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Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico - (PEATE ou BERA)

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Processe de Trabalho em Fonoaudiologia I – PTF I - Profa. Dra. Lauralice Marques 
@caemoss 
Introdução 
• Conceito – capta as respostas elétricas a 
partir de estímulos acústicos. Todo estímulo 
libera energia, e é captada por esses 
eletrodos que ficam no rosto. 
• Aplicabilidade Clínica – utilizada na Triagem 
Auditiva Neonatal e complementação do 
diagnóstico audiológico. Não é um exame 
exclusivo, apesar de ser ouro para a TAN, não 
é para diagnóstico, deve estar associado a 
EOA e audiometria, avaliação 
comportamental, Imitanciometria, a bateria 
completa de exames. 
Pontos Geradores 
Quando se recebe estímulos acústicos gera-
se e libara-se energia. Existem alguns pontos 
geradores de energia que pode captar essas 
respostas, essas respostas chegam como ondas e 
cada onda é um ponto gerador. 
Coloca os eletrodos, provoca um estímulo 
acústico que libera energia, que pode ser captada 
pelos eletrodos, e a energia captada está nos pontos 
geradores. Cada onda é um ponto de captação. 
(gerador). 
 
 
• Onda I: Porção distal do nervo auditivo 
• Onda II: Porção proximal do nervo auditivo 
• Onda III: Núcleo coclear – a partir daqui já 
pode dizer que é perda auditiva central, antes 
disso é parte periférica. 
• Onda IV: Complexo olivar superior 
• Onda V: Lemnisco lateral 
• Onda VI e VII: Colículo inferior – 
clinicamente não se avalia no PEATE essas 
duas últimas no PEATE, só se avalia até a 
onda 5. 
Quando uma onda deixa de aparecer ou ela 
atrasar para aparecer já se consegue identificar na via 
auditiva onde está localizada a perda auditiva. 
Considerações 
• Ambiente – não precisa ser acusticamente 
tratado, não é como a audiometria. Apesar 
disso, o ambiente precisa ser silencioso, pois 
se houver muito barulho pode atrapalhar o 
exame. A rede elétrica também prejudica 
muito o exame, na UNCISAL, que é uma rede 
elétrica muito antiga. 
• Equipamento 
o Fone - onde emite os estímulos 
acústicos; 
o Eletrodos – que coloca no rosto do 
paciente, captam a liberação de 
energia; 
o Computador – onde é possível 
visualizar as ondas; 
• Estímulo – o PEATE se faz com estímulo tipo 
clique (como o EOA), e também outros tipos. 
• Frequências – varia de 2 a 4 KHz 
• Eletrodos – colocados na fronte (testa, 
normalmente), na mastoide. O terra fica pelo 
menos um polegar de distância do fronte. 
• Condições do paciente – o paciente não 
precisa estar dormindo (só se for crianças, ou 
bebê), mas precisa estar relaxando. Algumas 
vezes é possível fazer o exame com sedação, 
mas deve haver prescrição médica ou 
acompanhamento do médico durante a 
sedação. Nunca, em hipótese alguma o 
Fonoaudiólogo pode prescrever algum 
remédio para sedação do paciente, isso foge 
do nosso campo de trabalho. 
Preparação para o exame 
• Higieniza o rosto do paciente, alguns passam 
álcool (como a professora), outros não, é 
preciso fazer uma boa limpeza, não pode ser 
algo leve, pois é necessária tirar a sujeira e 
oleosidade. 
• Pasta abrasiva que também faz parte da 
higienização, é um esfoliante. 
• Os eletrodos vêm com o gel condutor e 
colocamos os eletrodos nos pontos limpos. 
• Liga o aparelho e verifica a impedância da 
transmissão da energia, se a impedância tiver 
muito alta retira o eletrodo e limpa 
novamente. O aparelho mostra a impedância 
de cada eletrodo, por isso se pode limpar 
especificamente. 
• Coloca o fone e essa parte que ficou aí pra 
fora (a conduta clínica da professora prefere 
que fique rente ao meato/conduto, como na 
imagem), do bebê então provavelmente não 
conseguiu e não podia. 
• Fonoaudiólogo não pode prescrever remédio 
para os bebês dormirem ou se acalmarem, 
essa é uma conduta médica e foge do que a 
Fonoaudiologia preconiza. 
 
