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INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS FACULDADE ITPAC CRUZEIRO DO SUL Curso de Graduação em Medicina ALÍCIA PINHO LANDAZURI HEMISSECÇÃO COMPLETA MEDULAR CRUZEIRO DO SUL, AC 2021 ALÍCIA PINHO LANDAZURI HEMISSECÇÃO COMPLETA MEDULAR Trabalho apresentado ao módulo de Sistemas Orgânicos Integrados, como parte do requisito para a aprovação no módulo. Orientador: Prof. Dra. Adriele Karlokoski. CRUZEIRO DO SUL, AC 2021 1. O que ocorre com a motricidade voluntária, o tato discriminativo e a sensibilidade termo-algésica neste tipo de lesão medular? Considerando os conhecimentos sobre a medula espinal é importante compreender a sua morfofisiologia. No entanto, a sua composição consiste em um conjunto de neurônios que levam informações através das vias (aferentes e eferentes) para as regiões medulares as quais captam estímulos direcionando ao córtex cerebral para o processamento de respostas que podem ser sensitivas, motoras ou cognitivas. Em paralelo, a hemissecção medular completa é uma síndrome rara, uma das múltiplas patologias que compõem as síndromes medulares. A síndrome de transecção medular completa é decorrente da interrupção dos tratos ascendentes e descendentes da medula espinal, em consequência disso ocorre a perda total de toda a sensibilidade e dos movimentos voluntários abaixo do nível da lesão, a qual pode ser provocado por diferentes traumas. Nessa afecção são observadas algumas manifestações clínicas características como a paralisia bilateral do neurônio motor inferior; atrofia muscular no segmento da lesão; paralisia espástica bilateral, causada pela secção dos tratos corticospinais anteriores de ambos os lados da medula e a perda bilateral das sensações de dor, temperatura e tato leve que é decorrente da interrupção dos tratos espinotalâmicos anterior e lateral. Por conseguinte, a Síndrome de Brown-Séquard é caracterizada pela perda da função motora, propriocepção, paralisia ipsilateral e parestesia contralateral, decorrente da lesão do trato corticoespinal anterior homolateral, trato espinotalâmico anterior e lateral contralateral e do funículo posterior. Dessa maneira, às três principais vias afetadas nessa síndrome são o trato corticoespinal responsável pela motricidade voluntária, os tratos espinotalâmicos que atuam na sensibilidade superficial e o funículo posterior homolateral que está relacionado a sensibilidade profunda. As sensações de discriminação tátil, vibração e propriocepção são conservadas, pois, não há lesão das colunas brancas posteriores. Referências DIAS, Ana Flavia Moura et al. Síndrome de Brown-Séquard em associação à síndrome de Horner. Rev. Med Minas Gerais, v. 2018, n. 28, 1987. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13a ed., 2017. L., MK; F., DA; R., AAM. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro- RJ: Grupo GEN, 2018. 9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/. Acesso em: 29 de agosto de 2021. SPLITTGERBER, Ryan. Snell Neuroanatomia Clínica. Rio de Janeiro-RJ: Grupo GEN, 2021. 9788527737913. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737913/. Acesso em: 29 de agosto de 2021. TAVARES, Cléciton Braga et al. Hérnia discal cervical não traumática e Síndrome de Brown-Séquard. Relato de caso e revisão da literatura. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, v. 33, n. 04, p. 365-367, 2014. TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 14ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2016.
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