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BIOQUÍMICA ENFERMAGEM 2022 docx[26]-1

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CONTEÚDOS DE BIOQUÍMICA– Curso de ENFERMAGEM – UFPEL - Prof. Breno D’Oliveira 
 ATUALIZADO em Fevereiro de 2022 
 
 CARBOIDRATOS 
PARTE I 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Juntamente com lipídios e proteínas, os carboidratos tem papel fundamental 
na vida dos animais e das plantas: São fonte de energia para os seus processos 
metabólicos. Possuem carbono, hidrogênio, oxigênio, às vezes fósforo e nitrogênio. 
São solúveis em água e com sabor doce. Também são chamados hidratos de carbono, 
glicídeos ou açúcares. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO 
Compreendem dois grupos básicos: As oses (monossacarídeos) e os osídeos 
(oligossacarídeos e polissacarídeos). 
 
 
3. OSES ou MONOSSACARÍDEOS 
As OSES são glicídeos não hidrolisáveis, cristalizáveis, facilmente dialisáveis, 
possuindo carbono, hidrogênio e oxigênio na proporção de 1:2:1. A cadeia apresenta 
de 3 a 7 carbonos com um grupo aldeídico - CHO (no carbono 1), ou cetônico =CO (no 
carbono 2), caracterizando-as como, aldoses e cetoses. 
São classificadas em trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses conforme o 
número de carbonos da cadeia. São conhecidas em número de 24: 16 aldoses e 8 
cetoses 
 
 
 
 
 
 
As trioses são as oses mais simples. São elas o gliceraldeído (aldeído glicérico), 
uma aldose e a dihidroxi cetona, uma cetose. 
 
As tetroses não tem importância significativa no metabolismo. São elas a 
eritrose, a treose (aldoses) e a eritrulose (cetose). 
 
As pentoses de maior importância são a ribose e a desoxirribose, integrantes de 
compostos chamados nucleotídeos, a serem vistos adiante. A ribose também está 
presente na estrutura de certas coenzimas importantes no metabolismo e, 
especialmente, no ATP. 
 
 As hexoses, chamadas oses fisiológicas, são as mais encontradas nos alimentos e 
mais diretamente relacionadas com o metabolismo. As principais são glicose 
galactose, manose e frutose. 
 
A glicose, glucose ou dextrose, é um tipo de carboidrato utilizado como fonte 
de energia pelos seres vivos, sendo um dos principais nutrientes da célula 
A frutose é naturalmente presente nas frutas e no mel, mas também vem 
sendo adicionada artificialmente pela indústria em alimentos como biscoitos, sucos em 
pó, massas prontas, molhos, refrigerantes e doces; 
A manose é encontrado naturalmente em algumas árvores, frutos, como 
amora; 
A galactose está presente no leite, como parte da lactose, e em algumas frutas 
e verduras. 
As heptoses, com sete carbonos, não tem valor nutricional. A 
sedoeptulose (ou sedoheptulose), é encontrada, provavelmente, em todas as plantas 
e também como intermediária na via das pentoses. 
A manoheptulose está presente no abacate. 
 
 
 
4. ISOMERIA ÓTICA 
 Apresentando carbonos assimétricos, as oses possuem dois isômeros óticos 
(especulares ou enantiomorfos): D e L. 
 Para identificar-se a que isômero pertence a estrutura de uma determinada 
OSE, compara-se a configuração estereoquímica do carbono quiral mais distante do 
grupo funcional (penúltimo carbono) com a configuração do carbono quiral dos 
gliceraldeídos D e L . 
 
 
 
 
5. ISOMERIA DO CARBONO ANÔMERO 
Algumas oses em solução, podem adquirir formas cíclicas, o que eleva a sua 
solubilidade. 
 O carbono 1 das aldoses ou 2 das cetoses é designado carbono anomérico e 
se constitui em um centro de assimetria com duas configurações possíveis: α e β. 
 
A reação entre o grupo aldeídico (carbono 1) e o grupo hidroxila do carbono 5 
forma uma ligação hemiacetal, resultando em dois estereoisômeros (α e β anômeros) 
que diferem somente na posição da hidroxila do carbono hemiacetal. A seguir 
ciclização da glicose e da frutose. A interconversão entre α e β é denominada de 
mutarrotação. 
 
 
 
 
 
Os monossacarídeos cíclicos com 6 elementos no anel são análogos a um 
composto heterocíclico pirano, levando por isso a denominação de piranoses. São eles 
as aldo-hexoses; os que possuem 5 elementos no anel se assemelham ao furano, 
sendo, então, denominados de furanoses. Ocorre com as aldo-pentoses e as 
cetohexoses. 
 
 
6. DERIVADOS DE OSES 
Por substituição de OH por NH2 obtém-se amino oses. 
 
 
A glicosamina está envolvida na formação da cartilagem articular atuando 
como precursor de unidades de dissacarídeos formadores dos glicosaminoglicanos 
(acetil glicosamina). Como consequência, retarda a progressão da osteoartrite. 
 
Por substituição de OH por H obtém-se desoxi oses. Dois importantes 
desoxiaçúcares são encontrados nas células: a 2-desoxi D-ribose e a D- fucose. 
 
 
 
A desoxirribose é componente dos nucleotídeos do DNA. 
A fucose é encontrada nas glicoproteínas que determinam os antígenos do sistema 
ABO de grupos sanguíneos na superfície dos eritrócitos. 
 
 Por redução no grupo funcional obtém-se álcoois. Na glicose, é um poliálcool, 
também chamado sorbitol (glucitol). É encontrado naturalmente em diversas frutas, 
como a maçã e ameixa. Ao lado do manitol, derivado da manose, pode ser usado 
como laxante, diurético e em solução irrigante para determinados procedimentos 
médicos. 
 
 
O xilitol é um adoçante natural encontrado nas fibras de muitos vegetais, 
como no milho, é obtido por redução da xilose. A sua principal vantagem é para 
diabéticos e em dietas de redução de peso. 
Por oxidação das aldoses, se produzem ácidos. São importantes, entre outros, 
o ácido D-glicurônico e seu isômero L-glicurônico (idurônico) derivados da glicose. 
 
Por esterificação com o ácido fosfórico as oses originam ésteres intermediários 
importantes em diversas rotas metabólicas intermediários importantes em diversas 
rotas metabólicas. Exemplos: D-Glicose 6-fosfato, D-Frutose 6 
fosfato e D-Frutose 1,6 difosfato. 
 
PARTE II - OSÍDEOS 
Os OSÍDEOS, segundo grupo dos carboidratos, são formados pela polimerização 
de oses ou derivados de oses. São chamados oligossacarídeos quando liberam por 
hidróilise até 10 unidades e polissacarídeos, mais de 10 unidades monoméricas. 
7. OLIGOSSACARÍDEOS 
Os dissacarídeos são o grupo mais importante. Sua fórmula molecular é 
C12H22O11. Por hidrólise liberam duas oses. 
7.1- MALTOSE- A maltose é produzida em cereais em germinação, tais como a 
cevada, num processo relevante na fermentação alcoólica de bebidas. No duodeno é 
hidrolisada pela enzima maltase, liberando duas unidades de alfa-D-glicose pelo 
rompimento da ligação glicosídica 1.4. É obtida por hidrólise parcial do amido. 
 
A cevada é uma das principais fontes de alimento para pessoas e animais, 
sendo um cereal rico em carboidratos, fibras, vitaminas do complexo B e minerais 
como selênio e magnésio. 
 7.2- LACTOSE: Açúcar dissacarídeo presente no leite e seus derivados. É composto 
por dois monossacarídeos: a glicose e a galactose. No leite humano representa cerca 
de 7,2% e no leite de vaca cerca de 4,7%. 
Seu sabor é levemente doce. Lactobacilos a transformam numa função mista de 
ácido carboxílico e álcool, que formam o ácido lático. Libera, por hidrólise da ligação 
glicosídica beta 1-4, através da enzima lactase uma molécula de beta-D-galactose e 
uma de alfa-D-glicose. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Monossacar%C3%ADdeo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Galactose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bovino
 
 
 7.4- SACAROSE: dissacarídeo formado pela união de uma molécula de glicose e 
uma de frutose. Encontra-se em abundância na cana-de-açúcar, frutas e na beterraba. 
 
 
 
8. POLISSACARÍDEOS 
 Os polissacarídeos possuem massa molecular elevada porque sua unidade se 
polimeriza “n” vezes liberando,por hidrólise total, grande quantidade de moléculas 
mais simples (monossacarídeos). 
Podem ser homogêneos, quando liberam apenas um tipo de monossacarídeo 
como o amido e o glicogênio ou heterogêneos quando liberam mais de um tipo de 
produto como o condroidin sulfato, o ácido hialurônico e a heparina. 
 
 8.1- HOMOGÊNEOS 
 
 A unidade fundamental no amido e no glicogênio é glicose. Tanto no amido 
como no glicogênio as unidades de glicose são polimerizadas formando cadeias que, 
de distância em distância, se ramificam originando polímeros semelhantes. A cadeia 
principal do amido é denominada amilose; o conjunto de ramificações, amilopectina. 
Encontra-se armazenado em vegetais como reserva alimentar de glicose. 
 
O glicogênio tem estrutura semelhante a do amido, porém suas cadeias são de 
menor comprimento (10 a 20 unidades de glicose) o que torna a molécula muito mais 
rica de ramificações. Encontra-se no fígado e nos músculos como forma de 
armazenamento de glicose a ser utilizada no jejum e no exercício físico intenso. 
O amido e o glicogênio são polissacarídeos homogêneos. 
 
