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2 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP JAQUELINE APARECIDA DE OLIVEIRA RA: 2085841 PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR - PIM VII Rio de Janeiro - RJ 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP JAQUELINE APARECIDA DE OLIVEIRA RA: 2085841 PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR - PIM VII COZINHA INTERNACIONAL II, HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Projeto Integrado Multidisciplinar III para obtenção de Título de Gestor na área de Gastronomia, apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Rodrigo Stolff Rio de Janeiro – RJ 2021 RESUMO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM VII), o aluno deverá pesquisar sobre dois pratos típicos da região escolhida, como proposto da disciplina cozinha internacional II, escolhendo assim um prato principal e uma sobremesa de países diferentes, justificando a escolha dos pratos e colocando em prática a execução deles. Serão abordadas também assuntos sobre a disciplinas “história da alimentação”, relatando sobre suas histórias e culturas, ingredientes e de sua evolução ao longo do tempo. Também será abordado assunto sobre a disciplina, “nutrição e segurança dos alimentos”, falando como são adotados os principais procedimentos para manter a segurança dos alimentos no momento do preparo, tendo como destaque todos os seus nutrientes presentes nos alimentos das receitas. Palavras-chave: Nutrição, Alimentação, Cozinha Internacional, Segurança SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...................................................................................................5 2. COZINHA INTERNACIONAL II..........................................................................6 2.1 Origem do quibe assado...................................................................................6 2.2 Fotos da preparação: quibe assado.................................................................6 2.3 Ficha técnica: Quibe assado ...........................................................................10 2.4 Aspectos nutricionais mais importantes dos ingredientes: Quibe assado.......11 2.5 Donuts..............................................................................................................11 2.6 Fotos do donuts................................................................................................12 2.7 Ficha técnica....................................................................................................15 2.8 Aspectos nutricionais mais importantes dos ingredientes: Donuts..................16 3.0 HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO......................................................................17 3.1 Evolução histórica da alimentação: Países Árabes.........................................17 3.2 Cultura alimentar: Países Árabes....................................................................19 3.3 Evolução histórica da alimentação: Noruega..................................................20 3.4 Cultura alimentar: Noruega.............................................................................22 4. NUTRIÇÃO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS.............................................24 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................26 6. REFERÊNCIAS.................................................................................................27 2. INTRODUÇÃO O Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM VII), assume o objetivo de formar profissionais com visão gerencial e que estejam aptos à realidade do mercado de trabalho, desenvolvendo a potencialidade e a expressão do aluno, bem como seu conhecimento técnico específico. O PIM VII tem como objetivo empregar as disciplinas cozinha internacional II, história da alimentação e a disciplina nutrição e segurança dos alimentos. Foi feito uma pesquisa sobre a história da alimentação dos países Árabes e da Noruega e a evolução da alimentação nesses países e sua cultura alimentar. Foram feitos para o prato dos países Árabes o quibe assado que é uma mistura de trigo de quibe e carne bovina moída e temperos, recheado com queijo. A sobremesa escolhida da Noruega foi o doce donuts que é um bolo pequeno com um furo no meio, no formato de rosca. Também foram mostrados os principais pratos e ingredientes das regiões dos países escolhidos, foram destacados os principais procedimento utilizados para a segurança alimentar durante a elaboração dos pratos e aspectos nutricionais importantes das receitas elaboradas. 