 
 
 
Parâmetros 
 
• Estímulo – tipo clique 
• Polaridade (parte de cima e de baixo da onda) 
– se testa duas vezes com a polaridade 
rarefeita e se confirma uma vez com a 
condensada, ou seja, faz o teste três vezes, 
por isso que é mais demorado. 
o Rarefeito – as duas vezes feitas na 
polaridade rarefeita é pra ver se a 
onda se reproduz, se ela não se 
reproduz, pode ser que não seja uma 
onda, e sim um artefato. 
o Condensada – pra ver se não há uma 
inversão da onda, quando há uma 
inversão é uma alteração 
retrococlear. 
• Intensidade – 100 dB 
• Filtro – um passa baixo e um passa alto, pra 
excluir as frequências mais baixas e as 
frequências mais altas. 
• Velocidade de apresentação – quanto mais 
veloz, mais rápido o exame, porém a qualidade 
da onda é pior. O idoso já tem uma perda 
natural da morfologia na onda, então não se 
recomenda fazer um exame tão veloz. 
• Janela de análise – costuma usar a de 20 ms, 
e também usa-se o mascaramento. 
• Total de estímulos 
• Mascaramento 
 
Análise dos Potenciais – Integridade da Via Auditiva 
O PEATE tem dois objetivos: 
1. Avaliar a integridade da via auditiva; 
2. Avaliar o limiar eletrofisiológico (só que não o 
tipo clique, ele não seria o mais recomendado); 
Critérios para análise 
 
O caminho do estímulo auditivo (via auditiva) deve ser 
avaliado para que saiba se o que a cóclea ouve chega 
no córtex auditivo. 
• Presença da ondas I. III e V – para análise 
vamos avaliar essas ondas, e a primeira coisa 
é verificar se elas apareceram. Nem sempre a 
onda II e IV vão aparecer “bonitas”, mas a I, III 
e V precisam. Se uma ou mais dessas três 
ondas não aparecer existe aí uma alteração 
retrococlear, esse é o primeiro critério que 
deve ser olhado. 
• Replicabilidade – precisa verificar se elas são 
semelhantes, replicando, elas não precisam 
ser idênticas, mas deve haver uma 
semelhança, principalmente nos pontos 
geradores; 
• Latência absoluta de ondas I, III e V 
o Observação – latência é o tempo que 
a onda leva para aparecer, ou seja, 
desde o estímulo até o aparecimento 
da onda, isso é latência. Ela tem que 
aparecer numa latência específica, se 
ela demorar muito pra aparecer é 
porque existe alguma alteração; 
• Latência interpico (entre uma onda e outra 
onda): I-V, I-III e III-V 
• Amplitude da onda V em relação da onda I – é 
necessário que seja feita essa comparação, a 
onda V precisa ser maior que a onda I, se ela 
for menor, isso é sinal de uma alteração 
retrococlear. Até porque quando vamos 
diminuindo a intensidade para pesquisar o 
limiar a ordem é onda I, III e por último a onda 
V; 
• Diferença interaural - da onda V da latência 
interpico I-V ou da latência V – a latência da 
onda V da OD tem que ser igual a latência da 
onda V da OE, pois as informações precisam 
chegar ao mesmo nos dois hemisférios, tem 
que chegar simultaneamente em ambos os 
córtexs auditivo. Primeiro, olha as latências 
de ambas as orelhas direita e esquerda, e essa 
latência deve ser igual, admitindo diferença de 
até 0,3 ms (milissegundo). Se passou disso 
tem uma diferença interaural, que 
compromete a compreensão do paciente. 
Pode também comparar o intervalo entre a 
onda I – V das duas orelhas. 
Integridade da Via Auditiva 
Parte I: 
 
Isso é uma representação do que acontece na 
via auditiva. Tem aí três destinos, e demora o tempo 
entre cada casa, onde cada casa representa uma onda. 
A latência é a distância entre cada casa. 
• Latência absoluta – casa I: 2 hrs, casa III: 
2 hrs, casa V: 2 hrs. 
• Latência interpico – casa I à III: 2 hrs, casa 
III à V: 2 hrs, casa I à V: 4 hrs. 
 
