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os Carboidratos

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Carboidratos: Metabolismo
APRESENTAÇÃO
Os carboidratos têm um importância fundamental para o organismo. Considerados os principais 
nutrientes fornecedores de energia, mantêm o corpo em funcionamento, especificamente por 
meio da glicose, produto final do seu metabolismo. A alimentação diária deve ser baseada no 
consumo de carboidratos e, para os indivíduos ativos fisicamente, esse nutriente será 
responsável por maximizar seus estoques de energia antes, durante e após o término dos 
exercícios, possibilitando melhor rendimento esportivo.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as principais funções e fontes alimentares 
dos carboidratos, assim como suas formas de digestão e absorção pelo organismo. 
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Listar as funções dos carboidratos e os problemas decorrentes de sua baixa ingestão.•
Expressar como os carboidratos são digeridos e absorvidos pelo organismo.•
Identificar as fontes alimentares de carboidratos.•
INFOGRÁFICO
Você sabia que os carboidratos são a principal fonte de energia?
Sobretudo para algumas células, como as do cérebro, as do sistema nervoso e as hemácias. 
Conhecer as funções dos carboidratos e os problemas decorrentes de sua baixa ingestão são 
fundamentais para assegurar a saúde, assim como reconhecer suas formas de digestão e 
absorção pelo organismo e suas fontes alimentares. 
Confira no Infográfico!
CONTEÚDO DO LIVRO
No trecho do material disponível, a autora destaca como os carboidratos são elementos básicos e 
fundamentais no conceito de alimentação saudável. A sua importância está diretamente 
relacionada ao fornecimento de energia, repercutindo na condição de saúde.
Acompanhe o capítulo Carboidratos: metabolismo da obra Nutrição na prática esportiva, base 
teórica desta Unidade de Aprendizagem.
Boa leitura!
NUTRIÇÃO NA 
PRÁTICA 
ESPORTIVA 
Sandra Muttoni
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
M992n Muttoni, Sandra.
Nutrição na prática esportiva / Sandra Muttoni. – Porto 
Alegre : SAGAH, 2017.
195 p. il. ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-002-3
1. Nutrição. 2. Prática esportiva. I. Título.
CDU 613.2:796
Carboidratos: metabolismo
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Listar as funções dos carboidratos e os problemas decorrentes de
sua baixa ingestão.
 Expressar como os carboidratos são digeridos e absorvidos pelo
organismo.
 Identi� car as fontes alimentares de carboidratos.
Introdução
Os carboidratos têm importância fundamental para o organismo. Consi-
derados os principais nutrientes fornecedores de energia, os carboidratos 
mantêm o corpo em funcionamento, especificamente por meio da glicose, 
produto final do seu metabolismo. A alimentação diária deve ser baseada 
no consumo de carboidratos e, para os indivíduos ativos fisicamente, 
esse nutriente será responsável por maximizar seus estoques de energia 
antes, durante e após o término dos exercícios, possibilitando melhor 
rendimento esportivo. 
Neste texto, você vai estudar as principais funções e as fontes alimen-
tares dos carboidratos, assim como suas formas de digestão e absorção 
pelo organismo.
Carboidratos: importância na alimentação e no 
estado de saúde 
Os carboidratos são elementos básicos e fundamentais no conceito de alimenta-
ção saudável. Sua importância tem relação direta com o fornecimento de ener-
gia, repercutindo sobremaneira na condição de saúde. A energia proveniente 
do metabolismo do carboidrato é a base para o funcionamento de órgãos e 
sistemas e, em especial, para o cérebro, sistema nervoso e sistema sanguíneo. 
A glicose, obtida a partir dos processos de digestão e absorção dos carboi-
dratos, é o combustível principal dos neurônios. Isso significa que a alimen-
tação restrita nesse nutriente afeta, inclusive, a capacidade de raciocínio. Os 
músculos também utilizam um suprimento constante de carboidratos para 
obter energia necessária às atividades do dia a dia e para o exercício físico. 