2. COZINHA INTERNACIONAL II 2.1 Origem do quibe assado O quibe é “bolinho de carne” de origem árabe considerado prato nacional no Líbano, Síria e no Iraque, seu nome veio da palavra kubbeh que em árabe significa “bola”. Para render mais era misturada farinha e carne, dessa forma era possível alimentar mais pessoas de classe menos favorecidas daquela região. Antes o kibe era chamado de bolinho de carne, ele era temperado, misturado com trigo e aí sim consumido. Esse prato só chegou no Brasil graças as mãos dos imigrantes libaneses que vieram para cá e incorporaram essa receita tipicamente árabe em nosso país. Hoje ele é bem famoso e muito consumido no mundo todo. Com o tempo passando novas receitas foram criadas a partir do tradicional kibe feito na época apenas de carne e trigo, muitos já incorporaram o queijo, o catupiry, o presunto e outros ingredientes, foram feitas várias versões do quibe, assado, grelhado, cru e frito. (JUSTO, 2016, Online). 2.2 Fotos da preparação: quibe assado Figura 1: Mise em place do quibe assado Fonte: Autoria própria Figura 2: mistura dos ingredientes Fonte: Autoria própria Figura 3: Ingredientes misturados Fonte: Autoria própria Figura 4: Massa do quibe na assadeira Fonte: Autoria própria Figura 4: Quibe assado pronto para servir Fonte: Autoria própria 2.3 Ficha técnica: Quibe assado INGREDIENTES QUANTIDADE UNIDADE Trigo para quibe 250 G Acém moído 500 kg Dente de alho 6 U Cebola branca 1 U Tomate 1 U Pimentão verde 1/2 U Pimentão vermelho 1/2 U Pimentão amarelo 1/2 U Pimenta do reino 1/2 G Cream cheese 150 G Queijo muçarela 140 G Água Qb Qb Maço de Hortelã 1/2 U Maço de cheiro-verde 1/2 U sal Qb Qb Margarina para untar Qb Qb Tempero árabe 7 G MODO DE PREPARO: 1. Em uma vasilha coloque o trigo para quibe e cubra com água até 3 dedos acima do trigo. Deixe descansar para inchar o trigo, depois seque bem a água. 2. Depois do trigo bem seco e hidratado, adicione todos os demais ingredientes e amasse bem om as mãos até virar uma massa homogênea. Acerte o sal. 3. Depois do trigo bem seco e hidratado, adicione todos os demais ingredientes e amasse bem om as mãos até virar uma massa homogênea. Acerte o sal. 4. Unte uma forma quadrada com margarina, assente a metade da massa, depois adicione crean cheese e a muçarela e despeje o restante da massa. 5. Pré aqueça o forno a (180° C). 6. Faça riscos em forma de losango em cima da massa e leve ao forno para assar. 7. Retire do forno e sirva em seguida. 2.4 Aspectos nutricionais mais importantes dos ingredientes: Quibe assado Carne bovina (Acém) Proteína, gordura, sódio, ferro, fibra Cebola branca Proteína, gordura, carboidratos, vitamina A Tomate Proteína, gordura, carboidratos, cálcio, vitamina A Pimentão Proteína, carboidratos, vitamina C, A, B6 Queijo muçarela Proteína, gordura, carboidratos, sódio, cálcio Cream cheese Proteína, gordura, carboidratos, vitamina c, ferro Margarina Proteína, gordura, carboidratos, sódio, cálcio Hortelã Proteína, gordura,carboidratos, açúcar, ferro Trigo para quibe Proteína, gordura, carboidratos, fibra, sódio 2.5 Donuts Donuts é uma rosca frita, que pode ter vários tipos de cobertura, açucarada, coberta com chocolate e granulados coloridos. Em inglês a palavra donuts é “doughnut”, que significa rosca frita. Esse doce é muito comum e famoso nos estados Unidos, aparece muito nos episódios do seriado dos Simpsons. Uma teoria indica ter sido introduzido na América do Norte por colonizadores holandeses. Por outro lado, Hanson Gregory, de origem americana, reclamou para si a invenção do donut em 1847, a bordo de um navio de transporte de fruta, quando tinha apenas 16 anos de idade. Ele afirmou ter