 
 
 8.2 - HETEROGÊNEOS 
 
 Os polissacarídeos heterogêneos, também são chamados mucopolissacarídeos 
ou glicosaminoglicanos (GAGS). Estabilizam e suportam os componentes celulares dos 
tecidos como o tecido conjuntivo, a pele, os tendões, as cartilagens, os ligamentos e a 
matriz óssea. 
 São cadeias de polissacarídeos heterogêneos longas, geralmente compostas 
de uma unidade dissacarídica repetitiva [açúcar ácido-açúcar amino]n. O açúcar ácido 
é um ácido D glicurônico ou seu isômero idurônico. O açúcar amino é uma 
D-glicosamina ou D- galactosamina , podendo ser sulfatado no carbono 4 ou 6. A 
única exceção é o queratansulfato, onde está presente a galactose ao invés de açúcar 
ácido. 
 
 
 
O ácido hialurônico é um mucopolissacarídeo que constitui a substância 
fundamental dos tecidos conjuntivos, nos quais exerce função cementante, agregando 
as unidades celulares e as fibras do colágeno. 
Sua undade repetitiva é um dissacarídeo formado por um açúcar ácido (ácido 
glicurônico) e um açúcar amino (acetil-glicosamina). 
 
 
 A biossíntese do ácido hialurônico está na dependência da vitamina C 
alimentar e de hormônios, especialmente os corticoides. Por essa razão, as doenças 
do tecido conjuntivo respondem favoravelmente aos tratamentos de ácido ascórbico 
(vit.C) e de corticoides. 
 Algumas bactérias patogênicas, como o pneumococo, liberam uma enzima 
específica –hialuronidase- que fragmenta (despolimeriza) o ácido hialurônico, 
hidrolisando as ligações glicosídicas 1-4 para facilitar sua mobilidade através da 
membrana celular. Nas infecções, os tecidos afetados perdem o seu elemento unitivo 
tornando-se flácidos e sujeitos à invasão microbiana. Também é liberada pelo 
acrossoma do espermatozoide, para que este ultrapasse a corona radiata do ovócito. 
 
O Ácido hialurônico, forma soluções altamente viscosas e claras que também 
funcionam como lubrificantes nas articulações e compõem a matriz da cartilagem e 
tendões, conferindo-lhes elasticidade e resistência à tensão. 
No caso do preenchimento de determinadas áreas da face com ácido 
hialurônico, a administração tem o objetivo de promover o rejuvenescimento das 
regiões faciais afetadas pela perda de colágeno e de hidratação, inclusive as extensões 
da mandíbula e queixo, que em muitos pacientes necessitam ser delineados para 
recuperar os ângulos mais bonitos do rosto. 
 
 
 
O Concroidin Sulfato, polissacarídeo sulfatado, foi isolado de cartilagem. 
Posteriormente foi encontrado também no osso do adulto e na córnea, na pele, nas 
válvulas do coração e nos tendões e no cordão umbilical. Sua unidade monomérica é 
constituída por ácido glicurônico ou seu isômero idurônico e acetil galactosamina 
sulfatada em C-4 ou C-6. Sua estrutura básica está representada na figura seguinte,à 
esquerda. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_hialur%C3%B4nico
 
A Heparina é também um polissacarídeo sulfatado. Possui uma ação 
farmacológica atuando como medicamento anticoagulante em várias patologias, como 
no tratamento da coagulação intravascular disseminada, na prevenção do 
tromboembolismo e na prevenção e tratamento da trombose venosa profunda. 
Encontra-se presente nos tecidos que estão em contato com o meio externo, tais 
como pulmões, pele e mucosa intestinal, ou em órgãos responsáveis 
pela defesa do organismo, tais como timo e gânglios linfáticos. 
 
Ela interage com a antitrombina (pequena molécula que desativa várias enzimas da 
coagulação) , formando um complexo que inativa várias enzimas da coagulação, mais 
significativamente a trombina. 
 Com excessão do ácido hialurônico, os glicosaminoglicanos são 
covalentemente aderidos à proteína, formando monômeros ou agregados 
proteoglicanos. 
10. PROTEOGLICANOS 
Os proteoglicanos são um tipo de molécula encontrada no tecido conjuntivo do 
corpo. O tecido conjuntivo é um tecido fibroso que fornece suporte para outras 
estruturas do corpo. 
Com exceção do ácido hialurônico, os glicosaminoglicanos são covalentemente 
aderidos à proteína, formando monômeros ou agregados proteoglicanos. Um 
monômero proteoglicano encontrado na cartilagem consiste de uma proteína central à 
qual as cadeias de carboidratos lineares são covalentemente ligadas. Na cartilagem, as 
espécies de glicosaminoglicanos são sulfato de condroitina e sulfato de queratan. 
Por serem carregados negativamente, os proteoglicanos também ajudam a 
atrair íons positivos ou cátions, como cálcio, potássio e sódio. Eles também ligam a 
água e ajudam no transporte de outras moléculas através da matriz extracelular. 
As cadeias de glicosaminoglicanos de um proteoglicano podem ser feitas de 
sulfato de condroitina, sulfato de dermatan, sulfato de heparina, sulfato de heparan ou 
sulfato de queratan. 
 A principal diferença entre proteoglicanos e glicoproteínas é que as 
glicoproteínas são proteínas ligadas a oligossacarídeos (cadeias pequenas de moléculas 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polissacar%C3%ADdeo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sulfatado&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_farmacol%C3%B3gica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_farmacol%C3%B3gica&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticoagulante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecidos
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93rg%C3%A3os
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Timo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antitrombina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coagula%C3%A7%C3%A3o
de açúcar) enquanto as proteoglicanas são mais complexas, possuindo um eixo central 
(filamento) de proteína ao qual estão ligadas a uma ou várias cadeias de 
glicosaminoglicanos. 
 
 
 
................................................................................................................... 
 
ASSUNTOS COMPLEMENTARES 
 
1.- GALACTOSEMIA CLÁSSICA 
 A galactosemia é um erro inato do metabolismo, de característica autossômica 
recessiva (*), caracterizado por uma inabilidade de converter galactose em glicose de 
maneira normal. O resultado imediato é o acúmulo de metabólitos da galactose no 
organismo, que passa a ter níveis circulantes elevados e tóxicos principalmente para o 
fígado, cérebro e olhos. A lactose é a principal fonte de galactose na dieta. 
O principal passo do metabolismo da galactose, em humanos, é a conversão da 
galactose em glicose. 
A elevação dos níveis de galactoseno tecido nervoso, cristalino, fígado e rim, 
bem como do seu produto de redução, o galactitol, tem como consequências a lesão 
hepática, retardo mental severo e catarata. 
(*) Uma doença autossómica recessiva é caracterizada por atingir homens e 
mulheres na mesma proporção e induzida pelo gene recessivo originado do 
cruzamento dos pais do indivíduo. A doença só se manifesta se existir 2 genes 
recessivos. 
 
 
Durante a digestão a lactose sofre hidrólise 
enzimática pela lactase secretada na mucosa intestinal. 
É uma enzima muito ativa na fase de amamentação, porém apenas os 
indivíduos de algumas tribos africanas e norte europeus tendem a manter a atividade 
da lactase intestinal na idade adulta 
 
Os indivíduos adultos de outros grupos humanos, orientais, árabes, judeus, a 
maioria dos africanos, indianos e mediterrâneos, tem pouquíssima lactase intestinal e 
muitos mostram intolerância à lactose. É uma deficiência de natureza genética. Como 
a lactose não pode ser absorvida sem ser hidrolisada em suas unidades 
monossacarídicas, ela permanece no tracto intestinal das pessoas intolerantes. A 
ingestão em grandes quantidades, no leite, causa diarréia, fluxo intestinal anormal e 
cólicas abdominais. 
 A intolerância à lactose pode ocorrer em bebês prematuros (deficiência 
transitória ou congênita), deficiência secundária por cirurgia de remoção de parte do 
intestino delgado e deficiência devido à lesão da mucosa. A carência desta enzima 
elimina a principal fonte de galactose da dieta. 
 
A frutose ou levulose é um tipo de açúcar que contém tanto na fruta como no mel. 
Enquanto o açúcar de mesa é formado pela união da glicose e frutose, a frutose em si 
é um monossacarídeo, não sendo hidrolisável. 
Isso significa que não tem a necessidade de ser reduzida pela digestão e pode 
passar diretamente do intestino à corrente sanguínea para finalizar o seu processo no 
fígado. Essa intolerância é causada por uma deficiência de atividade da enzima frutose-
1-fosfato aldolase (aldolase B) que resulta no acúmulo de frutose-1-fosfato no fígado, 
rim e intestino delgado. 
 
Os primeiros sintomas que aparecem quando uma criança é intolerante à 
frutose, depois do consumo de um alimento com esse tipo de açúcar, são dores 
abdominais e vômitos. 
O tratamento é basicamente preventivo. Deve-se controlar a alimentação da 
criança para evitar a ingestão de frutas ou mel. Além disso, devem evitar outro tipo de 
açúcares como a sacarose, por esta conter frutose. As frutas que mais contêm frutose 
são maçã, pêra e caqui. 
Diferença entre a intolerância e a má absorção da frutose: 
A má absorção da frutose é uma doença mais comum que a intolerância 
hereditária à frutose, e acontece em aproximadamente 30% da população mundial. 
Nesse caso, são células intestinais que não são capazes de absorver de forma completa 
a frutose, provocando na criança dor abdominal, gases, diarréia ou náuseas. 
 
