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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA CAMPUS ANGRA DOS REIS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA CÉSAR AUGUSTO OLIVEIRA GONÇALVES DE JESUS GIAN VICTOR PEREIRA PAULO HEINRIQUE GOMES JÚNIOR MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA A GASOLINA Angra dos Reis - RJ Setembro 2021 CÉSAR AUGUSTO OLIVEIRA GONÇALVES DE JESUS GIAN VICTOR PEREIRA PAULO HEINRIQUE GOMES JÚNIOR MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA A GASOLINA Trabalho de sistemas térmicos realizado como requisito parcial para primeira avaliação. Professora: Clara Cristina Almeida Loures Angra dos Reis - RJ Setembro/2021 Sumário 1. Introdução............................................................................................................................ 4 1.1. Motor de combustão interna ........................................................................................ 4 1.2. Ciclo Otto ..................................................................................................................... 4 2. Memória de Cálculo ............................................................................................................ 6 2.1. Balanço da equação da combustão .............................................................................. 6 2.2. Razão ar/combustível (A/C) ........................................................................................ 6 2.3. Processos de combustão ideal e real ............................................................................ 6 2.4. Temperatura de orvalho dos produtos de combustão .................................................. 7 2.5. Entalpias de formação e de combustão ........................................................................ 8 2.5.1. Entalpia de formação ............................................................................................ 8 2.5.2. Entalpia de combustão .......................................................................................... 8 2.6. Poder Calorífico ........................................................................................................... 9 2.7. Temperatura adiabática de chama ................................................................................ 9 2.7.1. Aplicação da 1ª da termodinâmica ....................................................................... 9 2.7.2. Cálculo da temperatura adiabática de chama ..................................................... 10 3. Conclusão .......................................................................................................................... 13 Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 14 1. Introdução 1.1. Motor de combustão interna Os motores de combustão interna são os motores cujo combustível é queimado internamente e podem ser classificados como motor com ignição por centelha e motor com ignição por compressão. mecanismo constituído por pistão, biela e virabrequim é o responsável por transformar a energia térmica da combustão em energia mecânica. Os MCI são constituídos de: Bloco, cabeçote, cárter, pistão, biela, virabrequim, volante e válvulas, e podem ser modelados por ciclos termodinâmicos como o ciclo Diesel, ciclo Otto e ciclo dual, sendo o ciclo Otto o que melhor descreve o funcionamento do MCI com ignição por centelha utilizando gasolina como combustível. Figura 1: Cilindro-pistão 1.2. Ciclo Otto O ciclo Otto é