A energia fornecida em 1 grama de carboidrato é de, em média, 4 calorias, 
sendo esta uma energia prontamente disponível para todas as células, tanto 
na forma de glicemia (glicose no sangue) quanto na de glicogênio (reserva de 
glicose no fígado e nos músculos). 
Os carboidratos e suas funções no organismo 
A principal função dos carboidratos é, sem dúvidas, fornecer energia para 
suprir as demandas das células. Mas esse componente alimentar também apre-
senta outras funções representativas no organismo, como as descritas a seguir:
  Fonte energética: os carboidratos são a principal fonte de energia 
para o organismo de todos os seres vivos (com exceção dos vírus e de 
algumas bactérias), sob a forma de adenosina trifosfato (ATP). Por isso, 
o consumo de carboidratos deve ocorrer regularmente e com intervalos 
frequentes, a fim de suprir as necessidades energéticas. Em um homem 
adulto, por exemplo, a média de 300 gramas de carboidratos é estocada 
no fígado e nos músculos sob a forma de glicogênio, e 10 gramas es-
tão na forma de glicose, na circulação sanguínea. Esta quantia total é 
suficiente apenas para meio dia de atividade moderada, o que justifica 
a necessidade do consumo regular e adequado. 
  Poupadores de proteínas: o consumo suficiente de carboidratos impede 
que as proteínas sejam desviadas para a produção de energia, mantendo 
sua função essencial, que é estrutural (construção e reparação). O con-
sumo adequado de carboidratos é considerado, por esse motivo, como 
“regulador do metabolismo proteico”. Quando acontece a privação 
de alimentos fonte de carboidratos por um longo período, a retirada 
contínua de proteínas dos músculos, do coração, dos rins, do fígado 
e de outros órgãos vitais pode resultar em mau funcionamento e até 
insuficiência e falência dos órgãos. 
  Ativação metabólica lipídica: a quantidade de carboidratos da dieta 
determina a forma como as gorduras serão utilizadas para suprir uma 
Nutrição na prática esportiva46
fonte de energia imediata. Se não houver glicose disponível para a utili-
zação das células (jejum ou dietas restritivas), os lipídios serão oxidados, 
formando uma quantidade excessiva de corpos cetônicos. Estes corpos 
podem causar acidose metabólica, que gera graves consequências ao 
estado de saúde (coma e até óbito), caso a situação não seja revertida.
  Principal combustível para o sistema nervoso central: a maioria das 
partes do cérebro e do sistema nervoso central só obtém energia a partir 
da glicose sanguínea. O cérebro não armazena glicose, necessitando 
então de um suprimento constante, sendo que a ausência pode gerar 
danos irreversíveis ao sistema nervoso.
  Promotores da saúde geral e da saúde intestinal: as fibras alimentares 
(polissacarídeos não digeríveis), compostas por celulose, hemicelulose 
e lignina (fibras insolúveis), além de pectinas e gomas (fibras solúveis) 
representam o principal combustível dos enterócitos e auxiliam na 
formação e eliminação do bolo fecal, mantendo a saúde intestinal e pre-
venindo a constipação, doença hemorroidária e formação de divertículos. 
As fibras alimentares aumentam a saciedade, contribuindo na preven-
ção da obesidade ou facilitando a redução de peso. Também proporcionam 
melhor controle glicêmico, pois diminuem a velocidade de absorção da gli-
cose (proteção e prevenção do diabetes). Além disso, reduzem a absorção do 
colesterol sanguíneo e facilitam a sua eliminação nas fezes (prevenção de 
risco cardiovascular). 
O baixo consumo de carboidratos provoca importante diminuição no for-
necimento de energia às células, fazendo com o organismo busque fontes 
“alternativas”. A oferta insuficiente de carboidratos fará o organismo utilizar 
maior quantidade de gorduras e proteínas para produzir energia, mas a utili-
zação destes substratos provocará formação exagerada de corpos cetônicos, 
com possíveis consequências ao cérebroe ao sistema nervoso central. O uso 
das proteínas causará prejuízos à síntese proteica e à própria recuperação de 
tecidos corporais. Este é um dos motivos pelos quais a restrição de carboidratos 
é contraindicada na prática esportiva – o uso das proteínas como substrato 
energético afeta a composição dos músculos, gerando fadiga e maior susce-
tibilidade a lesões, além de minimizar a performance. 
