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ARTIGOS 130 A 137 CP

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CAPÍTULO III 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 Perigo de contágio venéreo 
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais 
ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de 
que sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 Perigo de contágio de moléstia grave 
 Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem 
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de 
produzir o contágio: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 Perigo para a vida ou saúde de outrem 
 Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo 
direto e iminente: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um 
terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo 
decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços 
em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo 
com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998) 
Abandono de incapaz 
 Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, 
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9777.htm#art1
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Aumento de pena 
 § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de 
um terço: 
 I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
 II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, 
irmão, tutor ou curador da vítima. 
 III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Exposição ou abandono de recém-nascido 
 Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para 
ocultar desonra própria: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 Omissão de socorro 
 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível 
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm#art133%C2%A73iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm#art133%C2%A73iii
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o 
socorro da autoridade pública: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da 
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, 
se resulta a morte. 
 Condicionamento de atendimento médico-hospitalar 
emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou 
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de 
formulários administrativos, como condição para o 
atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela 
Lei nº 12.653, de 2012). 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da 
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza 
grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 
12.653, de 2012). 
 Maus-tratos 
 Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa 
sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de 
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a 
de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-
a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de 
meios de correção ou disciplina: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12653.htm#art1
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 § 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é 
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) 
anos. (Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990) 
CAPÍTULO IV 
DA RIXA 
 Rixa 
 Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os 
contendores: 
 Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
 Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de 
natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a 
pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
 
CRIME DE PERIGO 
X 
CRIME DE DANO 
Quando algo passa a ter um significativo valor, torna-se um 
bem. Inicia-se, então, o interesse de tutelar esse bem, 
proteção essa que no mundo do direito é feita através da 
normatização. Tutelado pela legalidade, esse bem passa a se 
apresentar como um bem jurídico, e tendo a proteção dada 
pelo legislador penal os doutrinadores o considera como bem 
jurídico tutelado penalmente. Por essa razão, para 
permanecer a paz social seria necessário adotar certas 
atitudes que apontem para a tutela desses bens. Desta forma, 
dentre muitos bens que existem, o Direito escolhe alguns 
para tutelar, tornando-os assim, bens jurídicos. 
Por conseguinte, bem jurídico é quando o Direito reconhece 
esse interesse que o ser humano tem por um bem existencial. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art263
É o Direito que faz a transformação do interesse do homem 
pelo bem existencial em bem jurídico. 
Luiz Regis Prado , explicita que "O bem jurídico, como bem do 
direito, conjuga o individual e o social (de natureza material ou 
espiritual) e tem suficiente importância para manter a livre 
convivência social." 
O conceito de bem jurídico materialmente falando, reside nas 
experiências sociais, sobre a qual recaem juízos de valor, 
primeiro pelo constituinte e depois pelo legislador ordinário. 
Trata-se de um conceito precisamente valorado e relativo, ou 
seja, válido para determinado momento histórico-cultural e 
para um determinado sistema social. 
Nos crimes de perigo, o delito consuma-se com o simples 
perigo criado para o bem jurídico”, e para Fernando Capez os 
crimes de perigo “para a consumação, basta a possibilidade 
de dano, ou seja, a exposição do bem a perigo de dano” ou 
seja a prática de um comportamento típico que produza 
perigo de lesão ao bem jurídico protegido. Portanto basta a 
probabilidade de causar dano. 
No delito de perigo tem seu contraposto o delito de dano, 
pois o primeiro a norma não exige uma lesão efetiva do bem 
jurídico tutelado. Podem ser subdivididos em PERIGO 
CONCRETO e PERIGO ABSTRATO 
O jurista Luiz Regis Prado define de forma sucinta o que é o 
delito de dano, mas utilizando a expressão delito de lesão de 
forma sinônima, assim para esse autor, “delito de lesão: a 
conduta delitiva provoca um dano concreto ou material. Trata-
se de uma especificação do delito de resultado com efetiva 
lesão”. 
O crime de perigo seria um degrau antecedente ao crime de 
dano. 
Para Rogério Greco a punição dos crimes de perigoabstrato 
contraria a regra do princípio da lesividade visto que caso 
nenhum perigo subsista o que se está a punir é a mera 
desobediência ou a violação formal da lei por parte de uma 
ação inócua. 
Ex- motorista sem habilitação parado na blitz.( estava em 
velocidade compatível, direção comedida, obedeceu as regras 
de trânsito....portanto não ofereceu perigo algum...-ROGÉRIO 
GRECO) portanto para ele as infrações de perigo abstrato 
devem ser revistas e permanecer somente perigo concreto. 
Deve-se fazer portanto para se saber se é perigo abstato ou 
concreto uma ilação EX ANTE(antes)- perigo abstrato e EX 
POST(depois) perigo concreto 
Ex- carros a 180 km numa rodovia excelente sem ninguém ao 
lado do motorista...sem carros ou pessoas na estrada...radar 
te pega....EX ANTE ( perigo abstrato ...pode ser mas EX 
POST não pois não houve perigo concreto) 
CONSUMAÇÃO- perigo abstrato no momento que pratica ou 
se abstem de praticar e no perigo concreto com o perigo de 
dano 
 COMENTÁRIOS AOS ARTIGOS 
Perigo de contágio venéreo 
 Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais 
ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de 
que sabe ou deve saber que está contaminado: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 § 2º - Somente se procede mediante representação. 
 
