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Livro Talentos para a VIDA

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Talento Para A Vida
O que fazer para descobrir e potencializar seus talentos e ter uma vida produtiva e prazerosa
Jorge Matos e Vânia Portela
Jorge Matos é o principal executivo e consultor senior da Dimensão/Human Learning. É o criador do programa DCP Desenvolvendo a Competitividade Pessoal© e vem nos últimos anos dedicando o seu trabalho aos processos de planejamento, mudança e desenvolvimento de pessoas e organizações
Vânia Portela é diretora e consultora sênior da Dimensão/ Human Learning. Como Psicóloga tem dedicado seu trabalho a ajudar pessoas, famílias e organizações a encontrarem prazer nos seus processos de aprendizado e mudança.
“Extremamente proveitoso, tratando de forma objetiva aspectos totalmente subjetivos referentes ao Talento e à Competitividade Pessoal. Uma oportunidade de autoconhecimento, possibilitando refletir sobre medos, relacionamentos, montagem e participação em equipes e a importância de ter uma visão de futuro.” Célio Lora - Coordenador EPGE-FGV e Diretor da Lora Associados
“Ficar frente a frente com você é a lição aprendida após a leitura deste grande livro.” - José Bonifácio da Silva Gerente de Desenvolvimento de Pessoal, INB
“O livro deixa claro que tão importante quanto conhecer a missão é conhecer a si mesmo.” - Nilson Brandão Junior Jornal O Estado de São Paulo
“O livro dá um salto no processo de desenvolvimento dos nossos profissionais, iniciado com o programa DCP - Desenvolvendo a Competitividade Pessoal. Parabéns!” - Marcelo Feitosa Controller, Grupo Fernandes Vieira
“Ao ler Talento Para a Vida pude refletir com muita profundidade o meu perfil pessoal e das demais pessoas que estão participando dos trabalhos com a Dimensão. O crescimento é visível em todos. Melhorou a confiança pessoal, ampliou o foco e diminuíram os medos com as mudanças num mundo de alta velocidade.” - Beth Lott - Consultora de Recursos Humanos, Banco Brascan
“O livro é um espelho no qual podemos ver refletida a nossa imagem e a daqueles que conhecemos mais de perto, e nos oferece ferramentas para aperfeiçoá-la e aprender a lidar com mais competência com os diversos tipos de temperamentos.” - Rosa Bacelar Fundação de Desenvolvimento Municipal FIDEM
“O livro e o relatório do meu perfil contribuíram de forma significativa para melhorar a minha qualidade de vida e entender mais profundamente o comportamento das pessoas.” - Almany Maia de Farias Ex-Assessor do Gabinete Civil da Presidência da República e Violinista na Orquestra Sinfônica de Brasília e Recife
“O livro nos ajuda a descobrir e potencializar nosso Talento. Ele força uma autoavaliação e compreensão mais clara de quem somos e como podemos fazer para crescer e ser mais produtivo em nossas empresas.” - Selma Fernandes Gerente de Desenvolvimento para América Latina, AGA
Ter uma vida produtiva e ao mesmo tempo prazerosa de viver, é o sonho de muita gente. Entretanto, a realidade revela que a grande maioria das pessoas não estão satisfeitas nem felizes com o que fazem. Será essa uma condição imutável? Os autores desse livro, com sabedoria, demonstram que não e que muito pode ser feito.
Baseado no sistema DISC de William M. Marston, com aplicação para mais de 30 milhões de pessoas em todo o mundo e no programa denominado Desenvolvendo a Competitividade Pessoal©, concebido por Jorge Matos e realizado para mais de 20 mil pessoas no Brasil, englobando estudantes e profissionais de diferentes níveis hierárquicos, áreas e segmentos empresariais, o livro “Talento Para a Vida” é um poderoso revigorante.
Combinando sólida metodologia com experiência prática, o livro motiva o leitor a descobrir dentro de si um conjunto de características que formam a base do talento e suas formas de expressão.
A abordagem bem fundamentada nas pesquisas e a competência analítica de Jorge Matos e Vânia Portela nesse valioso trabalho, permite conhecer as peculiaridades e diferenças entre "O Caminho do Desperdício" e "O Caminho da Alta Performance". Essas descobertas e os conhecimentos daí advindos, contribuem de forma decisiva para afastar os obstáculos que muitas vezes impedem a entrada do sucesso, que insiste em bater à nossa porta.
“Talento Para a Vida” funciona como uma bússola para aqueles que desejam potencializar os seus próprios talentos num mundo que exige agilidade e ousadia.
É sem dúvida, uma ferramenta eficaz que não pode deixar de ser lida por toda pessoa que necessita despertar e/ou maximizar os seus talentos, crescer com os diferentes comportamentos humanos e construir sua visão de futuro.
Luiz Carlos C. Campos Presidente da ABRH-Rio
Ao Talento e à Vida
O Talento não foi feito para se desperdiçar.
E a semente de vida querendo desabrochar.
É pedra não lapidada escondida por camada pedindo para brilhar!
Talento afinal foi feito para dar a expressão, a canção que sempre ecoa do fundo do coração.
É vida que vai fluindo, beleza que vai surgindo. Essência do ser em ação!
Vânia Portela
A figura do Dodecaedro (composição de doze lados, simbolizando o infinito) na capa do livro é uma homenagem a LEONARDO DA VINCI (1452- 1519), um dos maiores talentos da humanidade, para quem o termo “Homem da Renascença” foi criado numa tentativa de descrever sua genialidade.
DA VINCI foi um homem de realizações extraordinárias nas mais diferentes áreas da criação humana. No campo da pintura, “La Gioconda” (a famosa “Mona Lisa”), e o primoroso “Última Ceia”, pintado no monastério de Santa Maria das Graças em Milão-Itália, são obras primas que, por si só, já teriam assegurado a LEONARDO DA VINCI o reconhecimento eterno como uma das expressões máximas da arte.
Entretanto, a despeito de sua dimensão, estas obras não têm o poder de obscurecer o fato dele ter sido também um genial escultor e arquiteto, com incursões notáveis nas ciências físicas e naturais, na matemática, e na engenharia.
Mais de 400 anos antes das máquinas voadoras terem sido aperfeiçoadas, o talento inventivo de Leonardo, projetou protótipos do balão a ar quente, do helicóptero e do avião.
Seus extensos e profundos estudos da anatomia humana foram retratados em desenhos anatômicos, os quais estão entre as realizações mais significativas tia ciência da Renascença. Suas notáveis ilustrações do corpo humano elevaram o desenho a um nível significativo nos meios de investigação e exposição científica, provendo os princípios básicos para a ilustração da ciência moderna.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	10
PARTE 1 - CONHECENDO MEUS TALENTOS	12
1. O que são Talentos? Você está a favor ou contra a correnteza?	12
2. Grandes Talentos - Posso ser tão bom quanto eles?	16
3. Talentos de Alta Performance - Como agregar conhecimentos ao meu Talento?	19
4. A Escolha da Profissão - Posso estar confundindo formação com função?	22
5. Identificação de Talentos - O Perfil Pessoal - O que é o DISC e como funciona?	27
O Modelo de Duas Escalas do DISC (*)	33
Perfil Analítico - Linguagem Escrita	34
Perfil Gráfico	34
6. Compreendendo os Tipos de Talentos - O que significa cada um dos fatores do DISC?	37
7. Os 40 Talentos Naturais - Como identificar o Talento que mais se assemelha ao meu Perfil Pessoal?	42
Encontrando seu Talento	44
Alta Dominância	46
O Comandante	46
O Empreendedor	47
O Solucionador	48
O Julgador	48
O Organizador	49
O Normatizador	50
O Estrategista	51
O Inovador	52
O Instrutor	53
O Competidor	54
Alta Influência	55
O Carismático	55
O Gerenciador	55
O Comprometido	56
O Harmonizador	57
O Professoral	58
O Estimulador	59
O Integrador	60
O Aprendiz	61
O Aconselhador	61
O Articulador	62
Alta Estabilidade	63
O Protetor	63
O Recuperador	64
O Pacificador	65
O Observador	66
O Cauteloso	66
O Estruturador	67
O Coordenador	68
O Diplomata	69
O Supervisor	70
O Compreensivo	70
Alta Conformidade	71
O Sonhador	71
O Idealizador	72
O Precavido	73
O Regente	73
O Especialista	74
O Inventivo	75
O Futurista	76
O Ordenado	77
O Educador	77
O Criterioso	78
8. Casos Especiais - E possível ter um perfil fora das características citadas?	79
Perfil Achatado	79
Perfil Overshift	80
Perfil Undershift	80
Perfil Não Processado	81
PARTE 2 - POTENCIALIZANDO O QUE TENHO DE MELHOR82
9. Talentos Não Desenvolvidos - É possível que o meu Talento não corresponda à minha forma de ser?	82
Parece, mas não é	82
É, mas não parece	85
Parece e é	85
10. Dificultadores ao Desenvolvimento Pessoal - O que pode dificultar o meu crescimento?	87
Dificultadores Externos - Pedras no Caminho	87
Dificultadores Internos - Sombras	88
Medos Típicos do Alto D	95
Medos Típicos do Alto I	98
Medos Típicos do Alto S	100
Medos Típicos do Alto C	102
11. Desenvolvendo Meus Talentos - O que preciso fazer para desenvolver meus Talentos?	104
Desenvolver e redimensionar	108
12. Administrando o Estresse para Ultrapassar Barreiras - De que forma minhas características influenciam no meu estresse?	119
13. A Motivação como Elemento Potencializador do Meu Talento - Como me motivar para colocar o meu Talento em ação?	124
Inventário Motivacional	126
PARTE 3 - AMPLIANDO E MELHORANDO AS RELAÇÕES COM OUTROS TALENTOS	130
14. Relacionando-se, Produtivamente, com Outras Pessoas - Como melhorar o relacionamento com outros Talentos?	130
Comparações	132
15. Talentos que Complementam ou Alavancam o Meu - Como melhorar minha performance pessoal por meio de outras pessoas?	135
Perfil Complementar	136
O Complemento de Cada Perfil	137
Perfil Alavancador	138
Casamento e Família	139
PARTE 4 - CONSTRUINDO PESSOAS E ORGANIZAÇÕES COMPETITIVAS	142
16. Formando Times de Alta Performance - Que tipos de Talentos são necessários para formar meu time?	142
Ter um líder com competência para gerenciar pessoas	144
Conhecer o Perfil das Pessoas que Pertencem ao Time	148
Dar a Cada uma Delas a Função Condizente com o Seu Talento	151
Criando um Ambiente Adequado para a Expressão de Cada Talento	154
Manter as Pessoas Focadas no Objetivo Comum Mediante a Convergência de Interesses	159
17. Entendendo o Atual Contexto do Mundo - Como as grandes mudanças estão impactando diretamente na minha vida?	162
18. Construindo uma Visão de Futuro - Como utilizar o meu Talento na construção do meu futuro?	169
Princípios para Montagem de uma Visão	173
19. Construindo a Eu S.A. para Colocar em Prática o Meu Talento - O que preciso fazer para usar o meu Talento com sucesso?	174
Sucesso e Fracasso	178
20. O Impacto do Tempo em Cada um dos Talentos - Como maximizar a gestão do meu tempo?	181
Alto D - Executor - Atua como se fosse um avião.	183
Alto I - Comunicador - Atua como se fosse um carro.	184
Alto S - Planejador - funciona como se fosse um elevador.	185
Alto C - Analítico - Funciona nos moldes de um trem.	186
RESUMINDO	188
21. Conseguirei trilhar caminhos mais produtivos e prazerosos?	188
22. Aplicações do DISC	190
APÊNDICE	192
REFERÊNCIAS	194
INTRODUÇÃO
Você está feliz com o que faz?
