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Mastalgia o Dor - sintoma mais relatado pelas mulheres, podendo ser uni ou bilateral, focal ou difusa. A mastalgia pode ser dividida em 3 síndromes clínicas: Mastalgia Cíclica Mastalgia Aclínica Dor extra-mamária Mastalgia Cíclica o Dentre as mastalgias, a mais comum o Pode ser de intensidade leve a severa o Bilateral, acomete principalmente QSL e pode irradiar para o braço Fisiopatologia o Níveis de estrógeno e progesterona o Níveis altos de gonadotrofinas o Picos noturnos mais elevados de prolactina, durante a fase lútea o Estresse/ansiedade/depressão - liberação central de alguns opióides que inibem a dopa e aumentam a prolactina o Alteração da relação entre ácidos-graxos o Alteração do perfil lipídico o Dificuldade na síntese de prostaglandina E1 (moduladora de ação hormonal) o Retenção hídrica - TPM Tumores e cânceres de mama não causam dor. Exceto tumores grandes, mas na maioria dos casos, acabamos diagnosticando antes da dor. Não existe relação do nível de estrógeno com a dor mamária. Mastalgia Acíclica o Mastalgia não relacionada com o ciclo menstrual o Pode ocorrer em qualquer fase da vida o Pode originar-se na gravidez, por tumores, por AFBM (alterações funcionais benignas da mama), ou mesmo por processos infecciosos o Geralmente idiopática o Mastalgia acíclica, quando relacionada a AFMB - Dor e espessamento mamário - Ectasia ductal - Hidradenite supurativa - Pode estar relacionada ao volume/peso da mama Dor Extramamária o É uma dor que origina no tórax e irradia na mama o São as doenças que entram como diagnóstico diferencial Diagnóstico o Anamnese - onde? quando? Fatores predisponentes? medicações em uso? o Classificar quanto a intensidade: - Leve: não interfere na qualidade de vida - Moderada: interfere na qualidade de vida, mas não nos afazeres habituais - Severa: dor incapacitante Exames de imagem: o Afastar tumores o Conter ansiedade da paciente (cancerofobia) o Se extra-mamária: Rx Tórax ou outro tipo de avaliação de coluna ou arcos costais Diagnóstico Diferencial o São as dores extra-mamárias - Doença de Mondor: tromboflebite das veias superficiais da parede torácica - Síndrome de Tietze: costocondrite - Fibromialgia: inflamação da segunda junção costocondral - Traumas, medicamentos, dores musculares Tratamento Constitui-se de 3 fases: o Orientação o Mudança do hábito de vida / alimentação o Tratamento medicamentoso (evitar) Orientações o Origem funcional do sintoma o Não correlacionado com câncer o Baixa resposta ao uso de medicações o Usar exames de imagem para acalmar o Evitar ingestão de xantinas (chá, café, chocolate, refrigerantes) o Troca de via de administração de AC ou de suas doses, bem como TRH Isabelle Maia (BENIGNAS DA MAMA) Mudanças do hábito de vida /comportamentais: o Colocação de sutiãs firmes e de sustentação o Exercícios físicos / diminuição de estresse Tratamento medicamento o Restrito apenas para casos refratários o AINE: via oral, gel ou adesivo com ingrediente ativo o Ácido gamalinolênico: 240mg/d ou 500mg/d ou 3g óleo de prímula - evidência científica superior ao placebo? o Vitamina E, Vitamina B6, diuréticos: sem evidência científica de eficácia clínica Tamoxifeno: 10mg/d o Efeito comprovado por estudos, entretanto com 20- 45% de pc com efeitos adversos 3-6meses o Atua seletivamente sobre os receptores de estrógenos mamários, inibindo a esta ligação competitivamente o Ef colaterais: alt ciclo menstrual, fogachos, cefaleia, vertigem Mastites Processos inflamatórios / infecciosos que se instalam nos tecidos mamários Classificação o Aguda (lactacional) o Crônica (não-lactacionais): Mastite periareolar recidivante Mastite da Ectasia Ductal Mastite específica (ex: tuberculose) Mastite inespecífica (mastite granulomatosa) Mastites crônicas Mastite Peroareolar Recidivante o Processo inflamatório da região central da mama o Crônico recidivante o Frequentemente evolui para abscesso ou fístula o 30-40 anos o Tabagismo (90% dos casos) o Surtos flogísticos de repetição no CAP o Dor local, calor e vermelhidão, intercalados por fases de acalmia o Ciclo- incompleta involução, endurecimento ou nodulações e retração papilar o Fístula próxima à aréola (material sebáceo-purulento) Tratamento Clínico: o Acelerar a involução do processo o Minimizar os sintomas Antibiótico: Metronidazol 400mg 8/8h por 10 dias Cirúrgico: Setorectomia mamária radial seguida de papilectomia parcial o Mais curabilidade (28% X 79%) o Discreta agressividade o Menos recidivas (<5%) o Resultado estético satisfatório Lesões Benignas o Grupo Heterogêneo - Doenças que podem ser proliferativas ou não proliferativas Cistos o Incidência: 35 aos 55 anos o Apresentação: único ou múltiplos / uni ou bilaterais / palváveis ou não Classificação: - quanto ao tamanho: microcisto <=3mm ou macrocisto >=3mm - quanto a característica da imagem: simples ou complexos Cistos Simples Apenas líquido, conteúdo anecóico, reforço acústico posterior, margens bem definidas, paredes finas, forma arredondada, oval ou lobulada. Clínica: Se palpável- fazer PAAF e avaliar coloração e massa residual (não obrigatório) Se não palpável: só puncionar se tiver sintomas - Complicado: possui resíduos e deve aspirar Cistos Complexos o Todo aquele que não preencher critérios de cisto simples (Líquido + projeções (proliferação celular)) o Conduta semelhante à dos cistos simples Exceção: sólido-cístico CD: a depender das características - Punção de Biópsia; - Exérese para diagnóstico Fibroadenoma o O mais comum dos tumores mamários (25%) o Atualmente considerado tumor proliferativo – proliferação de células epiteliais e estroma o Mais comum antes dos 35 anos, volume médio de 2cm Classificação: - simples (adulto) ou complexo - juvenil - fibroadenoma gigante - intra ou extracanalicular o Caract macroscópicas: forma esferóide, superfície lisa, bem delimitado, multilobulado, esbranquiçado ou pardacento o Caract patológica: cel epiteliais de ductos ou lobulos + células conjuntivas do estroma o Transformação maligna ocorre em cerca de 0,3% dos casos Diagnóstico: o Palpação: nódulo fibroelástico, móvel o Assintomáticas o USG: nódulo sólido, contornos regulares, baixa ecogenicidade e textura homogênea o MMG: nódulo circunscrito ou lobulado com calcificações grosseiras em seu interior Tratamento: o Conduta expectante, com acompanhamento semestral com ex físico e de imagem o Conduta ativa se: apresentar crescimento contínuo ou nódulos > 2-3cm, ou se história familiar importante para câncer de mama Fibroadenoma Juvenil o Jovens <20 anos o Massas de grande volume (6-15cm) – deforma a mama, gerando uma assimetria o Crescimento tumoral rápido o AP: estroma hipercelular e hiperplasia epitelial o Diag Diferencial: Tu Filoide o Tratamento: cirúrgico Fibroadenoma Complexo o É um risco de desenvolver carcinoma Critérios de Dupont - fibroadenomas com hiperplasia apócrina papilífera - cistos >3mm com metaplasia apócrina - adenose esclerosante - calcificações intraepiteliais Hamartoma o Hamarto = erro (proliferação anormal de um tecido de um mesmo órgão) o Composição de três elementos: gordura, tecido glandular e tecido fibrótico o Tumor benigno, encapsulado, consistência amolecida, pouco maior que o fibroadenoma Imagens típicas não necessitam de investigação adicional Tratamento cirúrgico somente se muito grandes Tumor Phyllodes o Tumor raro o Média de idade 45 anos o Origem no estroma de sustentação o Pode ter diferenciação em benigno, borderline e maligno (de acordo com atipias) o Massa de crescimento rápido e progressivo - Microscopia: proliferação bimodal, epitelial e estromal. - Macroscopia: massa ovalada,multinodular, brancacinzentada Diagnóstico: PAAF Core biópsia: padrão ouro USG: imagem ecogênica com áreas anecóicas em seu interior MMG Tratamento: o Cirúrgico com margem de segurança >= 1cm o Radioterapia: o Quimioterapia / Hormonioterapia: indicada em casos isolados Papiloma intraductal o Lesões benignas o Mais comum ao redor 50 anos na pós menopausa o Desenvolve-se na região subareolar, com origem no epitélio de revestimento de ductos lactíferos principais o Macroscopia: 0,2-2cm, consistência amolecida, de coloração rósea a pardacenta o Microscopia: múltiplas papilas anastomosadas em eixos fibrovasculares o Importância clínica: diagnóstico diferencial com carcinoma o Transformação maligna associada a casos de papilomas múltiplos o Sintoma: fluxo papilar serossanguinolento/ cristalino Diagnóstico: maior acurácia RMM / ductoscopia / definitivo com biópsia incisional ou excisional Tratamento: exérese do ducto comprometido Mulher de 55 anos de idade, com nódulo de 1,5 cm de diâmetro em mama direita, há três meses. Linfonodos axilares de aspecto habitual. A mamografia e a ultrassonografia estão apresentadas nas imagens a seguir: Para o melhor cuidado dessa paciente, qual deve ser a conduta nesse momento? a) Punção com agulha fina. b) Biópsia com agulha grossa. c) Excisão cirúrgica da lesão. d) Repetir a mamografia em seis meses Mulher de 62 anos, assintomática, apresenta exame clínico das mamas compatível com a normalidade. A mamografia de rastreamento, representada na imagem, mostra múltiplas microcalcificações pleomórficas. Nesse caso, para o melhor cuidado da paciente, qual é a conduta a ser adotada? a) Mamotomia. b) Biópsia com agulha fina. c) Ultrassonografia. d) Repetir a mamografia em seis meses. A figura é de uma adolescente de 18 anos de idade com suspeita de: I. Fibroadenoma gigante. II. Hipertrofia juvenil assimétrica. III. Assimetria mamária. IV. Doença de Paget. Está correto apenas o contido em: a) I, II e III. b) I e III. c) II e IV. d) IV Em paciente atleta com dor mamária bilateral e exame físico normal, a conduta consiste em: I. Associação estroprogestogênica. II. Danazol. III. Análogos do GnRH. IV. Sustentação mecânica das mamas. Está correto apenas o contido em: a) I, II e III. b) I e III. c) II e IV d) IV. O abscesso subareolar recidivante está relacionado com: I. Staphylococcus aureus. II. Alcoolismo. III. Tabagismo IV. Fibroadenoma. Está correto apenas o contido em: a) I, II e III. b) I e III c) II e IV d) IV Paciente de 14 anos de idade chega à consulta com queixa de nódulo mamário palpável. Nega comorbidades ou antecedente familiar de câncer. Relata nunca ter tido relação, mas utiliza anticoncepcional oral para controle da dismenorreia. Ao exame, apresenta nódulo de 2cm em mama direita, elástico, móvel, não doloroso. O diagnóstico mais provável é: a) Necrose gordurosa. b) Fibroadenoma. c) Cisto mamário. d) Alteração fibrocística. e) Abscesso.
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