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INFECÇÕES VIAS AÉREAS SUPERIOR - Dr BARALDI

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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS) 
Anatomia do trato respiratório superior: 
• Cavidade nasal; 
• Faringe até a glotes (laringe); 
• Seios paranasais (frontal, maxilar, esfenoide); 
• Seio etmoidal já está formado aos 4 anos; 
o Separação da cavidade nasal e faringe: Coanas 
• Faringe: Nasofaringe: apresenta a tonsila faríngea - adenoide; ofaringe, hipofaringe (tonsila hipofaringea); 
• Laringe; 
 
CONCEITO: são as infecções que atingem as estruturas das V.A. acima da laringe (supra epiglote). 
- Rinofaringite: inflamação da cavidade nasal e faringe (Nasofaringe)– RESFRIADO COMUM. 
- Faringite: inflamação da adenoide (tonsila faríngea), e inflamação da tonsila palatina. Inflamação de 
amígdala propriamente dita – faringotonsilite. 
 
Complicações: 
• OMA (otite média aguda) 
• SINUSITE. 
• Laringite e epiglotite: causa obstrução das vias aéreas superior ---- por edema. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
- As IVAS são mais frequentes que as infecções de vias aéreas inferiores. 
o Criança de até 5 anos: 
▪ Zona rural: 1 a 4 episódio/ano. 
▪ Zona urbana: 6 a 8 episódio/ano. 
▪ Creche-escola: 10 a 14 episódios/anos. 
- Alta morbidade e baixa mortalidade; 
 
ETIOLOGIA: 
VÍRUS BACTÉRIAS FISIOPATOLOGIA: 
Rinovírus Estreptococo beta-
hemolítico do grupo A. 
Epitélio pseudoestratificado com células 
caliciformes e ciliadas que se movimentam e 
levam a secreção até a glotes, onde engolimos 
essa secreção - CLEASING CILIAR FISIOLÓGICO. 
**Quando ocorrer uma lesão: 
▫ Inflamação; 
▫ Congestão vascular; 
▫ Edema de mucosa; 
▫ Diminuição do diâmetro das V.A.S; 
▫ Aumento de secreção de muco; 
▫ Altera estrutura do epitélio e função 
ciliar. 
Coronavírus Pneumococo. 
Parainfluenza 1, 2 e 3 Haemophilus Influenzae 
Adenovírus -- causa faringite, 
mas inicia com resfriado. 
Enterovírus --- herpes vírus e 
Coxsackie 
Moraxella catarrhalis 
Influenza A e B --- causa gripe 
leve, apenas sintomas de 
resfriado. 
MYCOPLASMA 
PNEUMONIAE 
Vírus sincicial respiratório --- 
causa resfriado, e pode causas 
bronquiolite. 
Consequentemente, aumenta a chance de o 
microrganismo evoluir e causar uma doença em 
maior intensidade. 
 
 
RINOFARINGITE AGUDA – RESFRIADO COMUM 
CAUSA COMPLICAÇÕES QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
RINOVÍRUS duração 
dos sintomas por pelo 
menos 5 dias. 
Otites média 
aguda (OMA). 
Mastoidite. 
Sinusite 
Rinorreia. 
Espirros. 
Odinofagia 
Obstrução nasal 
Tosse. 
Cefaleia. 
Vômito e náuseas. 
Diarreia. 
Febre (não é comum, apenas se for por 
Adenovírus, Influenza ou Vírus sincicial 
respiratório) 
1. Viroses exantemáticas em 
fases pré-eruptivas. 
2. Coqueluche (fase catarral). 
3. Renite alérgica. 
 
SÍNDROME GRIPAL (Influenza A e B) 
Mais grave: < 2 anos. 
Pontos-chaves para diagnóstico de Influenza: 
1. Período de circulação viral (sazonalidade); 
2. Febre intensa, tosse e rinorreia; 
Complicações: 
Predisposição a complicações bacterianas como: 
• OMA: crianças < 3 anos. 
• Pneumonia bacteriana e viral; 
• Descompensação de doenças crônicas (IC, DM, doenças pulmonares crônica). 
Diagnóstico diferencial entre Influenza e Resfriado comum 
Influenza/Síndrome gripal Resfriado comum 
Etiologia: influenza Rinovírus 
Depende da sazonalidade (período de circulação 
viral – outono inverno) 
Período de circulação viral é todo o ano. 
Quadro clínico de tosse, dor de garganta e febre 
alta (38.5 a 39) de início súbito, acompanhada de 
pelo menos 1 dos sintomas: mialgia, artralgia, 
tosse, cefaleia, fadiga 
Quadro clínico de início lento, não é frequente ter 
febre, acompanhado de coriza (rinorreia), espirros 
e dor de garganta. 
 
COVID-19 (SARS-CoV 2) 
• Coriza - obstrução nasal. 
• Dor de garganta. 
• Tosse. 
• Inapetência. 
• Dor abdominal. 
• Vômito - diarreia; 
• Exantema: lesões eritematosas no corpo (influenza não causa e nem os resfriados) 
• Sibilância - por conta da infeção das vias inferiores. 
 