um ciclo que considera que a adição de calor ocorre instantaneamente enquanto o pistão se encontra no ponto morto superior, como mostrada na Figura 1. O ciclo pode ser visto na Figura 2 utilizando os diagramas p-v e T-s, cujos processos são idealizados como internamente reversíveis. Figura 2: Diagrama p-v e T-s ciclo Otto Processo 1-2: Processo em que ocorre uma compressão isentrópica do ar conforme o pistão se move do ponto morto inferior (PMI) para o ponto morto superior (PMS); Processo 2-3: Em volume constante, ocorre transferência de calor para o ar de uma fonte externa enquanto o pistão está no PMS, processo cujo objetivo é representar a ignição da mistura A/C e a combustão rápida que se segue; Processo 3-4: Processo em que ocorre expansão isentrópica; Processo 4-1: Onde o ciclo é completado através de um processo a volume constante no qual o calor é rejeitado pelo ar conforme o pistão se posiciona no PMI. 2. Memória de Cálculo O intuito do trabalho é analisar um MCI utilizando como combustível a gasolina. Com essa finalidade foi considerado a gasolina como Octano líquido (C8H18). 2.1. Balanço da equação da combustão 𝐶8𝐻18 + 𝑎(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 𝑏𝐶𝑂2 + 𝑐𝐻2𝑂 + 𝑑𝑁2 Aplicando o princípio da conservação de massa respectivamente ao carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, obtém-se: 𝐶: 𝑏 = 8 𝐻: 2𝑐 = 18 𝑂: 2𝑏 + 𝑐 = 2𝑎 𝑁: 𝑑 = 3,76𝑎 Com o resultado das equações acima, temos: a = 12,5; b = 8; c = 9; e d = 47. A equação estequiométrica balanceada fica: 𝐶8𝐻18 + 12,5(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 47𝑁2 2.2. Razão ar/combustível (A/C) A razão ar-combustível em uma base molar é dada por 𝐴/𝐶 = 12,5 + 12,5(3,76) 1 → 59,5 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) A razão ar-combustível em base mássica é dada por: 𝐴/𝐶 = [59,5 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) ] [ 28,97 𝑘𝑔 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 114,22 𝑘𝑔 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) ] = 𝐴/𝐶 = 15,1 𝑘𝑔 𝑘𝑔 2.3. Processos de combustão ideal e real Conforme o balanço estequiométrico realizado acima, o processo de combustão ideal, ar teórico 100%, nos fornece uma razão de ar/combustível de 15,1 kg/kg. Os combustíveis líquidos podem trabalhar com excesso de ar variando de 102% a 130% de ar teórico. Será realizado o cálculo da razão A/C utilizando 120% de ar teórico, combustão real, a fim de comparar com o processo de combustão ideal. 𝐶8𝐻18 + 1,2(12,5)(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 𝑏𝐶𝑂2 + 𝑐𝐻2𝑂 + 𝑑𝑁2 + 𝑒𝑂2 Aplicando o balanceamento: 𝐶: 𝑏 = 8 𝐻: 2𝑐 = 18 𝑂: 2𝑏 + 𝑐 + 2𝑒 = (1,2)(12,5)(2) 𝑁: 𝑑 = (1,2)(12,5)(3,76) Com o resultado das equações acima, temos: b = 8; c = 9; e d = 56,4; e = 2,5. A equação química balanceada fica: 𝐶8𝐻18 + 15(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 56,4𝑁2 + 2,5𝑂2 Calculando a razão de A/C, obtém-se: 𝐴/𝐶 = 15 + 15(3,76) 1 → 71,4 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) 𝐴/𝐶 = [71,4 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) ] [ 28,97 𝑘𝑔 (𝑎𝑟) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑎𝑟) 114,22 𝑘𝑔 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) 𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) ] = 𝐴/𝐶 = 18,1 𝑘𝑔 𝑘𝑔 Razão de equivalência: 𝛷 = 15,1 18,1 → 𝛷 ≈ 0,83 Como 𝛷 < 1, é possível afirmar que a mistura é pobre em combustível possuindo excesso de oxigênio o que resultará em oxigênio presente nos gases de exaustão do motor. 