feito um buraco num doce parecido com um “sonho”, insatisfeito com os centros que teimavam em permanecer crus. O buraco teria sido feito com um frasco de pimenta. A invenção de Gregory fez enorme sucesso e virou uma paixão nos EUA e até rendeu uma placa de bronze na sua cidade natal, Rockport. (BERGAMIN, 2017, Online). Hanson Gregory fez um buraco num bolinho parecido com o sonho, com um frasco de pimenta, a bordo de um navio, reclamando então dessa forma ter inventado o donuts, a rosca com buraco, porque ele comia o bolinho de antes e sempre reclamava que ficava cru no meio da massa, por isso fez o buraco. Hanson Gregory também ensinou essa forma de fazer o bolinho para sua mãe, que começou a fazer e ganhou muita fama na sua comunidade e essa forma de fazer o donuts também se tornou popular nos Estados Unidos e no mundo todo. 2.6 Fotos dos donuts Figura 1: Mise em place dos ingredientes Fonte: Autoria própria Figura 2: Massa descansando Fonte: Autoria própria Figura 3: Boleando as massas Fonte: Autoria própria Figura 4: massa crescendo Fonte: Autoria própria Figura 5: Donuts pronto Fonte: Autoria própria Figura 6: Donuts pronto para servir Fonte: Autoria própria 2.7 Ficha técnica INGREDIENTES QUANTIDADE UNIDADE Farinha de trigo 650 g Ovos 2 u Margarina 100 g Açúcar 80 g Sal 9 g Fermento biológico seco 10 g Leite integral 250 ml Chocolate em barra meio amargo 90 g Granulado colorido `A gosto Anilina azul `A gosto Anilina rosa `A gosto Açúcar de confeiteiro 100 g Leite frio 10 ml MODO DE PREPARO Junte todos os ingredientes na batedeira, bata até ficar em ponto de véu. Transfira a massa para uma vasilha, cubra com um pano ou plástico e deixe descansar por 40 minutos. Com ajuda de um rolo abra a assa numa superfície lisa e enfarinhada. Deixe a massa com a espessura de 1 centímetro e meio. Corte a massa em círculos com uma ajuda de um cortador ou uma tampa. Com outro cortador menor, faça um corte no centro, formando uma rosquinha. Coloque as massas numa forma enfarinhada e deixe descansar por 20 minutos. Frite as rosquinhas no oléo, com fogo médio, até dourar. Depois de fritas mergulhe a parte de cima da rosca, no chocolate derretido. Despeje confete para decorar. Mergulhe alguns donuts numa mistura de açúcar de confeiteiro com leite e anilina azul e outra de rosa. Despeje confete para decorar. 2.8 Aspectos nutricionais mais importantes dos ingredientes: Donuts Farinha de trigo carboidrato, proteína, ferro, cálcio, gordura ovos Proteína, gordura, cálcio, carboidrato Margarina carboidrato, proteína, ferro, sódio, gordura Açúcar Carboidrato, potássio, vitamina, Sal Sódio, iodo, potássio Fermento biológico carboidrato, proteína, fibra, sódio, gordura Chocolate em barra meio amargo carboidrato, proteína, fibra, sódio, gordura Granulado carboidrato, proteína, fibra, sódio, gordura 3.0 HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO 3.1 Evolução histórica da alimentação: Países Árabes O berço da civilização e da culinária é o Oriente Médio. Alguns acham que que a origem da culinária Árabe, veio das civilizações que povoaram a área do Iraque, entre os rios Eufrates e Tigre (GANEM, 2017). Já eram relatados em documentos, numa época bem antiga narrativas que existiam variedades de alimentos e especiarias usados, também vários utensílios eram usados, a culinária tinha também muito requinte, na forma de cozinhar e servir. Eram cultivados nessa época vários tipos de legumes, frutas e cereais, através de um sistema de irrigação nos rios Eufrates e Tigre. Do leite do gado foram inventadas as coalhadas e outros produtos derivados do leite. A culinária Árabe é umas das mais antigas do mundo. Pratos à base de carne vermelha, como a de boi ou vaca, carneiro, cabra, cervos e gazelas, bem como peixes, pássaros, aves domésticas, na maioria das vezes grelhadas ou tostadas. O carneiro assado da Arábia Saudita é resultado claro dos hábitos dos beduínos nômades dedicados ao pastoreio. Estas carnes também podiam ser cozidas ou guisadas em caçarolas de barro ou em caldeiras de bronze, acompanhadas por ricos molhos condimentados com um sabor predominante de alho (GANEM, 2017, Online). A