4.- QUITOSANA 
A Quitosana ou quitosano é um elemento encontrado na parte exterior do 
corpo dos animais artrópodes, especialmente crustáceos. 
Na sua composição existem polissacarídeos (carboidratos) que quando entram 
em hidrólise (contato com água) se transformam em polímeros naturais. 
https://br.guiainfantil.com/apendicite.html
https://br.guiainfantil.com/apendicite.html
https://br.guiainfantil.com/diarreia.html
Estes polímeros não apresentam toxicidade, bem como, são biodegradáveis e 
disponíveis no meio ambiente através de animais e em algumas plantas. 
A indústria farmacêutica transforma estes polímeros em medicamentos, 
conhecidos como “a base de quitosana”, e que são usados para procedimentos clínicos 
que necessitam cicatrização, entre outros. 
O grande potencial como suplemento dá-se em virtude da quantidade 
relevante de fibras nestes polímeros. Sendo que podem proteger o coração e outros 
órgãos do sistema cardiovascular, de doenças primárias comuns como: doença 
coronariana e isquemia. 
Durante todo os processos de pesquisa sobre a quitosana, também foi 
descoberto o potencial emagrecedor do suplemento. Neste caso, agindo como um 
controlador da lípase, retardando sua ação no organismo (conhecido efeito esponja). É 
muito provável que você já tenha ouvido relatos de pessoas que experimentaram a 
Quitosana, e afirmaram terem emagrecido consideravelmente. Isso de fato é verdade. 
Porém, nem sempre essas pessoas consomem o suplemento de forma correta, 
podendo colocar a saúde em risco 
Devido à reação que a substância pode causar aos indivíduos alérgicos a 
crustáceos, a recomendação é que quem sofre com essa condição mantenha-se 
afastado do composto. 
A Quitosana também não deve ser consumida por mulheres que estejam 
grávidas, crianças com até três anos de idade e mulheres que estejam no processo de 
amamentação de seus filhos pequenos. 
E lembre-se: nunca esqueça de consultar antes um médico ou profissional da 
área de nutrição a fim de identificar suas necessidades. 
 
As informações contidas neste site não devem ser usadas para automedicação e não 
substituem, em hipótese alguma, as orientações dadas pelo profissional da área médica. 
Copyright © 2020 Poupafarma 
 
 QUESTÕES PARA ESTUDO 
1. Cite as características químicas dos carboidratos. 
2. Quais são os grupos principais de carboidratos e como se comportam quanto a 
reação de hidrólise? 
3. Como se dividem as oses quanto ao grupo funcional e em que carbono da cadeia 
eles estão localizados ? Cite as oses mais simples que pertencem a cada um dos 
grupos. 
4. Qual o tipo de produto obtido por redução das aldoses ? Cite o nome do 
respectivo produto que deriva da glicose, da manose e da galactose. 
5. Através de que reação a glicose é convertida em ácido glicurônico? Cite a 
importância deste produto. 
6. Cite os oligossacarídeos obtidos pela hidrólise parcial do amido e suas 
característica estruturais . 
7. Quais são os componentes da sacarose e da lactose? 
8. Explique por que a MALTOSE e LACTOSE são hidrolisáveis, enquanto que a MANOSE 
e a GALACTOSE não o são. 
9. Caracterize polissacarídeos homogêneos e heterogêneos. Exemplifique esses dois 
tipos. 
10. Os polissacarídeos heterogêneos, também chamados mucopolissacarídeos ou 
glicosaminoglicanos possuem , na sua maioria, uma unidade monomérica 
dissacarídica. Quais os componentes que constituem essa unidade ? 
11. Qual o glicosaminoglicano encontrado na cartilagem ? 
12. Comente a importância farmacológica da HEPARINA. 
13. Cite a importância dos glicosaminoglicanos 
14. Qual o glicosaminoglicano que forma soluções altamente viscosas e claras que 
também funcionam como lubrificantes nas articulações e compõem a matriz da 
cartilagem e tendões, conferindo-lhes elasticidade e resistência à tensão ? 
15. Qual a diferença entre a intolerância e a má absorção da frutose: 
 
 LIPÍDEOS 
1.- CONSIDERAÇÕES GERAIS- 
 
 Os lipídeos se caracterizam por sua solubilidade em solventes orgânicos. Possuem 
carbono, hidrogênio e oxigênio, às vezes fósforo e nitrogênio. 
A grande maioria possui pelo menos uma molécula de ácido graxo. Sua 
principal função é energética. 
Também atuam como isolantes térmicos, protetores traumáticos e fazem parte 
das membranas celulares. Alguns hormônios e vitaminas se incluem no grupo dos 
lipídeos. 
2.- ÁCIDOS GRAXOS 
 Os ácidos carboxílicos encontrados nos lipídeos levam o nome de ácidos 
graxos. Raramente existem livres na natureza. 
No organismo são encontrados livres (não combinados), associados com 
albumina no plasma sanguíneo. Geralmente são acíclicos, não ramificados, com 
número par de átomos de carbono. São inferiores com até 10 carbonos . 
Em geral, nos tecidos, são combinados com álcoois sob forma de ésteres . 
Podem ser saturados ou insaturados. 
São exemplos de inferioresos ácidos butírico, capróico, caprílico e cáprico, 
saturados, com 4, 6, 8 e 10 carbonos respectivamente. 
 São superiores Palmitico (C-16), esteárico (C-18) , oleico (C-18), palmitolêico 
(C-16), linolêico (C-18), linolênico (C-18) etc. Os dois primeiros, que são saturados, 
apresentam menor solubilidade e maior ponto de fusão. Os insaturados são mais 
solúveis, como também os de cadeia curta. 
 
 Nas gorduras animais predominam ácidos graxos superiores saturados, 
enquanto que nas gorduras vegetais , geralmente os óleos, predominam os 
insaturados. Exceção ocorre na gordura de côco e na manteiga de cacau. 
 
PROPRIEDADES QUÍMICAS 
 
NEUTRALIZAÇÃO: formação de sabões (Saponificação) 
 
Os ácidos graxos são ácidos fracos e podem ser neutralizados formando sais 
orgânicos que em meio aquoso atuam como detergentes. 
 
 
Os mais solúveis são os de sódio e de potássio. Os sais, em solução aquosa, se 
dissociam formando um ânion que possui, além do grupo polar hidrófilo (-COO-) um 
outro apolar, hidrófobo (radical orgânico). 
 
 
 
Dois efeitos principais podem ser observados nessas soluções. Inicialmente, os 
ânions se orientam para a superfície da solução permanecendo os –COO- imersos na 
fase aquosa. 
 Os radicais apolares emergem, afastando-se o máximo da fase aquosa. Por 
consequência imediata da formação deste filme monomolecular, ocorre diminuição da 
tensão superficial da solução. 
Uma vez saturada a superfície, os demais ânions em solução se associam pelos 
grupos apolares, formando micelas. 
 Desta forma o ânion do sabão constitui uma espécie de ponte entre a fase 
aquosa e a fase lipídica, diminuindo a tensão interfacial. Este processo forma uma 
emulsão, e o efeito do sabão chama-se detergência, o que pode ser definido como 
“estabilização de substâncias apolares em meios polares 
”. 
 
 
 
 Desta forma o ânion do sabão constitui uma espécie de ponte entre a fase 
aquosa e a fase lipídica, diminuindo a tensão interfacial. Este processo forma uma 
emulsão, e o efeito do sabão chama-se detergência, o que pode ser definido como 
“estabilização de substâncias apolares em meios polares”. 
 A detergência é importante em vários processos como a emulsificação dos 
lipídios na digestão, na absorção no transporte sanguíneo, etc. 
 
Como o sabão destrói o corona vírus ? 
 
 
 
 
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HIDROGENAÇÃO 
 
 Esta reação verifica-se com os ácidos graxos insaturados, em que se 
adicionam hidrogênios para formarem ácidos graxos saturados. 
 
 
 
 A reação de hidrogenação é de grande importância na indústria de 
alimentos, porque permite a conversão de óleos em gorduras adequadas para a 
produção de margarinas e para a aplicação em produtos de panificação (gordura 
hidrogenada). Também é utilizada para melhorar a consistência de gorduras, ou ainda 
para reduzir a sensibilidade à rancidez. 
 
OXIDAÇÃO 
 Os ácidos graxos não saturados podem sofrer oxidação. Em presença do 
oxigênio do ar, de maneira espontânea, porém lenta, os ácidos graxos insaturados 
podem se auto-oxidar, formando peróxidos orgânicos que, por sua vez se transformam 
em derivados alcoólicos e cetônicos que se volatilizam com odor desagradável. Esta 
reação constitui parte do processo geral de rancificação. 
 
 
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3.- CLASSIFICAÇÃO 
 3.1- GLICERÍDEOS OU ACILGLICERÓIS 
 Os triacilgliceróis (triglicerídeos) constituem os lipídeos predominantes 
das gorduras naturais animais e vegetais. Nos animais encontram-se em todas as 
células, particularmente como reserva de energia no tecido adiposo. 
Quimicamente são ésteres do glicerol com 1, 2 ou 3 ácidos graxos, 
respectivamente mono, di e tri acilgliceróis (ou mono, di e triglicerídeos). 
 
 
 
Os triacilgliceróis (triglicerídeos) constituem os lipídeos predominantes e 
característicos das gorduras naturais animais e vegetais. Nos animais encontram-se em 
todas as células, particularmente como lipídios de reserva no tecido adiposo, prontas 
para a mobilização quando são requeridas como combustível. 
 
 3.2- FOSFOLIPÍDIOS 
 
Servem primariamente como elementos estruturais das membranas e não são 
armazenados em grandes quantidades. Este grupo contém fósforo na forma de 
grupos do ácido fosfórico (parte hidrofílica) 
 
 
 
Esta organização torna possível o surgimento da permeabilidade seletiva da 
membrana plasmática. Dessa forma, a difusão simples permite apenas a passagem de 
moléculas lipossolúveis e de água, apesar de sua característica polar, por esta ser 
fundamental à vida. Exemplos: 
 
Os fosfolipídeos mais abundantes são a fosfatidil etanolamina (cefalina) e 
fosfatidil colina (lecitina). A cefalina e a lecitina estão intimamente relacionadas, 
contendo respectivamente os álcoois etanolamina (colamina) e trimetiletanoilamina 
(colina). 
 