Em cada momento da História, iremos encontrar homens e mulheres que foram absolutamente especiais e únicos. A lista é imensa e, por certo, não faríamos justiça citando apenas alguns.
No entanto, para cada um que obteve pleno sucesso em suas vidas, milhares fracassaram. Porém, o mais interessante é que, apenas o sucesso não garantiu a felicidade de muitos, mas, em contrapartida, aqueles que faziam o que não gostavam, foram infelizes em suas trajetórias profissionais.
Grande parte das recentes pesquisas indica que mais de 80% das pessoas, a maioria absoluta, não estão felizes com o que fazem. Levam consigo pouca ou nenhuma satisfação ou prazer no desenvolver de suas tarefas. Carregam um fardo que se torna mais pesado ao longo dos anos, enterrando seus sonhos e alimentando suas frustrações. Passam pela vida com a sensação de não terem desfrutado dela. O trabalho passa a ser uma obrigação, desprovido de qualquer prazer.
Estressados, confusos pelo excesso de mudanças, veem sua qualidade de vida ser deteriorada.
O prazer é o combustível da produtividade. 
Quando ele não permeia a nossa existência em todos os seus papéis, o sentido da vida, o motivo para viver, desaparecem, bem como a produtividade das organizações que, diariamente questionam-se, buscando maneiras de melhorar a performance dos seus profissionais.
Quando fazemos o que gostamos, quer seja em casa ou no trabalho, a vida ganha sabor. Voltar a cada dia àquele lugar nos traz entusiasmo, motivação. Leva-nos a querer aprender mais sobre o que fazemos, mobiliza nosso interesse e dedicação. Melhorar a cada dia nossa contribuição é um desafio pessoal e uma consequência natural gerada pela motivação.
A alegria e a satisfação estampadas no rosto de quem faz o que gosta contagiam os demais, criam um clima agradável e contribuem para uma boa convivência.
A ausência de prazer no trabalho nos divide, tirando o combustível para o exercício de outros papéis. Tudo isso nos leva a fazer uma série de questionamentos:
· Por que tantas pessoas ao redor do mundo não conseguem encontrar sua felicidade no campo profissional?
· G Por que as pessoas não são, normalmente, encorajadas a potencializar seus talentos e a maximizar os aspectos mais fortes que têm?
· O quanto é importante descobrir os nossos talentos e encontrar o “Norte”, na era da velocidade?
· O quanto a felicidade ou a infelicidade profissional pode prejudicar as outras áreas de atuação de nossas vidas?
· Como percebemos os fatos diante da vida: como ameaças ou oportunidades?
· O que temos feito de errado, nesse sentido, ao longo de todos esses anos?
· Existem meios de nos conhecermos melhor e aumentarmos nossas chances de sermos felizes e termos sucesso profissional?
E se tivéssemos uma sociedade em que, ao contrário do quadro atual, pelo menos 80% das pessoas gostassem muito do que fazem? Seriamos mais felizes, produtivos e teríamos menos estresse, doenças e crises? Acreditando que isso seja possível, temos realizado um trabalho diário ao longo dos últimos quinze anos com mais de 20 mil participantes dos nossos cursos, palestras, seminários, orientações individualizadas e milhares de análise de perfil pessoal elaboradas, e que agora transformamos em livro. Nosso propósito é que as pessoas possam trazer à tona as questões citadas e, de alguma forma, obtenham respostas que possam torná-las mais felizes nas suas vidas pessoal e profissional e ampliem a produtividade das organizações.
PARTE 1 - CONHECENDO MEUS TALENTOS
1. O que são Talentos? Você está a favor ou contra a correnteza?
Nadar a favor da correnteza é muito mais fácil do que nadar na contramão. Identificamos que estamos nadando a favor quando tudo corre de forma prazerosa e quando tudo conspira a nosso favor. Claro que o rio pode ter algumas pedras, corredeiras, cachoeiras, mas quem faz a escolha do rio em que quer nadar é você!
Definir o rumo da nossa vida de acordo com a nossa tendência natural, ou nosso Talento, é nadar a favor da correnteza. Nadar no sentido inverso da correnteza é quando tentamos ser o que não somos, e tudo se torna mais difícil e o prazer desaparece de nossas vidas.
Talento vem sendo definido das mais diversas maneiras. Se abrirmos o dicionário, encontraremos palavras do tipo: inteligência excepcional, habilidades naturais, apropriado, adequado para, talhado para e aptidões naturais. Para efeito deste livro, definiremos talento como habilidade natural para o exercício de uma função, seja ela qual for.
Essa habilidade natural, ou talento, quando não burilado e direcionado, pode ser desperdiçado no decorrer de nossas vidas tirando-nos do nosso rumo e tornando-nos menos felizes. Entretanto, quando identificado, podemos direcionar toda a nossa energia e esforço para a busca da capacitação adequada que potencialize esse talento e nos leve à realização pessoal e à felicidade profissional. Dessa forma vamos conceituar as habilidades naturais que tenham sido adequadamente lapidadas como Talento de Alta Performance, que será detalhado mais a frente.
Há pessoas que desde pequenas já revelam os seus dons. Temos visto crianças com pendores artísticos revelados muito cedo. Lendo a biografia de Pablo Picasso, ficamos surpresos ao saber que aos dois anos, aproximadamente, antes mesmo de falar direito, ele pegou um lápis e fez o desenho de uma rosquinha que estava num cesto de pão, ã mesa do café da manhã. Sua mãe admirada,guardou
o	desenho para mostrar ao seu pai. Mal havia nascido e Picasso já sabia a que tinha vindo! Contam que a primeira palavra que ele pronunciou foi nada mais nada menos que... “lápis”. O mais comum, entretanto, é encontrarmos pessoas com grande dificuldade de definirem suas aptidões.
Outra coisa que nos chama a atenção é que, quando alguém não apresenta uma aptidão bem definida para uma determinada profissão, acha que foi desprovido de toda ou qualquer espécie de talento. Isso não é verdade. Qualquer tipo de tarefa exige alguém com talento para executá-la, por mais simples que ela seja. Imagine uma cozinheira. Todos nós podemos cozinhar. A diferença dos sabores e a satisfação em degustar determinados pratos está no talento de quem os preparou. (Ver o filme A. festa de Babete) É comum vermos pessoas comentando que fizeram uma receita exatamente da forma como esta lhes foi passada mas que não ficou igual à da pessoa que a forneceu. Tínhamos uma arrumadeira que, quando chegava à nossa casa, em pouco tempo colocava tudo em ordem e de um jeito tão especial que a casa passava a sensação de arrumação e limpeza. Outras, antes dela, passavam todo o dia a trabalhar, gastavam o dobro em material de limpeza e a sensação era que nada havia sido feito.
As características criam a sua identidade. 
Elas não são necessariamente boas ou más. A utilização que fazemos delas ou ainda a intensidade com que as usamos, fará com que elas se tornem positivas neutras ou negativas. Não é à toa que, quando falamos sobre como as pessoas se comportam, costumamos dizer frases do tipo:
“Amélia é muito exagerada. Pinta as coisas com cores muito fortes.”
“Benedito é muito morno. Não se entusiasma com nada que a gente diz.”
“Plínio é muito agitado. Não conseguimos fazer com que ele pare para ouvir.”
“Ana é compreensiva demais. Parece que tem sangue de barata.”
Howard Gardner, professor e pesquisador ligado à Universidade de Harvard, desenvolveu estudos a respeito da criatividade, liderança e inteligência. Segundo ele, uma pessoa pode ser mais forte ou mais fraca em certo tipo de inteligência ou aptidão, sem que isso seja um rótulo que identifique pessoas mais ou menos qualificadas: ao contrário, essa classificação pode ajudar a traçar planos utilizando seus pontos fortes e reforço para seus pontos mais necessários.
Pesquisas vêm revelando que para cada tipo de profissão ou função existem características específicas. Essas características ocupam um lugar próprio na nossa estrutura pessoal de referência, a qual denominamos de perfil.
Esse conjunto de características que cada um de nós traz ao nascer irá sendo desenvolvida, ou não, a partir das experiências vividas. Elas são o eixo em torno do qual devemos circular para sermos o melhor possível, aquilo que realmente somos. Podemos aperfeiçoá-las ou deteriorá-las. Elas definem o nosso papel na sociedade ou nossa missão de vida. Por meio delas nos realizamos, pessoal e profissionalmente. No decorrer da nossa existência, a educação que recebemos em nossos lares, na escola, e a influência dos amigos, religião ou sociedade podem nos afastar do nosso eixo, levando-nos a desenvolver essas características de forma distorcida ou contribuir para que possamos potencializá-las e sermos pessoas felizes e de sucesso.