confraternização social e familiar era sempre na hora das refeições, isso faz parte da cultura Árabe, é a base da comunicação desse povo, com a comida boa e farta, o anfitrião servia um verdadeiro banquete e era homenageado (GANEM, 2017). São muito utilizadas na culinária árabe para dar sabor ou perfume aos alimentos. As mais utilizadas são semente de anis, Alcaravia, cravo-da-índia, cominho, gengibre, sumagre, noz-moscada, macis, semente de gergelim, alho, cebola, snoubar e pimenta-da-Jamaica. Entre as ervas são usados manjericão, coentro, endro, funcho, manjerona, hortelã, salsa, alecrim e salva, açafrão e cardamomo. E como aromatizantes o almíscar, âmbar, água de rosas e água de flor de laranjeira. É comum cada país possuir seu próprio mix de especiarias, encontrado já pronto no comércio. Os sírios fazem a bahar e a pimenta síria, que geralmente leva cravo, canela, noz-moscada, gengibre, pimenta-da-Jamaica e pimenta-do-reino preta e branca. Na Jordânia e no Líbano, existe a za’atar, mistura de folhas de za’atar, manjerona, tomilho, sementes de gergelim torradas e as bagas vermelhas e amargas do sumagre. Os iemenitas preferem a zhug, pasta de cardamomo, cominho, alho e malagueta moídos que faz arder os lábios (FREITAS, 2012). Algumas especiarias libanesas muito comuns, mas que no Brasil é bem restrito são: Água de rosas e água de flor de laranjeira, arak, cardamomo, almíscar, pimenta síria, essência de romã, sumagre, pinholes, tomilho seco e záhtar. Os primeiros muçulmanos, que viviam no deserto se alimentavam de comida simples, de carne, poucos vegetais e pouco peixe. Já os países da costa do mediterrâneo segundo (Freitas, 2012) a cozinha é mais rica e com grandes variedades, destacando o Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Líbano, Líbano, Jordânia e a palestina, predominam os cozidos e guisados. No séc. VI o arroz, já eram cultivados pelos bizantinos, isso na Espanha, mas foram os árabes que desenvolveram esse cultivo. Ziryab, escritor de Bagdá do século IX, deixou registrado como se comia na Espanha, sentados sobre almofadas ao redor da mesa baixa, servindo-se diretamente das bandejas, sem pratos individuais. Não usavam talheres, e tinham o pão como acompanhamento (FREITAS, 2012). Os peixes não tinham muita importância para o povo no deserto, por causa do calor, eles se deterioravam rápido, mas os grãos eram de suma importância, muitos dele são bem conhecidos na culinária Árabe, como o falafel e a pasta homus. O pão é muito consumido por todo povo Árabe, fazendo parte da base da alimentação, usa-se o pão como uma forma de substituir os talheres. Umas das iguarias mais conhecida na gastronomia desse povo é o cuscuz. OMolokheya é um prato muito nobre na culinária Árabe, “o prato dos deuses” tem origem no Egito, ele é servido em ocasiões de confraternização, ele é servido algumas vezes no verão, o prato é um refogado de frango e musculo, que contribui para uma boa digestão, servido nas vezes sozinho, por ser um prato que dispensa outros na mesa (FREITAS, 2012). Se voltarmos no tempo e percorrermos a História da culinária árabe, saberemos, por exemplo, por que os povos dessa região têm na carne a base de sua alimentação, enquanto outros alimentos são consumidos em menor proporção, como as frutas frescas e hortaliças, ou, como os peixes ou frutos do mar, muito raros em suas mesas. Encontraremos, também, o leite de cabra e de camelo, e o gosto pelas especiarias, como acontece na elaboração da kafta, um tipo de almôndega, aromatizada com elas. A introdução das especiarias na cozinha árabe é resultado direto do comércio que eles faziam no Mediterrâneo e lembram a intensa atividade comercial de uma época. (FREITAS, 2012, Online). Primeiramente ao retratar a história da cozinha árabe é importante mencionarmos o fato dela ser uma culinária com tradições culturais milenares e por ser formada por diversos país denominados Árabes. A história dessa cozinha é grandiosa e extensa e deve ser analisada de forma minuciosa e particularmente a cada país que se denomina como tal, o que nos permite conhecer respectivas tradições culinárias do Oriente Médio. Podemos ainda dizer que