 
 3.3- ESFINGOLIPÍDIOS 
 
 Constituem a segunda grande classe dos lipídios de membranas. Contém um 
álcool superior aminado na molécula, o esfingosinol. 
A ceramida é a estrutura básica dos esfingolipídios. 
 
 
 
 Os esfingolipídios abrangem as esfingomielinas, os cerebrosídeos e os 
gangliosídeos, contendo respectivamente colina fosfato, uma ose (glicose ou 
galactose) ou um oligossacarídeo ligado à ceramida. 
 
 As esfingomielinas estão presentes na maioria das membranas das células 
animais; a bainha de mielina envoltória de certas células nervosas é muito rica de 
esfingomielina. 
 
 Os cerebrosídios encontram-se em tecidos não neurais como fígado e nas 
membranas celulares do cérebro. Possui glicose ou galactose em lugar da colina 
fosfato. 
 
 
 
 Os gangliosídios são encontrados primariamente nas células do sistema nervoso 
central, particularmente nas extremidades nervosas. Possui um pequeno 
oligossacarídeo no carbono terminal da ceramida. 
 
 
3.4- CERAS 
 
As ceras são lipídeos simples constituídos por uma molécula de álcool superior 
ligada a uma ou mais moléculas de ácidos graxos superiores. Exemplos são o álcoois o 
laurílico, C12H23OH, miristíliico C14H29OH, cetíliico, C16H33OH, e o estearílico, C18H37OH; 
entre os ácidos graxos destacam-se o palmítico, C15H31-COOH e o cerótico C25 H51-
COOH. 
São substâncias de alto peso molecular, de cadeia linear,que apresentam 
solubilidade em solventes orgânicos (benzina, éter e clorofórmio, por exemplo). São 
maleáveis,amolecem a uma temperatura a partir de 35°C e apresentam densidade 
próxima à da água. 
A principal característica das ceras é a sua total insolubilidade em água e isso 
faz com que elas sejam muito úteis a plantas e animais. As folhas de diversos tipos de 
plantas têm sua superfície envolta pela cera, tornando-as impermeáveis, o que evita a 
perda excessiva de água pela transpiração. O corpo de certos animais também é 
revestido por ceras, como é o caso das aves aquáticas, que têm suas penas recobertas 
de ceras produzidas pelas glândulas uropigianas utilizadas, sobretudo, para facilitar a 
sua flutuação. 
 
 No ouvido humano, as ceras (ou cerume) são produzidas e expelidas 
pelas glândulas sebáceas e desempenham a função de proteger a estrutura contra 
infecções por microrganismos. 
Industrialmente, as ceras são aplicadas à produção de vernizes, graxas para 
sapato, velas, sabões, ceras para assoalhos, cosméticos, depilatórios, medicamentos e 
outros.O espermacete é uma cera branca encontrada no esperma de baleias e no 
crânio dos cachalotes, usado em cremes e pomadas, pois tem propriedades 
emolientes (amaciam e suavizam a pele). 
Outras aplicações para as ceras são na fabricação de velas, ceras de assoalhos, 
graxas para sapato, moldes dentários etc. 
 
https://www.infoescola.com/bioquimica/lipidios/
https://www.infoescola.com/bioquimica/acidos-graxos/
https://www.infoescola.com/quimica/cadeia-carbonica/
https://www.infoescola.com/quimica/benzina/
https://www.infoescola.com/biologia/transpiracao-vegetal/
https://www.infoescola.com/animais/aves-aquaticas/
https://www.infoescola.com/sistema-exocrino/glandulas-sebaceas/
3.4- ISOPRENÓIDES 
 
 Os representantes deste grupo podem ser considerados como polímeros de 
unidades isoprênicas. O isopreno (2-metilbutadieno) é um hidrocarboneto acíclico, 
insaturado, de cinco átomos de carbono. 
 
 
 
 Os isoprenóides se dividem em acíclicos (terpenos) e cíclicos(esteroides). 
 
Entre os TERPENOS, encontram-se componentes de muitos óleos essenciais 
extraídos de produtos vegetais, como o citronelol, (óleos de rosa), o geranioL, (óleo de 
gerânio), o citral, importante matéria prima para a síntese de vitamina A. 
 Um dos terpenos mais difundidos é o limonemo, encontrado em óleo de 
bergamota, laranja e limão; o mentol e a mentona são isolados da essência de hortelã. 
 A cânfora é o representante mais importante dos derivados oxigenados dos 
terpenos propriamente ditos, extraído da Cinnamomum capphora, do qual pode ser 
obtido em estado purificado. 
 
É uma planta medicinal, também conhecida como Canforeira, Cânfora-de-
jardim, Alcanfor, Cânfora-das-hortas ou Canforinha, muito utilizada em problemas 
musculares ou de pele. As propriedades da cânfora incluem sua ação antiepilética, 
antinevrálgica, antirreumática, antisséptica, descongestionante, calmante e sedativa. 
 
Os Carotenóides são substâncias químicas tetraterpênicas que compreendem 
pigmentos amplamente difundidos na natureza. Caracterizam-se por 
apresentar moléculas oxidáveis, por exibir cores que vão do amarelo ao vermelho, por 
serem lipossolúveis, encontrados em vegetais e serem precursores da síntese 
da vitamina A em animais. 
São responsáveis pelas cores amarela, vermelha, verde e alaranjada de 
vegetais, algas e fungos, da gema do ovo e da manteiga. Tratam-se de substâncias 
essenciais para a manutenção da vida e impossível de serem sintetizadas por 
organismos vivos, sendo necessário, então, adquiri-los através da alimentação. 
O betacaroteno apresenta dois anéis hexagonais (não aromáticos). A molécula 
de betacaroteno, no organismo, é quebrada dando origem a duas moléculas de 
vitamina A, essencial para a saúde dos olhos e de ação antioxidante (reações 
bioquímicas da respiração celular que aceleram o envelhecimento). 
O alfa-caroteno difere do beta-caroteno pela posição da dupla ligação do anel 
benzênico terminal. É considerado um supressor da formação de tumores e cânceres 
mais eficaz que o beta-caroteno, agindo também na paralisação do ciclo de 
multiplicação celular. O alimento com maior concentração da substância é a cenoura. 
 
 
 
 “Depois de acompanhar mais de 15 mil pacientes por 18 anos, pesquisadores 
concluem que a ingestão do alfa-caroteno reduz as chances de a pessoa desenvolver 
doenças do coração, AVC e câncer.” 
 
Alguns tipos de carotenos como o licopeno não são convertidos em vitamina A 
pelo organismo, porém desempenham um papel antioxidante mais enérgico que o 
próprio betacaroteno. O licopeno é encontrado em vegetais de cor vermelha como o 
tomate, o mamão e a melancia. 
 
A clorofila, assim como a hemoglobina, é uma molécula pertencente à classe 
das porfirinas. Ela se destaca pela presença de quatro anéis pirrólicos e um anel 
isocíclico, que são ligados entre si por pontes metilênicas. No interior da molécula, 
existe um átomo de magnésio coordenado aos anéis. 
As cadeias laterais variam em certo nível entre as diferentes formas de clorofila 
encontradas em diferentes organismos, mas todas possuem uma cadeia fitol 
(um terpeno) ligada por uma interação tipo éster a uma carboxila do anel IV. 
 
 
 
As cadeias laterais variam em certo nível entre as diferentes formas de clorofila 
encontradas em diferentes organismos, mas todas possuem uma cadeia fitol 
(um terpeno) ligada por uma interação tipo éster a uma carboxila do anel IV. 
A forma chamada de clorofila a é a principal responsável pela coloração verde das 
plantas e pela realização da fotossíntese, estando presente em todos 
os eucariontos fotossintetizantes e nas cianobactérias. A clorofila b pode ser 
encontrada em algas verdes e euglenóficas juntamente com a clorofila a. 
Em algas como diatomáceas e algas pardas, um terceiro tipo de clorofila é encontrado 
substituindo a clorofila b. A essa forma dá-se o nome de clorofila c, sendo também 
considerada como um pigmento acessório. 
 
 Os isoprenóides cíclicos, ESTERÓIDES, são amplamente distribuídos nos 
organismos vivos e incluem alguns hormônios, a vitamina D e os esteróis, como o 
colesterol e hormônios. Possuem o anel básico ciclopentanoperidrofenantreno. 
 
 
 Os esteroides anabólicos são derivados do hormônio masculino testosterona. 
São algumas vezes ingeridos pelos atletas e levantadores de peso em razão de suas 
propriedades de fortalecimento e crescimento muscular, mas podem causar sérios 
danos ao fígado com o uso continuado. Grandes quantidades podem levar a surtos de 
comportamento agressivo, ou mesmo à morte. Constituem os ingredientes ativos da 
maioria das pílulas anticoncepcionais. Alguns exemplos destes esteroides são a 
hidrocortisona, dexametasona, mometasona e betametasona. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_D
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esterol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colesterol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Testosterona
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atleta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Halterofilismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ingrediente
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADlula_anticoncepcional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cortisona
O colesterol é um álcool policíclico de cadeia longa, usualmente considerado 
um esteróide, encontrado nas membranas celulares e transportado no plasma 
sanguíneo de todos os animais. É o principal esterol sintetizado pelos animais, sendo, 
em menor parte, adquirido pela dieta. 
A quantidade média de colesterol no sangue varia com a idade, tipicamente 
aumentando gradualmente até a pessoa chegar aos sessenta anos de idade. É 
necessário para construir e manter as membranas celulares; participa na fabricação da 
bílis; é o principal precursor da vitaminaD e de vários hormônios esteróides que 
incluem o cortisol e a aldosterona nas glândulas supra-renais, e os hormônios sexuais 
progesterona, os diversos estrógenos, testosterona e derivados. 
 
