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TICS 4 SOI IV

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Tics
 	
	DISCIPLINA 
	TIC´S IV
	TURMA
	T10
	ALUNA 
	KATIELLE MASCARENHAS ROCHA
 
 SEMANA 4
QUAIS OS CINCO PRINCIPAIS TIPOS DE HEPATITES VIRAIS CONHECIDAS? 
CARACTERIZE PELO MENOS UMA DELAS.
QUAIS POSSUEM VACINA DISPONÍVEL?
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. É uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. As hepatites virais agudas e crônicas são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo G primário pelo tecido hepático, apresentando características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades. As hepatites virais são causadas por cinco vírus: o vírus da hepatite A HAV, a vacina contra hepatite A, se dá por meio do vírus inativado contra a hepatite A e está disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE)/SUS, é realizado duas doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre elas. O vírus da hepatite B HBV, também possui vacina e está disponível no SUS, a vacina da hepatite B é realizada em três doses, com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose (0, 1 e 6 meses). O vírus da hepatite C HCV, o vírus da hepatite D HDV, e o vírus da hepatite E HEV. Essas infecções têm um amplo espectro clínico, que varia desde formas assintomáticas, anictéricas G e ictéricas G típicas, até a insuficiência hepática aguda grave (fulminante). A maioria das hepatites virais agudas é assintomática, independentemente do tipo de vírus (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2018).
Sendo assim, o vírus HCV é hepatotrópico, pertence à família dos flavivírus e é composto de proteínas estruturais que incluem o core e duas glicoproteínas do envelope denominadas E1 e E2. As proteínas não estruturais são a helicase (NS1), a protease (NS2), a RNA polimerase (NS5B), a proteína ligada à membrana (NS5) e outras proteínas reguladoras. Sua transmissão é essencialmente parenteral. O uso de drogas injetáveis e as transfusões de sangue e hemoderivados antes de 1990 constituíram os principais fatores de risco para a infecção. Cerca de 30% dos pacientes infectados não têm fatores de risco identificáveis. A transmissão materno-fetal é rara e a via sexual não é importante na transmissão do HCV, diferentemente do HIV e do HBV.
 Com base na sequência do ácido nucleico, pelo menos seis genótipos maiores do HCV (designados por números de um a seis) e aproximadamente 50 subtipos (designados por letras, sendo os mais comuns 1a, 1b, 2a e 2b) são identificados, no Brasil, o genótipo 1 é predominante. Cerca de 15 a 20% dos indivíduos que adquirem a infecção aguda curam-se espontaneamente, enquanto quase 80% serão portadores crônicos do HCV. Desses, a maioria cursa com inflamação hepática leve ou moderada e fibrose mínima, enquanto 20 a 40% desenvolvem doença hepática potencialmente grave e suas complicações após 10 a 20 anos de infecção. Além das complicações associadas à cirrose hepática, a infecção crônica pelo HCV é associada a numerosas manifestações extra-hepáticas. 
Assim, os pacientes com hepatite C crônica têm altos riscos de desenvolver crioglobulinemia com todas as suas manifestações clínicas e os linfomas não Hodgkin, resistência à insulina e o diabetes mellitus, entre outras complicações. A evolução clínica silenciosa e o alto percentual de cronicidade explicam o grande reservatório de infectados e o grande número de pacientes com diagnóstico fortuito ou incidental, em geral na fase tardia da doença. 
O teste sorológico inicial para a detecção de anticorpos contra o HCV, o anti-HCV, é o imunoenzimático (ELISA), de terceira geração e de alta sensibilidade. A detecção da viremia do HCV pela reação em cadeia da polimerase (HCVRNA pela técnica da RT-PCR) e a caracterização do genótipo são complementares para se definir a estratégia terapêutica. O objetivo principal do tratamento é a manutenção da resposta virológica (RVS), definida pela indetectabilidade do HCV-RNA na 12ª ou 24ª semana de seguimento pós-tratamento. Estudos têm revelado que a cura da hepatite C está associada à melhora na qualidade e na expectativa de vida e à redução da incidência de complicações da hepatopatia crônica, como a cirrose descompensada e o carcinoma hepatocelular. No entanto, a despeito de redução nas taxas de incidência, pacientes com cirrose hepática e RVS não estão isentos do risco de desenvolverem essas complicações.