as práticas e descobertas gastronômicas dessas regiões é praticamente o berço inicial da culinária mundial como um todo. 3.2 Cultura alimentar: Países Árabes O povo Árabe tem com fama na culinária, a cozinha aromática, por conta do uso de muitas especiarias e com um visual alegre e muito colorido, liberando vários aromas e cheiros que alegram o paladar. O uso das ervas frescas e muito comum, como por exemplo: a salsa, hortelã, alecrim, açafrão etc. O uso de ervas na comida faz parte da sua cultura, que é milenar, em alguns países são usados até flores para aromatizar águas e nos pratos. A cultura árabe está entre as poucas que estabeleceram uma grande afinidade entre a sua culinária milenar e a estrutura familiar, sendo uma das mais ricas e autênticas do mundo. “O povo árabe tem a tradição de comer com vontade e satisfação, e, segundo o costume, não é de bom-tom recusar pedidos para que se repita os pratos, mesmo comendo mais do que se pretenda”, afirma a professora Maria Halfa Chequer Andrade, do Curso Cozinha Árabe, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas. (OLIVEIRA, 2000). Os árabes e seus descendentes tiveram a acolhida no Brasil facilitada pela existência de uma identidade cultural entre os dois povos provocada pela colonização portuguesa, pois Portugal trazia forte influência desses povos incorporada a seus hábitos (OLIVEIRA, 2000 Online). Na cultura culinária de Israel podemos citar o (Kasher), (ROCHA, 2020) é termo para dizer que os alimentos foram preparados de acordo com as tradições judaicas (originadas do Torah). Essas tradições são seguidas por vários restaurantes em Israel, existem até certificações para garantir a obediência das regras. Na cultura Kasher, não se pode comer carne de porco e não se mistura leite com carne, os todos produtos que são derivados lácteo, não podem ser de animais que foram abatidos de forma que lhes causaram dor, os mariscos são proibidos e peixes só om escamas e barbatanas. A culinária Árabe propaga influências gastronômicas mundialmente, compartilhando tradições presentes em diversos dos países do Oriente Médio. Além disso, em sua própria região, contam com uma troca constante de saberes culinários, alcançando, com isso, uma riquíssima tradição culinária em seus mais diversos pratos típicos, além da diversidade e potência da cozinha de alguns países tradicionais dessa grandiosa cultura. É marcante a presença de especiarias e condimentos em suas cozinhas, que constituem a tradicional e conhecida cozinha aromática arábica, até mesmo reconhecida por sua doçaria e em todos os produtos e pratos típicos árabe. Em comum, esta cultura possui valores como lealdade, honra, tradicionalismo, sentido de hospitalidade e conservadorismo, eles priorizam a amizade, o respeito, a paciência e a privacidade acima de tudo. Também é muito conhecida a tradição árabe para os negócios, nos quais é necessário ter paciência para pechinchar e negociar o valor das mercadorias. Outro aspecto importante desta cultura diz respeito às formas de comer, Árabes muçulmanos não se alimentam de carne de porco, comem somente com a mão direita e normalmente fazem suas refeições sentados no chão (BEZERRA, 2021, Online). 3.3 Evolução histórica da alimentação: Noruega A cozinha escandinava, ou cozinha do Vikings é diversa de longe e com muita personalidade, quase não ouve processo imigratório relevantes. Os Vikings são um povo famoso que obtiveram muitas conquistas pelo mundo, tinha um comércio intenso, por isso a sua alimentação era bem diversificada, baseada em porcos, carneiros, pão e derivados do leite e muitos frutos do mar (RIBEIRO, 2021). A presença dos vinhos da Noruega veio da França e da Alemanha e os temperos de comerciantes da China e da Pérsia. A primeira refeição dos Noruegueses, não é tão pesada assim, eles comem, basicamente, pão de centeio, manteiga, geleia e brunost um queijo marrom feito de soro de leite com sabor caramelo e cortado ou fatiado e o havregrøt que é um mingau de aveia espesso com frutas vermelhas ou canela, salmões defumados também são bem comuns de se consumir no café da manhã (RIBEIRO, 2021). Na era viking como a água não era