FARINGOTONSILITE/amigdalite/adenoidites: 
Inflamação das tonsilas: Naso faringe = tonsila faríngea (Adenoide) e Orofaringe = tonsila platina (amigdalas). 
- Causa viral – pode ser em qualquer faixa etária, mais predominante < 3 anos. 
- Mononucleose infecciosa (Vírus Epstein-Barr). 
- Bacilo Diftérico: raramente. 
- Bactérias que colonizam a cavidade oral: Estreptococos B-hemolítico do grupo A (a partir dos 3-5 
anos). 
▪ São autolimitadas. 
▪ EBHGA – pode causar febre reumática. Obrigatório o tratamento de faringo amigdalite. 
• 5 a 15 anos (pico 7 a 8 anos - início da idade escolar). 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE BACTÉRIA E VÍRUS 
 EBHGA VIRAL 
IDADE > 3 anos (pico de incidência 5 a 11 anos). 
- Inverno e outono. 
Todas as idades, mas < 3 anos 
principalmente. 
Todas as estações. 
INÍCIO abrupto insidioso 
QUADRO CLÍNICO Não tem tosse 
Não tem rinorreia. 
Febre alta. 
Calafrios. 
Adenomegalias dolorosas. 
MEG. 
 
Tem tosse e rinorreia (Influenza, 
parainfluenza e coronavirus). 
Febre variada. 
Conjuntivite (dura 10 a 14 dias). 
Rouquidão. 
Diarreia. 
Adenomegalias não dolorosa 
BEG 
EXAME OROFARÍNGE Hiperemia com placas (exsudado purulento). 
Petéquias. 
 
Hiperemia sem placas. 
Úlceras. 
Vesículas. 
Exsudado claro (Adenovírus pode dar 
exsudado e adenomegalias por 7 dias). 
Se tiver petéquias --- Epstein-Baar. 
 
ADENOMEGALIA 
CERVICAL 
Região anterior no ângulo da mandíbula, 
volumosa e dolorida. 
Posterior e indolor. Pode estar ausente. 
 
OTITE MÉDIA AGUDA DIAGNÓSTICO DE OMA 
Complicação desencadeada 
por infecção viral das vias 
respiratórias superiores 
(RESFRIADO COMUM), que 
permitem instalações de 
bactérias e leva a um 
edema no canal auditivo. 
OBS.: se não apresentou 
resfriado, provável que não 
seja OMA. 
Infecção por Influenza A 
ou Adenovírus = 
 S. Pneumoniae e H. 
Influenzae não tipavél. 
 
Outras bactérias: 
Moraxella Catarrhalis e 
S. Pyogenes. 
Sintomas locais ou 
sistêmicos: 
1. Febre 
2. Dor de ouvido. 
3. Dificuldade para sugar 
o leite – muda a 
pressão da cavidade 
nasal. 
4. Diminuição da 
audição. 
 
Evidências de acumulo de 
liquido no ouvido médio: 
- Otalgia. 
- Abaulamento da MT. 
- Diminuição da 
mobilidade da MT. 
- Otorreia. 
- Hiperemia da MT. 
- Opacificação da 
MT/perda de brilho. 
- Perda da definição das 
estruturas do ouvido 
médio. 
 
 
 
SINUSITE 
- Seios paranasais: 
o Etmoidal: já existe no nascimento, atinge maturidade aos 10 anos de idade. 
o Maxilar: já existe no nascimento, se desenvolve em torno dos 3 anos e continua desenvolvendo até 
os 12 anos 
o Esfenoidal: começa a aparecer em torno dos 9 meses de idade, atinge plenitude entre os 12 e 14 
anos. 
o Frontal: já está presente no nascimento, mas começa a aparece em torno dos 7 a 8 anos de idade e 
alcança plenitude até os 18 anos. 
- 
RINOSSINUSITE AGUDA (até 12 semanas) - inflamação dos seios paranasais. 
VIRAL Resfriado ou gripe. 
Sintomas duras até 10 dias. 
Febre nos primeiros 3 
dias. 
Secreção nasal bilateral pois o 
vírus se propaga mais facilmente. 
PÓS-VIRAL Existe piora dos sintomas após 5 
dias ou persiste por > 10 dias e < 
12 semanas. 
 
BACTERIANA 
(6 a 8 anos) 
Complicação da rinofaringite 
(RESFRIADO COMUM) pelas 
bactérias: Pneumococo, H. 
Influenzae, S. Aureus, SBHGA, 
Staphylococos Piogenes, 
moraxella catarrahilis 
 
Se autolimitam em até 4 
semanas. 
 
QUADRO ARRASTADO 
(persiste por 12 a 14 
dias) - pode ter ou não 
febre junto com os 
sintomas. 
▫ Secreção mucopurulenta 
nasal e retro nasal unilateral. 
▫ febre > 38C, 
▫ dor facial 
▫ Cefaleia 
▫ Tosse 
▫ Dor no seio comprometido 
 
DIAGNÓSTICO É CLÍNICO. 
NÃO PEDIR RX < 6 ANOS, SE PRECISAR DE EXAMES DE IMAGEM FAZER TC DE FACE (padrão ouro). 
 
 
LARINGITE – parainfluenza. 
Laringite viral: Entra pelo nariz e entra na mucosa nasal – provoca sintomas de resfriado 
Laringite espasmódica- ou alérgica: não tem histórico de resfriado. 
 
SUPRAGLOTITE - é bacteriana: laringite bacteriana. GRAVE.

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