O consumo excessivo de carboidratos é também um fator prejudicial e 
está relacionado, quase sempre, com excesso de calorias. Quando a ingestão 
calórica é superior às demandas, ocorre acúmulo de gordura corporal, e a 
consequência direta disso é o surgimento de sobrepeso e/ou obesidade.
47Carboidratos: metabolismo
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, os carboidratos devem 
compor de 55 a 75% da alimentação diária. Deste total, os carboidratos complexos 
devem ser consumidos de 45 a 65%; no máximo, 10% de carboidratos podem ser 
consumidos na sua forma simples. 
Os carboidratos complexos (amidos) são fontes de energia, de vitaminas do complexo 
B e de ácidos graxos essenciais, os quais participam do metabolismo do sistema 
nervoso, sendo considerados de boa qualidade nutricional. Os carboidratos simples 
(açúcares) fornecem apenas energia e, por isso, são classificados como de baixa qua-
lidade nutricional, devendo compor a alimentação em quantidades bem reduzidas. 
Seu consumo excessivo colabora para a obesidade e outras doenças crônicas não 
transmissíveis, além de cáries dentais.
Os carboidratos e seus processos metabólicos
Consumir um ou outro alimento não garante que as necessidades de nutrientes 
serão supridas. Os alimentos consumidos diariamente devem sofrer várias 
alterações pelo sistema digestório para que possam fornecer os nutrientes na 
sua forma utilizável. Os processos de digestão e absorção promovidos pelo 
organismo possibilitam que os nutrientes contidos nos alimentos cheguem 
à corrente sanguínea e desempenhem suas diversas funções, como prover 
energia de ação e de reserva, colaborar na construção e reparação de tecidos, 
fazer a manutenção da competência imunológica e do equilíbrio do sistema 
endócrino, entre outras. 
Processos de digestão e absorção dos carboidratos 
Você sabia que a digestão de carboidratos é um processo metabólico? Nele, 
enzimas digestivas promovem a fragmentação dos polissacarídeos em molécu-
las menores (monossacarídeos), facilitando o seu aproveitamento. A digestão 
dos carboidratos inicia-se na cavidade oral, pela ação da enzima amilase 
salivar, capaz de iniciar a hidrólise do amido, sendo auxiliada mecanicamente 
pela mastigação. 
Nutrição na prática esportiva48
No intestino delgado, ocorre a ação da enzima amilase pancreática, 
que atuará em partes ainda intactas do amido. O resultado do processo de 
digestão do amido é a obtenção de glicose, maltose e dextrinas (sendo essas 
últimas ainda consideradas polissacarídeos). A absorção dos carboidratos só 
é possível quando estes estão na forma de monossacarídeos (glicose, frutose 
e galactose). Assim, a digestão dos dissacarídeos oriundos do amido ou da 
própria alimentação (sacarose, lactose e maltose, por exemplo) continua por 
intermédio das dissacaridases (sacarase, lactase e maltase), que são secretadas 
pelas células intestinais (borda em escova). 
Seguindo o processo metabólico, os monossacarídeos provenientes des-
sas etapas digestivas são absorvidos ainda no intestino delgado, através de 
transportadores específicos, chegando aos enterócitos e à corrente sanguínea. 
A glicose e a galactose entram nos enterócitos através do mesmo carreador 
(SGLT-1), enquanto que a frutose utiliza-se do transportador GLUT-5. Po-
rém, no momento de saída dos enterócitos para a corrente sanguínea, os três 
monossacarídeos são carreados pelo mesmo agente, que é o GLUT-2. Os 
carboidratos não digeríveis, compostos pelas fibras alimentares, seguem 
no intestino e migram para o colo, onde são fermentados pelos colonócitos, 
provendo combustível essencial à sua existência.
