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Gabriela Medeiros – Cardiologia Doença Aterosclerótica Coronariana Epidemiologia (Estatística Cardiovascular – Brasil 2021) Definição • Doença Aterosclerótica → Complexo processo inflamatório crônico que afeta artérias elásticas e musculares. • Aterosclerose → processo patológico que causa doença das artérias (coronarianas, cerebrais e periféricas). Fisiopatologia • Como a resistência arterial é inversamente proporcional ao quadrado da área de secção transversa, pequenas alterações dinâmicas na área luminal levam a mudanças significativas na relação pressão-fluxo da estenose e reduzem a perfusão máxima durante a vasodilatação. • Remodelamento arterial → é um aumento compensatório do vaso para acomodar uma grande quantidade de placa, na tentativa de preservar a luz arterial. REMODELAMENTO POSITIVO - quando a área da membrana elástica externa, onde se encontra a lesão, aumenta em relação ao segmento de referência, durante o processo do desenvolvimento do ateroma. REMODELAMENTO NEGATIVO - há uma diminuição da membrana elástica externa contribuindo no processo de estenose coronariana e que tem sido estudado como responsável pela reestenose após intervenções coronarianas, que não utilizaram de implante de Stent. ⤷ Mecânica do fluido de uma estenose. A queda de pressão através de uma estenose pode ser predita pela equação de Bernoulli. Gabriela Medeiros – Cardiologia Fatores de Risco Cardiovascular Os fatores de risco cardiovascular podem ser classificados em: Fatores não modificáveis → idade avançada, sexo masculino, raça negra e fatores genéticos. Fatores modificáveis → obesidade, dislipidemias, diabetes, sedentarismo, tabagismo, hipertensão arterial, estresse e dieta inadequada. Estratificação de Risco Cardiovascular A Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose de 2017 recomenda o Escore de Risco Global (ERG) → estima o risco de infarto do miocárdio, AVC, insuficiência cardíaca, fatais ou não fatais, ou insuficiência vascular periférica em 10 anos. Uma vez identificado o grau de risco, poderá fazer um planejamento diagnóstico e terapêutico. Realizado em etapas: 1º. Muito Alto Risco 2º. Alto Risco 3º. Escore de Risco Global (ERG) Obs.: Avaliar nesta ordem prioritariamente. 1. RISCO MUITO ALTO • Doença aterosclerótica significativa (arterial coronariana, cerebrovascular, vascular periférica) • Com ou SEM eventos clínicos • Obstrução > 50% em qualquer território arterial Metas terapêuticas: 2. RISCO ALTO • Prevenção primária • Aterosclerose subclínica documentada ⤷ USG carótidas com placas ⤷ ITB < 0,9 ⤷ Escore CAC > 100 ⤷ Placas na angio-CT de coronárias • Aneurisma de aorta abdominal • DRC conservador – TFG < 60ml/min • LDL-c > 190 mg/dl • DM 1 ou 2 + LDL-c (70-189mg/dl) + ER ou DASC Estratificadores de risco (ER): ⤷ Idade > 49 anos para homens ou > 56 anos para mulheres ⤷ HF 1º grau DCV prematura/ H<55a; M<65a ⤷ Diabetes > 10 anos ⤷ Síndrome metabólica ⤷ Hipertensão arterial tratada ou não tratada ⤷ Taxa de filtração glomerular < 60 mL/min ⤷ Microalbuminúria > 30 mg/g de creatinina ⤷ Neuropatia autonômica ⤷ Retinopatia diabética ⤷ Tabagismo CONSEQUÊNCIA TROMBOSE INFLAMAÇÃ O VASOCONST RIÇÃO REMODELA MENTO RUPTURA DE PLACA PAI-1 Citocinas Vasoconstritor es Fatores de crescimento MMP ⬇NO / ⬆ACE tissular / ⬆ET-1 / Outros mediadores INDUZ Estresse Oxidativo Disfunção endotelial FATORES DE RISCO Dislipidemi a HAS Hipóxia Diabetes Tabagismo Obesidade Gabriela Medeiros – Cardiologia • ERG → H > 20%; M > 10% 3. RISCO INTERMEDIÁRIO • ERG – homem 5-20%/ mulher 5-10% • DM sem ER ou DASC (doença aterosclerótica subclínica) 4. RISCO BAIXO: • ERG < 5% ESCORE DE RISCO GLOBAL (ERG) CRITÉRIOS: 1. Idade 2. HDL-c 3. Colesterol Total 4. PAS não tratada 5. PAS tratada 6. Tabagismo Gabriela Medeiros – Cardiologia 7. DM
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