Manter relações sexuais sabendo que tem doença 
transmissível ou pelo menos deveria saber que teria e não 
informar o parceiro é crime 
O “deva saber”, apesar de parte da doutrina afirmar 
que poderia ser uma modalidade culposa, discordamos, pois 
para se falar em crime culposo imprescindível seria a 
expressa previsão legal, conforme determina o princípio da 
excepcionalidade do crime culposo. 
Na esteira, temos que tal delito é classificado com de perigo 
abstrato ou presumido, pois não há que se provar que a 
relação sexual era capaz de transmitir a doença, 
diferentemente do art. 131 que virá logo abaixo que é de 
perigo concreto ou efetivo, pois é necessário provar que o ato 
praticado pelo agente era capaz de transmitir a moléstia 
grave, pois há doenças que podem ser transmitidas por um 
simples aperto de mão ou uso de copos ou talheres, portanto 
caso não seja possível transmitir a moléstia grave pelo ato 
praticado pelo agente, descortinado estará o crime oco, 
crime impossível, tentativa inidônea, 
O artigo 130 do Código Penal descreve o delito de perigo de 
contágio venéreo, que consiste no ato de colocar alguém em 
risco de contaminação por ato sexual, sabendo que possui 
doença que pode ser transmitida, mas deixa de informar o 
parceiro. A pena prevista é de 3 meses a 1 ano de detenção e 
multa. 
A pena é maior para o caso de a pessoa ter a intenção de 
transmitir a doença, neste caso a punição é de reclusão de 1 
a 4 anos e multa. 
SUJEITO ATIVO- somente a pessoa contaminada 
SUJEITO PASSIVO-qq pessoa 
Rogério Greco, ao tratar da Classificação Doutrinária, de 
forma objetiva, mas com extremo conteúdo: “Crime próprio 
quanto ao sujeito ativo (uma vez que somente a pessoa 
contaminada é que poderá praticá-lo); 
Há necessidade de prova pericial para demonstrar a 
materialidade do crime e se estava contaminado no momento 
do crime( ?? ele está obrigado a produzir prova contra si 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623702/artigo-131-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
mesmo...?? ) lembrando que o crime é de exposição a perigo e 
não havendo contaminação NÃO DEIXARÁ 
VESTÍGIO....diferente do artigo abaixo 
Pergunta: e se a vítima consentir sabendo da moléstia do 
autor afasta o crime ? NÃO, apesar da disponibilidade da 
saúde e da integridade corporal serem disponíveis, nesse caso 
a moléstia é grave mas poderia se fosse leve.( Rogério 
Greco)...Bitencourt e Hungria não aceitam essa posição pois 
alegam que o interesse seria público e não particular) mas 
Greco rebate dizendo que ação depende de representação – é 
do JESP - portanto isso não procede pois deveria ser pública 
incondicionada. 
A doutrina dominante informa que há necessidade de contato 
pessoal de qq natureza e devem ter cunho sexual deixando 
aflorar a libido..Ex _ enviar esperma pelo correio não serve e 
apertar a mão também. 
Se a vítima vier a se contaminar permanece o crime mas se 
for grave é ARTIGO 129 PAR 1º OU 2º- 
Vítima já contaminada pela mesma doença- CRIME 
IMPOSSÍVEL ou se autor pensa que está contaminado mas 
está são – CRIME IMPOSSÍVEL 
AIDS não é doença venéria podendo ser homicídio tentado ou 
consumado dependendo da intenção do autor. 
Perigo de contágio de moléstia grave 
 Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem 
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de 
produzir o contágio: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Nesse sentido, o art. 131 do CP (perigo de contágio de 
moléstia grave) é um crime em que é imprescindível a 
vontade, a intenção, de transmitir a doenças, pois do 
contrário, ausente o chamado dolo específico, ou elemento 
subjetivo especial do tipo, chamado pela doutrina 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10623702/artigo-131-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
contemporânea, estaríamos diante de um fato atípico, uma 
atipicidade absoluta. 
Na verdade é delito de dano apesar de constar no capítulo el 
estudo. 
É de forma livre e pode ser praticado por ats de qq natureza 
e não somente sexual. 
Moléstia grave é conceito fornecido pela Medicina sendo 
aqueles que o Min.Saude obriga notificar com ofebre 
amarela, cólera, tifo, varíola, Covid,lepra, leishmaniose, 
difteria etc.. 
Sujeito ativo é somente a pessoa contaminada por isso é 
delito próprio no sujeito ativo qq pessoa. 
É ainda crime doloso, formal, comissivo ou comissivo por 
omissão. 
Ação é pública incondicionada e necessita de ex .corpo delito 
Admite-se tentativa. 
Art 132 do CP- não será objeto de estudo 
Art. 133 - Abandono de incapaz 
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, 
guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, 
incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza 
grave: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2º - Se resulta a morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Aumento de pena 
 § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de 
um terço: 
 I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
 II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, 
irmão, tutor ou curador da vítima. 
 III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 Resulta da obrigação de zelar pela segurança da vítima que 
pode decorrer da lei (pais ou responsáveis legais, cônjuges, 
companheiros resultante de união estável ou concubinato 
etc, parentes e outros). É crime de perigo concreto. 
A finalidade não pode ser causar morte ou lesão corporal. 
Cuidado é o amparo acidental (esposa enferma). Guarda é o 
amparo necessário à pessoa de menor idade (filho). Vigilância 
é o cuidado com a segurança do pupilo (babá). A autoridade é 
a relação que deriva do poder/dever legal (agente 
penitenciário em relação ao preso) A incapacidade pode ser 
física, mental, permanente (paralisia) ou temporária 
(embriagado) Para Hungria: absoluta: em razão das condições 
(bebê) ou acidental: em razão das circunstâncias (alpinista 
experiente abandonado nas montanhas). 
Abandonar é deixar à própria sorte,desamparar,deixar só e só 
pode cometê-lo quem tinha a obrigação de não 
abandonar...garantidoras ...portanto é crime próprio, doloso, 
forma livre comissivo ou omissivo impróprio, instantâneo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm#art133%C2%A73iiihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.741.htm#art133%C2%A73iii
O dolo é específico na vontade de expor ao perigo. Não há 
punição a título de culpa e o erro quanto ao dever de assistir 
deve ser examinado nos termos dos artigos 20 e 21 do Código 
Penal. 
Consuma-se com o abandono, desde que ponha o ofendido 
em perigo, mesmo que momentaneamente e o perigo deve ser 
demonstrado caso a caso com a presença da situação efetivou 
o perigo concreto à vítima. 
Causar de aumento de pena: a) se resulta lesão grave (§1º), 
forma preterdolosa; b) se resulta morte (§2º), também 
preterdolosa; 
Majorantes -c) se o abandono é em lugar ermo (§3º,I), 
considerando-se como tal o local habitualmente solitário 
(centro comercial desocupado à noite não se enquadra); d) se 
o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor 
ou curador da vítima (§3ºII) e)III,se a vítima é maior de 60 
anos. 
 