Processos de utilização e armazenamento dos 
carboidratos 
Depois de absorvidos, os monossacarídeos são conduzidos ao fígado, de 
onde são distribuídos às células por intermédio da circulação sanguínea (no 
caso da glicose) ou metabolizados no próprio fígado, através da conversão a 
intermediários da glicólise, especifi camente relativo à frutose e à galactose. 
Em termos de utilização pelas células, a glicose representa o carboidrato 
preferencial, apresentando os possíveis destinos:
  utilização direta pelas células para a produção de energia intracelular 
(ATP);
  armazenamento, sob a forma de glicogênio hepático e muscular;
  conversão em outros tipos de carboidratos para posterior produção de 
aminoácidos não essenciais;
  armazenamento, sob a forma de ácidos graxos.
Essa forma de estoque é um processo pouco significativo em termos de 
armazenamento lipídico, visto que o organismo, preferencialmente, utiliza os 
49Carboidratos: metabolismo
carboidratos e armazena as gorduras provenientes da alimentação. A Figura 1 
mostra como acontece a digestão e a absorção de carboidratos no organismo.
Figura 1. Metabolismo dos carboidratos.
Fonte: Wardlaw e Smith (2013, p. 160). 
Nutrição na prática esportiva50
Diversos estudos na literatura sugerem que um adequado aporte de carboidratos na 
alimentação melhora o desempenho durante o exercício. Já a inadequada ingestão 
desse nutriente pode resultar em cansaço e fadiga, com consequente queda no 
desempenho esportivo. Isso acontece porque os estoques de carboidrato no organismo 
são muito limitados, ao contrário dos estoques de gordura, por exemplo. 
Se o carboidrato fosse o único nutriente a fornecer energia para o organismo, uma 
atividade moderada de 90 minutos seria capaz de esgotar seus estoques. Sendo assim, 
o consumo adequado desse nutriente ao longo do dia reflete de maneira direta na 
manutenção e reposição de seus estoques, impactando no desempenho esportivo.
Alimentos fornecedores de carboidratos 
Atualmente, os carboidratos são classifi cados em açúcares, oligossacarídeos 
e polissacarídeos. Prossiga a leitura para saber mais!
  Açúcares: são também conhecidos como carboidratos simples, pois 
sua estrutura química é a mais simples entre os tipos de carboidratos. 
São incluídos neste grupo os monossacarídeos (glicose, galactose e 
frutose), os dissacarídeos (lactose, maltose, sacarose e trealose) e os 
polióis (sorbitol, manitol, xilitol e maltitol). 
  Oligossacarídeos: apresentam estrutura química um pouco mais 
detalhada. Compõem este grupo os malto-oligoligossacarídeos 
(maltodextrina), a rafinose, a estaquiose, o fruo-oligossacarídeo e o 
galacto-oligossacarídeo. 
  Polissacarídeos: são também chamados de carboidratos comple-
xos. Podem ser divididos em amidos (mistura de amilose e amilopec-
tina) e polissacarídeos não amido (celulose, hemicelulose, pectina e 
hidrocoloides). 
Alimentos considerados fontes de carboidratos 
Basicamente, a maioria dos alimentos apresenta carboidratos em sua composi-
ção (exceto carnes e gorduras). As principais fontes alimentares de carboidratos 
51Carboidratos: metabolismo
são cereais (arroz, trigo e milho), tubérculos (sobretudo batata) e raízes 
(principalmente a mandioca), assim como açúcares e doces. Além dessas 
fontes, cereais como aveia, centeio e cevada também têm boas quantidades 
de carboidratos. Os produtos derivados destes alimentos também constituem 
fontes, por exemplo, farinha de trigo, farinha de mandioca, pães, bolos e 
biscoitos, macarrão e fl ocos de cereais.
Em geral, os cereais apresentam 65 a 75% de carboidratos em sua com-
posição, além de 6 a 12% de proteínas e 1 a 1,5% de lipídios, demonstrando 
que o principal componente alimentar, sem dúvidas, é o carboidrato. Nos 
alimentos, a maioria dos carboidratos está sob a forma de amido, mas os 
cereais também oferecem açúcares e fibras alimentares e podem ser refinados 
ou consumidos na sua forma integral. Esta, aliás,é a forma mais nutritiva 
quando comparada à forma refinada, pois apresenta maior quantidade de 
fibras, vitaminas e minerais. Os cereais integrais, então, também são fontes 
de fibras alimentares, proteínas, vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina) e 
minerais (principalmente ferro). 
