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GABARITO AP1 2023 2 LITERATURA NA FORMAÇÃO DO LEITOR CEDERJ

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Nome: 
Matrícula: Polo: 
 
AP 1 ( X ) AP 2 ( ) AP 3 ( ) AP-E ( ) - 2023/2 
 
DISCIPLINA: Literatura na Formação do Leitor G1 
 CÓDIGO: EAD 08136 
 
Coordenação: Ana Maria de Bulhões-Carvalho 
Tutora a distância: Nanci Egert 
 
Prova com consulta de material impresso: ( ) Sim ( x ) Não 
 
Caro (a) aluno (a): 
Esta é uma avaliação presencial, individual e SEM consulta. Leia os enunciados das 
questões e procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas a serem 
escritas NA FOLHA DE RESPOSTAS. 
Siga as instruções abaixo: 
• Leia atentamente todas as questões. 
• Revise suas respostas, verifique se as ideias estão claras, e se o texto está 
escrito dentro das normas da língua portuguesa. 
• Escreva com caneta azul ou preta. 
 
Boa prova! 
 
 
Nota: 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 1. (3 pontos) Sobre o filme O carteiro e o poeta 
1.1 Que imagem ficou mais forte na sua tela mental depois que acabou de ver o 
filme O carteiro e o poeta? 
A resposta é pessoal: 
Exemplo 1: a imagem que me ficou mais forte foi a gravação dos sons para uma 
carta sonora a Neruda preparada pelo carteiro, e que Neruda só ouve depois da 
morte de remetente. A sensibilidade de Mario e a emoção de Neruda me tocaram 
como poesia. 
Ou 
Exemplo 2: a possibilidade de Mário ver o mundo de outra maneira após 
compreender o que é metáfora e após ficar mais perto da poesia. Logo a partir 
desse momento foi possível perceber a capacidade que tenha literatura de fazer 
com que o leitor tenha uma nova visão se sinta mais ligado ao texto e faça 
reflexões sobre o que foi lido. 
1.2 A partir da apreciação do filme, como você define poesia? Explique e dê 
exemplos extraídos do filme. 
Exemplo 1: Poesia é o estado que desperta em cada pessoa como reação a 
acontecimentos, ações ou elementos da natureza, são os sentimentos 
despertados e o impulso de escrever a partir deles. O que resulta destes textos 
escritos são poemas. Mas é preciso que se conheça a poesia como forma 
literária, com suas características e exigências para que se torne poeta. 
Ou 
Exemplo 2: a partir da apreciação do filme eu defino a poesia como um texto 
literário que não permite uma leitura imediatista esta como ocorre com um texto 
denotativo, mas que precisa de um maior envolvimento do leitor. A poesia faz com 
que o leitor forme novas mensagens sobre o que está lendo, a partir de uma 
reflexão sobre o texto e de um envolvimento com o mesmo. Vale destacar que 
isso ocorre por que a poesia necessita de uma percepção estética que considere 
os seus elementos singularizanantes, que são: a sonoridade, o ritmo, o jogo de 
palavras e as figuras de linguagem. 
1.3 No filme, as definições de comparação e metáfora aparecem inúmeras 
vezes. O que você entendeu sobre a diferença entre uma e outra figura? 
Exemplo 1: A comparação é uma figura de linguagem que exige a expressão 
“como” para explicitá-la. Ficar parado como um poste. 
A metáfora é uma imagem que faz alusão a alguma coisa que se queira expressar 
indiretamente. Fiquei enjoado quando ouvi os versos sobre o movimento do mar. 
Ou 
Exemplo 2: eu entendo que que a metáfora é uma comparação feita de maneira 
implícita, sem o uso da conjunção como. 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 2 (3 pontos) Intertextualidade. Observe a tirinha 
 