A cada um de nós foram concedidos talentos especiais, para que os usássemos da melhor maneira. No entanto, na maioria das vezes passamos pela vida sem descobri-los. Outras, até conhecemos esses talentos, mas não os desenvolvemos porque não foram valorizados, e então achamos que não valia a pena investir neles. Tivemos medo de errar. Perdemo-nos no caminho e saímos em busca do que os outros achavam que era melhor para nós ou que poderia dar mais dinheiro. Pais fazem a cabeça dos filhos para buscar uma faculdade de acordo com o que eles acham que terá maior demanda de mercado, achando que assim garantirão a sua felicidade. Não levam em conta, muitas vezes, a habilidade natural, o talento que o filho vem manifestando por meio de seus comportamentos ou, se esse talento ainda está obscuro, não os ajudam a descobri-lo para direcionarem melhor sua vida.
Quantos de nós abriram falência ou continuam no mercado ganhando apenas o suficiente para sobreviver, sem nenhuma perspectiva, porque continuam investindo em produtos ou serviços para os quais não têm a menor aptidão. Aquele que tem e sabe desenvolvê-la, mais lhe será dado, pois o lucro virá por acréscimo. Entretanto, aquele que não tem ou não usa a que tem, certamente terminará sem nada, porque tudo quanto fica em desuso se deteriora e se perde.	 
Diante de tudo que temos para realizar, quer como pessoa, quer como empresa, o tempo é sempre muito curto. Por essa razão, é preciso escolher o caminho mais rápido. Como dizia Madre Tereza de Calcutá: “o caminho mais rápido é a escolha certa”. 
Descobrir o seu perfil pessoal é descobrir a base do seu talento. É o primeiro passo para tirar o melhor proveito dele e, quem sabe, definir o destino de sua vida.
A partir daí você poderá buscar a capacitação necessária, em forma de seminários, treinamentos, cursos técnicos e universidade, aconselhamento individual, estágios e experiências vividas que exercitem suas habilidades naturais e potencializem a sua forma de atuação.
Portanto, podemos dizer que, para descobrir o seu talento natural você pode começar, antes de qualquer outra coisa, a observar seu próprio comportamento no dia-a-dia, pensar na função que exerce, seja como estudante, empregado ou empresário, e responder às perguntas a seguir, classificando-as com muito, pouco ou nenhum:
· Com que facilidade eu executo essa atividade?
· Qual o prazer envolvido na execução dessa atividade?
· O quanto essa atividade é natural para mim?
· Estou feliz exercendo essa atividade?
· O quanto eu gostaria de trabalhar com isso e crescer dentro disso, por um longo período de minha vida?
Com essa avaliação rápida e simples, dá para você perceber se está investindo sua energia e seu tempo no sentido de potencializar o seu talento. Nunca é tarde para descobrir nosso talento.
O Sr. Ricardo P. nos procurou para rever sua vida pessoal e profissional. Estava com 45 anos e havia dedicado toda a sua vida à função executiva. Naquele momento estava disposto a tomar novo rumo. Queria saber qual o seu talento e o que poderia fazer de agora por diante que o fizesse sentir-se feliz. Foi ser professor universitário. Criou um novo sentido para sua vida.
Marcos M. foi preparado para assumir a presidência de uma grande empresa. Apesar de tecnicamente muito competente, o seu talento estava voltado para outra atividade. Assumiu a presidência, e apesar de conseguir ser produtivo, não estava tendo prazer. Saiu e foi buscar uma atividade que pudesse reunir as duas coisas.
Regina L. G. aposentou-se, mas sentia-se ainda com muita energia para trabalhar. Era viúva, seus filhos estavam formados e casados e ela não queria ficar em casa olhando para as paredes. Não sabia exatamente o que gostaria de fazer. Descobriu seu talento e o direcionou para a arte. Fez cursos, especializou-se e hoje coloca suas criações no mercado e ministra cursos. Está feliz com sua nova vida.
Cada pessoa possui um Talento especial. A grande questão é como descobri-lo, aprender a gostar dele e potencializá-lo.
2. Grandes Talentos - Posso ser tão bom quanto eles?
Vamos citar a seguir algumas pessoas que são exatamente iguais a cada um de nós, mas que conseguiram maximizar os seus talentos naturais. Isso as tornou especiais e bem-sucedidas em suas áreas. Grande parte delas possivelmente só percebeu essa característica experimentando e certamente acertando e errando muito. O que faz com que elas pareçam melhores é o fato de exercitarem o que têm de especial e terem tido uma visão otimista. Quando elas erraram, tenha certeza, fizeram de novo... e melhor.
O presidente do Conselho de Administração da ICATU Seguros e Capitalização, o Sr. Nilton Molina, tem um talento especial que, certamente, é admirado por grande parte dos profissionais que com ele trabalharam. Ele fazas coisas acontecerem. Ele tem uma maravilhosa capacidade de imaginar o futuro e criar as condições para que aquele futuro se concretize. Busca incessante e incansavelmente os seus objetivos e com mais de 60 anos tem a agilidade de um jovem. Sua grande característica é a conclusão e finalização das tarefas. Como um grande realizador, teve sucessos e insucessos. Como uma pessoa que agregou conhecimentos aos seus comportamentos, consegue ser um visionário, formador de equipes de trabalho e um dos maiores executivos no segmento de seguros no Brasil.
Edson Arantes do Nascimento, Pelé, é uma unanimidade mundial (talvez, exceto para os argentinos). O elemento básico do seu talento é sua determinação. Conta-se que, quando jovem, ao terminar uma partida de futebol tendo feito três gols, o seu pai chegou para ele e disse “...E, mas não fez nenhum gol com a perna esquerda”. Uma situação como essa possivelmente teria destruído qualquer um de nós. Para ele funcionou exatamente ao contrário. Como um touro feroz ele avançava contra a ponta da lâmina que o testava e o provocava a cada instante. Foi o melhor jogador do século, é um excelente empresário e certamente o maior representante do Brasil no exterior.
Evandro Carlos Ribeiro de Andrade, que tivemos oportunidade de assessorar, foi até o momento de seu falecimento, Diretor da Central de Jornalismo da Rede Globo. Suas características de meticulosidade, precisão, precaução e perfeccionismo o levavam a ter um apetite enorme para a qualidade. Foi um grande executivo, num negócio em que a ética, a sobriedade, o zelo e a correção (desde a qualidade da fonte da informação à forma como os apresentadores apareciam e ao impacto que aquilo que seria dito causaria) são os ingredientes fundamentais. Homem de origem simples, potencializou seus talentos e conseguiu chegar ao topo com os seus modos diretos e ser apreciado pela sua correção, discrição, prudência e reserva.
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, Chatô, o Rei do Brasil, biografado por Fernando Morais, foi claramente um homem persuasivo, capaz de influenciar grandes decisões políticas e vender, às vezes, o que não podia ser entregue. Jornalista, soube como nenhum outro utilizar as artes do convencimento, utilizando a fala e a escrita, e com isso construiu a maior cadeia sul-americana de jornais. Por meio de articulações, da capacidade de relacionar-se e de agregar pessoas ao seu redor, obtinha doações milionárias para o desenvolvimento dos seus projetos, dentre eles a construção e as principais aquisições de peças do MASP (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Os seus jornais resistiram ao tempo e ainda constituem no Brasil um dos grandes veículos de comunicação denominado Diários Associados. Para demonstrar sua grande capacidade de persuasão e influenciar pessoas, o jornal L’Europeo intitulou uma de suas reportagens como: “A opinião pública brasileira se chama Assis Chateaubriand”. Homem absolutamente comum, soube agregar os conhecimentos adequados e potencializar seus talentos.
Chiquinha Gonzaga até hoje continua nos inspirando com suas músicas e com sua vida. Ela estava segura do seu talento. Enfrentou a família, foi renegada pelo pai, enfrentou as mais cruéis situações que alguém poderia passar. Chocou a opinião pública ao assumir posicionamentos que uma mulher jamais assumiria naquela época. Entretanto, jamais esmoreceu ou desistiu de fazer aquilo que gostava: Compor. E compor músicas para serem cantadas pelo povo. Sua persistência foi recompensada. Reconhecida e admirada por todos, viu, ainda na sua época o seu talento despontar e brilhar como o de poucos, deixando para a história o seu exemplo de vida.
Irineu Evangelista de Souza foi provavelmente o maior empreendedor do Brasil em todos os tempos. Um homem que imprimiu sua marca. Nascido em 1813, órfão de pai aos cinco anos, depois de uma breve educação dada por sua mãe, foi levado por um tio aos nove anos para o Rio de Janeiro e deixado para morar e trabalhar num armazém. Absolutamente sozinho, determinado a aprender, tornou- se o Barão de Mauá. Se formos medir o seu sucesso por suas posses, vamos encontrar uma soma impressionante. Em 1867, sua fortuna chegou aos 115 mil contos de réis, enquanto o orçamento do Império brasileiro, dirigido por Dom Pedro II, era de 97 mil contos de réis. Jorge Caldeira, em seu livro Mauá - Empresário do Império, intitula o capítulo como: “Os dois Imperadores”. De fato, o Barão de Mauá soube como ninguém potencializar os seus talentos de determinação, perspicácia, visão sistêmica, capacidade de negociação e, fundamentalmente, de sofrer derrotas e se levantar mais fortalecido para um novo embate. Entre outros feitos, o Brasil deve a ele o fato de ter criado a primeira estrada de ferro e estendido o primeiro cabo telefônico entre Brasil e Europa.
Os exemplos citados buscam mostrar pessoas, como cada um de nós, que possuíam talentos tão diferentes, em diferentes épocas e foram sucesso.
Se sairmos do mundo real e entrarmos no mundo dos personagens fictícios vamos ver alguns casos curiosos e bem definidos quanto aos seus talentos pessoais.
