Bruxinha Fedelha. 
Bruxa-Instrutora ou Bruxa-Chefe 
Bruxo Belzebu, sua Ruindade Suprema. 
Vice-Bruxo. 
Pedrinho, o lenhador. 
 
Cenário Único: UMA FLORESTA 
 (Vêem-se as cinco bruxinhas em fila e a bruxa-instrutora, de costas. Todas estão 
montadas em vassouras. A de costas, que é a bruxa-chefe, apita e as bruxinhas dão 
direita-volver. A bruxa-instrutora dá outro apito. As bruxinhas começam a cavalgar em 
torno da cena, sempre montadas em suas vassouras. A bruxa-instrutora torna a apitar; 
elas param. 
 A última bruxinha da fila é diferente das outras. Debaixo da roupa preta de 
bruxa, emoldurada por cabelos estranhamente louros (as outras têm cabelos pretos e 
roxos desgrenhados) surge um rosto angélico: é a bruxinha Ângela. Voa com grande 
prazer na sua vassoura e monta com elegância, enquanto suas irmãs voam como 
verdadeiras bruxas; gargalhadas e movimentos bruscos.) 
 
BRUXA-CHEFE 
Muito bem! Muito bem! Quase todas... Bruxinha Ângela, você é um fracasso. 
Seu riso não era de bruxa e muito menos de feiticeira. Assim você não passará no 
Exame. Agora vamos prticar o segundo ponto: Gargalhada de bruxa. 
 (A instrutora apita de novo. Todas gargalham com espalhafato. Bruxinha 
Ângela sorri apenas.) 
BRUXA-CHEFE 
 Uma de cada vez! (apita) 
 (Caolha, Fredegunda e suas irmãs, todas querendo mostrar grande maestria, 
gargalham, até chegar a vez de bruxinha Ângela, que rir... sem maldade alguma.) 
BRUXA-CHEFE 
 Bruxinha Ângela, você é a única que não estava bem. Aprenda a gargalhar com 
suas irmãs, Bruxinha Caolha, ria de novo. 
 (Bruxa Caolha ri horrivelmente feio.) 
BRUXA-CHEFE 
 Muito bem. Muito bem. Bruxinha Caolha continua a primeira da classe... 
passemos ao 3° ponto: Feitiçarias antigas e modernas. Peguem seus caldeirões e o livro 
de receitas e vamos ver se vocês aprenderam as principais bruxarias. 
 (As cinco bruxinhas saem e voltam com enormes caldeirões e pás onde 
misturam folhas enormes num mesmo ritmo agitado. Só bruxinha Ângela pica suas 
verdurinha devagar, completamente fora do ritmo. Notado isto, bruxa-chefe apita 
nervosamente. O ritmo pára. Todas olham bruxinha Ângela que continua calmamente a 
picar.) 
BRUXA-CHEFE 
 Bruxinha Ângela, você vai muito mal mesmo. Se continuar assim, terá que ser 
mandada, presa, para a Torre de Piche. Você que ir pra lá?!... 
BRUXINHA ÂNGELA 
 Não!!... 
BRUXA-CHEFE 
 Então trate de aprender as bruxarias direitinho para ser uma bruxa ruim de 
verdade. 
 (Ouve-se uma corneta. Todas escutam por um instante. Outra corneta mais 
perto.) 
TODAS 
 O bruxo! 
BRUXA-CHEFE 
 (Emocionada) Bruxinhas, alerta! O nosso bruxo se aproxima para o exame. Peço 
a todas que não me envergonhem. É preciso mostrar a sua Ruindade Suprema que vocês 
estão em forma. E todas já sabem que aquela que passar em primeiro lugar ganhará 
como prêmio uma vassourinha a jato! 
TODAS 
 Oh! 
 (Elas começam a conversar e a comentar a novidade, enquanto recordam os 
pontos de exame. Algumas arrumam os chapéus, lustram as vassourinhas, limpamo 
lugar. Só bruxinha Ângela num canto, alheia a tudo, suspira.) 
BRUXA-CHEFE 
 (Notando a aproximação do bruxo) Silêncio! 
 (As bruxinhas perfilam-se. O bruxo entra solenemente com o vice-bruxo pousa a 
saia do bruxo no meio da cena voltando logo em seguida com uma cadeira-trono que 
coloca no meio da cena. O bruxo se instala tomando ares de sacerdote supremo. 
Depois dá um bruto espirro, que é saudado com palmas pelas bruxinhas.) 
BRUXA-CHEFE 
 Podemos começar, sua Ruindade? 
 (O bruxo faz sinal para o vice-bruxo que se chega a ele. O bruxo fala-lhe 
qualquer coisa ao ouvido. O vice transmite à bruxa-chefe um sinal de assentimento.) 
BRUXA-CHEFE 
 Senhor Bruxo Belzebu Terceiro, único senhor desta floresta, rei de todas as 
feiticeiras, imperador das maldades... imperador das maldades... imperador das 
maldades... (parece que a Bruxa-Chefe esqueceu o resto.) 
 (Todos ficam meio aflitos com o esquecimento da Bruxa-Chefe, o vice 
rapidamente fala-lhe ao ouvido.) 
BRUXA-CHEFE 
 (Com ênfase maior) Ditador de bruxos, guardião dos malefícios. Tarzã das 
selvas escuras, as meninas estão prontas para o exame final e esperam a aprovação 
suprema de Vossa Ruindade para merecerem a vassoura a jato e o título de bruxas 
feiticeiras de primeira classe e desejam também... 
BRUXO 
Chega bruxa-instrutora. (O bruxo se levanta) Queridas bruxinhas recrutas. È 
com grande alegria que faço este exame. A floresta já anda cheia de fadas, cheia de 
risos, cheia de crianças e é preciso acabar com isto. Há muita falta de feiticeiras neste 
mundo. Por toda a parte só se vêm bruxas falsificadas. Gente que finge de ruim e não é. 
Isso não pode continuar. É preciso urgentemente acabar com os passeios alegres pela 
floresta. Vocês vão ser encarregadas de limpar a mata e o bosque: Botar para fora os 
lenhadores, roubar as crianças, calar os passarinhos, arrancar as novas árvores 
plantadas, sujar a água das fontes, adormecer os moços, tapear as fadas, - sobretudo 
tapear as fadas, - envenenar os rios, queimar as matas, maltratar as plantas, promover as 
enxurradas, atrair os raios e os trovões, destruir as brisas, provocar os vendavais... A 
floresta tem que ser nossa de novo e eu conto com vocês... (O bruxo diz tudo com tanta 
ênfase que cai cansado no trono. As bruxinhas batem palma, menos a bruxinha 
Ângela.) 
 
