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ONDAS CURTAS ONDAS CURTAS Recurso muito utilizado na fisioterapia há anos É a aplicação de energia elétrica de alta frequência FREQUÊNCIA PORTADORA OC = 27,12 MHz Finalidades terapêuticas afim de aumentar a temperatura nos tecidos corporais em até 40 a 45°C Ondas Curtas não é somente diatermia – Pode ser atérmico Modelo antigo ONDAS CURTAS Duas placas que ao colocar em volta do tecido lesado gera uma corrente elétrica – essa corrente elétrica vai gerar um campo eletromagnético No aparelho de OC não há sensação da corrente elétrica devido a alta frequência – o sistema nervoso (nervos periféricos) não conseguem acompanhar essa velocidade Energia cinética – mobilização entre células – gera calor – efeito térmico Transferência de calor por conversão (transforma energia eletromagnética em energia térmica) ONDAS CURTAS Cenário ideal para aplicação do OC: Tomada própria e aterrada Gaiola de Faraday (Evita que as ondas se propaguem para fora do ambiente) OC - Radiação não ionizante Distâncias superiores a 1 metro (fisio/aparelho) 3 FORMAS DE APLICAÇÃO CONTÍNUO (CRÔNICO) PULSADO TÉRMICO (SUBAGUDA) PULSADO ATÉRMICO (AGUDA) Objetivo: Calor profundo Efeito atérmicos - efeito biológico Produz pulso de alta intensidade, porém com a potência média gerada é tão baixa que não gera calor (no pulsado) EQUIPAMENTOS MODERNOS PRINCÍPIOS FÍSICOS OC contínuo: GERA CALOR OC pulsado: soma-se efeito térmico e atérmico (dependendo da Frequência de pulso, produz pouco calor) EFEITOS DA GERAÇÃO DE CALOR Excitação de íons, moléculas, membranas e células Absorção de energia por parte dos tecidos Movimentação iônica (atrito – calor) PRINCÍPIOS FÍSICOS Tecidos vascularizados são considerados bons condutores Metais e suor são bons condutores (Queimaduras) Tecidos com água são bons condutores e gordura é mau condutor VIBRAÇÃO DE ÍONS Moléculas dipolar – H2O Excita as moléculas e elas irão fazer uma rotação Movimentação iônica que ocorre entre as duas placas que gera o efeito do OC Moléculas carregadas de íons EFEITOS FISIOLÓGICOS DO CALOR Aumento da elasticidade tecidual Redução de espasmo Melhora da mobilidade articular Vasodilatação Aumento do fluxo sanguíneo EFEITOS ATÉRMICOS Aumento atividade celular (Agitação da célula – aumento metabólico) Reabsorção de hematomas Antiflamatório Redução de edema Aumento produção de colágeno Aumento da reparação dos tecidos PRINCÍPIOS DE APLICAÇÃO INDUTIVO Bobina, cabo ou espiral CAPACITIVO Placas metálicas envoltas em plástico (Schliepack) 2 Eletrodos flexíveis envoltos em borracha PRINCÍPIOS DE APLICAÇÃO CAPACITIVO Placa metálica envoltos em borracha Ainda pode colocar um protetor (capa de tecido) APLICAÇÃO - INDUTIVO Bobina Ex: Técnica de aplicação no ombro APLICAÇÃO - CAPACITIVO Posicionamento do eletrodo em relação à entrada nos tecidos: Contraplanar/Transversal ou “Sanduíche” Nessa técnica precisa passar pelo resistor (pele, gordura, fáscia, tendão etc) Resistores em série – cada tecido irá fazer uma resistência Resistência muita maior Aumento da temperatura poderá ser maior nos tecidos superficiais APLICAÇÃO - CAPACITIVO Contraplanar ou Sanduiche Ex: Técnica de aplicação no ombro APLICAÇÃO - CAPACITIVO Longitudinal: Colocar placas afastadas Corrente entra no tecido como se fossem resistores paralelos – a corrente se distribui vai passando pelo tecido até chegar do outro lado A resistência total é muito menor Buscar a aplicação longitudinal APLICAÇÃO - CAPACITIVO Longitudinal Ex: técnica para aplicação em joelho e tornozelo APLICAÇÃO - CAPACITIVO Coplanar: As placas estão no mesmo plano – a corrente tem boa penetração Deve-se respeitar