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TBL 7 – ESCLEROSE MÚLTIPLA E SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ DANIELA FRANCO ESCLEROSE MÚLTIPLA - Discutir a fisiopatologia, manifestações clínicas e o tratamento da esclerose múltipla; DENIFIÇÃO A esclerose múltipla (EM) é a principal doença inflamatória desmielinizante crônica do SNC. Acredita-se que indivíduos predispostos geneticamente ao serem expostos a determinados fatores externos desenvolvam autoimunidade. O processo inflamatório decorrente da resposta autoimune gera lesão da mielina, oligodendrócitos e axônios em graus variáveis. Essa lesão pode acometer diversos locais do SNC gerando sintomas dependentes dessa localização e o tratamento visa a melhora sintomática e a prevenção dos efeitos deletérios da inflamação crônica sobre o SNC. A ocorrência da doença se dá predominantemente em indivíduos geneticamente predispostos que são expostos a determinados fatores ambientais (p.ex., toxinas, tabagismo, vitamina D, agentes infecciosos, exposição ultravioleta). Tem associação entre a infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o desenvolvimento de EM principalmente quando esta ocorre na adolescência ou na idade adulta. Uma das evidências é a correlação positiva dos títulos de anticorpo contra o antígeno nuclear do EBV (anti- EBNA1) e a ocorrência de EM. A infecção pelo citomegalovírus (CMV) tem sido considerada um potencial fator de proteção para EM. Deficiência de vitamina D é um fator de risco. E a exposição a raios UV é um fator protetor (aumento da ativação de células Treg). Indivíduos com consumo diário elevado de cafeína (> 900 mL ao dia) demonstraram redução de 30% do risco de EM. Essa doença acomete usualmente adultos jovens, dos 20 aos 50 anos de idade, com pico aos 30 anos, sendo mais rara quando se inicia fora dessa faixa etária. Em média, é duas vezes mais frequente em mulheres e apresenta menor incidência na população afrodescendente, oriental e indígena FISIOPATOLOGIA Interações entre fatores genéticos e ambientais devam estar envolvidas na gênese do processo que gera as doenças inflamatórias autoimunes. Especificamente, no SNC ainda há a dificuldade de compreender como antígenos centrais passam a ser alvo do sistema imunológico de forma a gerarem lesões e incapacidade. Ao analisar o tecido cerebral doente observa-se um maior infiltrado inflamatório nas fases ativas e um predomínio de gliose e perda axonal nas formas inativas Mecanismos de tolerância imune central e periférica servem para inibir a presença de células autorreativas que possam causar dano ao organismo ao reconhecerem antígenos próprios. Aqueles de origem central são relacionados com os órgãos linfoides primários: timo para os linfócitos T e a medula óssea para os linfócitos B. Já mecanismos de tolerância periféricos relacionam-se com eliminação ou inativação de células autorreativas fora dos órgãos linfoides primários. No timo e na medula óssea, os linfócitos T e B, respectivamente, são expostos a antígenos próprios com o objetivo de induzir autotolerância. Nesses órgãos, além da destruição de células autorreativas, ocorre formação de células regulatórias. As células Tregs têm a função de inativar células reativas a antígenos próprios na periferia. Na EM, acredita-se que haja redução da efetividade das células Tregs (mecanismo de tolerância periférico), bem como no número de células Treg (mecanismo de tolerância central). Recentemente, foram descritas as células B regulatórias que modulariam a resposta imunológica por meio da produção de citocinas anti-inflamatórias como a IL-10. Na EM provavelmente ocorreria um predomínio da liberação de citocinas pró-inflamatórias em relação às anti-inflamatórias pelos linfócitos B. Autoimunidade iniciada na periferia Infecções fora do SNC podem desencadear resposta pró- inflamatória por mimetismo molecular a antígenos centrais ou a liberação sistêmica de substâncias capazes de cruzar a barreira hematoencefálica e causarem ativação dos macrófagos e da micróglia. Ademais, infecções iniciadas no SNC podem promover a liberação de antígenos neuronais na periferia. Além disso, como a redescoberta do sistema glinfático (glial-linfático), passou-se a acreditar que mesmo em situações não patológicas, antígenos neuronais possam migrar para os sacos durais e destes para os linfonodos cervicais via vasos linfáticos. Isso poderia gerar ativação periférica de linfócitos T e dos linfócitos B. Os linfócitos TCD4+ ativados previamente, ao infiltrarem o SNC são reativados por células apresentadoras de antígenos (APCs) (células dendríticas por exemplo). A resposta inflamatória oriunda dessa ativação leva ao recrutamento de monócitos e ativação de mais