Dr. Spock é o personagem da série Jornada nas Estrelas. Seu grande talento é sua precisão e obediência aos padrões de conformidade. Ele é um computador ambulante capaz de manter padrões extremamente semelhantes e profundamente precisos em suas informações. Detalhista, é capaz de responder com meticulosidade a posição e a composição de uma galáxia a alguns milhões de anos-luz da Terra. Parecer com o Dr. Spock significa atenção a detalhes, aceitação a normas e capacidade de repetir por várias vezes os mesmos procedimentos, objetivando ao máximo os padrões de qualidade. Conformidade é a base do seu talento.
Alfred é o mordomo do Batman. Sua capacidade de ouvir e organizar é invejável. Seus conselhos e sua perspicácia são suas grandes qualidades. Alfred é paciente, controlado, amável e mantém uma postura inabalável. Podemos dizer que, sem Alfred, o Batman não sobreviveria - quem iria cuidar de um personagem neurótico que pensa e age como um morcego, é solteirão e tem um ajudante chamado Robin? A Estabilidade governa seus comportamentos.
O Exterminador do Futuro é um personagem vivido pelo ator Arnold Schwarzenegger. Saia da frente, pois, para cumprir os seus objetivos ele passará por cima de tudo e de todos. Para ele, os fins justificam os meios. Basta dizer o que precisa ser feito e, se ele concordar, certamente cumprirá sua missão. Direto, objetivo e com as armas necessárias é o elemento certo para executar a tarefa. Raramente precisa de estímulos, pois sua energia pessoal fará com que esteja sempre focado, mas certamente é necessário que lhe sejam dado valores e direcionamento. Suas ações são movidas pela característica da Dominância.
O ator Robin Willians interpreta o personagem Patch Adams no filme Patch Adams — o amor é contagioso. Patch Adams é um quarentão que só tem um objetivo: ajudar as pessoas a serem felizes. Entra para a escola de medicina e procura curar as pessoas, não simplesmente mediante um bom tratamento, equipamentos ou remédios, mas, principalmente, pelo sorriso, carinho, otimismo, emoção e positividade. Transformava ambientes frios e sem cor em lugares humanizados para que os pacientes se sentissem ainda vivos e com o sentimento de que valia a pena continuar vivendo. Patch Adams tem um autêntico interesse pelas pessoas e profundo desejo em ajudá-las, mas sentir-se querido e popular é a sua grande motivação. O seu grande talento é influenciar as pessoas.
Como pessoas ou personagens tão diferentes entre si puderam vir a ser absolutamente um sucesso? Apesar de suas diferenças, consciente ou inconscientemente, souberam potencializar seus talentos e, apesar de terem encontrado vários “nãos” em suas vidas, a busca e o recebimento dos “sim” são suas grandes marcas. Sejam os formidáveis Molina, Pelé, Evandro Andrade, Assis Chateaubriand, Chiquinha Gonzaga, o Barão de Mauá, ou os grandes personagens citados, cada um de nós deve receber de bom grado o talento natural quetemos, aprender a gostar deles, desenvolvê-los e aplicá-los o máximo possível em cada um dos momentos de nossas vidas.
3. Talentos de Alta Performance - Como agregar conhecimentos ao meu Talento?
Seu Talento foi o primeiro presente de Deus para você. Entretanto, você o recebeu na forma bruta, ao natural. Da mesma maneira que uma pedra preciosa, ele tem de ser lapidado para que o brilho apareça e a todos encante. Portanto, fazer a sua parte é essencial para desenvolver um Talento de Alta Performance.
· O primeiro passo que você vai ter de dar é aprofundar o conhecimento sobre seu Talento para começar a burilá-lo.
· O segundo passo é capacitar-se para melhor utilizá-lo, por meio de conhecimentos que irão dar sustentação ã sua atuação prática na vida.
Se você agrega adequadamente o conhecimento ao seu talento, estará andando no caminho da sua potencialização, ou seja, moldando sua vida a partir da sua essência, O resultado será prazer com conhecimento.
A atitude inversa, adequar talento ao conhecimento, possivelmente trará como resultado conhecimento sem prazer, porque você estará moldando a sua vida de fora para dentro, sem considerar a sua essência. O resultado desse tipo de atitude ao longo do tempo é que muitos não estarão felizes com o que estão fazendo, outros deixarão a sua formação profissional para enveredar pelo que realmente gostam de fazer e outros jamais conseguirão se encontrar e muito menos serem felizes. Isso é verdadeiro para qualquer profissão ou atividade que você venha a exercer. Seja para ser um músico, um artista plástico, um vendedor ou um diretor de empresa.
A combinação do talento e do conhecimento aplicado (saber e fazer), resulta no que denominamos Talento de Alta Performance, ou Competência de Alta Performance (ver Figura I). Um cargo em uma organização, de maneira simplificada é a resultante desses dois eixos.
O que na prática indicará que tipo e profundidade de conhecimentos são requeridos e que tipo de talento sustentará adequadamente as exigências do exercício da atividade.
Cada cargo ou função, portanto, exige um tipo de Talento e um conjunto de conhecimentos aplicados para o seu pleno exercício.
A atual busca das organizações em definir competências para os seus cargos visa, dessa forma, “desenhar” um cargo para o qual os profissionais possam responder com maestria às demandas técnicas, comportamentais e culturais e, assim, satisfazer aos interesses dos clientes/usuários, dos acionistas e dos próprios empregados; pois as empresas descobriram que é melhor ter colaboradores que façam suas atividades com prazer do que o contrário.
As empresas estão descobrindo ainda que é mais fácil agregar conhecimentos aos seus empregados do que novos comportamentos. É comum ouvir a seguinte frase nas organizações: “Contratamos as pessoas por suas qualificações técnicas e demitimos essas mesmas pessoas por seus desajustes comportamentais”. Definido, então, o que a função exige em termos de conhecimentos e comportamentos, o passo seguinte será identificar nos seus atuais e futuros ocupantes se eles atendem aos requisitos necessários.
A utilização de instrumentos de levantamento de necessidade de treinamento e desenvolvimento identificará quais os conhecimentos atuais e necessários, e o sistema de análise de perfil identificará quais os talentos atuais. Ao comparar agora, usando uma mesma escala, os requisitos do cargo ou função, com o perfil e as formações dos empregados ou candidatos, será possível identificar os gaps existentes e o quanto aquela pessoa é adequada para o cargo, conforme pode ser visto na Figura II. 
Conforme a figura III a seguir, visualizamos quatro situações possíveis:
1. No primeiro quadrante temos um baixo nível de conhecimento e não sabemos o nosso talento - desperdício total.
2. No segundo quadrante temos conhecimentos mas desconhecemos nossos talentos. Podemos estar exercendo uma função ou profissão sem ter Talento para ela e, possivelmente, não estaremos felizes.
3. No terceiro quadrante, temos pessoas que descobrem seus talentos mas não agregam conhecimentos adequados e aplicáveis. Nesse caso, é possível que essa pessoa permaneça sempre uma amadora e, como tal, jamais seja reconhecida como uma especialista porque não quis aprender a desenvolver seu Talento, capacitando-se para exercê-lo melhor.
4. No quarto quadrante, temos as pessoas que conhecem seus talentos e que agregaram os conhecimentos adequados o que resultará no que denominamos Talento de Alta Performance.
4. A Escolha da Profissão - Posso estar confundindo formação com função?
Há uma grande confusão, principalmente no jovem que irá fazer um curso técnico ou universitário, quando da escolha de sua formação:
· Primeiro, escolher uma formação entre os milhares existentes já é um desafio, principalmente quando essa escolha terá grande impacto na sua vida.
· Segundo, porque nunca tiveram de tomar uma decisão tão importante até aquele momento.
· Terceiro, porque nem sempre possuem maturidade emocional nem conhecimento suficiente sobre si mesmos para fazer uma escolha desse porte. Daí a importância da participação de pais compreensivos, orientação individualizada e professores que possam ajudar na tomada de decisão adequada.
Antes de mais nada, vamos entender o real significado de Formação, Profissão e Função.
· Formação é o objeto do conhecimento. 
Ela determina em que queremos nos formar. Identifica a área em que desejamos aprofundar nosso conhecimento. Seja ela técnica ou acadêmica, deverá ser escolhida pelo coração. Ela representa nosso sonho, nosso desejo de atuar em determinada área, por vezes expressando o nosso Talento.
O conhecimento vai dar ao Talento o respaldo conceituai, preparando as bases para a escolha da função em que você vai atuar no mercado de trabalho.
Escolher pelo coração nem sempre é fácil. Normalmente, há muitas coisas que gostamos de fazer ou que admiramos nas pessoas que o fazem. Outras vezes, achamos que devemos escolher nossa profissão de acordo com as matérias em que temos mais facilidades na escola. Você pode ter tirado boas notas em inglês a vida toda, mas isso não garantirá que se sentirá feliz e satisfeito em ser um professor de inglês. 
Outras vezes, convivemos com pessoas que atuaram sempre numa área e nos familiarizamos tanto com ela que achamos que gostaríamos também de estar atuando dentro dela. É o caso de filhos cujos avós, pais, tios seguiram uma mesma formação e na hora de fazer a sua escolha instala-se a dúvida. Quero trabalhar nessa mesma área? Nesses casos, não escolher a mesma área pode até fazê-lo sentir-se um estranho dentro da própria família. 
Às vezes, queremos uma profissão, mas vemos diante de nós pessoas que não tiveram sucesso em relação a ela e nos desestimulamos. Há, ainda, pessoas que nos cercam que podem nos ajudar a entrar num determinado emprego e por isso ficamos tentados. Outros já possuem consultório ou escritório de alguém da família, facilitando o ingresso e a pressão é grande. Há ainda aqueles que desejam satisfazer o desejo de seus pais e, para não decepcioná-los, seguem caminhos que não são os seus. Tudo isso abafa a voz do nosso coração dificultando essa decisão de vida tão importante. Decisão essa que determina nosso nível de satisfação em relação às coisas que desejamos ter e em relação a muitas das pessoas com quem iremos nos relacionar e, ainda, em relação ao papel que iremos desempenhar na sociedade e na família.