 
 
PLUFT O FANTASMINHA 
 
PLUFT - Ontem passou lá embaixo, perto do mar, e eu vi.MÃE - Viu o 
que, Pluft?- 
PLUFT - Vi gente, mamãe. Só pode ser. Três.-MÃE - E você teve medo?-
PLUFT - Muito, 
mamãe. - 
MÃE - 
Você é bobo, Pluft. Gente é que tem medo de fantasma e não fantasma 
que tem medo de gente. 
-PLUFT - Mas eu tenho. -MÃE- Se seu 
pai fosse vivo, 
Pluft, você apanharia uma surra com esse medo bobo. Qualquer dia destes eu 
vou te levar ao 
mundo para vê-los de perto. 
PLUFT - 
(Aliviado) 
Ah!... 
(A menina torna a mexer-se) 
 Mamãe, quem sabe a gente pega isto 
aí e joga lá na noite e depois fechamos bem a porta e botamos o baú de tio 
Gerúndio, com tio 
Gerúndio e tudo dentro, bem em frente da porta para o marinheiro não voltar, e 
ficamos aqui, 
nós sozinhos, só fantasmas e gente não...MÃE - 
(De dentro) 
Pluft, quem te ensinou a ser ruim 
assim? Foi o tio Gerúndio? PLUFT - (Sempre olhando a menina em atitude de 
defesa) Não é 
ruindade não, mamãe...É medo! 
[...] 
MARIBEL - 
(Começando a chorar 
) Não... não... não... 
(Cai sentada à beira da janela.) 
PLUFT- Que lindo! Que lindo! Que lindo!... Mamãe, mamãe... acode aqui... a 
menina está 
derramando o mar todo pelos olhos!...MÃE - (De dentro) Ela está chorando, 
meu filho. PLUFT 
- Que lindo é chorar, mamãe... Também quero! MÃE - (De dentro) Fantasma 
não chora, Pluft. 
Senão derrete. 
(Chegando) 
 Vá buscar um pano para enxugar os olhinhos dela. 
[grifos da autora] 
 
Como sugestão, indicamos este vídeo:https://youtu.be/EhD8KS9XvcI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Link da apresentação: 
https://drive.google.com/drive/folders/1eQy1nWx9evyiz4upuAqp4u8f6ppISDl1?us
p=sharing 
 
4ª Questão: (valor: 2,0 pontos) 
 
Leia a entrevista com Teresa Colomer, publicada na Revista Emília1, no 
Caderno Emília nº 0, de 2017, e faça um registro de até 15 linhas destacando os 
trechos que, em sua visão, mais fazem sentido para você, a partir dos estudos em 
nossa disciplina. 
 
Disponível no link: Caderno Emília nº 0, 2017 • Instituto Emília (emilia.org.br) 
 
1 Disponível em: caderno-Emília_0_FINAL.pdf (revistaemilia.com.br) Acesso em: maio, 2021 
https://drive.google.com/drive/folders/1eQy1nWx9evyiz4upuAqp4u8f6ppISDl1?usp=sharing
https://drive.google.com/drive/folders/1eQy1nWx9evyiz4upuAqp4u8f6ppISDl1?usp=sharing
https://emilia.org.br/selo/caderno-0/
https://revistaemilia.com.br/wp-content/uploads/2019/07/caderno-Em%C3%ADlia_0_FINAL.pdf
 
No trecho que destaco primeiro, Teresa Colomer afirma que “[...] a carreira 
universitária está marcada por itinerários muito regulamentados pela pontuação e 
pelas avaliações que dificultam combinar pesquisa teórica e incidência na prática.”. 
Além de precisa, essa observação é central para desvendar a dinâmica por trás da 
produção acadêmica, que não eleva a vivência prática ao mesmo nível que a teórica, 
limitando muito a pesquisa de campo. Na perspectiva da formação do leitor, é 
importante reforçar que a Literatura ocupa um lugar de sensibilização que deve 
considerar as vivências culturais, de gentes e de território. Dessa forma, Teresa 
consegue traduzir bem as angústias do meio acadêmico ao trazer à tona a realidade 
de tensão sob a qual os pesquisadores estão submetidos. 
 Outro trecho que se alinha aos estudos desta disciplina é o em que a autora 
destaca que “[...] valor literário, embora inclua sempre uma perspectiva moral do 
mundo, parece ser insuficientemente explícito e pouco controlado.”. Aqui, Teresa 
discorre sobre a influência da instituição escolar na literatura infantojuvenil, 
relacionando as escolhas de livros feitas pelos professores com suas respectivas 
utilidades práticas, determinadas para servir ao trabalho com temas pré-
selecionados. A formação do leitor pressupõe que a leitura seja estimulada para 
além das especificidades servis, de forma a envolver aquele que lê e o despertar para 
o desejo de consumir a literatura.