linfócitos T CD4+. Os subtipos de linfócitos T mais implicados na patogênese da EM são do tipo Th1 e Th17 (caracteristicamente produtoras de INFγ e IL-17, respectivamente). Autoimunidade iniciada no SNC O SNC não parece ser completamente imunoprivilegiado. Foi detectada a presença de linfócitos T que fazem “patrulhamento” do SNC e poderiam reconhecer antígenos próprios nessas regiões. Além disso, acredita-se que a micróglia e os astrócitos do SNC participem ativamente desde o início da doença produzindo citocinas, quimiocinas e espécies reativas de oxigênio. Esses mediadores inflamatórios secretados cronicamente ao longo da doença podem explicar a neurodegeneração observada desde as suas fases precoces. Linfócitos T CD8+, linfócitos B e formas progressivas O tipo celular predominante nas lesões encontradas em EM costuma ser de linfócitos TC D8+. Sabe-se que existe uma correlação direta entre o dano axonal e a presença de linfócitos T CD8+. São capazes de produzir IL-17 e os tratamentos que incluem mecanismos voltados também a esses tipos celulares têm se mostrado altamente eficazes (p. ex., natalizumabe, alentuzumabe, fingolimode e transplante de medula óssea). A inflamação crônica pode levar à liberação de espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio que por sua vez causam disfunção mitocondrial e falência energética que poderiam estar implicadas na evolução progressiva da doença. QUADRO CLÍNICO Neurite óptica, diplopia, paresia ou alterações sensitivas e motoras de membros, disfunções de coordenação e equilíbrio, dor neuropática, espasticidade, fadiga, disfunções esfincterianas e cognitivo-comportamentais, de forma isolada ou em combinação, são os principais sintomas FORMAS CLÍNICAS: ● Esclerose Múltipla Remitente-recorrente (EMRR), caracterizada por episódios de piora aguda do funcionamento neurológico (novos sintomas ou piora dos sintomas existentes) com recuperação total ou parcial e sem progressão aparente da doença. ● Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP), caracterizada pela fase após um curso inicial de remitente-recorrente, no qual a doença se torna mais progressiva, com ou sem recidivas. ● Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP), caracterizada por agravamento progressivo da função neurológica (acúmulo de incapacidade) desde o início dos sintomas. ● Síndrome Clinicamente Isolada (Clinically Isolated Syndrome - CIS), que consiste na primeira manifestação clínica que apresenta características de desmielinização inflamatória sugestiva de esclerose múltipla, mas incapaz de cumprir os critérios de disseminação no tempo por neuroimagem ou líquor Esses fenótipos podem ainda ser estratificados de acordo com o prognóstico e atividade da doença. A atividade pode ser determinada pela instauração de episódios clínicos ou detecção de achados na ressonância magnética que indiquem lesões captantes de gadolínio ou lesões novas ou em T2. A atividade da doença reflete a existência de um processo neurodegenerativo ou inflamatório ativo, o qual pode afetar o prognóstico, bem como aterapia a ser implementada. As formas recorrentes (EMRR) e progressivas (EMSP e EMPP) podem ser estratificadas em alta, moderada e baixa atividade. A EM de baixa ou moderada atividade é caracterizada por indícios de atividade da doença, contudo sem se enquadrar nos critérios para classificação como de alta atividade. Caracteriza-se como EM de alta atividade quando o paciente apresenta: 1) dois ou mais surtos e pelo menos uma lesão captante de gadolínio ou aumento de pelo menos duas lesões em T2 no ano anterior em pacientes não tratados e 2) atividade da doença no ano anterior durante a utilização adequada de pelo menos um medicamento modificador do curso da doença (MMCD), na ausência de toxicidade (intolerância, hipersensibilidade ou outro evento adverso) ou não adesão ao tratamento, apresentando pelo menos um surto no último ano durante o tratamento, e evidência de pelo menos nove lesões hiperintensas em T2 ou pelo menos uma lesão captante de gadolínio. DIAGNÓSTICO - Compreender os achados nos exames complementares nessas duas doenças (TC, RM, líquor...) O diagnóstico de EM é complexo, uma vez que não existe marcador ou teste diagnóstico específico. Atualmente, os critérios de McDonald, mais frequentemente utilizados. Em geral, o diagnóstico é baseado na documentação de dois ou mais episódios sintomáticos, que devem durar mais de 24 horas e ocorrer de forma distinta, separados por período de no mínimo um mês, ou seja, disseminados no tempo e no espaço. Exames radiológicos e laboratoriais, em especial a ressonância magnética (RM), podem, em conjunto com as evidências clínicas, ser essenciais para compor o diagnóstico e excluir