Os números claramente expressam essas dúvidas. Segundo o Guia das Profissões, da editora Oriente-se (www.oriente-se.com.br), aproximadamente 40% das pessoas que passam nos vestibulares mais disputados do país abandonam o curso antes da conclusão, e apenas 5% dos estudantes brasileiros que prestam vestibular têm certeza do que desejam cursar.
Ouvir seu coração significa observar pelo que ele bate mais forte. Em que você gostaria de dedicar, pelo menos, grande parte de sua vida? Como e onde você se sentiria mais à vontade atuando?
· Profissão é a denominação atribuída à sua formação. 
Ela lhe dá um título. Exemplo: Técnicoem Administração (exige apenas uma formação profissionalizante), Administrador (exige uma faculdade de administração), Mestre em Administração (exige mestrado). Para cada uma dessas graduações existem funções específicas que vão determinar as tarefas, o grau de responsabilidade e o salário daqueles que a desempenham.
A competência profissional não se mede apenas pelos títulos conseguidos, nem pela experiência obtida ao longo dos anos. Temos visto muitos profissionais superados, atuando da mesma forma que há vinte anos, e muitos jovens que só abandonam os estudos após estarem de posse de todos os títulos possíveis, mas sem nenhuma experiência substancial.
Marcos P., formado, com mestrado e doutorado, foi demitido após três meses de contratação por não ter competência para lidar com seus alunos, tal eram a sua empáfia e a sua arrogância. Comportamentalmente, não teve o tempo necessário para vivenciar a prática da sua função e obter o amadurecimento profissional que somente se consegue com os anos vividos e mediante um trabalho de autodesenvolvimento.
Para o bom exercício de uma profissão, é necessário que, além da experiência, o profissional esteja buscando uma permanente atualização dos conceitos para modernizar sua forma de atuação e que traga adequação ao Talento pessoal.
A função é a tarefa em si mesma e o foco principal deste livro. Ela é específica e irá exigir muito dos nossos talentos. É a forma pela qual vamos colocar nosso Talento em ação, já de posse dos conhecimentos necessários.
Cada formação desdobra-se em diversos tipos de funções, adequadas ao tipo de Talento. Se a formação escolhe a área de atuação, a função determina a forma. Assim, o nosso jeito de ser, a forma como gostamos de nos comportar, deverá ser considerada para que atenda às necessidades específicas da função.
Importante ressaltar que, tal como um prédio que necessita de um forte alicerce para que os andares sejam construídos com segurança, precisaremos de amadurecimento pessoal e profissional para o exercício de cada uma das funções que iremos desempenhar. Se construirmos andares sobre um fraco alicerce, o prédio irá tombar. Se a função que exercemos hoje não foi construída de maneira adequada, vamos nos estressar e possivelmente não aguentaremos.
Vamos imaginar que alguém deseje ser médico. Seu coração bate pela medicina. Ele gostaria de estar atuando nessa profissão com todas as suas forças. Entretanto, seu Talento aponta também características de liderança. Ele deverá abandonar a medicina e seguir uma carreira de administrador? Certamente que não. Ele poderá seguir a carreira de medicina e ser um líder na sua área de especialização. Poderá vir, mais tarde, a ser um Chefe de Equipe, Gerente ou Diretor de hospital, complementando sua capacitação com cursos específicos de administração ou gerenciamento hospitalar. Se o seu Talento aponta características de capacidade de persuasão, facilidade de relacionamento, poderá vir a ser um professor da faculdade de medicina. Caso o perfil dessa pessoa indique que ela lida bem com a rotina, gosta de estar em contato com pessoas, é persistente, organizada, ela poderá vir a ser um bom clínico, tanto geral quanto especialista, ou trabalhar com diagnóstico utilizando instrumentos especializados como ultrassom, endoscopia etc. Entretanto, se seu Talento aponta para características mais técnicas, de maior capacidade de concentração e atenção aos detalhes, poderá vir a ser um cirurgião, um pesquisador ou um cientista. (Veja a Figura IV)
Desse modo a escolha da formação deverá estar ligada ao seu coração e ao seu gosto; e a escolha da função, ao seu Talento. 
A razão administrará o coração direcionando o seu Talento para o exercício da função adequada.
Para ouvir o seu coração, no momento de escolher a sua formação, você deverá se fazer as seguintes perguntas:
· Qual formação (conteúdo, assunto, tema) me emociona?
· Eu a desempenharia com paixão?
· Eu pagaria para trabalhar com essa formação?
Para ouvir a sua razão, no momento de escolher a sua função, você deverá se fazer as seguintes perguntas:
· De que forma pretendo exercer a minha formação?
· Quais são as minhas principais características comportamentais?
· As funções exigem que tipos de Talentos?
· Onde e como quero desempenhá-la?
Ao ouvir o seu coração, você estará buscando na sua essência o que você mais gosta e parte do seu Talento, e ao ouvir a sua razão, você estará maximizando esse Talento e criando espaço para uma atuação prática por meio de comportamentos compatíveis com o seu jeito natural de ser. O resultado é que desempenhará sua missão de vida com mais competência e muito mais alegria.
Cláudio F., vinte anos, estava no segundo ano de engenharia, participou do Projeto Ser (workshop que realizamos para jovens que buscam trabalhar três grandes questões: quem são eles?; onde estão?; e para onde vão?) e logo no início dos trabalhos nos procurou e disse: “Estou pensando em deixar meu curso. Vejo que não tenho nada a ver com essa formação. Os meus outros colegas foram feitos para o curso”. Pedimos para ver o relatório do seu Perfil Pessoal e identificamos claramente que o jovem não era do tipo detalhista, minucioso, organizado. Muito pelo contrário, era direto, agressivo, persuasivo e móvel. De imediato percebemos sua dificuldade e dissemos a ele: “De fato, dificilmente você será um engenheiro tradicional, da prancheta, dos cálculos. Mas poderá certamente ser um Gerente de projetos, Vendedor de produtos ou serviços de engenharia ou mesmo o Diretor de uma empresa de engenharia”. O jovem entendeu exatamente o que estávamos dizendo. Terminou o curso e hoje está muito bem.
Veja o que iria ocorrer com esse jovem. Iria sair de seu sonho, talvez não encontrasse outro e passaria o resto da vida se lamentando e achando que não foi suficientemente competente, como os seus demais colegas de escola, para completar o curso desejado. Seu erro era imaginar que se formando em Engenharia teria de ser o protótipo do engenheiro, pois desconhecia as possibilidades da profissão. O que fizemos foi ajudá-lo a conhecer seu talento e a mostrar-lhe que com a formação escolhida era possível encontrar uma função adequada ao seu talento e à formação que obtivera na universidade.
É importante lembrar que o processo de escolha é naturalmente difícil. Existem, aproximadamente, duas mil formações e dez mil funções. Logo, ouça primeiro o coração e, em seguida, faça um trabalho minucioso de pesquisa. Procure responder às questões citadas neste capítulo e descubra as características do seu perfil pessoal.
5. Identificação de Talentos - O Perfil Pessoal - O que é o DISC e como funciona?
O ser humano, em sua complexidade, vem desafiando a ciência a encontrar formas que facilitem a sua convivência, a sua integração com o meio e, especialmente, a potencialização de seus Talentos.
Recebemos influências do meio a cada momento e decodificamos essas mensagens. A partir delas, vamos definindo nossos valores, emoções e conhecimentos, formatando assim a nossa singularidade. Por meio dessa forma singular de ver e perceber o mundo, participamos e influenciamos o meio, mediante os comportamentos manifestos por nossa individualidade. Assim, cada um de nós contém o meio que nos circunda e o meio contém cada um de nós. Somos parte do todo e estamos contidos no todo ao mesmo tempo.
Ao longo dos séculos a ciência descobriu que nessas singularidades há pontos comuns que podem ser agregados, servindo como referências para a compreensão do funcionamento do ser humano.
Muito, então, tem sido realizado na tentativa de identificar o que é comum a todos, resguardando as diferenças individuais. As partes comuns facilitam a compreensão e auxiliam no estabelecimento de uma base de atuação.
Acompanhando essa trajetória da ciência, encontramos nos antigos gregos a primeira preocupação nesse sentido.
Eles já diziam que o corpo humano continha quatro elementos que eram fundamentais na definição dos humores ou temperamentos das pessoas. Eram eles: a terra, o fogo, a água e o ar. Eles acreditavamque a maneira como uma pessoa se comportava refletia-se diretamente na sua saúde.
Quando um desses elementos predominava sobre os outros, isso significava que o temperamento daquela pessoa refletia as características do próprio elemento. Temperamento, portanto, vem de “tempero”, ou seja, o quanto temos de cada um daqueles quatro elementos que definem nosso jeito natural de ser.
· As pessoas muito “terra” eram muito mais resistentes às mudanças, gostavam muito de lugares estruturados, e defendiam com unhas e dentes seu espaço. Tal qual a terra, eram menos móveis e mais estáticas.
· As pessoas muito “fogo” eram mais energéticas, impulsivas, muitas vezes agressivas e dominadoras. Tal qual o fogo, corriam rápido e podiam gerar grandes explosões.
· As pessoas muito “água” eram mais emocionáveis, envolviam-se mais com as outras, eram mais empáticas e influenciavam, com seu jeitinho, aqueles que as rodeavam. Tal qual a água, eram mais moldáveis e adaptáveis.
· As pessoas muito “ar” eram mais questionadoras, pesquisadoras, voltadas para o pensar intensivo, para o intelecto. Tal qual o ar, seus pensamentos entravam em todas as brechas e se expandiam em todas as direções. Não há limites para o pensamento humano nem para o ar.
Essas teorias, sistematizadas por Hipócrates (460 anos a.C.), denominaram os temperamentos de 
· Melancólico (terra), 
· Colérico (fogo), 
· Sanguíneo (água) e 
· Fleumático (ar). 
Mesmo sem nenhuma base científica, serviram de ponto de partida para outros estudos e j novas denominações.
Carl Gustav Jung, psicólogo suíço, definiu quatro tipos de personalidades, com base também no estudo dos gregos. Ele dizia que podemos ser classificados de acordo com nossas preferências, pois estas refletem a nossa natureza individual, ou seja, parte fundamental de nossa essência. Denominou-os sensitivo, intuitivo, analítico e produtor.
