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. 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região - Pará e Amapá 
Técnico Judiciário – Área Administrativa 
 
1 Planejamento estratégico no Judiciário Brasileiro: Resolução nº 70/2009 do Conselho Nacional de 
Justiça. .................................................................................................................................................... 1 
2 Orçamento Público: Conceito. Princípios orçamentários. Receitas e despesas extra orçamentárias. ... 15 
3 Orçamentoprograma: conceitos e objetivos. .................................................................................. 43 
4 Orçamento na Constituição Federal. ............................................................................................... 51 
5 Competência interpessoal. ............................................................................................................. 67 
6 Administração de Recursos Materiais. ........................................................................................... 76 
7 Ciclo PDCA: planejar, fazer, verificar, agir. .................................................................................. 103 
 
 
 
 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 1 
 
 
Planejamento Estratégico no Poder Judiciário Brasileiro 
 
O planejamento estratégico é um processo gerencial que tem como fim a formulação de objetivos para 
a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas 
à organização, sua evolução esperada e a disponibilidade de meios disponíveis para alcançar os objetivos 
propostos. 
O planejamento estratégico do Judiciário Brasileiro foi determinado pela resolução nº 70, de 18 de 
março de 2009. Para entender sobre este planejamento em específico, vamos primeiramente entender o 
que é Planejamento Estratégico. 
Vários autores definem estratégia como sendo o caminho a se seguir para posicionar, favoravelmente, 
a instituição em relação à conjuntura e/ou cenário. Analisando apenas o significado da palavra em si, a 
palavra vem do grego antigo stratègós (de stratos, “exército”, e “ago”, “liderança” ou “comando”), que 
significava “a arte do general” e designava o comandante militar, à época de democracia ateniense. 
O planejamento estratégico constitui uma das mais importantes funções administrativas, pois nele o 
gestor e sua equipe estabelecem os caminhos para a organização da empresa, a condução da liderança 
e o controle das atividades. Mas o que é planejamento estratégico? É um processo gerencial que permite 
a uma organização estabelecer um direcionamento a ser seguido e também permite instrumentalizar a 
resposta que a organização precisa apresentar ao seu ambiente diante de um contexto de mudanças. O 
objetivo do planejamento é fornecer aos gestores e suas equipes uma ferramenta de informações para a 
tomada de decisão, ajudando-os a atuar de forma a antecipar as mudanças que ocorrem no mercado. 
Resumidamente o planejamento estratégico é aquele que define as estratégias de longo prazo da 
empresa. Este planejamento leva em conta todos os fatores internos e externos a companhia – por 
exemplo, a situação econômica global é um fator a ser levado em conta no planejamento estratégico. 
Quando elaboramos este planejamento procuramos ter uma visão integrada dos processos e da 
companhia, por que a empresa como um todo entra nesta etapa. 
 
O planejamento estratégico é feito em geral entre 5 e 10 anos no futuro. É essencial que o 
planejamento estratégico, apesar de ter um alcance de até 10 anos, seja atualizado constantemente. Se 
isto não ocorrer, o planejamento sofre um sério risco de ficar obsoleto e não ser utilizado dentro da 
empresa, como deve ser. O planejamento tático é diferente para cada área da companhia. A área 
financeira terá seu próprio planejamento tático financeiro, assim como a RH, marketing e assim por diante. 
Esta etapa é mais focada que o planejamento estratégico, que é desdobrado em diversos planos táticos. 
O planejamento tático é feito de ano a ano e busca otimizar uma determinada área da empresa na busca 
de um resultado. 
 
O planejamento operacional coloca em prática cada um dos planos táticos dentro da instituição. Ele é 
projetado no curto prazo e envolve cada uma das tarefas e metas da empresa. Um planejamento 
operacional deve planejar os prazos, metas e recursos para a implantação de um projeto ou tarefa dentro 
da empresa. Por ser a última etapa de planejamento, o operacional deve ser um plano mais detalhado 
que os outros dois, tentando explicar cada tarefa isoladamente. Desta maneira que os planejamentos 
Estratégico, Tático e Operacional trabalham juntos. Cada um tem um escopo dentro da empresa ou 
instituição e seguem uma ordem. 
 