 Resultado agravador: Se o resultado lesão grave ou morte 
(§§ 1º e 2º) não for devido ao menos à culpa do agente, não 
deverão incidir estas qualificadoras conforme o disposto no 
artigo 19 do Código Penal (agente causado ao menos 
culposamente). 
 A ação é pública incondicionada. 
 Art. 134 - Exposição ou abandono de recém-nascido 
A ação ou omissão de abandono deve ser praticada com a 
finalidade de ocultar a desonra própria e lei preferiu colocar 
o recém-nascido nesse artigo quando poderia tê-lo proteigo 
no artigo anterior. 
É crime próprio tanto em relação ao suj.ativo- somente a 
mãe- e passivo o bebê; perigo cncrto,doloso, forma livre, 
comissivo ou omissivo impróprio. 
O bem jurídico é a vida e a saúde do recém nato. 
Ação é pública incondicionada. 
 Art. 135 – Omissão de Socorro 
Bem Jurídico protegido: A vida e a saúde 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa que não aja como garantidora 
Sujeito passivo: a criança abandonada ou extraviada, ou à 
pessoa inválida ou ferida 
A consumação se dá quando houve o efetivo perigo para a 
vida ou saúde do suj. passivo caso a caso. 
É somente doloso e não tem modalidade culposa. 
Ação é publica incondicionada. 
 