Os açúcares representam o segundo grupo em termos de contribuição dos 
carboidratos da alimentação, sendo representados por açúcar de mesa, mel, 
alimentos elaborados com açúcares (balas, caldas, xaropes, bombons, gelatinas, 
refrigerantes) e alimentos mistos, formados por açúcares e amido (pães, doces, 
biscoitos, bolachas e bolos), açúcares com frutas (geleias, sucos concentrados 
e adocicados, doces em pasta, doces em calda, frutas cristalizadas, frutas 
glaceadas e picolés) e açúcares com leite (sorvetes em pasta, cremes, musses 
e pudins). O açúcar mais empregado na alimentação humana é a sacarose, 
encontrada e obtida principalmente na manipulação da cana-de-açúcar e da 
beterraba, mas que também está presente em frutas, algumas hortaliças e mel.
Os alimentos considerados fontes de carboidratos devem compor a maior 
parte da alimentação diária dos indivíduos e ser distribuídos adequadamente 
ao longo das refeições. Sua proporcionalidade deve ser pertinente entre os 
carboidratos simples e complexos, sendo que o ideal é preferir estes últimos em 
relação aos simples. O fornecimento suficiente de carboidratos, atendendo às 
necessidades individuais, sem faltas ou excessos, oportuniza energia satisfatória 
à manutenção do organismo (funções fisiológicas, metabólicas e atividade 
física), além de proporcionar equilíbrio no peso corporal. A Tabela 1 mostra 
a você as principais preparações ou alimentos fontes de carboidratos que são 
mais consumidos na alimentação do brasileiro.
Nutrição na prática esportiva52
 Fonte: Adaptado de Philippi (2008, p. 51). 
Fonte alimentar/variedade Preparações mais consumidas
Farinha de trigo Pães, bolos, biscoitos, 
massas, pizza, panqueca
Semolina (trigo) Pães, massas
Farinha integral (trigo) Pães, massas, bolos
Trigo laminado Quibe, salada
Arroz polido, integral e parboilizado Cozido com temperos, com vegetais
Milho fresco e em conserva Pamonha, curau, sorvete, 
farofa, torta, salgados
Farinha de milho, fubá Cuscuz, polenta, bolo, broa, pães
Amido de milho Mingau, cremes, biscoitos
Glicose (“xarope” de milho) Caldas, molhos, doces
Milho para pipoca, canjica, cereal 
pré-cozido (milho) e óleo vegetal
Usos variados
Aveia (flocos, flocos finos, farinha) Mingau, sopas, com frutas, 
com bebidas, tortas doces e 
salgadas, biscoitos, pães, bolos
Centeio (farinha) Pães
Cevada (malte) Cerveja, mingau, uísque
Batata Frita, cozida, coxinha, purê
Fécula de batata Bolos, biscoitos, espessante
Mandioca Frita, cozida, coxinha, purê
Farinha de mandioca Com feijão, pirão, farofa
Polvilho (mandioca) Pão de queijo, tapioca, biscoitos
 Tabela 1. Alimentos/preparações mais consumidos pelos brasileiros. 
53Carboidratos: metabolismo
Nutrição na prática esportiva54
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral 
da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: 
promovendo a alimentação saudável. Brasília, DF: MS, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral 
da Política de Alimentação e Nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: 
promovendo a alimentação saudável. Brasília, DF: MS, 2014.
CLARK, N. Guia de nutrição desportiva. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
HERNANDEZ, A. J.; NAHAS, R. M. Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Es-
porte: modificações dietéticas, repo sição hídrica, suplementos alimentares e drogas: 
comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira 
de Medicina do Esporte, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, supl., p. 3-12, 2009. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v15n3s0/v15n3s0a01.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2016.
LONGO, S. Manual de nutrição para o exercício físico. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.
MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Nutrição para o esporte e o exercício. 3. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
PHILIPPI, S. T. Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. São Paulo: 
Manole, 2008.
TIRAPEGUI, J. Nutrição: fundamentos e aspectos atuais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006. 
WARDLAW, G. M.; SMITH, A. M. Nutrição contemporânea. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2013.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, J. C. de. et al. Revisão sistemática de dietas de emagrecimento: papel dos 
componentes dietéticos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, Botucatu, 
SP, v. 53, n. 5, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/20.pdf>. 
Acesso em: 20 dez. 2016.
FONTAN, A. dos S.; AMADIO, M. B. O uso do carboidrato ante da atividade física como 
recurso ergogênico: revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Rio 
de Janeiro, v. 21, n. 2, mar./abr. 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/
v21n2/1517-8692-rbme-21-02-00153.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2016.
SILVEIRA, L. R. et al. Regulação do metabolismo de glicose e ácido graxo no músculo 
esquelético durante exercício físico. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 
Botucatu, SP, v. 55, n. 5, p. 303-313, 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
abem/v55n5/a02v55n5.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2016.
DICA DO PROFESSOR
Você vai conhecer, nesta Dica do professor, os diferentes tipos de açúcares encontrados para 
consumo e suas principais características. Acompanhe!
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EXERCÍCIOS
1) Representa a principal função dos carboidratos: 
A) Fornecer energia exclusivamente para o cérebro e sistema nervoso central.
B) Fornecer energia para suprir as necessidades das células.
C) Fornecer proteínas para a formação e recuperação dos tecidos.
D) Fornecer fibras para melhorar o funcionamento intestinal.
E) Fornecer polissacarídeos para os músculos na atividade física.
2) Por que os carboidratos são considerados “poupadores de proteínas”? 
A) Proporcionam maior quantidade de energia para os músculos em relação aos demais 
tecidos corporais.
B) Promovem a formação de proteínas “extras” durante o seu metabolismo.
C) Condicionam o uso das proteínas para o fornecimento de energia somente à noite, quando 
o metabolismo está reduzido.
D) Reduzem a formação de corpos cetônicos.
E) O consumo suficiente de carboidratos impede que as proteínas sejam desviadas para a 
produção de energia, mantendo sua função essencial que é a estrutural (construção e 
reparação).
3) Qual é a forma de absorção dos carboidratos pelo organismo? 
A) Polissacarídeos.
B) Dissacarídeos.
C) c) Monossacarídeos.
D) Amidos.
E) Celulose e hemicelulose.
4) Em termos de utilização pelas células, qual é o carboidrato considerado preferencial? 
A) Frutose.
B) Amido.
C) Galactose.
D) Glicose.
E) Maltose.
5) Quais são as principais fontes alimentares de carboidratos? 
A) Cereais, tubérculos, raízes, açúcares e doces.
B) Cereais, hortaliças, frutas e legumes.
C) Frutas, legumes, feijões, oleaginosas e doces.
D) Cereais, tubérculos, raízes e carnes.
E) Tubérculos, raízes, açúcares e doces, óleos vegetais.
NA PRÁTICA
Você sabia que uma das consequências decorrentes do consumo exagerado de carboidratos, 
especialmente dos açúcares (carboidratos simples) é a tendência à obesidade?
A obesidade representa uma das condições que fazem parte da Síndrome Metabólica, 
enfermidade cada vez mais frequente na população mundial.
Na representação a seguir, estão destacados os indicadores de risco de Síndrome Metabólica e as 
condições patológicas relacionadas. Destaca-se que os indivíduos que apresentam de 3 a 5 
fatores de risco relacionados podem apresentar as patologias associadas. As intervenções 
sugeridas incluem: redução de peso; aumento da atividade física e a opção por gorduras 
saudáveis (insaturadas).
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SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
Regulação do metabolismo de glicose e ácido graxo no músculo esquelético durante 
exercício físico.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
O uso do carboidrato antes da atividade física como recurso ergogênico: revisão 
sistemática
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Guia de Nutrição Desportiva

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