outras doenças de apresentação semelhante. De acordo com esses critérios, não são necessários exames adicionais quando o paciente apresenta dois ou mais surtos; entretanto, qualquer diagnóstico de EM pode contar com exame de neuroimagem (ressonância magnética) e utilizar a presença de bandas oligoclonais (imunoglobulina G - IgG) no líquor em substituição à demonstração de disseminação da doença no tempo. A RM é o exame de escolha para o suporte clínico da esclerose múltipla. Ela é mais sensível e específica em avaliar a evolução da EM comparada com a tomografia computadorizada, LCR e potenciais evocados. As lesões típicas representam patologicamente desmielinização e perda axonal, desta forma as placas sugestivas de EM são encontradas nas regiões periventriculares, corticojustacorticais, corpo caloso, centro semioval, substância branca infratentorial e dos gânglios da base. Na medula espinhal a lesão possui distribuição craniocaudal sem ultrapassar mais de dois corpos vertebrais e possuem distribuição periférica no diâmetro. Sua forma habitualmente é ovoide e sinal hiperintenso nas sequências em T2, densidade de prótons e FLAIR (fluid attenuation inversion recovery) e hipointensa quando ponderadas em T1 Exame do líquor é feito cada vez menos (porque o diagnóstico geralmente pode ser baseado em RM), mas pode ser útil se RM e resultados clínicos são inconclusivos ou se infecção (p. ex., a doença de Lyme CNS) deve ser descartada. A quantidade de IgG costuma estar elevada como uma porcentagem dos componentes do líquor, como a proteína (normalmente < 11%) ou albumina (normalmente < 27%). As bandas IgG oligoclonais podem, em geral, ser detectadas por eletroforese do líquor. A proteína básica de mielina pode estar elevada durante a desmielinização ativa. A contagem de linfócitos do líquor e o conteúdo de proteínas podem estar discretamente elevados. TRATAMENTO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO O objetivo do tratamento medicamentoso é a melhora clínica, com aumento da capacidade https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/espiroquetas/doen%C3%A7a-de-lyme https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/espiroquetas/doen%C3%A7a-de-lyme funcional, redução de comorbidades e atenuação de sintomas. Os glicocorticoides são utilizados para tratar os surtos e mostram benefício clínico a curto prazo, ao reduzir a intensidade e duração dos episódios agudos. As terapias modificadoras do curso da doença (MMCD) visam reduzir as células imunogênicas circulantes, suprimir a adesão destas ao epitélio e, consequentemente, reduzir a migração para o parênquima e a resposta inflamatória decorrente. TRATAMENTO DO SURTO Deve ser considerado um surto ou recaída da EM o surgimento de novos sintomas ou piora dos sintomas existentes com duração superior a 24 horas, na ausência de febre, infecção ou qualquer outra causa, após um período estável de pelo menos um mês. Assim, um surto da EM só é diagnosticado após a exclusão de infecção, principalmente do trato urinário e respiratório, e a diferenciação entre uma recaída e a progressão da doença. A base do tratamento da recidiva envolve o uso de corticosteroide em altas doses para diminuir a inflamação e acelerar a recuperação do paciente. A posologia de metilprednisolona intravenosa é 1 g diariamente durante 3-5 dias. Eventos adversos temporários do uso de corticosteroide em altas doses: hipertensão arterial, perturbações gastrointestinais, distúrbios do paladar, palpitação, retenção hídrica, dores no corpo, rubor facial, exacerbação da acne, hiperglicemia e particularmente os efeitos sobre a saúde mental, tais como insônia, labilidade emocional, depressão, confusão e agitação. Os corticoides podem ainda diminuir a resistência imunitária, sendo necessário excluir infecção, principalmente do trato urinário, antes do início da pulsoterapia (metilprednisolona intravenosa em alta dose) e acompanhar o paciente, informando-o sobre a observância de qualquer sinal de infecção. A plasmaférese como terapia adjuvante é eficaz no controle das exacerbações nas formas recorrentes de EM. Plasmaférese é possivelmente eficaz para doenças desmielinizantes agudas do SNC (incluindo esclerose múltipla, encefalomielite aguda disseminada, neuromielite óptica e mielite transversa) após não responderem ao tratamento com altas doses de corticosteroide. MEDICAMENTOS MODIFICADORES DO CURSO DA DOENÇA Beta-interferonas As interferonas (IFN) são citocinas com funções antivirais, antiproliferativas e imunomoduladoras e podem ser divididas em três classes principais de IFN: tipo 1 (α e β), tipo 2 (γ) e tipo 3 (λ)24. Além disso, as IFN podem ser produzidas por diferentes tipos de células, dependendo da classe; no