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Clínica Médica de Pequenos I - Aula IV

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AULA IV - CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
17/03/2022 - PROF° MARIANA
DOENÇAS DO ESÔFAGO
Megaesôfago: é a dilatação total ou
parcial do esôfago.
● Alterações na motilidade: são uma
causa da dilatação, que podem ser
causadas por
● Neuropatias: ausência da atividade
elétrica por algum tipo de doença.
● Miopatias: doenças primárias de
músculo
● Doenças na junção
neuromuscular: a principal doença
se chama miastenia gravis.
● Hipotiroidismo
● Intoxicação por metais pesados:
principalmente por chumbo.
Doenças obstrutivas: também são uma
causa da dilatação, pois há uma dilatação
secundária à obstrução quando há uma
obstrução e o animal continua comendo.
Causas obstrutivas:
● CE
● PAAD
● Spirocerca luppi
● Neoplasias e estenoses cicatriciais
De forma geral, as doenças obstrutivas
causam dilatação parcial.
Megaesofago Idiopático: o esofago inteiro
tem que estar dilatado (dilatação total) e é
necessário excluir todas as demais
causas. 90% dos casos de rotina são
diagnosticados como idiopáticos devido à
falta de recurso para a realização de
exames mais complexos.
Sintomas: principalmente regurgitação,
como consequência há desnutrição e
emagrecimento e apresentam polifagia,
que é fome em excesso.
Como consequência da regurgitação
frequente e da fragilidade do esôfago na
região da orofaringe, os animais possuem
uma maior chance de desenvolver
pneumonia por aspiração.
A pneumonia por aspiração se caracteriza
por conteúdo alimentar no pulmão, e seus
sinais clínicos são: anorexia, tosse
produtiva, secreção nasal e dispneia.
Diagnóstico: anamnese, exame físico,
raio-x simples ou contrastado.
O esôfago de um animal saudável sempre
estará com o lúmen fechado, dilatando
apenas para a passagem do alimento.
Megaesofago decorrente da PAAD
(persistência do arco aórtico direito)
É a dilatação esofágica secundária à
persistência do arco aórtico direito. Em
alguns pacientes, essa condição fica em
cima do esôfago impedindo a passagem
do alimento, tornando uma obstrução
parcial do esôfago.
Essa doença é congênita e só se
apresenta em filhotes logo depois do
desmame, devido a transição para comida
sólida que começa a se acumular caso o
animal possua a doença (entre os
primeiros três ou quatro meses de vida).
Sintomas: regurgitação pós-desmame;
caquexia; prejuízo do crescimento; tosse
produtiva decorrente de pneumonia por
aspiração, que pode causar secreção
nasal.
Tratamento: correção cirúrgica.
Encontrar o arco aórtico e cortar a ligação.
AULA IV - CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
17/03/2022 - PROF° MARIANA
considerando o estado geral do animal,
pois será um animal filhote, sob anestesia,
com um processo de anestesia complexo
e cirurgia de tórax aberto. Também há a
possibilidade de passagem de sonda
nasogástrica até o animal ganhar um
pouco de peso e se nutrir mais, para que
haja menos riscos durante uma cirurgia.
Miastenia Gravis
É uma dilatação esofágica devido a
produção de acetilcolina contra os
receptores de acetilcolina, ocasionando
uma diminuição da motilidade e do tônus
da musculatura esofágica.
Doença de junção neuromuscular.
Há a região terminal de um neurônio
liberando acetilcolina (neurotransmissor
que estimula a contração muscular), que
se liga aos receptores causando
estímulos elétricos que são os
responsáveis pela movimentação.
Nesta doença, o paciente produz
anticorpos contra os receptores de
acetilcolina. Há dois tipos de Miastenia
Gravis, a que afeta somente a região do
esôfago (focal), e a generalizada, que
pode afetar todas as regiões do corpo,
causando fraqueza muscular. Essa
fraqueza muscular pode piorar com o
movimento, e melhorar com o repouso.
Diagnóstico: Dosagem de anticorpos
contra receptores de acetilcolina; EMG.
Tratamento: Manejo alimentar (em
posição bipedal, para a comida descer por
gravidade); anticolinesterásicos
(neostigmina) que é uma medicação que
inibe a enzima que destrói a acetilcolina.