Núcleos do tipo: 
1) “Deixar de prestar assistência” = Não fazer algo, não 
ajudar, não assistir 
2) “Quando podia fazê-lo sem risco pessoal” = Tinha 
condições de agir, sem que a sua atitude colocasse a 
sua própria segurança pessoal em risco. 
3) “Criança abandonada ou extraviada” = Criança segundo 
o Art. 2º do ECA é o menor de 12 anos. Abandonada é 
ser deixada à própria sorte pelos seus responsáveis; 
Extraviada é ter pedido contato, não sabendo retornar 
ao encontro de seus responsáveis. 
4) “Pessoa inválida”: É toda aquela incapaz de prover a sua 
própria segurança, por condições normais ou acidentais: 
Ex: Velhos, enfermos, aleijados, paralíticos, cegos e etc). 
5) “Pessoa ferida”= Pessoa que teve sua integridade física 
violada, seja por ela própria, ato de terceiro ou caso 
fortuito”, restando impossibilitada de, por contra 
própria, buscar ajuda. 
Formas de assistência: 
1) Direta: Deve prestar assistência pessoalmente, sem risco 
pessoal - (Conduta primária). 
2) Indireta: Deve solicitar o socorro de “autoridade 
pública”- (Recurso supletivo; subsidiário). 
Obs: Não havendo possibilidade de exercer qualquer uma 
das condutas descritas, o fato é atípico. Ex: Pessoa ferida 
após cair em barranco na estrada; área de risco e inacessível; 
sem sinal de celular 
 Erro de tipo quanto ao “risco”: Exemplo – criança que 
invade área reservada aos jacarés no Zoologico, o agente 
imaginando o “risco” de tentar salvar a criança e ser 
atacado pelos jacarés, não age. Depois, é informado que 
aquela área destinada aos jacarés estava desativada. 
 
 “Autoridade Pública”: Não é qualquer autoridade 
pública, considerada genericamente, mas, aquela que 
tem o dever de afastar o perigo”.ex_ Juiz e promotor não 
entram e sim quem deve , tem e pode prestar auxílio 
 
 Precedente do STF – Quem deu causa à situação de 
perigo, responde por figura autônoma, e não pelo art. 
135. 
RHC – 42472/SP, Rel. Min. Pedro Chaves: 
“Não configura o delito previsto no art. 135 
do Código Penal, a omissão de socorro por 
parte de quem provou dolosa ou 
culposamente a exposição a perigo.” 
 