tão pura e poderiam contrair doenças, eles substituíam a água pela cerveja, que era feita de ervas, cereais e raízes e com teor alcoólico baixo, para poderem se hidratar sem adoecer, sempre consumida nas horas das refeições. A cerveja era consumida por todos, desde os novos e velhos, ricos e pobres, a cerveja saciava a sede dos lavradores dos campos e de quem estavam em embarcações. A sidra que é feita de maças e pera, porque elas arem boas em fermentar e não era tão consumida para comer (CAMPOS, 2020). Um outro item que também merece destaque no que diz respeito à alimentação é o uso da canela. Essa especiaria não era consumida pelos nórdicos antigos! A canela passou a fazer parte da dieta escandinava somente a partir do século XVI quando o comércio de especiarias do Oriente já estava definitivamente consolidado em toda a Europa. E, foi entre os séculos XVII e XVIII que surgiu uma receita que até hoje é presença obrigatória tanto no café da manhã como nos lanches da tarde: o kanelsnegl (em dinamarquês, kanelbulle em sueco, em norueguês skillingsboller, korvapuusti e em finlandês). Trata-se de um pãozinho não muito doce que leva farinha, açúcar, manteiga e, claro muita canela em sua preparação e é muito apreciado por pessoas de todas as idades e é delicioso! Uma dica: os melhores kanelsnegl da Dinamarca são feitos em uma confeitaria que funciona no mesmo local desde o final do século XIX em Lejre e, os segundos melhores são feitos em Ribe, em uma padaria que funciona desde o século XVIII. A receita do kanelsnegl tem forte influência da culinária alemã e adentrou os receituários escandinavos entre os séculos XVII e XVIII, portanto é uma receita da Idade Moderna. Recentemente alguns reconstrucionistas dinamarqueses divulgaram um vídeo com a receita do kanelsnegl como sendo uma comida da Era Viking. Alguns especialistas fizeram uma correção imediata, solicitando a retirada do material online bem como uma retração que foi imediatamente feita desfazendo assim possíveis equívocos (CAMPOS, 2020, Online). Na mitologia germânica, o hidromel era chamado a bebida dos Deuses e heróis, é uma bebida fermentada e é a base de mel e água, uma bebida muito antiga e muito apreciada pelos Vikings na época e muito consumida até hoje na Noruega. Na gastronomia norueguesa podemos citar alguns pratos muito apreciados por esse povo como: salada norueguesa, donuts, assado de porco à canadense, bavarousede frutos diversos, presunto gratinado como molho de uvas, sopa de castanha rica e vinagrete de mostarda. Na Noruega existem vários tipos de bagas, que são geleias que são consumidas diariamente. O salmão norueguês também é muito consumido, as águas geladas do litoral norueguês, oferecem ótima contribuição para a pesca de um salmão de ótima qualidade, pois é um peixe que se dá bem com essas águas geladas. O salmão defumado é muito servido com endro e ovos mexidos, servido também em sanduiches. Salmão curado, e u famoso prato de peixe empanado chamado de rakfisk. Uma revisão de um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) provou que tanto a dieta mediterrânea quanto a nórdica ajudam a reduzir o risco de doenças não transmissíveis, como câncer, diabetes. Essa dieta consiste em consumir bastante hortaliças, cereais, frutas vermelhas, produtos lácteos com teor de gordura baixo, frutas, óleo de canola no lugar do azeite e bastantes peixes ricos em ômega 3, como exemplo: salmão e arenque e a cavala. 3.4 Cultura alimentar: Noruega A Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia, fazem parte do território do Norte da Europa, dando-se o nome de Escandinava. A alimentação é baseada em frutos do mar e pescados, por esses países serem banhados pelo mar. Também pode se encontrar na culinária escandinava várias carnes como: carne suína. Cordeiro e bovina, cogumelos, vegetais e hortaliças. Para Freixa e Chaves (2009), devido as explorações e navegações do povo escandinavo, podemos dizer que a sua culinária é bem extensa de ótima qualidade e multicultural. No ambiente cultural Viking há pouca evidência num entendimento comum de como os alimentos eram preparados e servidos. Os próprios vikings