entanto, tipicamente, os fibroblastos produzem IFN-β e as células dendríticas, IFN-α 25. As beta-interferonas (IFN-β) disponíveis no SUS são: beta-interferona 1a (IFN- β-1a) e betainterferona 1b (IFN- β-1b). Embora o mecanismo exato de ação das IFN-β não seja totalmente conhecido, acredita-se que as características anti-inflamatórias, além de seus efeitos nas células endoteliais da barreira hematoencefálica, sejam a causa mais provável de melhora da EM. Além disso, as IFN-β são capazes de promover o aumento da expressão de interleucina (IL-10), diminuição da proliferação de Th1 e microglia, diminuição da apresentação de antígenos, regulação negativa do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) na microglia e limitação do trânsito de células inflamatórias no SNC. Acetato de glatirâmer medeia efeitos imunomoduladores pleiotrópicos capazes de alterar as respostas autoimunes específicas da EM. O mecanismo de ação do AG ainda não está completamente elucidado, no entanto, sabe-se que a imunização repetida com AG promove o desenvolvimento de células apresentadoras de antígeno tipo II anti-inflamatórias (Th2) responsáveis pela secreção de interleucina (IL) 4, 5, 10, 13, 27 e fator β de transformação de crescimento (TGFβ). Teriflunomida é um medicamento imunomodulador, com propriedadesanti- inflamatórias, que inibe seletiva e reversivelmente a enzima mitocondrial di-hidro-orotato desidrogenase. Essa enzima ocupa a quarta posição na via biossintética da pirimidina, ocasionando, consequentemente, a inibição de nova síntese desta substância e um efeito citostático subsequente na proliferação de linfócitos. Fumarato de dimetila eficácia clínica tem sido atribuída, principalmente, a um efeito modulador nas células T. Foi demonstrado que o fumarato de dimetila diminui o número total de células T circulantes, com uma redução desproporcional do subconjunto CD8+ Fingolimode é indicado nos casos de toxicidade (intolerância, hipersensibilidade ou outro evento adverso) ou histórico de falha nas opções de primeira linha. Embora não totalmente esclarecida, a atividade moduladora do S1PR se traduz em um bloqueio da migração de linfócitos T dos linfonodos para o SNC, reduzindo assim a atividade inflamatória e as respostas autoimunes específicas da mielina. Desse modo, o fingolimode reduz os surtos e atrasa a progressão da incapacidade em pacientes com EMRR. Natalizumabe é o medicamento preconizado como terceira linha de tratamento de pacientes com EMRR de baixa ou moderada atividade da doença em que se observou toxicidade (intolerância, hipersensibilidade ou outro evento adverso) ou falha terapêutica aos medicamentos de primeira e segunda linhas. Além disso, o natalizumabe é indicado como primeira opção de tratamento para casos de EMRR em alta atividade da doença, sejam eles virgens de tratamento ou não. Sabe-se que no quadro da inflamação do SNC, é a interação do α4β1 com a VCAM-1, CS-1 e a osteopontina que intermedeia a adesão e a transmigração de leucócitos para o parênquima cerebral, podendo perpetuar a cascata inflamatória no tecido do SNC. O bloqueio das interações moleculares de α4β1 com os respectivos alvos reduz a atividade inflamatória presente no cérebro devido EM e inibe a progressão do recrutamento de células imunogênicas para os tecidos inflamados, reduzindo assim, a formação ou o aumento das lesões resultantes da EM. Alentuzumabe é preconizado para casos de EMRR com alta atividade da doença em que se observou falha terapêutica ou contraindicação presente em bula ao natalizumabe. Trata-se de um anticorpo monoclonal anti-CD52 IgG1 humanizado que tem o papel de inibir as células que expressam CD52 da circulação. O CD52 é uma glicoproteína de superfície celular ligada à membrana celular por uma âncora de glicosilfosfatidilinositol de 12 aminoácidos. O CD52 é uma das glicoproteínas de membrana mais abundantes em linfócitos T e B e é expresso em células natural killer (NK), monócitos, macrófagos, células dendríticas e granulócitos eosinofílicos e em menor extensão em granulócitos neutrofílicos. CONTROLE DOS SINTOMAS • A espasticidade é tratada com doses crescentes de baclofeno, 10 a 20 mg por via oral, 3 a 4 vezes/dia, ou tizanidina, 4 a 8 mg por via oral 3 vezes ao dia. Treinamento da marcha e exercícios de amplitude de movimento podem ajudar membros fracos e espásticos. • Pode-se tratar problemas de marcha com 4- aminopiridina de liberação prolongada (dalfampridina), 10 mg, a cada 12 horas. • Parestesias dolorosas geralmente são tratadas com gabapentina, 100 a 800 mg por via oral 3 vezes ao dia, ou pregabalina, 25 a 150 mg por via oral duas vezes ao dia; constituem alternativas os antidepressivos tricíclicos (p. ex., amitriptilina, 25 