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Ancilostomíase

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Ancilo
stomíase
Parasitologia
Clínica
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Ancilostomíase/Ancilostomose 
Características gerais Existem 3 espécies de importância médica; Ancylostoma duodenale, A. ceylanicum e Necator 
americanus 
 
Agente causador do ‘’amarelão’’ ou opilação 
 
O A. ceylanicum é o ancilostomídeos de cães e gatos, é considerado raro, porém reconhecido 
como causa prevalente de infecções zoonóticas em humanos na Índia, Sudeste Asiático e 
Austrália tropical 
Posição taxonômica Reino: Animalia; filo: Aschelminthes; classe: Nematoda; ordem: Strongylida; família: 
Ancylostomatidae; subfamília: Ancylostominae [A. duodenale e ceylanicum]; Bunostominae [N. 
americanos]; gênero: Ancylostoma; Necator; espécie: duodenale; ceylanicum; americanus 
Epidemiologia Comum em locais temperados [↑ A. duodenale] e tropicais [↑ N. americanus; mais prevalente no Brasil] 
 
Ocorre em crianças > 6 anos, adolescentes e idosos 
 
Não é doença de notificação compulsória, mas deve ser notificado à órgãos de saúde 
 
A mortalidade não é a principal consequência, e sim a morbidade especialmente devido à anemia 
causada pelos ancilostomídeos 
Fatores para alta prevalência ↑ Umidade 
Ausência de raios UV 
Presença de matéria orgânica 
Microambiente favorável [↑ Desenvolvimento L3] 
Sobrevida > 18 anos 
Localização Duodeno – local de aderência à mucosa [c/ auxílio da cápsula bucal] e local de repasto 
sanguíneo; 
Morfologia Ovos 
São indistinguíveis entre as espécies; possuem forma elíptica, casca 
fina, transparente e hialina, medindo 60 µm x 40 µm [A. duodenale] – 70 
µm x 40 µm [N. americanus] 
 
Quando recém-eliminados possuem forma elíptica, s/ segmentação 
[ocorre somente nas fezes]; no momento da postura: célula ovo única 
 
Conforme a evolução do ovo, podem-se observar entre 2 e 8 [ou mais] blastômeros em seu 
interior, terminando pela formação da larva 
 
↑ Fecundidade; ovipostura > 22 mil ovos [A. duodenale] /fezes/dias; > 9 mil ovos [N. 
americanus] /fezes/dias; > 4 mil ovos [A. ceylanicum]/fezes/dias; pode-se abrigar cerca de > 600 vermes 
Vermes 
Ancylostomidae (do gr. ankylos = curvo + gr. tomma = boca) 
Ancylostominae Bunostominae 
Apresenta dentes na margem da boca [A. 
duodenale e A.ceylanicum] 
Apresenta lâminas cortantes circundando a 
margem da boca [N. americanus] 
Espécie Ancylostoma duodenale Ancylostoma 
ceylanicum 
Necator americanus 
Formato Arqueado, alongado, robusto e cilíndrico, 
apresenta extremidade anterior recurvada afilada, 
Cilíndrico [corpo em ‘’s’’] 
Cápsula bucal 
 
Profunda, c/ 2 pares de 
dentes ventrais na 
margem interna da 
boca, e um par de 
lancetas ou dentes 
triangulares subventrais 
2 pares de dentes 
ventrais, sendo um de 
dentes grandes e outro 
de dentes minúsculos
 
Cápsula profunda, c/ 1 
par de lâminas/placas 
cortantes, dente longo 
no fundo capsular e 2 
lancetas [dentículos 
subventrais] 
 
Coloração Róseo-avermelhada [a fresco] e esbranquiçada [suspensos em solução] 
Machos 8 – 11mm; extremidade 
posterior c/ bolsa 
copuladora desenvolvida 
[mais larga] c/ 2 espículos; 
8mm de 
comprimento 
por 360µm de 
largura; 
abertura 
genital [vulva] 
no terço 
posterior; 
extremidade 
0,5 – 0,9cm; presença de bolsa 
copuladora desenvolvida 
[mais longa] c/ 2 espículos; 
ausência de gubernáculo
 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
apresenta gubernáculo
 
 
posterior c/ 
processo 
espinhoso 
terminal 
 
Fêmeas 10 – 18mm; abertura genital 
(vulva) no terço posterior; 
extremidade posterior 
afilada c/ processo 
espinhoso terminal; ânus 
antes do fim da cauda 
 