escreveram muito pouco, e a lenda foi compilada cerca de 200 a 300 anos depois dos eventos que eles retrataram, isso significa que o que temos em nossos registros escritos são aqueles considerados dignos de comentário. Portanto, não é surpreendente que não haja mais evidências escritas da culinária Viking, antes da era moderna, a maior parte das informações escritas sobre comida e culinária que temos vêm das seguintes culturas: a) alfabetizados, b) podem apoiar chefs profissionais, que escrevem receitas uns para os outros, em vez de para as pessoas comuns (MELLO, 2019). O que temos, no entanto, é o registro arqueológico. O registro arqueológico relacionado à comida e culinária pode ser dividido em dois grupos: evidências biológicas, como sementes, ossos, pólen e outros materiais vegetais e animais, e cultura física relacionada à comida e culinária, como panelas, frigideiras, lareiras e copos. O primeiro nos diz o que eles comeram, o segundo como foi preparado. A fim de construir uma reconstrução teórica a partir dessa evidência física, precisamos vê-la através das lentes da pouca literatura contemporânea que temos, bem como o que podemos supor a partir da moderna cultura alimentar escandinava (MELLO, 2019, Online). 4. NUTRIÇÃO E SEGURANÇA DOS ALIMENTOS Nas últimas décadas, as pesquisas sobre a relação entre alimentação, nutrição e saúde têm se fortalecido continuamente. Além de reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares, agora há evidências de que a dieta melhora a função mental e física, retarda o processo de envelhecimento e fortalece o sistema imunológico. É importante notar também que em áreas extremamente pobres, persistem doenças relacionadas a deficiências nutricionais e falta de acesso aos alimentos. A segurança alimentar está sempre relacionada ao hábito de focar em garantir que qualquer produto não represente nenhum risco à saúde das pessoas que o consomem. Esse tipo de segurança é muito importante e precisa até ser usado em cozinhas domésticas, restaurantes e indústrias de produção de alimentos em grandes quantidades. Na segurança alimentar existem um conjunto de normas a serem seguidas, desde a fabricação, nos transportes e na armazenagem e conservação. O objetivo da segurança alimentar é garantir uma alimentação saudável e segura para todos, mas não podemos negar a relevância e padronização da atenção na implementação de todos os conteúdos propostos no “Manual de Boas Práticas” e no documento “Procedimentos Operacionais”, nestes dois os registros são formas precisas e padronizadas de alimentos que precisam ser consumidos de maneira correta e segura. O conceito vem das preocupações que surgiram durante as duas guerras mundiais na primeira metade do século passado. Como a Europa não pode produzir alimentos saudáveis, e especialmente porque os materiais usados para fazer armas poluem os recursos naturais, esses incidentes levaram a uma escassez generalizada (JACTO, 2020). A segurança alimentar também depende de políticas públicas que garantam o acesso do alimento às pessoas. Assim, não bastaria aumentar a produção e cuidar de problemas que reduzam o desperdício. Aspectos como acesso de produtores a máquinas agrícolas de boa qualidade e ações que assegurem à população o acesso aos alimentos também deve ser abraçado pelas políticas públicas. Já existem muitos programas que têm como objetivo melhorar essas questões, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) — o governo compra alimentos de agricultores familiares para formar estoques e distribuir a populações carentes. Também há iniciativas públicas e privadas — como o consórcio de máquinas agrícolas —, que facilitam o investimento para pequenas e médias propriedades (JACTO, 2020, Online). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante a execução do Projeto Integrado Multidisciplinar VII, pude concluir que a arte de cozinhar, foi evoluindo ao longo da história, ela se desenvolveu muito, usando novas técnicas, valorizando a elaboração do alimento no seu preparo e na sua forma de apresentar e servir. As duas recitas que eu escolhi, são de países diferentes, tanto no modo de cozinhar quanto a seus temperos, técnicas e aromas, mas esses pratos estão bem presentes na cultura do meu país, pode-se se dizer na cultura mundial, porque são dois pratos muito apreciados por pessoas no mundo todo. O quibe frito eu já havia provado e feito várias vezes, mas o quibe assado eu só tinha preparado uma vez só antes desse projeto. Eu posso concluir que através de várias pesquisas, que o quibe assado é feito usando vários temperos, em alguns lugares são preparados com poucos temperos e sem recheio, mas eu optei em fazer ele usando bastantes temperos e recheado de queijo. Na minha escolha para a sobremesa, eu escolhi o donuts, um pequeno bolo em forma de rosca, com cobertura de açúcar ou chocolate. Eu já tinha provado esse doce, mas poucas vezes, porque esse doce não é tão comum e de costume em nosso país, não faz parte de nossa cultura alimentar. O donuts faz parte da cultura alimentar da Noruega, mas também ficou bastante popular nos Estados Unidos da América, pois é um doce que ficou famoso quando aparecia no seriado americano dos Simpsons. Nesse projeto em pode falar da importância das medidas de segurança e medidas de higiene na qual devemos tomar antes e durante a execução de uma receita, são medidas que serve para proteção de nossa saúde. Também foi mostrado uma tabela nutricional dos alimentos que foram utilizados para execução dos pratos. As duas receitas são foram difíceis de executar, ficaram bem saborosas e foram aprovadas pela família e amigos. Antes das preparações dos pratos, quibe assado e o donuts, foram tomadas todas as medidas de segurança, no momento da entrada dos alimentos em casa, todos foram higienizados com álcool e lavados, foram verificadas as embalagens, se estavam em bom estado e a data de validade dos alimentos. Os materiais de utensílios utilizados para a preparação e o ambiente no qual foi manipulado a receita, foram devidamente higienizados, bem limpos antes e após o preparo. 6. REFERÊNCIAS BERGAMIN, Kassio. Donuts. Disponível em: https://ideiadelas.com.br/2163-2/. Acesso em: 19 out. 2017 BEZERRA, Juliana. Cultura Árabe: conheça suas origense tradições Disponível em: https://www.todamateria.com.br/cultura-arabe/. Acesso em: 30 set. 2021 CAMPOS, Luciana. Afinal, como os vikings se alimentavam? Disponível em: https://www.livrosvikings.com.br/post/afinal-como-os-vikings-se-alimentavam. Acesso em: 29 jan. 2020. CAVALCANTI, Pedro. Receita de donuts caseiro. Disponível em: https://comidinhasdochef.com/donuts-caseiro/. Acesso em: 25 jul. 2019. FREITAS, Cris. Histórico da cozinha árabe, Aspectos característicos, tradições e costumes. Disponível em: https://www.arabeegipcio.com/2012/10/culinaria-arabe-historia.html. Acesso em: 30 set. 2021 GANEM, Pedro. A história da culinária Árabe Disponível em: https://www.asmaravilhasdomundoarabe.com.br/a-historia-da-culinaria-arabe/. Acesso em: 30 abr. 2017 GUARESEMIN, Cármen. Você sabe a origem do quibe. Disponível em: https://ederepente50.com/2016/08/15/voce-sabe-qual-a-origem-do-quibe/. Acesso em: 15 ago. 2016 JUSTO, Fabiana. Kibe saiba mais sobre essa delícia do oriente. Disponível em: https://jeonline.com.br/coluna/1740/kibe. Acesso em: 23 set. 2016 MELLO, Rafael. Quais eram as comidas dos Vikings? – a reconstrução histórica da alimentação viking. Disponível em: https://yggdrasil.home.blog/2019/02/11/alimentacaoviking/. Acesso em: 11 fev. 2019 OLIVEIRA, Andréa. Cozinha árabe - uma das mais fartas e ricas do mundo. Disponível em: https://www.cpt.com.br/cursos-gastronomia/artigos/cozinha-arabe-uma-das-mais-fartas-e-ricas-do-mundo. Acesso em: 30 set. 2021 RIBEIRO, Carlos. Escandinávia – a comida dos Vikings. Disponível em: https://www.olharturistico.com.br/gastronomia-escandinava/. Acesso em: 02 out. 2021 ROCHA, Aline. Turismo gastronômico: as comidas típicas de Israel. Disponível em: https://sempressadevoltar.com/2020/08/comidas-tipicas-de-israel/ Acesso em: 24 ago. 2020 JACTO. Como garantir a segurança alimentar desde a plantação? Disponível em: https://blog.jacto.com.br/como-garantir-a-seguranca-alimentar-desde-a-plantacao/. Acesso em: 20 jan. 2020
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