uma distância mínima entre os eletrodos, caso contrário se formará um campo eletromagnético entre eles sem favorecer um aquecimento tecidual ou produzir queimadura no ponto que estiver entre os eletrodos. APLICAÇÃO - CAPACITIVO Coplanar Ex: Técnica de aplicação para lombar e região dorsal CORRETA APLICAÇÃO POSICIONAMENTO DO PACIENTE E ELETRODOS SINTONIA DO EQUIPAMENTO Potenciômetro ou intensidade: Contínuo – de acordo com o paciente (começa + ou – no 3 e verifica a sensação do paciente) Sintonia máxima CORRETA APLICAÇÃO Potenciômetro ou intensidade: Pulsado – independente se for térmico ou atérmico – Intensidade - máximo Sintonia - Máximo DOSIMETRIA OC CONTÍNUO (Não tem FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO, APENAS SINTONIA (máxima) e INTENSIDADE (de acordo com o paciente) Tempo = 12 a 15 minutos Lei de Van´t Hoff: 1° C aumentado, o metabolismo aumenta 2 a 3 vezes OC pode-se obter aquecimento de 3 a 6,6°C (aumenta muito o metabolismo) SNC reage a 42°C (reações de vasodilatação e o organismo vai dissipar calor, não deixando acumular) DOSIMETRIA OC PULSADO Tempo: 20 minutos Frequência de Pulso: DEPENDE DA POTÊNCIA DE PICO DE CADA APARELHO Potenciômetro sempre no máximo no Atérmico, porém observar se haverá aumento de temperatura (aparelho pode estar descalibrado) CONTÍNUO PULSADO DOSIMETRIA Na literatura Potência Média abaixo 20 W não gera calor Exemplo: Potência Média = 350X400X100Hz = 14.000.000 (duração dos pulsos ms, cortar 6 casas para transformar em segundos) PM = 14W Atérmico Potência Média = 350X400X200Hz = 28.000.000 (duração dos pulsos ms, cortar 6 casas para transformar em segundos) PM = 28W Térmico Sempre 400mS DOSIMETRIA Na literatura Potência Média abaixo 20 W não gera calor Exemplo: MARCA: Thermopulse Transistorizado Ibramed - Aparelho de Diatermia por Ondas Curtas Potência Média: 150X400X100Hz = 6.000.000 PM: 6W Atérmico Potência Média: 150X400X340Hz = 20.400.000 PM: Acima de 20W Térmico Sempre 400mS PREPARAÇÃO DO PACIENTE A região deve estar desnuda ou com roupa que não seja tecido sintético e sem metal; Remover todos os objetos metálicos do paciente (óculos, anéis, joias, relógio, moedas, celulares, etc) Assegurar-se de que a pele esta seca; Pedir para que o paciente informe qualquer desconforto na aplicação de DOCC/DOCP PREPARAÇÃO DO PACIENTE Colocar o paciente confortavelmente, afim de evitar mudanças de posição; Todos os botões do aparelho devem estar zerados; Manter a distância entre as placas; Não deixar os cabos cruzarem; Não deixar o paciente só, ou dormir durante o tratamento; Assegure-se que a cama onde esta o paciente, e a mesa que suporta o aparelho não sejam de metal. PRECAUÇÕES Vestimenta / materiais sintéticos Sudorese Operador há 1 metro do aparelho (Não sabe quais efeitos a longo prazo) Cruzamento dos cabos CONTRA-INDICAÇÕES Tumores Estado febril Epífises de crescimento Marcapasso Gravidez Implantes metálicos Sensibilidade térmica alterada Condições hemorrágicas Déficit vascular / TVP EVIDÊNCIAS OC Tratamento por ondas curtas pulsadas em mulheres com osteoartrite de joelho: um ensaio clínico multicêntrico, randomizado e controlado por placebo 27.12 MHz/ 250W/400us/145Hz/ 14.5 W/ 20 ou 40 minutos (121 pacientes) Grupo 1: Placebo Grupo 2: Controle Grupo 3:OCP atérmico (14.5W) 19’ Grupo 4: OCP atérmico (14.5W) 38’ Melhora da função e dor (nos grupos 3 e 4) Não houve diferença entre 19’ ou 40’ Não foi realizado nenhum tipo de exercício, foi avaliado somente o aparelho do OC REFERÊNCIAS Agne JE. Eu sei eletroterapia. 2ed. Santa Maria: Pallotti, 2011. Fukuda T. Atualização em eletrotermofototerapia.
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