 
10mm de 
comprimento 
por 440µm de 
largura; bolsa 
copuladora 
pequena e c/ 
dimensões 
iguais; 
0,9 – 1,1cm; abertura genital 
(vulva) no terço anterior; 
extremidade posterior afilada 
s/ processo espiniforme
 
 
Vermes 
 
Organização geral dos ancilostomídeos 
 
A) Macho. B) Fêmea. 
Localização dos órgãos: a, cápsula bucal; b, glândulas cefálicas; 
c, testículo; d, vesícula seminal; e, canal ejaculador; f, espículos; g, 
bolsa copuladora; h, faringe; i, útero; j, ovário; k, intestino; i, reto e 
ânus. 
 
 
 
 
 
 
Transmissão A. duodenale – oral e transcutânea das L3 
N. americanus – ↑ transcutânea das L3; maior infectividade [penetração na mucosa bucal ou epitélio 
faríngeo → corrente sanguínea → via pulmonar] 
A. ceylanicum – ↑ oral das L3 [maior efetividade] 
 
Contato da pele c/ fezes humanas infectadas por ovos larvados 
Ingestão de água/alimentos contaminados c/ ovos L3 
Penetração direta na pele; 
 
A autoinfecção endógena não ocorre por Ancylostomatidae em humanos 
Ciclo 
biológico 
É um ciclo monoxênico [s/ hospedeiro intermediário] 
 
Possui 2 fases; fase de vida livre [desenvolve no meio] – fase parasitária [desenvolvimento no hospedeiro 
definitivo] 
 
Geotropismo negativo; hidrotropismo positivo; termotropismo positivo 
Larva de Ancylostomatidae rabditoide com evidenciação 
do esôfago (E) e primórdio genital (PG) 
Larva de Ancylostomatidae filarioide com bainha 
envolvendo o parasito 
Larva de Ancylostomatidae filarioide 
Larvas de Ancylostomidae. 
 
A) larva rabditoide de 
Ancylostomidae: 1) vestíbulo 
bucal longo (10 µm) com 
esôfago rabditoide (Er); 2) 
primórdio genital visível 
(Pg); 
 
B) larva filarioide de 
Ancylostomidae; 3) esôfago 
filarioide (Ef); 4) presença 
de bainha (Ba); 5) cauda 
pontiaguda 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
Ovos eliminados pelas 
fazes → meio exterior em 
ambiente propício → 
embrionia → L1 
[rabditoide] → eclosão [12 
– 24h] → L1 se alimenta de 
matéria orgânica e 
microrganismos VO → 
perda da cutícula 
externa → 4/5 dias; L2 
[rabditoide] → 
desenvolvimento de uma 
cutícula interna → 5 dias; 
L2 → L3 [filarioide 
INFECTANTE] → 
penetração ativa das 
larvas na pele, mucosas, 
conjuntivas e 
passivamente VO → 
liberação da cutícula e 
produção de enzimas 
líticas → circulação 
linfática/sanguínea → 
coração → artérias 
pulmonares → pulmão → 2 – 7 dias; L4 → brônquios → traqueia → faringe → expectoração [ambiente]; 
deglutição [L4 no intestino delgado] → 8 dias; duodeno - exerce parasitismo hematófago → 15 dias; L5 → 
→ 30 dias; forma adulta → hematofagia e cópula → ovipostura de ovos embrionados nas fezes 
 
Infecção VO [água e alimentos] – L3 perde a cutícula no estômago [ação do suco gástrico e pH] → 
intestino delgado → duodeno; penetração na mucosa → células de Lieberkuhn → 5 dias; L4 → lúmen do 
intestino → fixação da mucosa; repasto sanguíneo → 15 dias; L5 → fase adulta → → ovipostura de ovos 
embrionados nas fezes; 
Patogênese Em crianças pode ocorrer diminuição de apetite, geofagia, retardamento físico-mental que levam a 
dificuldade de aprendizagem escolar e debilidade orgânica generalizada 
 
O período pré-patente [vai desde a penetração das larvas até a eliminação dos ovos pelas fezes] varia de 
35 – 60 dias para A. duodenale, 42 – 60 p/ N. americanus e 21 – 35 para A. ceylanicum [em casos de 
infecção VO, o período diminui p/ 14 – 17 dias] 
 