. 
Terapeuticamente, os corticosteroides são utilizados como imunossupressores 
no tratamento de doenças autoimunes e na cirurgia de transplantes. 
 O termo hipercolesterolemia refere-se a níveis aumentados de colesterol na 
corrente sanguínea, que é a principal causa de doença coronariana cardíaca e outras 
formas de cardiopatias. Na maioria das pessoas, os níveis 
elevados de colesterol devem-se a uma alimentação rica em gorduras saturadas e 
hidrogenadas e a um estilo de vida sedentário. Assim, simples mudanças nos hábitos 
do dia-a-dia são essenciais para baixar o colesterol. 
A vitamina D é um esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua 
ausência pode proporcionar uma série de complicações. A principal fonte de 
produção da vitamina D se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas 
do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, 
especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 
80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Entre outras funções, a vitamina D participa 
nos seguintes aspectos no organismo: 
Fortalece os ossos: A vitamina D é necessária para a absorção do cálcio pelos ossos. 
Pessoas com deficiência de vitamina D chegam a aproveitar 30% menos de cálcio 
proveniente da dieta, responsável por fortalecer ossos e dentes. A deficiência deste 
nutriente pode causar o raquitismo na infância e a osteoporose na vida adulta. Um 
exemplo da importância da combinação dessas duas substâncias é que sempre que a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lcool
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula
http://pt.wikipedia.org/wiki/Plasma
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
http://pt.wikipedia.org/wiki/Animalia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Membrana_celular
http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADlis
http://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio_ester%C3%B3ide
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cortisol
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldosterona
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndula_supra-renal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Progesterona
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estr%C3%B3geno
http://pt.wikipedia.org/wiki/Testosterona
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoimunidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transplanta%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%B3rg%C3%A3os
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hipercolesterolemia
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Doen%C3%A7a_coronariana_card%C3%ADaca&action=edit&redlink=1
recomendação de suplementação de cálcio é indicada, ela é feita juntamente com a 
vitamina D para atuar na absorção do mineral. 
Gravidez segura: A vitamina D é muito importante para as gestantes. No primeiro 
trimestre a falta dela pode levar a abortos. Alertas de aborto no início da gravidez, 
pelo sistema imunológico da mãe estar rejeitando a implantação do embrião. Como a 
vitamina D age no sistema imunológico, ela pode corrigir esta situação. 
Tratamento de doenças autoimunes: A vitamina D já está sendo utilizada no 
tratamento de doenças autoimunes, condição que ocorre quando o sistema 
imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. A vitamina D é um 
imunoregulador que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica que provoca a 
reação contra o próprio organismo. O tratamento de doenças autoimunes com 
vitamina D é algo recente, mas é visto por especialistas como uma grande perspectiva 
da medicina. 
Efeitos colaterais: Quando consumida dentro das quantidades recomendadas a 
vitamina D não tem efeitos colaterais. Porém, quando ingerida em excesso pode 
prejudicar os rins por causar o aumento da absorção de cálcio. É importante destacar 
que o excesso de vitamina D só ocorre por meio da suplementação. Isto porque os 
alimentos não contam com quantidades grandes da substância e a obtenção dela por 
meio dos raios solares é regulada pela pele, que cessa a produção da vitamina quando 
atinge os valores necessários. 
Como obter a vitamina D: Apesar de estar presente em alimentos de origem animal, 
estas fontes não possuem a quantidade de vitamina D que o organismo necessita. Por 
isso, para evitar a carência da substância é importante tomar de 15 a 20 minutos de sol 
ao dia. Braços e pernas devem estar expostos, pois a quantidade de vitamina D que 
será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta. 
Fontes de vitamina D : Todos os alimentos fontes de vitamina D são de origem animal 
porque as os vegetais não conseguem sintetizá-la. Até mesmo o alimento com as 
maiores quantidades da substância, o salmão, conta com somente 6,85% das 
necessidades diárias em uma porção de 100 gramas. Por isso, tomar sol é 
fundamental para evitar a carência. 
 Idosos e os suplementos: A quantidade da substância produzida em uma pessoa de 
70 anos é, em média, um quarto da que é sintetizada por um jovem de 20 anos em 
resposta à reduzida exposição ao sol. Por isso, é interessante avaliar a necessidade de 
associar, com indicação médica, suplementos de vitamina D a seus hábitos 
alimentares. 
4. PROSTAGLANDINAS 
São derivados dos ácidos graxos poli-insaturados e têm importantes funções no 
organismo. A maioria é derivada do ácido araquidônico. Toda prostaglandina contém 
20 átomos de carbono, incluindo um anel pentagonal. Elas são mediadoras e possuem 
uma série de fortes efeitos fisiológicos; embora tecnicamente sejam hormônios, 
raramente são classificadas como tais, visto que não entram na corrente sanguínea. 
Controlam processos, como a inflamação, o fluxo de sangue, a formação 
de coágulos de sangue e a indução do trabalho de parto. 
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ASSUNTOS COMPLEMENTARES 
1. - LIPÍDIOS NA DIETA 
Necessidades diárias: Deve-se ingerir uma grama de gordura por quilo de peso, no 
mínimo. Em relação ao valor calórico total da dieta, cerca de 25 a 35% das calorias 
devem ser de fontes lipídicas. 
Fontes alimentares: 
Origem animal: creme de leite, manteiga, toucinho, banha, óleo de fígado de bacalhau, 
leite integral, queijos, carnes, gema do ovo, etc. 
Origem vegetal: margarina, gordura hidrogenada, óleos (milho, soja, oliva, algodão e 
outros), azeitona, chocolate, abacate, nozes, castanhas, coco, etc. 
2- O METABOLISMO DOS LIPÍDIOS ESTÁ SUJEITO A DEFEITOS GENÉTICOS 
 Todos os lipídios polares da membrana sofrem constante renovação 
metabólica, num estado de equilíbrio dinâmico, onde a velocidade da sua síntese é 
equilibrada por igual velocidade de degradação, promovida por enzimas hidrolíticas, 
cada uma capaz de hidrolisar uma ligação covalente específica. Assim, a degradação da 
fosfatidilcolina ocorre pela ação de várias fosfolipases diferentes. O metabolismo dos 
esfingolipídios de membrana, que incluem a esfingomielina, os cerebrosídios e os 
gangliosídios, é particularmente suscetível a defeitos genéticos das enzimas envolvidas 
na sua degradação. 
 
Em consequência, os esfingolipídios ou seus produtos de degradação parciais se 
acumulam em grandes quantidades nos tecidos, pois sua síntese é de velocidade 
normal mas sua degradação é interrompida. Por ex., na anormalidade genética rara 
chamada de doença de Niemann-Pick, a esfingomielina se acumula no cérebro, baço e 
fígado, por uma deficiência genética nadegradação da esfingomielina pela enzima 
esfingomielinase, que cliva a fosfocolina a partir da esfingomielina. A doença torna-se 
evidente primeiro nas crianças e provoca retardo mental e morte precoce. 
 Muito mais comum é a doença de Tay-Sachs, onde um tipo específico de 
gangliosídeo se acumula no cérebro e baço devido à falta da enzima lisossômica N-
acetil hexoaminidase, que hidrolisa uma ligação específica entre a N-acetil-D-
galactosamina e um resíduo específico de D-galactose na cabeça polar do gangliosídio. 
Como consequência, grandes quantidades do gangliosídeo parcialmente degradado se 
acumulam, causando a degeneração do sistema nervoso e levando ao retardo mental, 
à cegueira e à morte precoce. 
Pelo fato da doença ser irreversível e requerer cuidados institucionais totais, o 
aconselhamento genético dos pais torna-se importante pela advertência de suas 
consequências. Tem sido propostos testes para determinar a incidência dos genes 
recessivos nos pais presumíveis. 
Testes no feto também podem ser feitos durante a gravidez pela colheita do 
fluido amniótico, conhecida como amniocentese. 
 Outro exemplo de doença lisossômica é a síndome de Hurler ou gargolismo, 
onde uma enzima que participa na degradação da porção de ácido mucopolissacarídeo 
dos proteoglicanos está defeituosa e produtos de degradação parcial se acumulam. 
Crianças com esta doença desenvolvem feições faciais grosseiras, dobras espessas na 
pele, que é rica em proteoglicanos, retardo mental e cegueira. A morte precoce é 
inevitável. 
 Muitas pesquisas são realizadas para corrigir deficiências genéticas das enzimas 
lisossômicas por meio da engenharia bioquímica. O principal objetivo é substituir a 
enzima defeituosa pela sua forma normal, cataliticamente ativa. Entretanto grandes 
dificuldades são encontradas para essa substituição. Uma outra abordagem é 
introduzir o gene ativo normal da enzima defeituosa nos cromossomas das células, de 
tal forma que elas possam sintetizar a enzima ativa normal, a partir da informação 
fornecida pelo gene e direcionar a nova enzima para dentro do lisossomo. 
3. OBESIDADE (Compilado de FUNDAMENTOS PARA AS CIÊNCIAS BIOMÉDICAS – Isaias RAW & outros) 
 Se definirmos como obesa a pessoa cujo peso corporal apresenta mais de 25% 
de gordura no homem e 30% na mulher adulta, uma grande parte da população de 
classe média é obesa. Este é um problema primordial de saúde, tendo se calculado 
que as pessoas obesas têm uma probabilidade aumentada em 400% de ter diabete e 
uma incidência aumentada em 200-250% de apendicite, cirrose do fígado, cálculos 
biliares, hipertensão e nefrite crônica, um aumento de 150% em moléstias 
cardiovasculares, hemorragias cerebrais, e câncer do fígado e da vesícula biliar. Um 
excesso de peso de 15-24% aumenta a taxa de mortalidade em 44%, e um excesso 
acima de 25% eleva essa taxa para 74%. 
 Independente de sua natureza, a obesidade provém de um desequilíbrio entre 
a ingestão e o consumo de calorias. Num único ano, um adulto médio ingere cerca 
de um milhão de quilocalorias. Se a entrada superar somente em 1% a 
demanda energética (o que equivale a dois refrigerantes por dia), o resultado será de 
cerca de 1 quilo de gordura depositada por mês. Um quilo de gordura, 9.000 kcal, pode 
fornecer toda a demanda de energia para uns 4 dias. Para consumir essa quantidade 
de energia armazenada apenas através de mais trabalho, serão necessárias 150 horas 
de exercício intenso. 
 