 Inadmissível tentativa 
 
 Inadmissível na modalidade culposa 
 O profissional de saúde que, comprovadamente, comete 
o crime de omissão de socorro deve ser devidamente 
punido com a aplicação da pena de detenção e/ou 
multa. Para isso, é necessário observar qual foi a 
conduta do médico, enfermeiro ou técnico. Em regra, a 
pena aplicada será a de detenção, de um a seis meses, 
além da possibilidade de multa. A pena pode aumentar 
o dobro, caso a conduta omissiva tenha sido responsável 
por ocasionar lesão corporal de natureza grave na 
vítima, e triplicada se o paciente vier a falecer. 
 Caso a omissão de socorro esteja diretamente ligada à 
imposição de condição prévia para o atendimento 
hospitalar, deverá ser aplicada a multa e a pena de 
detenção, de três meses a um ano. Além disso, a pena 
pode ser aumentada até o dobro, se porventura o 
impedimento do atendimento ocasionou lesão corporal 
de natureza grave. Por sua vez, pena poderá ser aplicada 
até o triplo, se a recusa de atendimento resultar na 
morte da vítima. 
 Nos casos em que o profissional da saúde se encaixe na 
condição de garantidor (Art. 13 do CP), e o paciente 
venha a falecer ou sofra lesão grave, ele poderá vir a ser 
responsabilizado pelos crimes de homicídio ou lesão 
corporal, decorrentes de dolo ou culpa. A pena aplicada 
poderá variar de 2 meses a 20 anos de detenção. 
 Se for idoso/a a vítima- É artigo 97 da Lei 10741/03-
Estatuto do Idoso ( princ. Da especialidade) 
 NO trânsito – Art 304 da Lei 9503/7 –CTB- princ. Da 
especialização e somente para condutores de veículos 
CUJOS ACIDENTES NÃO TENHAM SIDO CULPOSOS 
pois nesse caso se praticar a conduta do artigo será 
https://modeloinicial.com.br/artigos/dosimetria-pena
https://modeloinicial.com.br/artigos/59/revogacao-relaxamento-prisao-habeas-corpus-liberdade-provisoria-veja-algumas-diferencas
https://modeloinicial.com.br/lei/CP/codigo-penal/art-13
https://modeloinicial.com.br/lei/CP/codigo-penal
considerada causa de aumento de pena e não o artigo 
304 
 E se a vítima não quiser ser socorrida ? não afasta o 
crime já que o bem jurídico é indisponível. 
 
 
 
 
 
 
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar 
emergencial 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou 
qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de 
formulários administrativos, como condição para o 
atendimento médico-hospitalar emergencial: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
 Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da 
negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza 
grave, e até o triplo se resulta a morte. 
 
É crime formal, doloso, comissivo ou omissivo impróprio 
Ação penal pública incondicionada. – JESP- desde que não 
caracterizada a morte. 
 
Art. 136: Maus Tratos 
Questão controvertida: Diferença em relação ao Abandono 
de incapaz 
1) No abandono de incapaz há separação física, 
distanciamento que torna inacessível o acesso para 
alimentar, rompimento da orbita de vigilância entre as 
partes; Exige a lei o fato material do abandono. 
 
2) Nos Maus Tratos há “Abandono de corpo presente”; há 
presença física; mantém a órbita de influência; todavia, 
ainda assim o sujeito ativo não cumpre o seu dever de 
alimentar”; 
 
Caso concreto 
“Caracteriza o delito de abandono de incapaz a conduta do 
acusado que sai para beber, deixando os filhos sozinhos no 
quintal, sem alimentação e retorna embriagado, não 
prestando a eles a assistência, expondo-os a situação de 
perigo para a vida ou para a saúde, sendo certo que presente 
está o dolo, pois agia com a vontade livre de fazê-lo. (TJSP. 
AP. 1323503/5). 
 
Sujeito ativo: Só pode ser cometido por quem tenha 
“autoridade,guarda ou exerça vigilância sobre a vítima”. 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa que esteja sob “autoridade, 
guarda ou exerça vigilância sobre a vítima”. 
Especial finalidade de agir do agente: “para fim de 
educação, ensino, tratamento ou custódia”. 
Crime de ação múltipla. Meios utilizados pelo agente: 
1) Privação de alimentos: suprimir os alimentos 
necessários 
2) Privação dos cuidados indispensáveis: Deixar de 
provar os cuidados indispensáveis; mínimos; relativos à 
saúde, vestuário, acomodação, higiene e etc. 
3) Sujeição a trabalhos excessivos: impor o exercício de 
atividade acima do padrão normal. Ex: Impor ao filho 
que varra a casa por mais de 10 horas seguidas. 
4) Sujeição a trabalhos inadequados: É a 
desconformidade com as condições da vítima. Ex. Impor 
ao filho que carregue 50 kg. 
5) Abuso nos meios de correção ou disciplina: Pessoa 
vai além do permitido. 
 