A patogenia é diretamente proporcional ao n° de parasitos no intestino delgado, ao n° de larvas 
invasoras e à sensibilidade do hospedeiro 
Logo após a penetração, a larva pode provocar lesões traumáticas seguidas de lesões vasculares; 
Fase 
aguda 
Migração das larvas no tecido 
cutâneo e pulmonar c/ instalação 
de vermes adultos no intestino 
delgado 
Dermatite urticariforme [prurido, edema e eritema, 
carreamento de bactérias], lesões pulmonares 
[hemorragias, pneumonite difusa, síndrome de Loeffler 
[febre, tosse produtiva e eosinofilia], lesão da mucosa 
intestinal e espoliação sanguínea [pequenas 
hemorragias] 
Fase 
crônica 
Lesões da mucosa intestinal 
associados à deficiência 
nutricional 
 
Sintomatologia 
primária 
 
Dilaceração e maceração de 
fragmentos da mucosa [úlceras 
hemorrágicas]; edema com infiltração 
leucocitária, carreamento debactérias 
Os sinais cessam c/ o tratamento 
[vermífugo] do paciente 
Sintomatologia 
secundária 
 
Espoliação sanguínea; anemia devido 
ao hematofagismo [principal sinal; 
deficiência de Ferro], hipoproteinemia, 
eosinofilia, Hipoalbuminemia 
 
A. duodenale – 0,05 – 0,3 mL/sangue/dia; 
N. americanus – 0,01 – 0,04 
mL/sangue/dia 
Os sinais cessam após reversão da 
anemia [melhora da dieta] s/ 
necessidade de remoção dos vermes 
Sintomas 
abdominais 
Dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, 
flatulência, – às vezes – diarreia sanguinolenta ou não e, menos frequente, constipação, 
geofagia e, em casos mais graves, ulceração intestinal e colicistite 
Reinfecção Reações mais exacerbadas [reação de hipersensibilidade imediata e/ou retardada]; 
formação de pápulas severas, vesículas edemaciadas c/ adenopatia regional 
Imunologia Intensa resposta Th2 c/ produção de IgE total e específica 
 
Elevados níveis de eosinofilia, Il-5, IL-10 e TNF 
 
Produção de anticorpos específicos, parcialmente associados à resistência à reinfecção e à eliminação 
do parasito 
PARASITOLOGIA CLÍNICA BRENDA RODRIGUES 5° SEMESTRE 
 
Após o estabelecimento do parasitismo, há a liberação de moléculas pelo parasito responsáveis pela 
modulação da resposta imune, culminando na apoptose de LF-T e LF-B, proliferação, atividade 
específica de células T reguladoras, anergia de LF-T, redução da apresentação de antígenos à células 
dendríticas, liberação de proteases atuantes na clivagem de quimiocinas e anticorpos [reduz a proteção] 
– em suma, a infecção por ancilostomídeos reduz a capacidade do hospedeiro em montar uma resposta 
imune eficiente 
Lesões 
 
Observação de ancilostomídeos fixados à mucosa intestinal 
Diagnóstico Parasitológico; pesquisa de ovos e larvas nas fezes – métodos diretos [sedimentação espontânea; 
sedimentação por centrifugação; flutuação]; métodos indiretos [hemograma completo]; métodos 
imunológicos [IF, ELISA, Western blotting] 
 
Avaliação do grau de infecção; método quantitativo de Stoll [expressa o n° de ovos/g de fezes] 
 
Método de Harada e Mori [coprocultura]; diagnóstico diferencial na determinação da infecção por N. 
americanus ou Ancylostoma sp. 
 
Na fase aguda, a eosinofilia é o mais marcante registro imunológico, seguida de um pequeno aumento 
de IgG e IgE; na fase crônica, além da indução à eosinofilia, há elevação de IgE total e de anticorpos 
específicos IgG, IgA e IgM 
Tratamento Benzimidazóis [Albendazol [inibe a polimerização tubilínica; ocasiona alteração no nível enérgico dos 
helmintos], ↑ Mebendazol – interfere na formação da tubulina celular do intestino do verme e interrompe 
a captação de glicose], Pamoato de Pirantel; Suplementação de ferro e proteínas [trat. complementar] 
Profilaxia Higiene pessoal [lavar as mãos, cortar as unhas...]; desinfecção dos alimentos; combate aos insetos; 
fervura de roupas íntimas e de cama; educação sanitária em massa; serviços de engenharia sanitária; 
abolir adubação c/ fezes humanas; tratamento dos doentes

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