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DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA (21-02-2022)

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Mastalgia 
o Dor - sintoma mais relatado pelas mulheres, podendo 
ser uni ou bilateral, focal ou difusa. 
 
A mastalgia pode ser dividida em 3 síndromes 
clínicas: 
 Mastalgia Cíclica 
 Mastalgia Aclínica 
 Dor extra-mamária 
 
Mastalgia Cíclica 
o Dentre as mastalgias, a mais comum 
o Pode ser de intensidade leve a severa 
o Bilateral, acomete principalmente QSL e pode irradiar 
para o braço 
 
Fisiopatologia 
o Níveis de estrógeno e progesterona 
o Níveis altos de gonadotrofinas 
o Picos noturnos mais elevados de prolactina, durante 
a fase lútea 
o Estresse/ansiedade/depressão - liberação central de 
alguns opióides que inibem a dopa e aumentam a 
prolactina 
o Alteração da relação entre ácidos-graxos 
o Alteração do perfil lipídico 
o Dificuldade na síntese de prostaglandina E1 
(moduladora de ação hormonal) 
o Retenção hídrica - TPM 
 
Tumores e cânceres de mama não causam dor. Exceto 
tumores grandes, mas na maioria dos casos, acabamos 
diagnosticando antes da dor. Não existe relação do nível 
de estrógeno com a dor mamária. 
 
Mastalgia Acíclica 
o Mastalgia não relacionada com o ciclo menstrual 
o Pode ocorrer em qualquer fase da vida 
o Pode originar-se na gravidez, por tumores, por 
AFBM (alterações funcionais benignas da mama), ou 
mesmo por processos infecciosos 
o Geralmente idiopática 
o Mastalgia acíclica, quando relacionada a AFMB 
- Dor e espessamento mamário 
- Ectasia ductal 
- Hidradenite supurativa 
 
 
 
 
- Pode estar relacionada ao volume/peso da mama 
 
Dor Extramamária 
o É uma dor que origina no tórax e irradia na mama 
o São as doenças que entram como diagnóstico 
diferencial 
 
Diagnóstico 
o Anamnese - onde? quando? Fatores 
predisponentes? medicações em uso? 
o Classificar quanto a intensidade: 
- Leve: não interfere na qualidade de vida 
- Moderada: interfere na qualidade de vida, mas não 
nos afazeres habituais 
- Severa: dor incapacitante 
 
Exames de imagem: 
o Afastar tumores 
o Conter ansiedade da paciente (cancerofobia) 
o Se extra-mamária: Rx Tórax ou outro tipo de 
avaliação de coluna ou arcos costais 
 
Diagnóstico Diferencial 
o São as dores extra-mamárias 
- Doença de Mondor: tromboflebite das veias 
superficiais da parede torácica 
- Síndrome de Tietze: costocondrite 
- Fibromialgia: inflamação da segunda junção 
costocondral 
- Traumas, medicamentos, dores musculares 
 
Tratamento 
Constitui-se de 3 fases: 
o Orientação 
o Mudança do hábito de vida / alimentação 
o Tratamento medicamentoso (evitar) 
 
Orientações 
o Origem funcional do sintoma 
o Não correlacionado com câncer 
o Baixa resposta ao uso de medicações 
o Usar exames de imagem para acalmar 
o Evitar ingestão de xantinas (chá, café, chocolate, 
refrigerantes) 
o Troca de via de administração de AC ou de suas 
doses, bem como TRH 
Isabelle Maia 
(BENIGNAS DA MAMA) 
Mudanças do hábito de vida /comportamentais: 
o Colocação de sutiãs firmes e de sustentação 
o Exercícios físicos / diminuição de estresse 
 
Tratamento medicamento 
o Restrito apenas para casos refratários 
o AINE: via oral, gel ou adesivo com ingrediente ativo 
o Ácido gamalinolênico: 240mg/d ou 500mg/d ou 3g 
óleo de prímula - evidência científica superior ao 
placebo? 
o Vitamina E, Vitamina B6, diuréticos: sem evidência 
científica de eficácia clínica 
 
Tamoxifeno: 10mg/d 
o Efeito comprovado por estudos, entretanto com 20-
45% de pc com efeitos adversos 3-6meses 
o Atua seletivamente sobre os receptores de 
estrógenos mamários, inibindo a esta ligação 
competitivamente 
o Ef colaterais: alt ciclo menstrual, fogachos, cefaleia, 
vertigem 
 
Mastites 
Processos inflamatórios / infecciosos que se instalam nos 
tecidos mamários 
 