Forma qualificada: 
p. 3º: “Aumenta-se a pena de 1/3, se o crime é praticado 
contra pessoa menor de 14 anos”. Somente com culpa senão 
é outro crime. 
Ver estatuto da criança e do adolescente- Art 18-A-B ( lei da 
palmada) 
Ver estatuto do Idoso- art 99 
Crime próprio (está no artigo ) , doloso direto ou eventual, 
perigo concreto, conteúdo variado(várias formas de praticar) . 
Admite-se tentativa se puder ser fracionado o iter criminis. 
Ação pública incondicionada 
Maus tratos é diferente de tortura- no primeiro o agente atua 
para fins de educação ,ensino, tratamento ou custódia; no 
segundo como forma de aplicar castigo pessoal ou de caráter 
preventivo com intenso sofrimento físico e com dolo 
 Art. 137 – Da Rixa 
Conceito de Rixa: 
“é uma briga entre mais de duas pessoas( 03) acompanhada 
de vias de fato ou violências recíprocas, criando para estas 
uma situação de perigo imediato à integridade corporal ou a 
saúde dos participantes e demais que estejam próximos”. 
Há rixa quando houver concurso de pessoas em condutas 
contrapostas (TJRS. 71001061886). Briga de turma ou 
torcida e futebol sem identificação mas se tiver 
identificação.... 20 de um lado e 30 do outro – ai seria lesão 
corporal recíproca. 
Se for um maior e dois menores- inimputáveis- é rixa do 
mesmo jeito e haviam10 pessoas na rixa e somente uma foi 
identificada, ela figurará sozinho na denúncia pois o que 
importa é a comprovação do número de participantes. 
E quem entra para separar não é contado no número exigido. 
Bem Jurídico protegido: Integridade corporal, saúde e a 
vida. 
Modalidades: 
1) Ex improviso: Agressão tumultuária tem início 
repentinamente, sem combinação prévia. 
2) Ex propósito: É a rixa concebida antecipadamente pelos 
agentes. 
Requisitos: 
1) Mínimo de 3 pessoas; 
2) Impossibilidade de individualização das condutas, sob 
pena de configurar figura autônoma; 
3) Atos efetivos de violência, ainda que não tenha contato 
físico direto (arremessar objetos, cadeiras e etc); 
4) Agressões recíprocas; 
Precedentes: 
“Havendo possibilidade de distinção da 
atuação dos agressores, não há que se falar em 
rixa, e o ataque de várias pessoas a uma outra 
não a caracteriza”. (TJMG.) 
“O crime de rixa pressupõe confusão e tumulto 
decorrente de ações indeterminadas, 
impedindo distinguir a atividade dos 
contendores”. (TJSC). 
 
Forma qualificada: 
A ocorrência de mais de uma morte ou lesão corporal não 
altera a unidade da rixa qualificada que continua sendo 
crime único, embora deva ser considerado na dosimetria da 
pena. 
Identificação do autor das lesões corporais ou morte: 
Concurso material de crimes: Rixa simples + lesão grave ou 
morte. 
RIXA QUALIFICADA + LESÃO GRAVE ou MORTE = Vedado, 
sob pena de bis in idem. 
RIXA E VIAS DE FATO( empurrões- a primeira absorve a 
segunda 
RIXA E LESÃO SIMPLES- responde pelos que praticaram 
RIXA COM TODOS SOFRENDO LESÃO SIMPLES- somente 
rixa 
Participação: Cabível. Induzimento ou auxílio material. 
Participar da rixa( atuar) é diferente de participar do crime de 
rixa( Induzimento ou auxílio material.) 
Ação pública incondicionada- JESP

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