a 75 mg por via oral, à hora de dormir, desipramina, 25 a 100 mg por via oral, à hora de dormir, se os efeitos anticolinérgicos da amitriptilina não forem toleráveis), carbamazepina, 200 mg por via oral 3 vezes ao dia, bem como outros anticonvulsivos e opioides. • A depressão é antidepressivos. • Pode-se tratar a constipação com laxantes ou emolientes fecais, tomados regularmente. • Fadiga pode ser tratada com amantadina, 100 mg por via oral 3 vezes ao dia, modafinil 100 a 300 mg por via oral uma vez ao dia, armodafinil 150 a 250 mg por via oral uma vez ao dia, ou anfetamina de liberação prolongada 10 a 30 mg, uma vez ao dia. PROGNÓSTICO A evolução da esclerose múltipla é muito variável e imprevisível. Na maioria dos pacientes, em especial quando a EM se inicia com neurite óptica, as remissões podem durar de meses a > 10 anos. A maioria dos pacientes com síndrome clínica isolada em algum momento terá EM, com uma segunda lesão tornando-se evidente ou a RM detectando uma lesão, geralmente em 5 anos após o início dos sintomas. Tratamento com tratamentos que modificam a doença pode postergar essa progressão. Se os pacientes têm uma síndrome radiologicamente isolada, a progressão para EM é um risco, mas são necessários estudos adicionais desse risco. Se a RM inicial cerebral ou espinal mostra doença mais extensa, os pacientes podem estar em risco de incapacidade precoce, assim como os pacientes que apresentam sintomas motores, intestinais e/ou vesicais em suas manifestações clínicas iniciais ou que apresentam recuperação incompleta durante as recidivas. Alguns pacientes, como homens com início do quadro na meia-idade e com exacerbações frequentes podem se tornar rapidamente incapacitados. O tabagismo pode acelerar a progressão da doença. A sobrevida é reduzida apenas em casos muito graves. SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ - Explicar a etiologia e fisiopatogenia da Sd Guillain Barré A Síndrome de Guillain-Barré (SGB), também conhecida como polirradiculoneurite aguda, é a maior causa de paralisia flácida generalizada no mundo. A SGB é uma doença de caráter autoimune que acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda/subaguda. 70% dos pacientes com SGB apresentam alguma doença aguda precedente (1 a 3 semanas antes), sendo a infecção por Campylobacter jejuni a mais frequente (32%), seguida por citomegalovírus (13%), vírus Epstein Barr (10%) e outras infecções virais, tais como hepatite por vírus tipo A, B e C, influenza e vírus da imunodeficiência humana (HIV). Outros fatores precipitantes de menor importância são cirurgia, imunização e gravidez. OBS: Se a fraqueza persistir por > 2 meses, diagnostica-se polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-do-humor/tratamento-farmacol%C3%B3gico-da-depress%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/polirradiculoneuropatia-desmielinizante-inflamat%C3%B3ria-cr%C3%B4nica-pdic https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/polirradiculoneuropatia-desmielinizante-inflamat%C3%B3ria-cr%C3%B4nica-pdic QUADRO CLÍNICO A maioria dos pacientes percebe inicialmente a doença pela sensação de parestesias nas extremidades distais dos membros inferiores e, em seguida, superiores. Dor neuropática lombar ou nas pernas pode ser vista em pelo menos 50% dos casos. Fraqueza progressiva é o sinal mais perceptível ao paciente, ocorrendo geralmente nesta ordem: membros inferiores, braços, tronco, cabeça e pescoço. A intensidade pode variar desde fraqueza leve, que sequer motiva a busca por atendimento médico em nível primário, até ocorrência de tetraplegia completa com necessidade de ventilação mecânica (VM) por paralisia de musculatura respiratória acessória. Fraqueza facial ocorre na metade dos pacientes ao longo do curso da doença. Entre 5%-15% dos pacientes desenvolvem oftalmoparesia e ptose. A função esfincteriana é, na maioria das vezes, preservada, enquanto a perda dos reflexos miotáticos pode preceder os sintomas sensitivos até mesmo em músculos pouco afetados.Instabilidade autonômica é um achado comum, causando eventualmente arritmias importantes, mas que raramente persistem após duas semanas. A síndrome usualmente progride por 2 a 4 semanas. Pelo menos 50% a 75% dos pacientes atingem seu nadir (pico de piora) na segunda semana, 80% a 92% até a terceira semana e 90% a 94% até a quarta semana. Insuficiência respiratória com necessidade de VM ocorre em até 30% dos pacientes nessa fase. Progressão de sinais e sintomas por mais de 8 semanas exclui o diagnóstico de SGB, sugerindo então uma polineuropatia inflamatória desmielinizante crônica (PIDC). Passada a fase da progressão, a doença entra em platô por vários dias ou semanas, com subsequente recuperação