 Ao pesquisar a etiologia da obesidade, deve-se levar em conta a regulação da 
ingestão aumentada de alimentos. Há evidências de que existem mecanismos que 
regulam, a longo e a curto prazo, a ingestão de alimentos. Acreditava-se que a 
sensação de saciedade se originava no estômago. Apesar de o estomago ter sensores 
para a distensão e para a pressão osmótica,a sua desnervação total não provoca 
modificações sensíveis na ingestão de alimentos, e pacientes com gastrectomia total 
continuam a sentir fome e saciedade. 
Quando ratos são alimentados com dietas contendo quantidades variáveis de 
celulose ou qualquer outro suplemento não nutritivo, ingerem mais alimento para 
compensar a diluição calórica, mostrando que a saciedade imediata não depende do 
volume de alimento. 
4. – GORDURA TRANS 
 A Gordura trans é um tipo especial de gordura formada a partir de um 
processo químico que torna óleos de origem vegetal líquidos em gordura semi-sólida 
(hidrogenação da gordura). O que acontece é que durante esse processo, em que se 
transforma ácido graxo insaturado Cis em ácido graxo trans, as moléculas de gordura 
são rearranjadas estruturalmente, ou seja, o óleo "bom" tem seus átomos dispostos 
paralelamente, já na gordura trans os átomos estão dispostos na transversal (daí o 
nome da gordura). Esse processo de troca, na hidrogenação, é chamado 
isomerização cis- trans. Assim como é possível ver na imagem abaixo, a formação do 
isômero trans acontece quando (em relação a dupla ligação) um dos átomos de 
hidrogênio permanece ligado a molécula da mesma forma que na conformação cis, e o 
outro átomo é retirado da posição inicial, e é aí que está o perigo, pois essa nova 
conformação é mais rígida e termodinamicamente mais estável. 
 Por essas características na sua conformação, a gordura trans não é sintetizada 
pelo organismo, e com a sua ingestão fica muito mais fácil o acúmulo de LDL- 
colesterol nas paredes das artérias e há também a redução do HDL. 
A gordura trans apenas foi inventada para que os alimentos ficassem mais 
saborosos e para que pudessem ser conservados por mais tempo, porém, não é difícil 
saber que os malefícios que ela traz a saúde são muitos. Ela também é responsável 
pela produção de gordura visceral, que se acumula na região pélvica ocasionando uma 
série de doenças graves (diabete, colesterol alto, hipertensão etc.). 
 
 
 
Tais problemas aumentam a chance de doenças cardiovasculares e também do 
AVC. Outro grave efeito é a inibição da atividade de enzimas que catalisam a 
desidrogenação de ácidos graxos que trabalham biossinteticamente nos ácidos graxos 
fundamentais ao metabolismo, tal efeito pode interferir no desenvolvimento infantil já 
que esses ácidos são transferidos pelo leite materno e até mesmo pela placenta. 
 Em 2006, a ANVISA determinou que em todos os produtos industrializados devem 
conter a informação sobre a quantidade dessa gordura(gramas presentes por porção 
do alimento), assim fica mais fácil saber se um alimento é rico ou não em gordura 
trans, facilitando a possibilidade de escolhas mais saudáveis, pois não há nenhum 
benefício nutricional aparente com a ingestão da mesma. 
 
5 – ÁCIDOS GRAXOS POLINSATURADOS ÔMEGA 3 E ÔMEGA 6 
 
Os ácidos graxos poliinsaturados exercem inúmeros benefícios à saúde. Os mais 
conhecidos são o ômega 3 (ω-3), o ômega 6 (ω-6) e o ômega 9 (ω-9) que, em 
quantidades adequadas, desempenham papel importante na prevenção de doenças 
cardiovasculares, doenças inflamatórias, desenvolvimento neural, trombose, câncer e 
melhora na imunidade. Esses ácidos abrangem as categorias de ácidos graxos 
poliinsaturados. Os ácidos graxos de cadeia longa, como os ácidos araquidônico (AA- 
C19H31-COOH) e docosahexaenoico -ADH-( C21H31-COOH), desempenham funções 
importantes no desenvolvimento e funcionamento do cérebro e da retina. 
ADH 
Esse grupo de ácidos graxos não pode ser obtido pela síntese, mas pode ser obtido a 
partir dos ácidos linoleico (C17H31-COOH) e linolênico (C17H29-COOH) presentes na 
dieta. Os ácidos linoléico e linolênico. são necessários para manter sob condições 
normais, as membranas celulares, as funções cerebrais e a transmissão de impulsos 
nervosos. Esses ácidos são considerados essenciais por não serem sintetizados pelo 
organismo. 
Nos óleos vegetais, a maior concentração do ácido alfa-linolênico ocorre no 
óleo de linhaça, sendo que os óleos de canola e soja também apresentamconcentrações significativas. Assim, a razão entre a ingestão diária de alimentos fontes 
de ácidos graxos n-6 e n-3 assume grande importância na nutrição humana, resultando 
em várias recomendações que têm sido estabelecidas por autores e órgãos de saúde, 
em vários países do mundo. 
 
Autores consultados:: Bioquímica Ilustrada (Pâmela Champ - Richard Harvey); BioquímicaFundamental (Renato Dutra Dias & 
Clovis); Princípios de Bioquímica (Lehninger); Bioquímica (Bacila). Pesquisa em artigos de rede aberta 
 QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO 
 
QUESTIONÁRIO PARA ESTUDO 
1. Comente a solubilidade dos lipídios em função do seu caráter polar. 
2. Cite as principais funções dos lipídios. 
3. Qual o principal componente químico dos lipídios e de que forma essas 
moléculas se encontram combinadas ? 
4. Quanto às características estruturais, como predominam os tipos de cadeias 
dos ácidos graxos ? 
5. De acordo com o comprimento e grau de instauração da cadeia, como se 
comportam os ácidos graxos quanto à solubilidade e ponto de fusão? 
6. De que forma ocorre a neutralização dos ácidos graxos e qual o produto dessa 
reação? 
7. Quais as consequências da oxidação espontânea dos ácidos graxos, para a 
gordura ? 
8. Como são constituídos os triacilgliceróis e qual a sua principal importância ? 
9. Onde são encontrados os fosfolipídios de um modo geral ? Quais os principais 
representantes ? 
10. Qual é o composto básico dos fosfolipídios e como se caracteriza a sua 
estrutura ? 
11. Qual o nome dos grupos de lipídios que fazem parte dos derivados da 
ceramida e qual a particularidade estrutural de cada um deles ? 
12. O que são terpenos ? Cite exemplo com importância medicinal e alguma de 
suas utilidades. 
13. De onde derivam os esteroides anabólicos ? Qual o seu mecanismo de ação e 
que consequências podem ocasionar com a utilização frequente / continuada ? 
14. Cite as principais funções do colesterol sintetizado pelo organismo. 
15.-O que são prostaglandinas e que tipo de funções elas desempenham no 
organismo ? 
 
 AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS 
 As proteínas desempenham uma variedade de funções como a hemoglobina, 
como os catalisadores (enzimas), como componentes estruturais (colágeno nos ossos 
e tendões), nas atividades mecânicas (miosina do músculo), ou coordenando a função 
dos órgãos (hormônios) ou como defesa do organismo (imunoglobulinas do sangue). 
Quimicamente são polímeros de pequenas unidades, os aminoácidos , unidos entre sí 
por ligações covalentes. 
Os aminoácidos são compostos de função mista, amina (-NH2) e ácida (-COOH) 
.Estes grupamentos estão ligados a um carbono ao qual também se liga um radical 
orgânico (-R) e um átomo de hidrogênio. 
 
Os aminoácidos podem formar cadeias através de ligação entre seus grupos 
carboxila e amino, formando peptídeos. 
 
 
 A ligação que polimeriza aminoácidos ,–CO-NH- é chamada de LIGAÇÃO PEPTÍDICA. 
 
 Embora mais de 300 aminoácidos tenham sido descritos na natureza, somente 
20 são encontrados nas proteínas dos mamíferos. 
 
 Quanto às necessidades nutritivas, classificam-se em essenciais e não 
essenciais, conforme a capacidade de serem produzidos no organismo (às 
custas de carbono e nitrogênio) ou não. 
Quanto a polaridade do radical são divididos em 4 grupos: APOLARES, ÁCIDOS 
(com carga negativa no radical), BÁSICOS (com carga positiva no radical) e POLARES 
SEM CARGA 
 
PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS AMINOÁCIDOS 
Com exceção da glicina, todos os aminoácidos podem pertencer a duas séries: 
D ou L. sendo que os aminoácidos naturais dos mamíferos são da série L. 
 
4.- AMINOÁCIDOS COMO ELETRÓLITOS 
Quando um aminoácido é colocado em solução aquosa, sua carboxila (-COOH) 
dissocia um próton (H+) tornando-se aniônica (-COO-), enquanto seu grupo amino (-
NH2) capta um próton (H
+), tornando-se catiônico(-NH3
+), o que caracteriza-o como um 
íon dipolar ou anfótero. 
 
5.- AMINOÁCIDOS COMO TAMPÕES 
 Por ação TAMPÃO ou ‘’BUFFER’’ entende-se a capacidade de uma solução em 
resistir a variações acentuadas de pH apesar da adição limitada de um ácido ou de 
uma base. 
 