Classificação 
o Aguda (lactacional) 
o Crônica (não-lactacionais): 
Mastite periareolar recidivante 
Mastite da Ectasia Ductal 
Mastite específica (ex: tuberculose) 
Mastite inespecífica (mastite granulomatosa) 
 
Mastites crônicas 
Mastite Peroareolar Recidivante 
o Processo inflamatório da região central da mama 
o Crônico recidivante 
o Frequentemente evolui para abscesso ou fístula 
o 30-40 anos 
o Tabagismo (90% dos casos) 
 
 
 
 
o Surtos flogísticos de repetição no CAP 
o Dor local, calor e vermelhidão, intercalados por fases 
de acalmia 
o Ciclo- incompleta involução, endurecimento ou 
nodulações e retração papilar 
o Fístula próxima à aréola (material sebáceo-purulento) 
 
Tratamento 
Clínico: 
o Acelerar a involução do processo 
o Minimizar os sintomas 
Antibiótico: Metronidazol 400mg 8/8h por 10 dias 
 
Cirúrgico: Setorectomia mamária radial seguida de 
papilectomia parcial 
o Mais curabilidade (28% X 79%) 
o Discreta agressividade 
o Menos recidivas (<5%) 
o Resultado estético satisfatório 
 
Lesões Benignas 
o Grupo Heterogêneo 
- Doenças que podem ser proliferativas ou não 
proliferativas 
 
 
 
 
 
 
Cistos 
o Incidência: 35 aos 55 anos 
o Apresentação: único ou múltiplos / uni ou bilaterais / 
palváveis ou não 
 
Classificação: 
- quanto ao tamanho: 
microcisto <=3mm ou 
macrocisto >=3mm 
 
- quanto a característica da imagem: simples ou 
complexos 
 
 
 
 
 
 
Cistos Simples 
Apenas líquido, conteúdo anecóico, reforço acústico 
posterior, margens bem definidas, paredes finas, forma 
arredondada, oval ou lobulada. 
 
Clínica: 
Se palpável- fazer PAAF e avaliar coloração e massa 
residual (não obrigatório) 
Se não palpável: só puncionar se tiver sintomas 
 
- Complicado: possui resíduos e deve aspirar 
 
Cistos Complexos 
o Todo aquele que não preencher critérios de cisto 
simples (Líquido + projeções (proliferação celular)) 
o Conduta semelhante à dos cistos simples 
 
 
 
Exceção: sólido-cístico 
CD: a depender das características 
- Punção de Biópsia; 
- Exérese para diagnóstico 
 
Fibroadenoma 
o O mais comum dos tumores mamários (25%) 
o Atualmente considerado tumor proliferativo – 
proliferação de células epiteliais e estroma 
o Mais comum antes dos 35 anos, volume médio de 
2cm 
 
Classificação: 
- simples (adulto) ou complexo 
- juvenil 
- fibroadenoma gigante 
- intra ou extracanalicular 
 
o Caract macroscópicas: forma esferóide, superfície 
lisa, bem delimitado, multilobulado, esbranquiçado ou 
pardacento 
o Caract patológica: cel epiteliais de ductos ou lobulos 
+ células conjuntivas do estroma 
o Transformação maligna ocorre em cerca de 0,3% 
dos casos 
 
Diagnóstico: 
o Palpação: nódulo fibroelástico, móvel 
o Assintomáticas 
o USG: nódulo sólido, contornos regulares, baixa 
ecogenicidade e textura homogênea 
 
 
 
o MMG: nódulo circunscrito ou lobulado com 
calcificações grosseiras em seu interior 
 
Tratamento: 
o Conduta expectante, com acompanhamento 
semestral com ex físico e de imagem 
o Conduta ativa se: apresentar crescimento contínuo 
ou nódulos > 2-3cm, ou se história familiar 
importante para câncer de mama 
 
Fibroadenoma Juvenil 
o Jovens <20 anos 
o Massas de grande volume (6-15cm) – deforma a 
mama, gerando uma assimetria 
o Crescimento tumoral rápido 
o AP: estroma hipercelular e hiperplasia epitelial 
o Diag Diferencial: Tu Filoide 
o Tratamento: cirúrgico 
 
Fibroadenoma Complexo 
o É um risco de desenvolver carcinoma 
 
Critérios de Dupont 
- fibroadenomas com hiperplasia apócrina papilífera 
- cistos >3mm com metaplasia apócrina 
- adenose esclerosante 
- calcificações intraepiteliais 
 