Nos últimos 25 séculos, desde Hipócrates, a teoria dos temperamentos vem sendo apresentada nas mais diversas formas. Estudiosos, ao longo dos anos, desenvolveram suas próprias teorias baseados, entretanto, ainda naquela mesma ideia.
· Adickles desenvolveu a teoria dos quatro pontos de vista; 
· Adler, a dos quatro diferentes modos de fazer as coisas; e 
· Spranger, a dos quatro valores básicos.
Essas teorias todas, apesar de terem-se desenvolvido separadamente, acabaram por se complementar, ampliando a nossa visão do funcionamento do ser humano e de como ele se comporta na vida.
Na segunda década do século XX, o psicólogo americano William Moulton Marston constatou que os trabalhos até então realizados eram, frequentemente, voltados para o conhecimento da mente doente. Apenas os loucos e criminosos eram beneficiados por esses estudos. Resolveu então criar um teste, baseado também na eleição de quatro fatores, com o qual pudesse medir as personalidades dos indivíduos comuns.
A esses fatores, Marston deu o nome de Dominância, Influência, eStabilidade e Conformidade, surgindo daí a sigla DISC, a qual detalharemos no desenrolar deste livro. 
Fôssemos nós fazer um quadro retrospectivo das teorias, poderíamos dizer que o DISC reflete as características encontradas nos temperamentos e tipos de personalidades que mencionamos anteriormente, conforme podemos ver no Quadro abaixo:
Em 1928, Marston publicou os resultados de seus estudos em um livro que intitulou “As emoções de pessoas normais”, que incluíam uma descrição abreviada do teste que ele havia desenvolvido.
Tal qual outras ferramentas semelhantes (teste de Q.I., por exemplo) o conceito DISC entrou para o exército. Era parte integrante do processo de recrutamento do Exército dos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial. Ali ele demonstrou seu valor no processo seletivo e foi conquistando seu espaço, gradualmente, em recrutamentos mais gerais.
Mas o uso do DISC ainda estava limitado comercialmente. Precisava de perícias consideráveis para vir a ser usado efetivamente e isso o tornava muito caro. Antes dos computadores, a decodificação de um questionário de uma pessoa em um perfil do DISC era uma tarefa árdua e complexa.
O advento da informática fez o DISC universalmente acessível. Hoje, os resultados podem ser compilados e interpretados automaticamente. Tornou-se uma solução custo-efetiva possível para todos e cresceu para, provavelmente, se tornar a ferramenta de identificação de comportamentos mais usada no mundo.
Atualmente, validado por diversas universidades e estudos, é ferramenta básica de milhares de empresas que utilizam o sistema em dezenas de países. No Brasil, empresas como ASBACE, AGA, Caixa Seguros, Furnas, TV Bahia, Banco Central, Banco Brascan, BP Amoco, Coca-Cola, Companhia Paraibuna de Metais, Fundação Getúüo Vargas, UOréal, Mineração Rio do Norte, Nationwide, Ponto Frio, Sanofi-Synthelabo, SESI/SENAI, Sistema Globo de Rádio, Telefônica Celular, Telemar, Casa & Vídeo, Firjan, Icatu Hartford, Mongeral, Inteüg, KPMG e Grupo FRB Par (VARIG, Rio Sul, Sata e Amadeus) já o utilizam com sucesso.
Esta ferramenta também é utilizada em trabalhos voltados para a sintonia dos relacionamentos interpessoais na família, para orientação vocacional de jovens, em processos de orientação profissional, ou redirecionamento de vida.
Ao redor do mundo, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas tenham feito o seu diagnóstico. Mas, infelizmente, somente uma pequena parcela teve acesso ao seu próprio resultado e uma ínfima parte dessa pequena parcela teria, razoavelmente, trabalhado as características principais que definem o seu comportamento.
Existem dois instrumentos básicos. Um define o Perfil da Função (comportamentos necessários ao exercício do cargo ou da função) e o outro identifica o Perfil Pessoal. Comparando o Perfil Pessoal com o Perfil da Função, podemos identificar qual o potencial de talento que o indivíduo tem para o desempenho satisfatório daquela função e eventuais lacunas que precisam ser preenchidas.
Para apoiar a aplicação dos instrumentos e ajudar os participantes no desenvolvimento de suas trajetórias pessoais e profissionais, a HLCA - Human Learning Consultores Associados desenvolveu metodologias aplicadas à educação, em que trabalha o ser humano nos seus aspectos conceitual (o pensar) emocional (o sentir) e físico (o querer/fazer) buscando a integração e a harmonia no seu funcionamento.
O sistema analisa e define o comportamento das pessoas de acordo com dois pares de opostos: Assertivo/Passivo e Aberto/ Controlado.
Vale ressaltar que, enquanto você lê as definições do seu comportamento, é importante ter em mente que estamos discutindo dois extremos. Claro que existem pessoas que são mais assertivas do que outras, assim como existem pessoas que podem classificar-se no meio desses dois eixos.
A escala Assertivo/Passivo mede a maneira como as pessoas reagem mediante uma atitude voltada para a ação ou uma atitude voltada para a reação. O mesmo acontece com os extremos Aberto/Controlado.
· Assertivo - Pessoas com alto grau de Assertividade preferem liderar a seguir e, quando podem, gostam de agir imediatamente. Eles se agarram ferreamente às oportunidades e fazem as coisas da sua própria maneira. Na maioria das vezes, independentemente e comandando. Preferem dar ordens a que recebê-las, e dar as instruções a que pedir por cooperação.
· Passivo - O oposto de Assertivo, o Passivo descreve pessoas pacientes e cautelosas. Elas preferem evitar assumir riscos e raramente tomam uma atitude definitiva, a menos que a pressão faça com que esta seja inevitável. Enfrentam dificuldades para mudar, dificilmente surpreendem e procurarão sempre situações calmas e previsíveis.
Abertura e Controle medem atitudes sociais e descrevem a maneira como as pessoas lidam umas com as outras.
· Aberto - Pessoas extremamente abertas são amigáveis, confiáveis e tendem a ser mais ingênuas. Elas se expressam com facilidade e valorizam fortemente o relacionamento com outras pessoas. Indivíduos abertos tendem a ser mais emocionais, revelando os seus sentimentos para os outros e sempre prontos a ter empatia com os que estão a sua volta.
· Controlado- Pessoas controladas são práticas e com um estilo um pouco cínico. Valorizam fatos concretos e argumentos racionais acima de considerações emocionais e preferem seguir suas próprias idéias a confiar em outras pessoas. Algumas vezes podem ser desconfiadas ou suspeitosas e, raramente, irão dar informações voluntariamente a respeito de si mesmas para outras pessoas.
O Modelo de Duas Escalas do DISC (*)
(*) O Modelo de Duas Escalas DISC é um conceito criado pela Axiom Software e faz parte do sistema DISCus.
Os dois extremos da escala Assertivo/Passivo e Aberto/Controlado levam ao coração do sistema DISC, formando o modelo de duas escalas como mostra a figura abaixo. (Fig VII)
Os quatro espaços vazios entre os dois eixos correspondem aos quatro fatores do DISC, conforme mostramos a seguir. (Fig VIII)
Assim, cada um dos quatro fatores está definido no ponto de encontro entre as duas escalas. Dominância, por exemplo, entre atividade e controle. Influência, entre atividade e abertura. Estabilidade, entre abertura e passividade, e Conformidade, entre passividade e controle. Os quatro fatores mostrados nesse diagrama são os mesmos quatro fatores mostrados no gráfico do DISC
A partir do processamento das escolhas de palavras do questionário ou de frases, respondido pela pessoa, o sistema elabora um relatório, contendo a sua análise de perfil.
Se você já fez o seu Perfil Pessoal, vamos ajudá-lo a entendê-lo melhor. Se ainda não fez, recomendamos que vá até o site www.hlca.com.br e obtenha as informações necessárias de como processá-lo. O relatório de análise de perfil está estruturado da seguinte forma:
Perfil Analítico - Linguagem Escrita
A Análise do Perfil fornece informações acerca de como a pessoa se percebe, ou seja, como está a sua autoimagem. Sugere ainda quais as atividades que podem se adequar mais ao seu perfil. Indica quais os estímulos que podem motivá-lo mais e descreve como ele se comporta quando tudo transcorre de forma normal, e ainda quando está sob pressão. Se a pessoa está atravessando algum quando está sob pressão. Se a pessoa está atravessando algum problema maior, passando por frustrações ou estresse, a Análise do Perfil indicará, sugerindo até mesmo as possíveis causas. São emitidos os gráficos representando o nível de intensidade dos fatores DISC. Mais adiante, você encontrará um resumo dos adjetivos que descrevem os fatores do DISC que caracterizam cada um dos perfis.
Perfil Gráfico
Os gráficos que são apresentados no início do relatório de Análise de Perfil, representam o perfil da pessoa de acordo com suas características predominantes. São eles que fornecem os subsídios ao relatório analítico e possuem os seguintes significados:
· Perfil Interno - O Perfil Interno reflete as verdadeiras motivações e desejos do indivíduo. Este é o tipo de comportamento que costuma aparecer fora do ambiente de trabalho, ou quando o indivíduo está sob pressão. Não estamos falando aqui da pressão cotidiana que é exercida sobre a maioria das pessoas e de qualquer empresa; mas, sim, da pressão que terá um custo interno para o indivíduo, gerando emoções que podem estressá-lo, modificar ou inibir o seu comportamento natural. Esse gráfico é extremamente importante no processo de seleção, cujo profissional venha a ser bastante pressionado por resultados, objetivos e metas bem como para identificar como seus relacionamentos podem ser impactados quando pressionado.
· Perfil Externo - O Perfil Externo descreve o comportamento que o indivíduo está tentando projetar de acordo com as exigências observadas. Oferece uma descrição de como o indivíduo sente que deve se comportar, para ter sucesso no desempenho de sua atual função na empresa ou para circular melhor na vida.