As substâncias responsáveis por este efeito, levam a denominação de 
“tampões”. As propriedades dessas substâncias tem grande importância não só em 
laboratório, como também nos organismos vivos. 
6.- PEPTÍDEOS: 
 São cadeias compostas por dois ou mais aminoácidos unidos por ligações peptídicas. 
Assim quando forem dois aminoácidos será um dipeptídeo; tres, tripeptídeo, etc.; até 
20 aminoácidos unidos por ligação peptídica considera-se oligopeptídeo; além disso 
são polipeptídeos. 
 
O dipeptídeo L-Aspartil-L-fenilalanina, o aspartame, tem grande importância 
comercial: Sendo cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar comum, substitui a 
sacarose em diabéticos ou no tratamento da obesidade. Todavia sua utilização 
acompanha restrições em pessoas com fenilcetonúria. 
 
A glutationa reduzida é um tripeptídeo formado por glutamato, cisteína e 
glicina, fornecedor de hidrogênios para a enzima glutationa-peroxidase que reduz 
peróxido de hidrogênio (H2O2) à água, protegendo assim o eritrócito contra os seus 
efeitos tóxicos e oxidantes. 
 
 
 
 
As PROTEÍNAS são peptídeos com um grande número de unidades 
polimerizadas por ligações peptídicas (polipeptídeos). 
De acordo com a funcionalidade, podemos classificar as proteínas em: 
Enzimas – ex. Ribonuclease e tripsina. 
Proteínas transportadoras – ex: Hemoglobina, albumina do soro, 
Proteínas nutritivas e de reserva – ex: caseína (leite), ferritina (sangue). 
Proteínas contráteis ou de movimento – ex. Actina, miosina, tubulina. 
Proteínas estruturais- ex. Queratina, fibroína, colágeno, elastina, 
Proteínas de defesa –ex. Anticorpos, fibrinogênio, trombina. 
Proteínas reguladoras – ex. Insulina. 
 Quanto à conformação, as proteínas se dividem em dois grupos: Fibrosas e 
globulares. 
 
NAS PROTEÍNAS FIBROSAS ocorrem cadeias alongadas e filamentosas, unidas por 
vários tipos de ligações dando estruturas estáveis e insolúveis, como na queratina, na 
miosina e no colágeno. Devido à firmeza do enrolamento da tripla hélice do colágeno e 
de suas interligações, ele não tem capacidade de distender-se. Tendões, ligamentos, 
cartilagens e a matriz orgânica dos ossos são seus locais de maior ocorrência. 
O colágeno é uma proteína pouco solúvel, organizada em fibras resistentes, formadas 
por três cadeias polipeptídicas com cerca de 1000 aminoácidos cada uma, enroladas 
em forma de hélice uma em torno da outra. 
 
As moléculas do colágeno em tripla hélice, também devominadas “moléculas 
tropocolagênicas” são estabilizadas por ligações covalentes. O número de ligações covalentes 
varia conforme a atividade fisiológica do tecido considerado e aumenta com a idade do animal 
(o que explica a maior a rigidês da carne em animais mais velhos). 
ELASTINA 
A estrutura da elastina confere propriedades características aos tecidos 
elásticos. Os principais tecidos conjuntivos ricos em elastina são o tecido elástico 
amarelo dos ligamentos e a camada média conjuntiva elástica das grandes artérias. A 
elasticidade da parede arterial ajuda a amortecer e a distribuir a força pulsátil de 
bombeamento do sangue exercida pelo coração. 
 
A unidade básica das fibrilas de elastina é a tropoelastina e contém mais ou 
menos 800 resíduos de aminoácidos. A tropoelastina forma um tipo especial de hélice, 
diferente da do colágeno. 
 As porções em hélice esticam-se quando sob tensão, mas revertem ao 
comprimento original quando a tensão é aliviada. 
. 
 
As fibrasdo colágeno conferem a estrutura do tecido. A elastina confere 
elasticidade. Elas estão intimamente entrelaçadas na derme conferindo os principais 
tecidos de suporte da pele. Quando os ligamentos do joelho ou do ombro são 
esticados excessivamente ocorre deslocamento da articulação, mas ela pode ser 
facilmente refeita. 
QUERATINA 
A queratina é uma proteína tipicamente encontrada nos epitélios de 
vertebrados. Ela pertence a um grupo de proteínas insolúveis e é descrita como a 
proteína estrutural mais abundante em células epiteliais sendo, junto com o colágeno, 
o polímero mais importantes observado em animais. É o principal componente da 
rígida camada externa da epiderme, constituindo mais de 85% das proteínas celulares, 
além de apêndices relacionados, como cabelos, chifres, unhas e penas. 
É uma proteína com forma tridimensional de α-hélice (α-queratina) ou de 
folhas-β-pregueadas (β-queratina), constituídas de cerca de 20 aminoácidos 
principalmente de um aminoácido sulfurado denominado cisteína. Essas estruturas 
ocorrem porque os aminoácidos da queratina interagem entre si através de pontes de 
hidrogênio e ligações covalentes dissulfeto (-S-S-). Isso explica duas de suas 
propriedades biológicas mais importantes, a insolubilidade e a resistência ao 
estiramento. A sua estrutura tridimensional lhe confere características especiais: 
microfilamentos com resistência, elasticidade e impermeabilidade à água. 
As α-queratinas são classificadas como "duras" ou "moles", dependendo da 
quantidade alta ou baixa de enxofre que possuem. As queratinas duras, como aquelas 
presentes no cabelo, nos chifres e nas unhas, são menos flexíveis que as queratinas 
moles, que são encontradas na pele ou nas calosidades, pois as ligações dissulfeto 
resistem a quaisquer forças que possam deformá-las. 
 
 
 . 
As β-queratinas são uma estrutura proteica encontrada na epiderme de répteis 
e pássaros. Bicos, garras e penas contêm β-queratina. Também constituem partes do 
corpo humano, entre elas, as unhas. 
 . 
MIOSINA e ACTINA 
Os músculos esqueléticos, assim como muitas células não musculares, contêm 
duas proteínas que formam estruturas fibrilares ou filamentosas características- a 
miosina e a actina. Elas não tem função biológica estrutural, contudo participam da 
atividade contrátil. 
 A miosina é uma molécula longa, em forma de bastão, com uma cauda 
composta de dois polipeptídios em alfa-hélice enrolados entre si. Ela também tem 
uma “cabeça” complexa, que possui atividade enzimática que catalisa a hidrólise de 
ATP em ADP e fosfato. 
 . 
 
 No sistema contrátil do músculo os filamentos espessos (formados moléculas 
de actina-G) organizam-se em arranjos paralelos. 
 
A contração do músculo esquelético deve-se ao deslizamento dos filamentos 
delgados ao longo dos filamentos espessos, induzido pela presença de outras 
proteínas musculares (tropomiosina- cobre o sítio de ligação na actina para a miosina) 
e (troponina - sítio de ligação para actina,tropomiosina e cálcio). 
A presença de ATP é requerida para que o deslizamento ocorra e ocasione o 
encurtamento do músculo esquelético durante a contração. 
 
 NAS PROTEÍNAS GLOBULARES a cadeia polipeptídica dobra-se várias vezes, 
resultando em uma estrutura globular compacta. Elas tem conformação mais 
complexa, com uma variedade de funções biológicas muito maior e atividades mais 
dinâmicas que estáticas. Quase todas as enzimas conhecidas são globulares. Outras 
funcionam como transportadoras de oxigênio (hemeproteínas), de nutrientes e de íons 
no sangue; algumas são ainda anticorpos e hormônios. 
A hemoglobina é encontrada exclusivamente em eritrócitos, onde sua principal 
função é o transporte de oxigênio dos pulmões aos capilares dos tecidos. É composta 
de quatro cadeias polipeptídicas -duas cadeias alfa e duas beta (dois pares) mantidas 
unidas por ligações não covalentes, caracterizada como estrutura quaternária (a ser 
vista adiante). 
A hemoglobina e a mioglobina são chamadas hemeproteínas por conterem o 
grupo prostético heme, portador do íon Fe++, encarregado do armazenamento de 
oxigênio. 
 
A mioglobina, proteína presente no coração e músculo esquelético, funciona 
tanto quanto reservatório como transportador de oxigênio, aumentando a velocidade 
de transporte dentro da célula muscular. Consiste em uma única cadeia 
polipeptídica estruturalmente similar às cadeias da molécula da hemoglobina. 
Ela é particularmente abundante nos músculos dos mamíferos marinhos como 
a baleia, a foca e o golfinho, capazes de mergulhar longa e profundamente, liberando o 
O2 a medida que o tecido entra em hipóxia . 
PROTEÍNAS SIMPLES E PROTEÍNAS CONJUGADAS 
As albuminas, as globulinas, as histonas, as enzimas e outras, contém apenas 
aminoácidos e nenhum outro grupo químico sendo, por isso, chamadas de proteínas 
simples. 
Entretanto, outras proteínas apresentam diferentes componentes químicos 
ligados aos aminoácidos, sendo chamadas proteínas conjugadas. A porção não 
constituída por aminoácidos de uma proteína conjugada é usualmente chamada de 
grupo prostético. São classificadas pela natureza de seus grupos prostéticos em 
glicoproteínas, lipoproteínas e metaloproteínas. 
As glicoproteínas contêm carboidratos ou cadeias de oligossacarídeos 
covalentemente ligados a cadeias laterais de polipeptídeos. A glicoforina, encontrada 
na membrana dos eritrócitos, contém mais de 20 % de carboidratos, enquanto a 
mucina, proteína gástrica humana, contém mais de 60 % de carboidratos. 
 
Neste grupo se enquadram principalmente as substâncias denominadas 
mucinas, produtos elaborados por células especiais, as células mucíparas, dos epitélios 
de revestimento e glandulares. 
 Todas as secreções digestivas (saliva, suco gástrico, suco pancreático ,bile, 
suco entérico) contém mucinas às quais devem sua alta viscosidade, assim como sua 
ação lubrificante. 
 As mucinas protegem ainda a mucosa gastro-intestinal contra enzimas e 
bactérias. Conjuntamente, essas macromoléculas de glicoproteínas apresentam 
um aspecto mucogelatinoso que reveste externamente a membrana plasmática, 
recebendo o nome de glicocálix. 
 