No caso do megaesofago idiopático é
mais comum nas raças:
Schnauzer mini, fox terrier, PA, Dogue
alemão, Setter e Shar Pei.
Diagnóstico: exclusão de outras causas.
Tratamento: dieta pastosa e em posição
bipedal, não adiantando o uso de
procinéticos, pois os mesmos não
possuem ação no esôfago.
Complicações
Pneumonia por aspiração
Desnutrição
Prognóstico
Depende do estado do paciente
Doença primária
Participação do proprietário.
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
Nem todo animal que vomita tem uma
doença gástrica. Mas todo animal que tem
doença gástrica, vomita.
Causas de vômito
Sobrecarga alimentar: principalmente em
filhotes, principalmente por competição
com demais animais da ninhada.
Intolerância alimentar
Toxinas e corpos estranhos
Síndromes vestibulares
Fármacos: antiinflamatórios e antibióticos
(doxiciclina; morfina)
Alterações metabólicas
Infecções e dor
Gastrite
Inflamação da mucosa gástrica decorrente
da quebra de sua barreira protetora ou do
aumento de produção de ácido clorídrico.
Posição antálgica ou posição de prece:
paciente tentando aliviar a dor abdominal
(geralmente posição indica dor intensa).
AULA IV - CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
17/03/2022 - PROF° MARIANA
Acontece nos casos de gastrite, cálculo
renal e pancreatite.
Etiologias Primárias
Infecciosa: bacteriana (helicobacter sp)
Viral: (cinomose, parvovirose)
Causas mecânicas: (corpo estranho)
Medicamentos: AINES e corticóides.
Neoplásicas: neoplasias no estômago.
Corpo estranho e medicamentos
Pró-cinéticos: Medicamentos a favor do
trânsito gastrointestinal (Plasil -
metoclopramida); acelera o peristaltismo.
Não utilizar quando há um corpo estranho
no animal, pois pode causar ruptura
intestinal no animal.
Em pacientes que já estejam
apresentando vômito, evita-se usar
anti-inflamatórios.
Etiologias secundárias:
Processos inflamatórios: pancreatite,
piometra, peritonite.
Tóxica: digitálicos, tetraciclina,
clorafenicol, mebendazol.
Doenças metabólicas: insuficiência renal e
hepática, hipoadrenocorticismo,
cetoacidose.
Causa bacteriana:
H. pylori; H felis
Patógeno ou comensal?
O compartilhamento desta bactéria entre
o tutor e o animal é altíssimo, devido ao
contato próximo do tutor com o animal.
Na maioria das vezes não causa sintomas
em nenhum dos dois, e nem sempre que
se detecta a Helicobacter quer dizer que
ela esteja ativa.
61% a 82% de cães com vômito
67% a 86% de cães saudáveis
100% em animais de canis
Diagnóstico
Endoscopia: fragmento gástrico.
Citologia/Histopatologia.
Prova de urease (meio rico em ureia).
A ureia irá virar amônia.
Tratamento
Claritromicina + amoxicilina +
metronidazol.
Anti-eméticos e anti-ácidos
(para tentar controlar o vômito e o
desconforto).
ÚLCERA GÁSTRICA
Lesão na mucosa gástrica que alcança a
camada muscular, e a partir daí começa a
apresentar sangramento.
Causas: AINEs, corpo estranho,
insuficiência renal ou hepática, infecções
e etc. Todas as causas secundárias de
gastrite, se não forem tratadas, podem
evoluir para úlcera.
Sintomas: anorexia, vômito, hematêmese
(vômito com sangue vivo, certas vezes
com o aparecimento de coágulo), melena
(devido ao sangramento no estômago ser
digerido), dor abdominal na palpação.
Diagnóstico: Endoscopia e
Ultrassonografia.
AULA IV - CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS
17/03/2022 - PROF° MARIANA
A úlcera gástrica sempre irá ser
consequência de uma doença que causou
gastrite. Buscar a doença de base e tratar.
Neoplasias
Adenocarcinoma:
Neoplasia gástrica é mais comum em
cães, e os machos são os mais
acometidos entre a idade de 7 a 10 anos.

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