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HELMINTOSE DE EQUINOS

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Helmintoses de equinos
PRINCIPAIS HELMINTOS DE EQUINOS 
HELMINTOS LOCALIZAÇÃO 
Stongylus vulgaris, S. edentatus, 
S. equinus 
Anaplocephala perfoliata 
 
CECO E CÓLON 
Oxyuris equi RETO 
Parascaris equorum 
Anoplocephala magna 
INTESTINO 
DELGADO 
Habronema sp. ESTÔMAGO E PELE 
Trichostronglus axei ESTÔMAGO 
 
PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS 
Strongylus vulgaris 
Parasito capaz de causar dois quadros 
patogênicos perigosos e que podem provocar desde 
um quadro de cólica até óbito do animal em poucas 
horas quando em infecções maciças. 
1. ARTERITE VERMINÓTICA PARASITÁRIA: as L3 
migram para a circulação arterial, para sofrer 
a muda para L4 na artéria mesentérica 
cranial, com risco de trombose, aneurisma e 
espessamento da parede arterial. 
 
2. CÓLICA TROMBOEMBÓLICA: a L4 retorna 
para a mucosa intestinal, causando mais danos 
na artéria ao retornar, ocorrendo o deposito 
de fibrina e ocasiona a trombose que podem 
ocorrer nas artérias cecais ou nas iliocelica, 
tendo uma isquemia do conjunto de íleo, ceco 
e colón e leva a um quadro de cólica 
A ecdise de L4 – L5 ocorrerá na submucosa 
intestinal, formando numerosos nódulos até que 
ocorra a ruptura destes e liberação de parasitos no 
lúmen intestinal. 
Causando ulceração da mucosa intestinal e peritonite. 
Strongylus edentatus: 
Migração larval 
➢ L3 – L4: no parênquima hepático; 
➢ L4 – L5: no peritônio 
➢ A L5 -> no intestino grosso 
Strongylus equinus 
Migração larval 
➢ Processo pouco conhecido. 
➢ Lesões pancreáticas, renais e cardíacas 
(infecções maciças). 
Os parasitos adultos são hematófagos. 
 
 
Ulcerações em mucosas de IG por parasitismo por grandes 
estrôngilos. 
HABRONEMOSE 
Geralmente, as larvas são ingeridas pelos equinos, 
porém em algumas ocasiões as larvas são depositadas 
por vetores mecânicos próximo aos olhos do animal ou 
em feridas na pele. Nesse caso a L3 migra no tecido 
da pele, causando dermatites granulomatosas. 
FORMA CUTÂNEA: 
➢ Canto dos lábios e dos olhos, prepúcio, escroto 
ou feridas abertas; 
➢ L3 migra se alimentando do tecido = lesões 
granulomatosas; 
➢ L3 não completa o ciclo biológico – por não 
estar no lugar exato, causando uma 
hipersensibilidade do tipo 4, causando prurido, 
favorecendo o traumatismo de ulceração. 
Helmintoses de equinos
FORMA GÁSTRICA 
➢ Irritação da mucosa gástrica e gastrite 
catarral crônica; 
➢ Surgimento de úlceras gástricas. 
Habronema (Draschia) megastoma 
➢ Obstrução mecânica estomacal, devido a 
nódulos. 
FORMA CONJUNTIVAL 
➢ Causa uma conjuntivite granulomatosa, massas 
necróticas amareladas, obstrução do ducto 
lacrimal 
FORMA PULMONAR: 
➢ Geralmente assintomática. 
Anoplocephala perfoliata 
➢ Enterite + ulceração da mucosa; 
➢ Hemorragia e hematoquezia 
INFECÇÕES MACIÇAS 
➢ Intussuscepção/obstrução segmentar 
intestinal (com ou sem atonia). 
➢ Perfuração de alças 
➢ Peritonite. 
EPIDEMIOLOGIA 
➢ Vetores: moscas (Habronema) e ácaros 
oribatídeos (Anoplocephala). 
➢ Manejo sanitário: limpeza e higiene de 
instalações e controle de vetores. 
➢ Mistura de faixas etárias: evitar, pois os 
potros são mais susceptíveis. 
➢ Densidade populacional: favorece a dispersão 
de parasitos. 
➢ Sazonalidade: verão (vetores) e período 
chuvoso (eclosão de ovos); 
➢ Animais assintomáticos; 
➢ Diagnóstico diferencial. 
DIAGNÓSTICO 
Com o exame físico e anamnese, ver a situação que o 
animal se encontra; necropsia; coproparasitológico. 
Eficácia dos anti-helmínticos nas formas adultas e 
larvares de Habronema e Draschia. 
 
TRATAMENTO 
HABRONEMOSE CUTÂNEA 
➢ Tratamento cirúrgico; 
➢ Tratamento com anti-helmíntico; 
➢ Tratamento tópico: limpeza da lesão + 
prednisolona (conforme extensão da lesão); 
➢ Curativos. 
PROGRAMA DE VERMIFUGAÇÃO EM EQUINOS 
Tratamento é feito quando a contagem de ovos por 
grama de fezes (OPG) > 300 
➢ Potros: aos 60d -> se necessário tratar a 
cada 2 – 3 meses + OPG. 
➢ Animais adultos: se necessário tratar a cada 
3-4 meses + OPG. 
➢ Éguas: 30 dias pré-parto (evitar 
organofosforados). 
CONTROLE DE HELMINTOSES EM EQUINOS 
1. Tratamento seletivo de animais adultos; 
2. Evitar piquetes mistos: potros e adultos; 
3. Quarentena para animais novos no plantel; 
4. Rotação de piquetes ou consórcio lavoura-
pecuária; 
5. Acompanhamento coproparasitológico; 
6. Controle de vetores (manejo de resíduos);

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