gradual da função motora ao longo de vários meses. Entretanto, apenas 15% dos pacientes ficarão sem nenhum déficit residual após 2 anos do início da doença e 5% a 10% permanecerão com sintomas motores ou sensitivos incapacitantes DIAGNÓSTICO O diagnóstico da SGB é primariamente clínico. No entanto, exames complementares são necessários para confirmar a hipótese diagnóstica e excluir outras causas de paresia flácida. DIAGNÓSTICO CLÍNICO SGB geralmente apresentam fraqueza muscular em mais de um segmento apendicular de forma simétrica, incluindo musculatura craniana. Os reflexos miotáticos distais usualmente estão reduzidos ou ausentes. A progressão dos sinais e sintomas é de suma importância, não podendo ultrapassar 8 semanas e com recuperação iniciando 2-4 se manas após fase de platô. Febre e disfunção sensitiva são achados pouco frequentes, devendo levantar suspeita de uma etiologia alternativa, de causa provavelmente infecciosa. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Análise do líquido cefalorraquiano (LCR): elevação da proteína no líquor acompanhada por poucas células mononucleares é o achado laboratorial característico, evidente em até 80% dos pacientes após a segunda semana. Entretanto, na primeira semana, a proteína no LCR pode ser normal em até 1/3 dos pacientes. Caso o número de linfócitos no líquor exceda 10 células/mm3, deve-se suspeitar de outras causas de polineuropatia, tais como sarcoidose, doença de Lyme ou infecção pelo HIV. Síndrome de Guillain-Barré é uma polineuropatia inflamatória aguda, geralmente rapidamente progressiva, mas autolimitada, caracterizada por fraqueza muscular e perda sensorial distal leve. Acredita-se que a causa seja autoimune. O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com imunoglobulina IV plasmaférese e, em casos graves, ventilação mecânica Diagnóstico eletroneuromiográfico (ENMG): A ENMG permite classificar as principais formas de apresentação da SGB diferenciando as formas de acometimento desmielinizante das formas axonais do nervo periférico. As formas desmielinizantes da SGB são acompanhadas de achados pela ENMG como: velocidades de condução motora reduzidas, prolongamento das latências motoras distais das neuroconduções, sinais de bloqueio da condução nervosa motora com dispersão temporal da onda em análise e também latências de ondas F prolongadas. As formas de apresentação axonal, muitas vezes, são evidenciadas pela diminuição das amplitudes sensitivas e motoras. É importante salientar que a presença de achados na ENMG de normalidade no início do curso da doença não exclui a hipótese de SGB, visto que as alterações na ENMG são tipicamente mais pronunciadas aproximadamente 2 semanas após a instalação da fraqueza. No entanto, a exploração eletrofisiológica faz-se necessária para a exclusão de outras doenças neuromusculares causadoras de paralisia flácida aguda. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 1. Presença de dois critérios essenciais; 1)Fraqueza progressiva de mais de um membro ou de músculos cranianos de graus variáveis, desde paresia leve até plegia; 2) Hiporreflexia e arreflexia distal com graus variáveis de hiporreflexia proximal. b. Presença de pelo menos três critérios clínicos sugestivos; 1) Progressão dos sintomas ao longo de 4 semanas; 2) demonstração de relativa simetria da paresia de membros; 3) sinais sensitivos leves a moderados; 4) acometimento de nervos cranianos, especialmente expresso por fraqueza bilateral dos músculos faciais; 5) dor; 6) disfunção autonômica; 7) ausência de febre no início do quadro c. Ausência de mais de uma situação que reduza a possibilidade de SGB; 1) Fraqueza assimétrica; 2) disfunção intestinal e de bexiga no início do quadro; 3) ausência de resolução de sintomas intestinais ou urinários; 4) presença de mais de 50 células/mm3 na análise do LCR; 5) presença de células polimorfonucleares no LCR; 6) nível sensitivo bem demarcado. d. Ausência de situação que exclua o diagnóstico de SGB 1) História de exposição a hexacarbono, presente em solventes, tintas, pesticidas ou metais pesados; 2) achados sugestivos de metabolismo anormal da porfirina; 3) história recente de difteria; 4) suspeita de intoxicação por chumbo (ou outros metais pesados). e. Análise do LCR; 1) Alta concentração de proteína; 2) Presença de menos de 10 células/mm3 . f. ENMG compatível com a doença e invesigação adicional criteriosa com intuito de afastar outras etiologias. São necessários três dos quatro critérios abaixo (geralmente ausentes antes de 5-7 dias, podendo não revelar anormalidades em até 15%-20% dos casos, após esse período): 1) Redução da velocidade de condução motora em dois ou mais nervos; 2) bloqueio de condução do potencial de ação