· Perfil Resumo - As pessoas costumam atuar de maneira consistente com elementos de ambos os perfis. O Perfil Resumo é uma combinação dos outros dois gráficos, descrevendo o comportamento mais provável da pessoa. Pode ser também definido como sendo o seu Estilo Pessoal. Oferece uma descrição do estilo preferido do indivíduo, indícios do seu tipo de temperamento, sua autoimagem ou características mais próxima à sua forma natural de ser. É importante ressaltar que as características comportamentais do Perfil Resumo são as informações que devem ser utilizadas como referencial quando você estiver fazendo sua análise pessoal. Já nos processos de seleção, o gráfico a ser considerado é o Perfil Interno e nos processos de realocação e de plano de carreira, o Perfil Externo.
O Perfil Externo, comparado com o Perfil Resumo, nos indica se o indivíduo está atuando com o seu real potencial ou não. Quais as necessidades de treinamento que poderá estar indicando para o melhor exercício de sua função ou o que precisa trabalhar em sessões de aconselhamento para melhorar seus relacionamentos na família e no trabalho.
Agora que você está com o seu perfil em mãos, vamos entender melhor o que significa cada uma das características que fazem parte do seu “kit” pessoal e que identificam o seu Talento.
Vamos tomar como referência o Perfil Resumo. Como dissemos acima, ele reflete o seu jeito natural de ser. Você irá verificar que um, dois ou até três pontos terão ficado acima da linha do meio. Identifique o ponto que ficou mais alto. Ele deve estar apontando para uma das quatro letras do DISC. Esse ponto mais alto significa a sua força principal. Os demais, pela ordem de altura em relação à linha do meio, vão sendo classificados em grau de menor importância. Veja o exemplo a seguir:
Essa pessoa possui três características altas e uma baixa. 
· A primeira característica mais alta é o S (eStabilidade). Ele é o grande trunfo, a força dessa pessoa. Nesse caso uma pessoa organizada, estruturada, capaz de ajudar e ouvir outras pessoas.
· A segunda característica mais alta é o C (Conformidade). É a segunda força principal. O C alto indica alguém que aceita bem regras, procedimentos e gosta de fazer as coisas com detalhes.
· A terceira característica mais alta é o D (Dominância). É a terceira força dessa pessoa. O D alto indica alguém direto, objetivo e focado. 
· Por último temos a característica baixa que é o I (Influência). Nesse caso, baixa influência, sendo uma pessoa mais voltada para “coisas” do que para pessoas.
O talento de uma pessoa é a combinação de suas características altas e baixas. A combinação irá nos dar a intensidade do talento. No exemplo acima, temos uma pessoa com altos S, C e D que somados ao baixo I (voltado para coisas) intensificam o talento dela para estar mais voltada para trabalhos estruturados, precisos e cujo resultado deve ser alcançado a despeito das pessoas envolvidas.
6. Compreendendo os Tipos de Talentos - O que significa cada um dos fatores do DISC?
As letras que compõem o DISC são chamadas de fatores. Cada uma delas concentra uma série de características específicas. Quando você responde ao instrumento de Análise de Perfil, as informações são processadas no computador. O sistema estabelece a combinação entre os quatro fatores (D, I, S, C) e emite o seu perfil pessoal, a sua forma natural de ser, resultante dessa combinação. Você verificará que uma, duas ou três dessas letras estarão predominando sobre as outras, uma vez que se encontram acima da linha do meio. Isso significa que, no seu perfil, aqueles fatores são predominantes. Nas páginas seguintes descreveremos, sucintamente, o significado de cada um dos fatores de forma pura para que você possa entender melhor as características que formam o “kit” de cada um e poder entendê-los quando estes se apresentarem no seu perfil pessoal.
Vale salientar que os fatores a seguir discriminados estão no seu natural, sem nenhuma conjugação com os demais.
Em seguida, descreveremos as famílias de cada um dos fatores, em que a mescla das características equilibra a intensidade do comportamento. Você verificará que identificamos 40 tipos especiais de Talentos. Para a caracterização de cada um deles, os quatro fatores foram avaliados conjuntamente, de modo a gerar o próprio “tempero”. E esse “tempero” quevai fazer a diferença na sua forma de atuação e ser fundamental nas escolhas que vai fazer de agora em diante. E esse “tempero” que fará com que você se conheça melhor e que os outros o conheçam muito mais e passem a compreendê-lo e entender as suas reais necessidades, podendo colaborar de maneira efetiva para o seu desenvolvimento pessoal.
Leia, portanto, com bastante atenção e comece a se familiarizar com essas características. Ela nos ajudará a entender nosso perfil e a reconhecer nossos Talentos.
Características Típicas das Pessoas com Alta Dominância
· Pioneirismo
· Determinação
· Orientação para Resultados
· Iniciativa Própria
· Competitividade
· Agressividade
· Objetividade
· Ambição
· Impulsividade
· Inquisição
Características Típicas das Pessoas com Alta Influência
· Descontração
· Emoção
· Confiança
· Otimismo
· Informalidade
· Comunicação
· Participação
· Coletividade
· Persuasão
· Afabilidade
Características Típicas das Pessoas com Alta Estabilidade
· Sossego
· Paciência
· Controle
· Passividade
· Tranqüilidade
· Segurança
· Comedimento
· Previsibilidade
· Persistência
· Amabilidade
Características Típicas das Pessoas com Alta Conformidade
· Precisão
· Conformidade
· Autodisciplina
· Centralização
· Satisfação
· Bom Senso
· Ortodoxia
· Precaução
· Uniformidade
· Perfeccionismo
Resumo das Características Comportamentais
No quadro abaixo são apresentadas as principais características de cada um dos fatores do DISC.
Resumindo os Conceitos do DISC
Vamos agora fazer um pequeno teste para ver se você aprendeu a identificar os mais diversos perfis.
Imagine uma pessoa numa ilha deserta, após um naufrágio. De repente, surge um crocodilo rondando a ilha. Como você imagina que será o comportamento da pessoa de:
· Alta Dominância - ATENÇÃO ALTO D! Segure a impaciência. Não vá olhar os resultados sem fazer o exercício.
· Alta Influência - ATENÇÃO ALTO I! Segure a vontade de partilhar. Faça primeiro, antes de ir testar outras pessoas.
· Alta Estabilidade - ATENÇÃO ALTO S! Não tenha medo dos resultados. Agilize, não passe o dia todo nesse exercício.
· Alta Conformidade - ATENÇÃO ALTO C! Não leve tão a sério. Não se preocupe em responder certo. E só um pequeno exercício.
Resposta da História do Crocodilo
	PERFIL
	COMPORTAMENTO ESPERADO
	Alta
Dominância
	Esse tipo enfrentaria o crocodilo e o mataria. Seria um desafio a ser enfrentado que ele não iria perder, de jeito nenhum. Era uma questão de poder!
	Alta
Influência
	Iria se aproximar do crocodilo pouco a pouco. Um jantarzinho aqui, um banho de sol juntos, e o crocodilo em breve seria o seu animal de estimação “Numa ilha deserta, o crocodilo é o melhor amigo do homem”.
	Alta
Estabilidade
	O alto S não gosta de dividir. Faria uma cerca delimitando o espaço de cada um e eles conviveriam na santa paz. Um não desarrumaria o espaço do outro.
	Alta
Conformidade
	O alto C jamais compraria essa briga. Buscaria um lugar seguro e possivelmente ficaria de lá observando todos os movimentos do crocodilo e anotando tudo. Ao sair da ilha escreveria um tratado sobre o crocodilo.
7. Os 40 Talentos Naturais - Como identificar o Talento que mais se assemelha ao meu Perfil Pessoal?
Você tem a seguir 40 tipos de Talentos. Cada Talento foi criado para representar, de um lado, um conjunto de perfis pessoais, e, de outro, um conjunto de funções. Assim, ao comparar o seu perfil pessoal com um talento, você estará dando uso prático às suas características pessoais, uma vez que o talento identificado compreende um conjunto de funções e consequentemente as formações que são exigidas para o pleno exercício da mesma.
É possível a existência de outros talentos que eventualmente Não tenham sido identificados, como também podem existir talentos que se assemelham em grande parte com um outro. Para os não identificados, será possível, no futuro, ter uma lista mais completa i. medida que possamos ter contribuições dos leitores a esse respeito.
Quanto a talentos semelhantes, em alguns casos decidimos incluí-los porque, apesar de próximos, encontramos elementos comportamentais suficientes que justificavam sua permanência e, em outros casos, os eliminamos, pois as diferenças eram insignificantes para mantê-los.
Para encontrar o talento mais adequado ao seu, você deverá sobrepor preferencialmente o Perfil Resumo (pois este é o seu jeito mais natural de ser) do seu relatório a cada um dos talentos e assim verificar aquele que graficamente é mais semelhante ou igual ao seu. Na dúvida, escolha o que for mais parecido com o seu jeito natural de ser.
Identificar o seu talento o ajudará a conhecer suas características, os elementos que o motivam, as funções que mais se adaptam a você e as suas principais tendências para o trabalho. Vale lembrar que, para cada um dos Talentos citados, desdobram-se centenas ou milhares de funções ou cargos possíveis.
O esforço de estruturar os talentos deve-se à premissa básica de que podemos adotar o Caminho de Alta Performance ou o Caminho do Desperdício. No caminho do desperdício, você passa a sua vida sem utilizar o seu Talento ou porque não o identificou, ou porque não investiu nele.
No Caminho de Alta Performance você conhece seu perfil pessoal, identifica o seu talento, escolhe a formação e a função adequadas, obtém os conhecimentos necessários e coloca os seus talentos pessoais em prática e terá sucesso:
No Caminho do Desperdício, você desconhece seus Talentos, aprende conceitos que são puramente despejados sobre você, não conhece os Talentos das funções e depois procura ajustar seus comportamentos aos conhecimentos adquiridos e, talvez, com muita sorte, se encontre. A nossa experiência tem demonstrado ser bem mais difícil essa trajetória. Impossível? Não. Dolorosa? Provavelmente!