2.1 (1,5) Na tirinha, Calvin se refere ao conteúdo da aula dele na escola. Logo, faz 
intertextualidade. De que tipo? (paráfrase, paródia & sátira ou plágio). Explique a 
que escolheu em relação às outras, uma a uma. 
 Quando diz “Qualquer palavra pode ter qualquer significado etc, Calvin está fazendo 
paráfrase do que disse a professora. Mas quando usa palavras deslocadas 
completamente para provocar o pai, está fazendo paródia. Quando o pai responde 
Demorô Jóia, maneiro está mais no sentido da paráfrase, porque dá os exemplos 
regulares de gíria. 
Ou Exemplo 2: ao ler a tirinha é possível perceber que Calvin usou a intertextualidade 
do tipo paráfrase, pois eu pude perceber que ele tenta explicar o sentido da aula 
usando suas próprias palavras e opiniões. Logo eu escolhi a paráfrase, pois a paródia 
é uma forma de intertextualidade que imita um texto, acrescentando tons de humor e 
diversão; a sátira é um tipo de intertextualidade que envolve no texto uma crítica 
social; e no plágio, o autor novo acrescenta no texto alguma informação, sem dar os 
os devidos créditos ao autor do qual foi extraída a informação. 
2.2 (1,5) E no poema 2 em relação ao poema 1? Explique a forma da 
intertextualidade usada. Justifique a resposta. 
Poema 1 
Minha terra tem palmeiras 
Onde canta o sabiá, 
As aves que aqui gorjeiam 
Não gorjeiam como lá. 
(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”). 
Poema 2 
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos 
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’. 
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’? 
Eu tão esquecido de minha terra… 
Ai terra que tem palmeiras 
Onde canta o sabiá! 
(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”). 
Muitas paródias têm sido feitas sobre “A canção do exílio”, mas o exemplo de 
Drummond está mais para paráfrase, porque está saudoso, quer lembrar 
exatamente o poema para exprimir de novo o que sente. Não está ironizando, 
como se usasse paródia. 
QUESTÃO 3 (2 pontos) Metalinguagem 
3. Copie abaixo a estrofe de cada poema em que a referência ao fazer poético 
fica mais explícita. Justifique sua resposta. 
TRADUZIR-SE, de Ferreira Gullar 
Uma parte de mim 
é todo mundo; 
outra parte é ninguém: 
fundo sem fundo. 
Uma parte de mim 
é multidão: 
outra parte estranheza 
e solidão. 
Uma parte de mim 
pesa, pondera; 
outra parte 
delira. 
Uma parte de mim 
almoça e janta; 
outra parte 
se espanta. 
Uma parte de mim 
é permanente; 
outra parte 
se sabe de repente. 
Uma parte de mim 
é só vertigem; 
outra parte, 
linguagem. 
Traduzir-se uma parte 
na outra parte 
— que é uma questão 
de vida ou morte — 
será arte? 
MOTIVO, de Cecília Meireles 
EU CANTO porque o instante existe 
e a minha vida está completa. 
Não sou alegre nem sou triste: 
sou poeta. 
Irmão das coisas fugidias, 
não sinto gozo nem tormento. 
Atravesso noites e dias 
no vento. 
Se desmorono ou se edifico, 
se permaneço ou me desfaço, 
— não sei, não sei. Não sei se fico 
ou passo. 
E um dia sei que estarei mudo: Sei que 
canto. E a canção é tudo. 
Tem sangue eterno a asa ritmada. 
 
— mais nada. 
 
 
 
Em TRADUZIR-SE: 
Traduzir-se uma parte 
na outra parte 
— que é uma questão 
de vida ou morte — 
será arte? 
 
Em MOTIVO 
 
Não sou alegre nem sou triste: 
sou poeta. 
 
E um dia sei que estarei mudo: 
Sei que canto. E a canção é tudo. 
 
As duas passagens reportam à mesma situação: como poetas, sabem que a vida 
corre de um lado, mas o que garante a comunicação desses poetas com o mundo é a 
poesia que deixam. 
(segundo exemplo bem próximo!) 
 
QUESTÃO 4 (2 pontos) 
4.1 Explore livremente os componentes constitutivos do poema abaixo de 
Vinícius, em temos de ritmo, métrica e rima, com exemplos. 
4.2 Agora comprove os sentidos que encontrou, colocando em relevo os 
elementos presentes na estrutura do texto, usando as habilidades de um 
leitor implícito. 
Pela luz dos olhos teus 
 
Quando a luz dos olhos meus 
E a luz dos olhos teus 
Resolvem se encontrar 
Ai que bom que isso é, meu Deus 
Que frio que me dá 
o encontro desse olhar 
Mas se a luz dos olhos teus 
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar 
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar 
Meu amor, juro por Deus 
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar 
Quero a luz dos olhos meus 
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará 
Pela luz dos olhos teus 
Eu acho, meu amor, que só se pode achar 
Que a luz dos olhos meus precisa se casar. 
Vinicius de Moraes Letra da música "Pela luz dos olhos teus" 
 
4.1 Ritmo: o ritmo é tão melódico, que o poema foi musicado (Está na abertura 
da novela Mulheres apaixonadas, da Globo. Os veros são emendados, como 
ocorre na cantiga, naciranda. 
“ 
Quanto à métrica: ela é bastante regular, mas isométrica, quer dizer, seus 
versos não são exatamente iguais, quase iguais, entre seis e sete sílaba. 
(a divisão não é rígida, pode aceitar variação) 
Quan*do a* luz*dos* o*lhos *meus 7 
E a* luz * dos* o *lhos* teus 6 
Rima: prevalecem as rimas em eus, e a rima em ar. Mas de forma não 
regularmente alternada. 
4.2 O diálogo entre os olhares, que se buscam e se encontram, provocando 
reações de parte a parte, de paixão e ansiedade, num jogo que culmina na 
intenção de se juntar. 
Isso é reforçar pelos conectivos de tempo “quando”, pelos verbos de 
determinação, “resolvem” “não podem esperar” “precisar se casra” “me sentir 
incendiar”. 
Quer dizer há um leitor implícito que induz a compreensão, a significação do 
poema, o efeito que quer provocar no leitor. 
OBSERVAÇÃO 
Esta prova era bastante subjetiva. O que se pode perceber foi um 
número grande de alunos que não leem com atenção e dão 
respostas incompletas ou que não correspondem ao que foi 
solicitado. A leitura atenta é fundamental numa avaliação de 
Literatura, minha gente! 
https://www.pensador.com/autor/vinicius_de_moraes/

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