2.4. Temperatura de orvalho dos produtos de combustão A temperatura de orvalho é a temperatura limite para que se produza a condensação da umidade contida no ar. Pode-se calcular a Tpo utilizando a temperatura de saturação correspondente a pressão parcial da água. Onde a pressão parcial da água, a 100kPa, é: 𝑃𝑣 = 100𝑘𝑃𝑎(0,1186) = 11,86𝑘𝑃𝑎 Onde: “9H2O” na equação corresponde a 11,86% de H2O nos produtos da combustão. Tabela 1: Interpolação de temperatura de orvalho Temperatura (°C) Pressão (kPa) 45,81 10 x 11,86 60,06 20 Na pressão de 11,86kPa, interpolando da tabela de água saturada, obtém-se Tpo = 48,46°C. 2.5. Entalpias de formação e de combustão2.5.1. Entalpia de formação De acordo com a literatura, os valores de entalpia de formação podem ser encontrados em tabelas termodinâmicas, para gasolina (C8H18) e seus produtos da combustão a 25°C e 100kPa, tem-se a tabela a seguir: Tabela 2: Entalpia de formação Entalpia de formação (ΔH) H2O(g) CO2 (g) C8H18 (l) N2 (g) e O2(g) -242 kJ/mol -394 kJ/mol -250 kJ/mol 0 2.5.2. Entalpia de combustão A entalpia de combustão pode ser calculada utilizando a diferença entre a entalpia dos produtos e a entalpia dos reagentes quando ocorre uma combustão completa a temperatura e pressão dadas. ℎ̅𝑅𝑃 = ∑ 𝑛𝑒ℎ̅𝑒 𝑃 − ∑ 𝑛𝑖ℎ̅𝑖 𝑅 Utilizando os valores da tabela anterior, para equação estequiométrica, pode-se calcular: 𝐶8𝐻18 + 12,5(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 47𝑁2 ℎ̅𝑅𝑃 = [ 8 ∗ (−394) + 9 ∗ (−242) + 47 ∗ 0] − [−250 + (12,5 ∗ 0)] ℎ̅𝑅𝑃 = −5080 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙 Para a equação de combustão a 120% de ar teórico, tem-se: 𝐶8𝐻18 + 15(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 56,4𝑁2 + 2,5𝑂2 ℎ̅𝑅𝑃 = [ 8 ∗ (−394) + 9 ∗ (−242) + 56,4 ∗ 0] − [−250 + (15 ∗ 0)] ℎ̅𝑅𝑃 = −5080 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙 2.6. Poder Calorífico Existem dois poderes caloríficos que são chamados de poder calorífico superior (PCS) e o poder calorífico inferior (PCI). O PCS é obtido quando toda a água formada por combustão é um líquido, já o PCI é quando toda a água formada na combustão é vapor. De acordo com o a tabela termodinâmica A-25 do livro “Princípios da termodinâmica – Morgan & Shapiro – 7edição” Figura 3: Poder calorífico do octano. 2.7. Temperatura adiabática de chama É a temperatura que seria alcançada pelos produtos no limite de uma operação adiabática, também pode ser chamado de temperatura de combustão adiabática. 2.7.1. Aplicação da 1ª da termodinâmica Pode-se calcular a temperatura adiabática de chama considerando que tanto o ar de combustão quanto os produtos de combustão formem misturas de gases ideais, com isso, o balanço de taxa de energia em uma por mol de combustível é reduzida para a forma ℎ̅𝑃 = ℎ̅𝑅 ou seja ∑ 𝑛𝑠ℎ̅𝑠 𝑃 = ∑ 𝑛𝑒ℎ̅𝑒 𝑅 Onde s refere aos valores de saída e e valores de entrada e o volume de controle está limitado a câmara de combustão. Para a utilização de dados tabelados para estimar as parcelas de entalpia, a equação acima se torna. ∑ 𝑛𝑠(ℎ𝑓 𝑜̅̅ ̅ + 𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 = ∑ 𝑛𝑒(ℎ̅𝑓 𝑜 + 𝛥ℎ̅)𝑒 𝑅 ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 = ∑ 𝑛𝑒(𝛥ℎ̅)𝑒 + 𝑅 ∑ 𝑛𝑖ℎ̅𝑓𝑖 𝑜 𝑅 − ∑ 𝑛𝑠ℎ𝑓𝑒 𝑜̅̅ ̅̅ 𝑃 (𝑎) Onde os n são obtidos em uma base por mol de combustível da equação de reação química balanceada, os valores de entalpia podem ser obtidos em tabelas de propriedades termoquímicas a 298K e 100kPa. 2.7.2. Cálculo da temperatura adiabática de chama Utilizando a equação (a) pode-se calcular