Parte II: 
 
Tem um obstáculo da origem do estímulo até a onda I. 
Que é a porção distal do nervo auditivo (onda I). 
• Atrasou pra chegar na casa I. Pra chegar na 
casa III e pra chegar na casa V chegou 
atrasado. Isso significa que as latências 
absolutas aumentaram: 
o LA – onda I: 3h 
o LA – onda III: 5h 
o LA – onda V: 7h 
• O trajeto entre as casas (ondas) permanece o 
mesmo, isso representa as latências interpico. 
Resultado: latências absolutas I, III e V aumentadas e 
latências interpicos I-III, III-V, I-V normais. 
Isso é uma característica de uma perda auditiva 
condutiva, um problemana orelha média. Então antes 
da via tem o problema, mas na via auditiva tá tudo 
normal. 
Parte III: 
 
LA: 
• Onda I - normal 
• Onda III - aumentada 
• Onda V – aumentada 
LI: 
• I – III: alterado 
• III – V: normal 
• I – V: alterado 
Alteração de tronco baixo. 
Resultado: presença das ondas I, III e V com latências 
absolutas: I – normal, III e V – alteradas. E latências 
interpicos I-III alteradas, III-V normal, I-V alterada. 
Sugestivo de alteração retrococlear. 
Parte IV: 
 
LA: 
• Onda I – normal 
• Onda III – normal 
• Onda V – alterada 
LI: 
• I-III: normal 
• III-V: alterado 
• I-V: alterado 
Resultado: presença de ondas I, III e V, com latências 
absolutas I – normal, III – normal e V – alterado. E 
latências interpicos I-III normal, III-V – alterado, I-V 
alterado. 
Latências 
 
Análise das respostas 
• Condutiva 
o Latência absolutas - aumentadas 
o Latência interpico I-V: normal 
o Limiar eletrofisiológico 
moderadamente elevado 
• Coclear 
o Latência absolutas - normais 
o Latências interpicos - normais 
o Limiar eletrofisiológico elevado, 
concordando com o psicoacústico 
• Retrococlear 
o Latência interpico I-V aumentado 
o I-III: Tronco encefálico baixo 
o III-V: Tronco encefálico alto 
o I-V: Comprometimento difuso 
o Presença apenas da onda I 
o Ausência de todas as ondas 
o Ausência de replicabilidade 
o Diferença interaural aumentada 
o Amplitude da onda I maior que da onda 
V 
Limiar Eletrofisiológico 
 
 
 
Casos Clínicos 
Caso I 
MBC, sexo feminino, 46 anos, queixa-se de tontura 
e náuseas há aproximadamente 13 meses. Refere 
hipoacusia e zumbido na orelha esquerda. Na 
otoscopia, não foi observada nenhuma alteração 
otológica. A audiometria evidenciou perda auditiva 
sensorioneural de grau moderado com configuração 
audiométrica descendente acentuada na OE e audição 
normal na OD. O IPRF da OE foi de 72% e da OD 
96%. O exame otoneurológico demonstrou 
hiporreflexia à esquerda, evidenciando uma disfunção 
vestibular deficitária. No potencial evocado auditivo 
de tronco encefálico (PEATE) verificou-se o 
seguinte resultado: 
 
 
Perguntas: 
• Com base na história clínica, descreva um 
parecer audiológico para o PEATE? 
• O limiar eletrofisiológico estaria 
possivelmente normal ou alterado neste caso? 
• Qual a hipótese diagnóstica? 
Caso II: 
FHS, sexo masculino, 58 anos, submetido à 
quimioterapia e radioterapia para tratamento de 
neoplasia de cabeça e pescoço. Queixa-se de 
hipoacusia e zumbido bilateral. 
Perguntas: 
• Qual a Hipótese Diagnóstica? 
• As latências absolutas das ondas I, III e V 
estariam normais? 
• As latências interpicos I-III, III-V e I-V 
estariam normais? 
• A diferença interaural seria maior que 0,3 ms? 
• O limiar eletrofisiológico estaria normal? 
Caso III: 
RSJ, sexo masculino, 6 meses, nascido pré-termo 
com 2.357 kg, Apgar 8/9, fez uso de fototerapia 
devido icterícia neonatal. RN passou na triagem 
auditiva com EOA, porém foi solicitado PEATE e 
monitoramento auditivo de 6 em 6 meses, para 
acompanhamento do desenvolvimento auditivo. 
Perguntas 
• Qual a Hipótese Diagnóstica? 
• As latências absolutas das ondas I, III e V 
estariam normais? 
• As latências interpicos I-III, III-V e I-V 
estariam normais? 
• Qual seria o parecer audiológico? 
• É necessário pesquisar o limiar 
eletrofisiológico? 
Caso IV: 
LCR, 4 anos, sexo feminino, queixa-se de otalgia e 
hipoacusia na OD. Audiometria com resultado 
inconclusivo e timpanometria alterada na OD. 
Perguntas: 
• Qual a Hipótese Diagnóstica? 
• As latências absolutas das ondas I, III e V 
estariam normais? 
• As latências interpicos I-III, III-V e I-V 
estariam normais? 
• Qual seria o parecer audiológico? 
• É necessário pesquisar o limiar 
eletrofisiológico? Como?

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