motor composto ou dispersão temporal anormal em um ou mais nervos; 3) prolongamento da latência motora distal em dois ou mais nervos; 4) prolongamento de latência da Onda-F ou ausência dessa onda TRATAMENTO O tratamento específico da SGB visa primordialmente a acelerar o processo de recuperação, diminuindo as complicações associadas à fase aguda e reduzindo dos déficits neurológicos residuais em longo prazo, e inclui o uso de plasmaférese e imunoglobulina humana intravenosa (IgIV). Existem dois tipos de tratamento na SGB: a) a antecipação e o controle das comorbidades associadas; b) tratamento modificador da doença, visando a um menor tempo de recuperação e minimização de déficits motores. OBS: Não há necessidade de tratamento de manutenção, fora da fase aguda da doença. As áreas de atenção incluem prevenção de fenômenos tromboembólicos, monitorização cardíaca, avaliações seriadas de reserva ventilatória e de fraqueza orofaríngea, proteção de vias aéreas, manutenção da função intestinal, controle apropriado da dor e nutrição e suporte psicológico adequados. A fisioterapia motora deve ser iniciada nesta fase com intuito de auxiliar na mobilização precoce. Para a correta indicação do tratamento, faz-se necessária a determinação da gravidade clínica proposta por Hughes et al, sendo considerada doença leve de 0 a 2 e moderada grave de 3 a 6 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO A plasmaférese consiste na separação do plasma e células sanguíneas, sendo que essas últimas são reinfundidas após diluição em albumina diluída com gelatina ou plasma fresco. Seu uso na SGB se baseia na remoção de anticorpos, complemento e outros fatores responsáveis por lesão nervosa. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO A Imunoglobulina humana (IgIV), Sua eficácia na recuperação motora, risco de morte e efeitos adversos comparada a tratamento com plasmaférese mostrou que os resultados dentro de duas semanas são semelhantes. A maior dose diária pode aumentar o risco de complicações renais ou vasculares, especialmente em pacientes idosos. OBS: Glicocorticoides estão contraindicados no tratamento da SGB. Tempo de tratamento – Critérios de Interrupção A imunoglobulina humana deve ser administrada de 2 a 5 dias e interrompida caso haja qualquer evidência de perdada função renal e anafilaxia. PROGNÓSTICO A mortalidade nos pacientes com SGB é de aproximadamente 5% a 7%, geralmente resultante de insuficiência respiratória, pneumonia aspirativa, embolia pulmonar, arritmias cardíacas e sepse hospitalar. Os fatores de risco para um mau prognóstico funcional são idade acima dos 50 anos, diarreia precedente, início abrupto de fraqueza grave (menos de 7 dias), necessidade de VM e amplitude do potencial da neurocondução motora menor que 20% do limite normal. O prognóstico motor é melhor nas crianças, pois necessitam menos de suporte ventilatório e recuperam-se com maior rapidez O Escore Prognóstico para SGB de Erasmus (EGOS) é um modelo prognóstico que se baseia em dados clínico- epidemiológicos para prever a probabilidade de um paciente com SGB estar caminhando sem auxílio em 6 meses. Pacientes com escore igual a 4 após duas semanas do início do quadro tem 7% de risco de não caminharem independentemente em 6 meses. Esse risco aumenta para 27% com escore de 5 e para 52% com escore maior que 5. Esses dados devem também ser considerados para decisão sobre instituição de tratamentos modificadores de doença DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS - Citar diagnósticos diferenciais de paralisias flácidas agudas O dilema imediato é diferenciar SGB de uma doença medular aguda. Confusão pode ocorrer nas lesões medulares agudas em que os reflexos são inicialmente abolidos (choque espinhal). A ausência de nível sensitivo bem definido ao exame físico neurológico, o acometimento da musculatura facial e respiratória acessória e o padrão parestésico em bota e luva relatado espontaneamente pelo paciente, com relativa preservação da sensibilidade distal, falam a favor da SGB. Perda do controle esfincteriano, disfunção autonômica e dor lombar podem ocorrer em ambos os casos, embora predominem nas mielopatias. Paralisia predominantemente motora é também característica da poliomielite ou de outras mielites infecciosas. Febre, sinais meníngeos, pleocitose liquórica e distribuição assimétrica da fraqueza costumam coexistir nesses casos. Outras causas importantes de polineuropatia aguda que devem sempre ser incluídas no diagnóstico diferencial da SGB são: infecciosas (HIV, doença de Lyme, difteria), paraneoplásicas (principalmente carcinoma brônquico de pulmão), autoimunes (doenças do colágeno, vasculites primárias), tóxicas (história exposicional a