a temperatura de chama adiabática para o Octano (Gasolina) em estado ideal (Estequiométrico), de tal forma 𝐶8𝐻18 + 12,5(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 47𝑁2 Como os reagentes entram a 25°C, os termos de (𝛥ℎ̅)𝑒 do lado direito da equação desaparecem, ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 = ∑ 𝑛𝑒ℎ̅𝑓𝑒 𝑜 𝑅 − ∑ 𝑛𝑠ℎ𝑓𝑠 𝑜̅̅̅̅ 𝑃 (𝑏) Temos que o lado direito da equação (b) consiste no módulo da entalpia de combustão calculado anteriormente, ℎ̅𝑅𝑃 = 5080 𝑘𝐽/𝑚𝑜𝑙 𝑜𝑢 5080000 𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙 Logo, ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 = 5080000 𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙 8(𝛥ℎ̅)𝐶𝑂2 + 9(𝛥ℎ̅)𝐻2𝑂 + 47(𝛥ℎ̅)𝑁2 = 5080000 𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙 (𝑐𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙) Cada termo 𝛥ℎ̅ do lado esquerda da equação depende da temperatura dos produtos, que pode ser calculada usando o método de tentativa e erro. Com essa finalidade foi feita a tabela a seguir, que contém o ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠𝑃 de algumas temperaturas. Tabela 3: Entalpia de combustão 100% ar teórico mols 2600 K 2400 K 2200K CO2 8 128074 115779 103562 H2O 9 104520 93741 83153 N2 47 77963 70640 63362 ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 - 5629533 5089981 4554887 Como pode ser visto, o valor de 5080000 kj/kmol estaria entre os valores de temperatura de 2400K e 2200K. Desta forma foi feita a interpolação entre os valores e foi encontrado: Tabela 4: Interpolação Tp 100% ar teórico Temperatura (K) ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 2400 5089981 Tp 5080000 2200 4554887 Resultando em um valor de 𝑇𝑝 = 2396,27 𝐾 Utilizando a equação (a) pode-se calcular a temperatura de chama adiabática para o Octano (Gasolina) em 120% de ar teórico, de tal forma: 𝐶8𝐻18 + 15(𝑂2 + 3,76𝑁2) → 8𝐶𝑂2 + 9𝐻2𝑂 + 56,4𝑁2 + 2,5𝑂2 Seguindo os passos anteriores: 8(𝛥ℎ̅)𝐶𝑂2 + 9(𝛥ℎ̅)𝐻2𝑂 + 56,4(𝛥ℎ̅)𝑁2 + 2,5(𝛥ℎ̅)𝑂2 = 5080000 𝑘𝐽/𝑘𝑚𝑜𝑙 Tabela 5: Entalpia de combustão 120% ar teórico mols 2400 K 2200 K 2000 K CO2 8 115779 103562 91439 H2O 9 93741 83153 72788 N2 56,4 70640 63362 56137 O2 2,5 74453 66770 59176 ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 5940130 5317415 4700671 Como pode ser visto, o valor de 5080000 kj/kmol estaria entre os valores de temperatura de 2200K e 2000K. Desta forma foi feita a interpolação entre os valores e foi encontrado: Tabela 6: Interpolação Tp 120% ar teórico Temperatura (K) ∑ 𝑛𝑠(𝛥ℎ̅)𝑠 𝑃 2200 5317415 Tp 5080000 2000 4700671 Resultando em um valor de 𝑇𝑝 = 2077 𝐾 . 3. Conclusão Ao finalizar este trabalho, pode-se afirmar que o objetivo geral e específico foi concluído com sucesso. Podendo observar as diferenças na utilização do combustível em 100% e 120% de ar teórico. Por fim, foi possível desenvolver habilidades essenciais para os alunos da disciplina de sistemas térmicos. Referências Bibliográficas 1. MORÁN, M. J.; SHAPIRO, H. N. Termodinâmica. 2004. 2. ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A.; BUESA, Ignacio Apraiz. termodinâmica. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. 3. VAN WYLEN, Gordon; SONNTAG, Richard E.; BORGNAKKE, Claus. Fundamentos da termodinâmica clássica. Editora Blucher, 1994. 4. OLIVEIRA, Tiago Luís et al. Study of biomass applied to a cogeneration system: A steelmaking industry case. Applied Thermal Engineering, v. 80, p. 269-278, 2015.
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