 
 As lipoproteínas consistem em um conjunto composto por proteínas e lipídeos, 
organizados de modo a facilitar o transporte das gorduras pelo plasma sanguíneo. 
As metaloproteínas contem metais como ferro, zinco, cobre, magnésio e 
outros. As que contém ferro são o grupo mais característico das metaloproteínas. O 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oligossacar%C3%ADdeo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%A3o_covalente
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pept%C3%ADdeo
http://www.infoescola.com/bioquimica/proteinas/
http://www.infoescola.com/bioquimica/lipidios/
exemplo clássico é a hemoglobina contendo um grupo heme que consiste de um 
átomo de ferro situado no centro de um anel chamado porfirina. 
Nas chamadas hemeproteínas o átomo de ferro ferroso [Fe2+] exerce a função 
de ligação com o oxigênio. A hemoglobina possui quatro grupos heme. 
 
8.- ESTRUTURAS DAS PROTEÍNAS 
A complexidade da estrutura proteica é analisada considerando-se quatro níveis 
organizacionais: primário, secundário, terciário e quaternário. 
 
 A sequência de aminoácidos é denominada estrutura primária da proteína. A 
compreensão da estrutura primária das proteínas é importante, pois muitas doenças 
genéticas resultam de proteínas com sequências anormais de aminoácidos. 
 
Estrutura secundária: 
 A cadeia polipeptídica forma disposições de aminoácidos que estão localizados 
próximos uns aos outros em sequência linear. Esses arranjos são denominados 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemoglobina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Porfirina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
estrutura secundária da proteína. As alfa hélices e beta lâminas são exemplos de 
estruturas secundárias frequentemente encontradas nos polipeptídeos. 
 A alfa hélice é uma estrutura espiral com as cadeias laterais dos aminoácidos 
estendendo-se para fora do eixo central. As queratinas são proteínas fibrosas cuja 
estrutura é quase totalmente constituída de alfa hélices. Elas são componentes de 
tecidos como o cabelo e a pele. A conformação é mantida por pontes de hidrogênio, 
distantes três a quatro resíduos de aminoácidos. 
 
 Representação das estruturas em α hélice e β lâmina (pregueada ou “ plissada”). 
 
 Na beta lâmina (beta estrutura ou pregueada) todos os componentes estão 
envolvidos nas pontes de hidrogênio. As superfícies das beta lâminas parecem 
“dobradas”, e frequentemente denominadas “beta dobraduras”. A fibroína da seda , 
apresenta beta-lâmina. 
A estrutura terciária, apresentada pelas proteínas globulares, confere maior 
estabilidade à molécula, devido a interação de grupamentos das cadeias laterais dos 
aminoácidos, propiciando deste modo o enovelamento da cadeia peptídica. A 
estabilidade é mantida por pontes de hidrogênio entre os grupos –R, por interações 
hidrofóbicas (não polares), por ligações iônicas entre grupos carregados positiva e 
negativamente e por ligações covalentes do tipo dissulfeto (S-S). 
A molécula da mioglobina constitui-se de uma cadeia dobrada de maneira 
terciária, semelhante às unidades que compõe a estrutura quaternária da 
hemoglobina. 
 
 
 A estrutura quaternária refere-se à associação de cadeias polipeptídicas 
terciárias de uma mesma proteína. Esta associação envolve interações não covalentes, 
principalmente do tipo hidrofóbico, entre as cadeias polipeptídicas. 
 
 As modificações da estrutura quaternária da proteínas globular, constitui-se num 
importante mecanismo regulatório de sua função biológica, especialmente na 
atividade de algumas enzimas. 
 . 
 ESTRUTURA E FUNÇÃO DA HEMOGLOBINA 
 A hemoglobina é encontrada exclusivamente em eritrócitos e, portanto, 
apenas no sangue. 
 Ela se liga ao oxigênio de forma reversível, tornando-se saturada com oxigênio 
quando este se encontra em altas concentrações nos pulmões. O oxigênio é liberado 
sob baixa pressão de nos tecidos, onde é utilizado para o metabolismo aeróbico. 
A hemoglobina A, a principal hemoglobina em adultos, é composta de quatro 
cadeias polipeptídicas -duas cadeias alfa e duas cadeias beta- (α2β2), mantidas unidas 
por ligações não covalentes. Cada uma das globinas é codificada por diferentes genes 
que estão ativos durante diferentes estágios do desenvolvimento humano. 
 Cada sub unidade tem áreas de estrutura alfa-helicoidal e um espaço de ligação 
do heme, onde a proteína pode transportar o CO2 dos tecidos aos pulmões e O2 dos 
pulmões às células do corpo. O tetrâmero da hemoglobina pode ser visualizado como 
um composto de dois dímeros idênticos α e β. 
A hemoglobina pode ligar uma molécula de oxigênio (O2) a cada um dos seus 
quatro grupos hemes; em contraste, a mioglobina pode se ligar somente a uma 
molécula de oxigênio, pois contém somente um grupo heme. 
 
 As duas cadeias polipeptídicas dentro de cada dímero são mantidas juntas 
primariamente por interações hidrofóbicas. As interações hidrofóbicas intercadeia 
formam associações fortes entre as subunidades alfa e beta nos dímeros. Ligações 
iônicas e pontes de hidrogênio também ocorrem entre os membros do dímero. Os 
dois dímeros são capazes de se mover um em relação ao outro, sendo mantidos juntos 
primariamente por ligações polares. 
A hemoglobina fetal - Hb F, formada por duas cadeias gama e duas cadeias alfa, 
é característica do período fetal do desenvolvimento, tendo sua síntese diminuída no 
período pós-natal. Tem uma afinidade mais forte do oxigênio do que a hemoglobina 
adulta, esta aumenta o transporte do oxigênio ao feto dentro do útero capturando o 
oxigênio do vasculature placental que tem uma tensão muito mais baixa do oxigênio 
do que nos pulmões. A diminuição em sua produção por aproximadamente 6 meses 
depois que o nascimento reduz a troca do oxigênio entre os vasos sanguíneos e outras 
partes do corpo, incluindo o cérebro. 
 A hemoglobina A1c (Hb A1c) – hemoglobina glicosilada– (ou “glicada”) não é 
determinada geneticamente. Ela é uma subclasse da hemoglobina A formada por uma 
reação espontânea entre a glicose sanguínea e o resíduo amino terminal de valina da 
cadeia de globina beta. 
 
 Uma vez que a velocidade da reação depende da concentração de glicose, um 
paciente com diabetes melito não controlada (hiperglicemia) possui concentrações de 
Hb A1c acima do normal. 
 
 . 
10. DESNATURAÇÃO DAS PROTEÍNAS 
Quando aquecidas, expostas a extremos de pH ou tratadas com certos 
solventes, as proteínas globulares tornam-se insolúveis e perdem sua atividade 
biológica sem sofrer alterações na cadeia polipeptídica. Este processo, chamado 
desnaturação, é devido ao desenrolamento da cadeia polipeptídica pelo rompimento 
das pontes de hidrogênio que mantém a estabilização da estrutura tridimensional, 
com grande aumento de entropia (desorganização molecular). 
Nas proteínas enzimáticas ocorre a perda do poder catalítico; na hemoglobina 
verifica-se a perda da capacidade de fixação do oxigênio. A coagulação irreversível 
da albumina da clara de ovo pelo calor é um exemplo bem visível. 
 
Algumas proteínas são capazes de se redobrarem espontaneamente depois da 
desnaturação. Por exemplo, a ribonuclease A se renatura com a remoção gradual do 
agente desnaturante. Outras proteínas mantêm capacidades variáveis de renaturação, 
dependendo da extensão da desnaturação ocorrida. 
11.- HORMÔNIOS PEPTÍDICOS 
A integração do metabolismo energético é controlada primariamente pelas 
ações dos hormônios, alguns deles, como a insulina, o glucagon, a secretina e 
colecistoquinina, a prolactina e outros, pertencentes ao grupo dos hormônios 
nitrogenados, proteicos ou peptídicos, pela estrutura que apresentam, característica 
desses compostos. 
 
6. CITOCINAS 
 Citocina é um termo genérico empregado para designar um extenso grupo 
de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o 
desencadeamento das respostas imunes. Constituem um grupo de fatores extra-
celulares que podem ser produzidos por diversas células. 
Todas as citocinas são pequenas proteínas ou peptídeos, algumas contendo 
moléculas de carboidratos ligadas (glicoproteínas). 
 
12. ASSUNTOS COMPLEMENTARES 
 12.1. ASPARTAME, O PEPTÍDEO DOCE 
 O dipeptídeo L-aspartil-L-fenilalanina tem uma considerável importância 
comercial. O Resíduo de aspartil te um grupo alfa amina livre, o final N-terminal da 
molécula, e o resíduo da fenilalanina tem um grupo carboxila livre, o final C-terminal. 
Esse dipeptídeo é mais ou menos 200 vezes mais doce que o açúcar. Um éster metil 
derivado desse dipeptídeo é de importância comercial bem maior do que o próprio 
peptídeo. O derivado tem um grupo metila no final C-terminal, em uma ligação éster 
ao grupo carboxila. Esse derivado é chamado de aspartame e é comercializado como 
um substituto do açúcar sob a marca registrada NutraSweet. 
 O consumo de açúcar comum nos Estados Unidos é de aproximadamente 
45,359 Kg por indivíduo por ano. Muitas pessoas gostariam de reduzir a quantidade de 
açúcar ingerida como uma maneira de evitar a obesidade. Outros indivíduos precisam 
limitar a ingestão de açúcar por causa da diabete. 
Uma das maneiras mais

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