amiodarona, cloroquina, organofosforados e metais pesados, entre outros agentes) e metabólicas (porfiria). A polineuropatia crônica deve ser diferenciada da SGB pelo seu tempo de progressão motora superior a 8 semanas. Ptose e fraqueza motora ocular podem causar confusão com miastenia gravis. Por fim, nos pacientes criticamente enfermos, uma variedade de distúrbios neuromusculares (polineuromiopatia) podem existir e devem ser distinguidos da SGB. Estes incluem polineuropatia ou miopatia do paciente crítico, neuropatia rapidamente progressiva nos pacientes com insuficiência renal em diálise peritoneal, hipofosfatemia aguda induzida por hiperalimentação, miopatia por corticoide e efeitos prolongados de bloqueadores musculares. • A miastenia grave é intermitente e se agrava com o esforço. • O botulismo pode causar pupilas fixas dilatadas (em 50%) e disfunção proeminente dos pares cranianos, com sensibilidade normal. • A poliomielite geralmente aparece em epidemias. • A paralisia por carrapato provoca paralisia ascendente, mas a sensação é mantida. • O vírus do Nilo Ocidental causa cefaleia, febre e paralisa flácida assimétrica, mas preserva a sensação. • Neuropatias metabólicas associam-se a distúrbios metabólicos crônicas. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-perif%C3%A9rico-e-da-unidade-motora/miastenia-gravis https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/botulismo https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/doen%C3%A7as-infecciosas/enterov%C3%ADrus/poliomielite https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/mordidas-e-picadas/paralisia-por-carrapatos BAINHA DE MIELINA Estudar sobre a bainha de mielina, quem sintetiza e função no impulso nervos. A maior parte das fibras nervosas situadas dentro e fora do cérebro está envolvida por várias camadas de tecido composto por uma gordura (lipoproteína) denominada mielina. Essas camadas formam a bainha de mielina. De forma semelhante ao isolamento de um cabo elétrico, a bainha de mielina permite a condução dos sinais nervosos (impulsos elétricos) ao longo da fibra nervosa com velocidade e precisão. Quando a bainha de mielina está danificada (denominado desmielinização), os nervos não conduzem os impulsos elétricos normalmente. Formada por camadas bimoleculares de lípides intercaladas com proteínas, a mielina constitui um importante elemento do Sistema Nervoso Central e Periférico, atuando como uma bainha que envolve os tratos nervosos, facilitando a rápida comunicação entre os neurônios. São sintetizados e mantidos pelos oligodendrócitos (SNC), na periferia é produzido pelas células de Schawn, Desse modo, quando ocorre lesão em uma célula, podem ser destruídos inúmeros internódulos, em um processo denominado desmielinizante, provocando uma série de complicações. BIBLIOGRAFIA: → Tratado de neurologia da Academia Brasileira de Neurologia / [organizadores] Rubens Gagliardi, Osvaldo M. Takayanagui; [ilustração Margareth Baldissara]. – 2. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2019 → Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla - Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção à Saúde, 2015. Disponível em:http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pd f/2015/maio/06/PCDT-Esclerose-Multipla-06-05- 2015.pdf → Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Síndrome de Guillain-Barré - Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção à Saúde, 2015. Disponível em:http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pd f/2016/fevereiro/24/Guilain-Barr----- PCDT Formatado--.pd → Esclerose múltipla (EM) - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com) → Síndrome de Guillain-Barré SGB - Distúrbios neurológicos - Manuais MSD edição para profissionais (msdmanuals.com) https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-desmielinizantes/esclerose-m%C3%BAltipla-em https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-desmielinizantes/esclerose-m%C3%BAltipla-em https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-desmielinizantes/esclerose-m%C3%BAltipla-em https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%c3%barbios-neurol%c3%b3gicos/dist%c3%barbios-do-sistema-nervoso-perif%c3%a9rico-e-da-unidade-motora/s%c3%adndrome-de-guillain-barr%c3%a9 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%c3%barbios-neurol%c3%b3gicos/dist%c3%barbios-do-sistema-nervoso-perif%c3%a9rico-e-da-unidade-motora/s%c3%adndrome-de-guillain-barr%c3%a9 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%c3%barbios-neurol%c3%b3gicos/dist%c3%barbios-do-sistema-nervoso-perif%c3%a9rico-e-da-unidade-motora/s%c3%adndrome-de-guillain-barr%c3%a9
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