Hamartoma 
o Hamarto = erro (proliferação anormal de um tecido 
de um mesmo órgão) 
o Composição de três elementos: gordura, tecido 
glandular e tecido fibrótico 
o Tumor benigno, encapsulado, consistência amolecida, 
pouco maior que o fibroadenoma 
 
Imagens típicas não necessitam de investigação adicional 
Tratamento cirúrgico somente se muito grandes 
 
Tumor Phyllodes 
o Tumor raro 
o Média de idade 45 anos 
o Origem no estroma de sustentação 
o Pode ter diferenciação em benigno, borderline e 
maligno (de acordo com atipias) 
o Massa de crescimento rápido e progressivo 
- Microscopia: proliferação bimodal, epitelial e estromal. 
- Macroscopia: massa ovalada,multinodular, 
brancacinzentada 
 
Diagnóstico: 
PAAF 
Core biópsia: padrão ouro 
USG: imagem ecogênica com áreas anecóicas em seu 
interior 
MMG 
 
Tratamento: 
o Cirúrgico com margem de segurança >= 1cm 
o Radioterapia: 
o Quimioterapia / Hormonioterapia: indicada em casos 
isolados 
 
Papiloma intraductal 
o Lesões benignas 
o Mais comum ao redor 50 anos na pós menopausa 
o Desenvolve-se na região subareolar, com origem no 
epitélio de revestimento de ductos lactíferos 
principais 
o Macroscopia: 0,2-2cm, consistência amolecida, de 
coloração rósea a pardacenta 
o Microscopia: múltiplas papilas anastomosadas em 
eixos fibrovasculares 
o Importância clínica: diagnóstico diferencial com 
carcinoma 
o Transformação maligna associada a casos de 
papilomas múltiplos 
o Sintoma: fluxo papilar serossanguinolento/ cristalino 
 
Diagnóstico: maior acurácia RMM / ductoscopia / 
definitivo com biópsia incisional ou excisional 
 
Tratamento: exérese do ducto comprometido 
 
Mulher de 55 anos de idade, com nódulo de 1,5 cm de 
diâmetro em mama direita, há três meses. Linfonodos 
axilares de aspecto habitual. A mamografia e a 
ultrassonografia estão apresentadas nas imagens a 
seguir: Para o melhor cuidado dessa paciente, qual deve 
ser a conduta nesse momento? 
a) Punção com agulha fina. 
b) Biópsia com agulha grossa. 
c) Excisão cirúrgica da lesão. 
d) Repetir a mamografia em seis meses 
 
 
 
Mulher de 62 anos, assintomática, apresenta exame 
clínico das mamas compatível com a normalidade. A 
mamografia de rastreamento, representada na imagem, 
mostra múltiplas microcalcificações pleomórficas. 
 
 
 
Nesse caso, para o melhor cuidado da paciente, qual é a 
conduta a ser adotada? 
a) Mamotomia. 
b) Biópsia com agulha fina. 
c) Ultrassonografia. 
d) Repetir a mamografia em seis meses. 
 
A figura é de uma adolescente de 18 anos de idade com 
suspeita de: 
 
 
 
I. Fibroadenoma gigante. 
II. Hipertrofia juvenil assimétrica. 
III. Assimetria mamária. 
IV. Doença de Paget. 
Está correto apenas o contido em: 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
c) II e IV. 
d) IV 
 
Em paciente atleta com dor mamária bilateral e exame 
físico normal, a conduta consiste em: 
I. Associação estroprogestogênica. 
II. Danazol. 
III. Análogos do GnRH. 
IV. Sustentação mecânica das mamas. 
Está correto apenas o contido em: 
a) I, II e III. 
b) I e III. 
c) II e IV 
d) IV. 
 
O abscesso subareolar recidivante está relacionado com: 
I. Staphylococcus aureus. 
II. Alcoolismo. 
III. Tabagismo 
IV. Fibroadenoma. 
Está correto apenas o contido em: 
a) I, II e III. 
b) I e III 
c) II e IV 
d) IV 
 
Paciente de 14 anos de idade chega à consulta com 
queixa de nódulo mamário palpável. Nega comorbidades 
ou antecedente familiar de câncer. Relata nunca ter tido 
relação, mas utiliza anticoncepcional oral para controle da 
dismenorreia. Ao exame, apresenta nódulo de 2cm em 
mama direita, elástico, móvel, não doloroso. O diagnóstico 
mais provável é: 
a) Necrose gordurosa. 
b) Fibroadenoma. 
c) Cisto mamário. 
d) Alteração fibrocística. 
e) Abscesso.

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