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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – TÉCNICAS E HABILIDADES PROF. CAMILA SANTOS 1. OBJETIVO DO APRENDIZADO Realizar a técnica de micronebulização com administração correta e precisa de forma a reverter adequadamente os casos de broncoespasmo e dificuldades respiratórias relacionadas. 2. INDICAÇÃO DA TÉCNICA Umidificação e fluidificação de secreções respiratórias no caso da micronebulização sem associação medicamentosa e em casos de broncoespasmo, como forma de reverter este quadro específico a partir da micronebulização associada a medicamentos broncodilatadores, como salbutamol e fenoterol, que pode se apresentar em diferentes quadros clínicos gerais, como é o caso da asma. 3. CONTRA-INDICAÇÃO DA TÉCNICA A técnica não apresenta contra-indicações gerais, porém, apresenta contextos específicos que requerem uma atenção maior na recomendação e execução da técnica, como a orientação de não se ligar a nebulização acima de 5/6 L/min, adequar o tipo específico de conexão e sua respectiva posição no paciente. 4. QUAIS PARÂMETROS CLÍNICOS UTILIZOU PARA INDICAR ESSA TÉCNICA A paciente chega ao pronto socorro e apresenta uma baixa saturação de 93%, claro esforço respiratório e sibilos difusos na ausculta pulmonar, indicando um quadro possível de broncoespasmo. Sendo esse associado ao histórico de asma apresentado pela paciente e sua respectiva queixa de quadros de broncoespasmo nos últimos cinco meses, acrescidos do uso crônico de nebulização e broncodilatadores e o uso de corticoide inalatório ocasional se tornou nítida a necessidade de intervenção por uso de cateter nasal a 4L/min, com o intuito de melhorar e estabilizar a oxigenação da paciente, além da micronebulização com associação medicamentosa de bromidrato de fenoterol e brometo de ipratrópio para tratamento definitivo da crise aguda de asma, não permitindo uma extensão do caso. 5. MATERIAL NECESSÁRIO Prescrição médica, medicamentos prescritos (Brometo de ipratrópio - 01 unidade, Bromidrato de fenoterol - 01 unidade, soro fisiológico 0,9% para diluição), seringa de 10 ml para medir a dose se necessário, agulha 40x1,2 para aspirar dose se necessário, micronebulizador com fio extensor, máscaras de nebulização de vários tamanhos, fluxômetro de oxigênio (verde) ou ar comprimido (amarelo), luvas de procedimento, máscara cirúrgica (caso o paciente apresente síndrome gripal), bandeja, etiqueta de identificação, alcool a 70%, papel toalha, caneta para registro, manequim para inserção O2, oxigênio Bala. 6. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA 1. Verificar a prescrição médica; 2. Higienizar as mãos; 3. Separar o material e a medicação prescrita, verificar a data de validade dos medicamentos; 4. Utilizar os EPI’s necessários (luvas de procedimento e máscara cirúrgica – caso o paciente apresente síndrome gripal); 5. Orientar o paciente quanto ao procedimento a ser realizado; 6. Verificar qual o tamanho da máscara adequada para cada paciente (distância da ponte do nariz ao sulco entre o lábio inferior e o mento); DISCIPLINA: treinamento de habilidades DIA DA SEMANA E HORÁRIO: quarta-feira 8h55 ALUNO: Sofia de Lamatta Barbosa TEMA DA AULA: micronebulização FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 7. Verificar danos nas máscaras antes da colocação da solução com o medicamento; 8. Medir, com auxílio de uma seringa de 5 ou 10ml, a quantidade conforme prescrição médica e diluir o medicamento no recipiente (copinho) do nebulizador, certificar-se que o inserto se encontre na posição correta; 9. Auxiliar o paciente a se posicionar, se possível, em Fowler ou assentado antes de iniciar a administração; 10.Ligar o nebulizador à extensão de látex acoplado ao fluxômetro de oxigênio; 11.Regular o fluxo de ar comprimido ou O2, conforme prescrição médica (5-6 litros/minuto); 12.Verificar a existência de névoa; 13. Adaptar e fixar a máscara à face do paciente (posicionar o ápice da máscara à região de ponte nasal e a base sobre o sulco entre o lábio inferior e o mento); 14. Orientar o paciente a manter respiração nasal durante a inalação do medicamento; 15.Manter a micronebulização até consumir toda a solução; 16.Retirar a máscara de micronebulizador da face do paciente; 17.Desligar o O2 ou ar comprimido; 18. Oferecer papel toalha para secar a umidade do rosto; 19. Proceder à secagem e posteriormente a desinfecção da máscara com álcool a 70% e colocar em saco plástico com identificação do nome do paciente, protegendo o sistema até a próxima utilização; ou encaminhar para o expurgo caso se utilize uma única vez; 20. Comunicar a equipe em casos de intercorrências e/ou necessidade de avaliação pós-procedimento; 21.Deixar a unidade em ordem e o paciente confortável; 22.Retirar os EPI’s; 23.Higienizar as mãos; 24.Realizar o registro do procedimento. 7. RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA Não obtive dificuldades ao realizar a técnica, provavelmente pela familiaridade apresentada pelo caso crônico de asma e seus respectivos cuidados que já são parte da minha rotina como asmática, porém não sabia de alguns detalhes técnicos interessantes, como o fato de que a micronebulização hospitalar é realizada com a associação ao fluxômetro de oxigênio, detalhe que é essencial para a realização adequada da técnica. 8. REFERÊNCIA JARDIM, A. Guia de Micronebulização. TH3, Minas Gerais: Guia de Habilidades, 2018. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Aerossolterapia (Micronebulização). Goiás: Hospital das Clínicas, 2020.
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