Estadiamento da doença hepática na hepatite C: o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções (PCDT), estabelece critérios para o estadiamento da hepatite C crônica com fins terapêuticos. De acordo com o PCDT, o estadiamento da hepatopatia pode ser estimado pelos índices aspartato aminotransferase/plaquetas (APRI) e Fibrosis-4 (FIB4), da biópsia ou da elastografia hepática. Esses índices têm sido muito utilizados na prática clínica e podem facilmente ser obtidos em aplicativos por cálculos matemáticos. Ambos são validados e recomendados pela Organização Mundial da Saúde (WHO, 2014) e dependem apenas de resultados de exames laboratoriais realizados na rotina de seguimento dos pacientes com hepatopatias crônicas. O grau de inflamação e o estádio da fibrose hepática podem ser obtidos pela escala METAVIR e em biópsias hepáticas. Por não serem necessárias para a decisão terapêutica, as indicações atuais de realização de biópsia hepática em pacientes com hepatite C crônica são muito restritas, uma vez que métodos não invasivos são capazes, com acurácia relativa, de estimar o estádio da fibrose hepática, sobretudo para fins terapêuticos (CONSTANCIA, 2019).
O tratamento da hepatite C crônica está indicado para os pacientes com resultado de biópsia ou elastografia hepática correspondente aos estádios METAVIR ≥F2. Pacientes com evidências de cirrose hepática (varizes de esôfago, ascite, alterações ultrassonográficas compatíveis com cirrose) têm indicação de tratamento, independentemente de outros métodos diagnósticos. Ainda de acordo com o protocolo de tratamento da hepatite C no Brasil (2017), o tratamento está indicado em diversas condições clínicas, mesmo na ausência de doença hepática moderada (METAVIR F2) ou avançada (METAVIR F3-4), como nas seguintes: coinfecção pelo HIV ou HBV, manifestações extra-hepáticas com acometimento neurológico motor incapacitante, porfiria cutânea, líquen plano grave com envolvimento de mucosa, crioglobulinemia com manifestação em órgão-alvo (glomerulonefrite, vasculites, envolvimento de olhos, pulmão e sistema nervoso periférico e central), poliarterite nodosa, insuficiência renal crônica avançada (depuração de creatinina inferior ou igual a 30 mL/min); púrpura trombocitopênica idiopática, pós-transplante de fígado e de outros órgãos sólidos, linfoma, gamopatia monoclonal, mieloma múltiplo e outras doenças hematológicas malignas, hepatite autoimune, hemofilia e outras coagulopatias hereditárias, hemoglobinopatias e anemias hemolíticas. O arsenal terapêutico atualmente empregado para o tratamento da hepatite C crônica no Brasil inclui os seguintes fármacos: daclatasvir (DCV - inibidor do complexo enzimático NS5A), simeprevir (SMP - inibidor de protease), sofosbuvir (SOF - análogo de nucleotídeo que inibe a polimerase do HCV) e a associação dos fármacos ombitasvir (inibidor de NS5A), dasabuvir (inibidor não nucleosídico da polimerase NS5B), veruprevir (inibidor de protease NS3/4A) e ritonavir (potencializador farmacocinético) – conhecido como “3D”
O avanço terapêutico da hepatite C na última década constitui um marco histórico na Medicina. Todos os medicamentos disponíveis atualmente são antivirais que atuam diretamenteno genoma viral do HCV, interrompendo a sua replicação. As vantagens do arsenal terapêutico atual em relação aos esquemas anteriores são inúmeras, como mais segurança, drogas de administração oral por curto período (24 semanas) que facilitam a adesão ao tratamento e as baixas taxas de eventos adversos, além da eficácia com altas taxas de cura da infecção pelo HCV, que ultrapassam 90% (SILVA, 2021).
 REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde (BR). secretaria de vigilância em saúde. departamento de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis, do HIV/aids e das hepatites virais. manual técnico para o diagnóstico das hepatites virais. 2018.
Barra, Ruan Henrique Delmonica. peculiaridades da odontologia clínica para pacientes portadores de hepatites virais crônicas. revista visão universitária, v. 2, n. 1, 2018.
Constancio, Natasha silva et al. hepatite c nas unidades de hemodiálise: diagnóstico e abordagem terapêutica. brazilian journal of nephrology, v. 41, p. 539-549, 2019.
Silva, Paulo Roberto Vasconcellos; Coutinho, Tiago; Jorge, Tania Cremionini Araujo. medicamento como doença e biografia sorológica em comunidades virtuais de portadores de hepatite c. physis: revista de saúde coletiva, v. 31, p. e310418, 2021.

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