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Tipos de Incontinência Urinária

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Tipos de Incontinência Urinária (IU)
- Incontinência Urinária de Esforço (IUE): é a perda involuntária de urina associada com um esforço físico, e com isso ocorre o aumento da pressão abdominal, (esse esforço pode acontecer ao caminhar, correr, tossir, rir), a pressão intravesical ultrapassa a pressão uretral causando uma falha nos mecanismos de resistência uretral, geralmente acontece por dois motivos:
- Hipermeabilidade Uretral: os mecanismos de pinçamento da uretra falham quando ela desce saindo da sua posição anatômica.
- Deficiência Intrínseca do Esfíncter: ocorre uma coaptação insuficiente das paredes uretrais que diminui a resistência da uretra.
A IUE é mais comum em mulheres e geralmente atinge 50% das idosas com menos de 75 anos. É raro em homens idosos e está ligado a cirurgias precoce de próstata transuretral e suprapúbica.
- Incontinência Urinária de Urgência (IUU): é caracterizada pela perda involuntária de urina associada a “urgência”, quando o indivíduo se queixa de uma vontade súbita e intensa de realizar a micção, difícil de controlar. A sensação de urgência ocorre por causa da contração involuntária do detrusor da bexiga. Em um estudo urodinâmico é classificado como “detrusor hiperativo”, podendo ser uma doença neurológica (hiperatividade do detrusor neurogênico) ou uma doença sem causa detectável (hiperatividade do detrusor idiopático). Outra causa pode ser por estenose uretral ou hipercorreção cirúrgica.
É comum em pessoas com mais de 75 anos, atingindo de 11 – 20% das mulheres e 40 – 80% dos homens.
- Incontinência Urinária Mista (IUM): perda involuntária de urina associada a urgência e ao esforço. Atinge cerca de 30 – 40% das mulheres e é mais frequente em mulheres jovens e na pré- menopausa e a incontinência urinária de urgência ocorre em mulheres na pós- menopausa.
- Incontinência Urinária Contínua (IUC): é a perda involuntária e contínua da urina, pode ser causada por uma fístula, saída uretral ectópica ou déficit uretral intrínseco grave.
- Enurese Noturna: perda involuntária de urina durante o sono, ocorrendo mais em crianças e adolescentes. 
- Incontinência Urinária Inconsciente (IUI): perda involuntária de urina sem vontade de urinar e independente do aumento da pressão abdominal. É uma incontinência urinária rara e acontece com grandes volumes de urina dentro da bexiga e acomete mais a população geriátrica. Em relação ao ponto de vista etiológico é uma disfunção do esvaziamento vesical por obstrução do trato urinário inferior (crescimento prostático, esclerose do colo vesical) ou em um detrusor contrátil (neurológico).
- Outra Incontinência Urinária: pode acontecer em uma ocasião específica como durante a relação sexual, ou durante uma crise de riso, chamada de “incontinência do riso”. Outra forma de incontinência Urinária é o gotejamento pós miccional, que é a perda de urina após o término da micção.
Atuação da Fisioterapia
A fisioterapia age na prevenção e no tratamento da IU, por meio da educação da função miccional, informação adequada de como usar a musculatura do assoalho pélvico, apresentar técnicas e exercícios de fortalecimento muscular. Os objetivos da fisioterapia é reeducar a musculatura do assoalho pélvico e seu fortalecimento, porque na maioria dos casos de IU está presente a redução da força muscular.
A reabilitação do trato urinário inferior (TUI) ocorre de maneira não cirúrgica e não farmacológica para ganhar a funcionalidade adequada. No tratamento fisioterapêutico da IU encontra as seguintes modalidades: Biofeedback, mudanças comportamentais, eletroestimulação neuromuscular, cones vaginais e cinesioterapia.
O Biofeedback é um aparelho que funciona como sensor que capta a atividade do músculo do assoalho pélvico possibilitando a informação sobre o processo normal, fisiológico e inconsciente da contração do músculo do assoalho pélvico, introduzida ao paciente ou ao terapeuta como sinal visual, auditivo ou tátil.
As mudanças comportamentais, é feita com análise e alteração entre sintomas do paciente e do ambiente em que vive, com o objetivo de tratar a micção inadequada ou mal adaptada. Isso pode ocorrer com a mudança do paciente ou do ambiente em que ele vive.
A eletroestimulação neuromuscular é feita com aplicação de corrente elétrica para a estimulação da inervação da víscera pélvica ou o suprimento de sua inervação. O objetivo é induzir uma resposta terapêutica ou modular as disfunções do TUI, intestinais e sexuais.
Os cones vaginais tem o objetivo de melhorar o tônus da musculatura pélvica, introduzindo na cavidade vaginal cones de material sintético, exercitando a musculatura perineal para tentar reter os cones e aumentar o peso deles.
Na cinesioterapia do assoalho pélvico é feito os exercícios de Kegel, com o objetivo de trabalhar a musculatura perineal para tratar hipotonia do assoalho pélvico. Os exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica é o reforço da resistência uretral para melhorar a sustentação dos órgãos pélvicos. 
Figura: 1 - Tipo de incontinência urinária por faixas etárias (outro, branco; urgência, verde; misto, verde claro; estresse, vermelho). Reproduzido com permissão do autor correspondente. A prevalência de incontinência urinária em mulheres em quatro países europeus S Hunskaar, G Lose, D Sykes, S Voss (PMID: 14764130)

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