Encontrando seu Talento
A partir do momento que você identificar o seu Talento, poderá analisar seus pontos fortes e entender suas aptidões naturais. Ao longo do livro descobrirá como desenvolver as características do seu perfil, aprenderá a gerenciar seus medos, poderá melhorar os seus relacionamentos, tanto no campo pessoal como no profissional. Entenderá quais são as suas maiores dificuldades na administração do tempo, e a forma de resolvê-las, descobrirá a maneira mais efetiva de evitar o estresse, poderá montar equipes de Alta Performance e/ ou saber como melhor situar-se dentro de uma equipe. Poderá ainda definir mais claramente sua visão de futuro e como melhor gerenciar o seu tempo.
Os Talentos foram agrupados segundo a predominância de cada um dos fatores do DISC. Inicialmente, temos os Talentos liderados pela Alta Dominância e, em seguida, os liderados pela Alta Influência, Alta Estabilidade e Alta Conformidade. Identifique no gráfico do seu perfil o ponto mais alto e veja a qual “família” ele pertence. Isso facilitará sua busca.
Encontre o seu talento ou os de sua equipe e analise-os cuidadosamente. Em seguida, vá para a página 101.
Alta Dominância
O Comandante
· Você realiza pela imposição de suas ideias.
· Você manda e espera que as pessoas cumpram.
Característica Básica
· A pessoa com esse tipo de talento gosta de estar sempre no comando, além de ser altamente competitiva. A referência é o mercado e as outras pessoas. Ela precisa sempre ganhar dos demais. Por isso está sempre comparando. Essa competição revigora suas energias. Gosta de competir pelo prazer de ganhar e não entra naquilo que sabe que pode perder. 
· À medida que forma uma opinião, sente uma necessidade imperiosa de encontrar pessoas, que, sem discutir suas ordens, a conduzam a atingir seu objetivo. Quanto mais desafiadora a situação mais motivada ela fica. Estabelecido o objetivo, fica inquieta para descobrir as formas de atingi-lo. Para isso não se importa de confrontar os demais, pressionar e intimidar as pessoas, desagradar quem quer que seja, mostrar fatos ou verdades e tirar da sua frente qualquer coisa que constitua um obstáculo. 
· Não se permite falhar. Empreendedora, criativa, individualista, exigente, dominadora, decidida, arrojada, competitiva, essa pessoa sempre encontraseguidores. Há sempre aqueles que necessitam de alguém que os conduza, que lhes indique a direção. Por isso sempre existirão aqueles que circularão em seu redor.
Motivações
· Motiva-se pela ausência de controles e pela independência de pessoas e de regras. Busca a oportunidade de competir e sair-se vencedora. 
· Mudança, diversidade e atividades são também importantes. Desafio, sucesso, realizações e autodesenvolvimento são motivadores desse indivíduo. As tarefas precisam ser incentivadoras e variadas. Autoridade para dirigir as coisas à sua maneira é imprescindível.
O Empreendedor
· Você realiza pela adesão das pessoas.
· Você os convence e eles o seguem.
Característica Básica
· A pessoa desse tipo possui uma necessidade inexorável para realizar. Nunca está satisfeita. A cada dia novas coisas precisam ser feitas. Para ela não existem fins de semana ou feriados, desde que possa chegar ao fim do dia dizendo que conseguiu fazer alguma coisa palpável. E incansável. Sua energia não tem fim. Está sempre impaciente para começar alguma coisa nova.
· Para conseguir seus objetivos procura pessoas e as influencia, persuade e motiva. Escolhe despender tempo apenas com aquelas que apreciam seus projetos particulares e estão dispostas a segui-la. Investe nelas, porque deseja atingir seu objetivo. Assim cultiva suas próprias forças por intermédio dos outros. 
· Projeta-se naqueles que têm aquilo de que ela precisa. Evita quem quer consertá-la, ensiná-la ou moldá-la. O seu objetivo é colocar em prática os dons que possui e não ficar chorando o que não conseguiu. E assertiva, empreendedora e capaz de comunicar-se com os outros de forma direta.
Motivações
· Motiva-se pela diversidade e novidade nas atividades, desejando distância de controles, supervisão e detalhes. 
· Busca poder, prestígio, posição, autoridade e oportunidades para o progresso profissional. Liberdade de expressão é um fator importante. 
· Quer distância de controles, supervisão e detalhes, preferindo uma operação de amplo escopo que envolva diversidade e novidade.
O Solucionador
· Você encontra soluções, aliando flexibilidade à organização. 
· Você ouve as pessoas, organiza e manda fazer.
Característica Básica
· A pessoa desse tipo é um verdadeiro malabarista. Adora resolver problemas. Diante de uma situação complexa que envolve muitos fatores, procura descobrir sempre a melhor maneira de fazer as coisas.
· Consegue reconfigurar e refazer tudo, para atingir o objetivo final. E um exemplo de flexibilidade eficiente. Se tiver de mudar os planos de uma viagem por conta de uma reunião importante ou decidir por uma melhor combinação de pessoas ou recursos para atingir uma determinada meta, é capaz de encontrar a melhor opção. Do rotineiro ao complexo acha a solução mais adequada.
· Sabe integrar trabalho e família deixando todo mundo satisfeito. Para isso sabe influenciar e persuadir as pessoas a defender seus pontos de vista e fazer negociações em áreas administrativas, especializadas ou técnicas, com resultado final compensador. Organização, liberdade para agir e autoridade para tomar decisões são suas características. E firme, tem iniciativa própria, é amistosa, autoconfiante, persistente e metódica.
Motivações
· Motiva-se por obter resultados por intermédio das pessoas e em completar suas atribuições no seu próprio tempo. 
· Prefere agir independentemente dentro do âmbito de um ambiente de trabalho estruturado. Sente a necessidade de pertencer a um grupo e de confiar em seus colegas de trabalho e subordinados.
O Julgador
· Você realiza com base na justiça.
· Você ouve as pessoas, padroniza e manda cumprir.
Característica Básica
· A pessoa desse tipo é assertiva, empreendedora e capaz de comunicar-se com os outros buscando sempre a justiça e o atendimento dos padrões estabelecidos. 
· Sabe lidar com a oposição e a resistência a suas ideias e sabe pressionar os outros quando sente que alguma coisa não está acontecendo de forma equilibrada e justa. É capaz de trabalhar num ambiente com muitas variedades e mudanças e de acordo com os amplos parâmetros da organização. Em casa procura tratar a todos com igualdade e, esteja onde estiver, sua autoridade é sempre mantida com o suporte de regras e procedimentos que lhe dão a sensação de não agir com preconceito, privilégios ou favores especiais. 
· Procura tornar o ambiente previsível porque assim evitará conflitos e manterá a ordem. Tem iniciativa, espírito competitivo, imaginação, entusiasmo e autoconfiança. Tudo o que pretende realizar deve passar pelo crivo de sua lógica e atender aos seus parâmetros de justiça.
Motivações
· Motiva-se por tarefas diversificadas e problemas analíticos. Deseja estar envolvida com outras pessoas, em diversas situações, dentro de um ambiente formal. 
· Sente necessidade de ser vista como alguém que está certa. Prestígio, autoridade e posição são os motivadores desse indivíduo. Gosta de gerir operações nas quais possa apresentar resultados tangíveis e mensuráveis, além de progresso, e busca o respeito dos colegas.
O Organizador
· Você realiza pela persistência.
· Você foca o objetivo e mantém as coisas organizadas.
Característica Básica
· A pessoa com esse tipo de talento aprecia situações desafiadoras e gosta de atingir resultados de modo meticuloso e organizado. Precisa de um destino claro. Sabe onde quer chegar e os caminhos que tem que trilhar. A partir daí não se afasta do seu objetivo. Estabelece as metas e determina prioridades.
· Se algo sai do caminho, apressa-se em fazer as correções necessárias para retomá-lo e não perder de vista o objetivo final. Sua capacidade de manter o foco é a força principal que a torna eficiente. Ela ajuda a filtrar e avaliar se uma situação ou atitude a ajudará ou não a movimentar-se em direção à sua meta. 
· Essa pessoa sabe exigir, pressionar e fazer cumprir os passos necessários. “Quem não está a meu favor, está contra mim” é o seu lema. Estes são ignorados. Impacienta-se com atrasos e obstáculos e está sempre trazendo a equipe ou os membros da família para a estrada principal quando se desviam dela. Organizada, deliberada e resoluta. Possui, ainda, uma abordagem meditativa, reflexiva e questionadora, exigindo concentração para a realização de seu trabalho.
Motivações
· Sua motivação é por atribuições desafiantes que requerem uma abordagem lógica e organizada. 
· Prefere operar sozinha e no seu próprio ritmo, necessitando de distância de supervisão e tempo para descobrir suas próprias respostas. 
· Gosta de trabalhos com um caráter estruturado/prático e prefere não depender dos outros para obter resultados. Deseja autoridade para investigar, sondar e avaliar antes de uma ação.
O Normatizador
· Você realiza o que pesquisou e descobriu.
· Você manda fazer e não admite erros.
Característica Básica
· A pessoa desse tipo procura alcançar resultados de maneira lógica, sistemática e precisa. Adora atividades mentais. Pensar a faz exercitar os “músculos” do cérebro. Introspectiva, gosta de buscar soluções para os problemas sozinha e a partir da análise lógica das situações. Se alguém lhe dá sugestões, diz: “Comprove.
· Prove-me que é verdade, dentro de um raciocínio lógico”. Não admite possibilidades de erro. Afinal, já pensou em todas as probabilidades. Gosta de situações desafiadoras, mas, antes de agir, a coleta de informações e pesquisa de dados são de extrema importância. Possui uma abordagem reservada e questionadora. É cautelosa e não toma decisões impulsivas. E assertiva, independente, ativa, empenhada, inquisitiva e arrojada, e com um desejo inato de precisão e correção. Deverá, também, ter uma necessidade constante de ser bem-sucedida e é incansável na busca do sucesso.
Motivações
· O que motiva essa pessoa é o fato de se sentir independente, bem como dispor de tempo para questionar e investigar. 
· Quer ter autoridade para agir individualmente e pode necessitar, ainda, de dados históricos e ambiente com tudo o que se faz necessário para planejar com tranqüilidade.
O Estrategista
· Você realiza definindo as metas.
· Você organiza

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