Após explicado um pouco a respeito do que é o planejamento estratégico, é preciso desmembrar o 
planejamento estratégico do Judiciário Brasileiro para que você possa compreendê-lo melhor. Como já 
estudamos, o planejamento estratégico do Judiciário Brasileiro é definido pela Resolução nº 70 de 19 de 
março de 2009, criada pelo Conselho Nacional de Justiça. Em seu planejamento estratégico, no capítulo 
I o CNJ definiu os seguintes pontos: 
- Missão: Realizar Justiça. 
- Visão: ser reconhecido pela Sociedade como instrumento efetivo de justiça, equidade e paz social. 
- Atributos de Valor para a Sociedade: – credibilidade; – acessibilidade; – celeridade; – ética; – 
imparcialidade; – modernidade; – probidade: – responsabilidade Social e Ambiental; – transparência. 
 
O mapa estratégico do Poder Judiciário contém três grandes divisões que são: Recursos, Processos 
Internos e Sociedade. Dessa forma fica mais fácil o delineamento dos objetivos estratégicos traçados 
1 Planejamento estratégico no Judiciário Brasileiro 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 2 
para cada grande área que compõem o Poder Judiciário, assim como a Missão que é a razão da 
instituição existir e a Visão que trata das prospecções futuras, o que a instituição pretende ser ou chegar 
daqui a alguns anos. Observe a figura abaixo: 
 
Figura: Mapa Estratégico do Poder Judiciário. 
 
 
 
A Resolução nº 198, de 16 de Junho de 2014, dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no 
âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. 
 
Resolução nº 198, de 16 de Junho de 2014 
 
Dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégico no âmbito do Poder Judiciário e dá outras 
providências. 
 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais 
e regimentais, e 
 
CONSIDERANDO competir ao CNJ, como órgão de controle da atuação administrativa e financeira 
dos tribunais, a atribuição de coordenar o planejamento e a gestão estratégica do Poder Judiciário; 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
.3 
CONSIDERANDO a unicidade do Poder Judiciário, a exigir a implementação de diretrizes nacionais 
para nortear a atuação institucional de seus órgãos; 
 
CONSIDERANDO a necessidade de revisar o plano estratégico estabelecido pela Resolução CNJ n. 
70/2009; 
 
CONSIDERANDO as propostas apresentadas por todos os segmentos de justiça, para atualização da 
estratégia nacional do Poder Judiciário, em nove encontros de trabalho ocorridos a partir de junho de 
2013; 
 
CONSIDERANDO os Macrodesafios do Poder Judiciário para o sexênio 2015-2020, formulados pela 
Rede de Governança Colaborativa e aprovados no VII Encontro Nacional do Judiciário, ocorrido em 
Belém/PA, em novembro de 2013; 
 
CONSIDERANDO a decisão plenária tomada no julgamento do Ato Normativo n. 0003559-
04.2014.2.00.0000 na 191ª Sessão Ordinária, realizada em 16 de junho de 2014; 
 
RESOLVE: 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º Instituir a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2015/2020 – Estratégia 
Judiciário 2020 – aplicável aos tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal 
e aos Conselhos da Justiça, nos termos do Anexo, sintetizada nos seguintes componentes: 
a) Missão; 
b) Visão; 
c) Valores; 
d) Macrodesafios do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Os atos normativos e as políticas judiciárias emanados do CNJ serão fundamentados, 
no que couber, na Estratégia Nacional do Poder Judiciário. 
 
Art. 2º Considera-se, para os efeitos desta Resolução: 
I – Órgãos do Poder Judiciário: os tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição 
Federal; o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); o Conselho da Justiça Federal (CJF); e o Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); 
II – Metas de Medição Continuada (MMC): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e 
acompanhadas pelo CNJ durante o período de vigência da Estratégia Nacional; 
III – Metas de Medição Periódica (MMP): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e 
acompanhadas pelo CNJ para períodos predefinidos durante a vigência da Estratégia Nacional; 
IV – Metas Nacionais (MN): conjunto de metas formado pelas Metas de Medição Continuada (MMC) e 
pelas Metas de Medição Periódica (MMP); 
V – Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): programa, projeto ou operação alinhado(a) à Estratégia 
Nacional do Poder Judiciário; 
VI – Diretriz Estratégica (DE): orientações, instruções ou indicações a serem observadas na execução 
da Estratégia Nacional ou para se levar a termo uma meta ou iniciativa estratégica; 
VII – Cesta de Indicadores e Iniciativas Estratégicas: repositório de métricas de desempenho 
institucional e de iniciativas (programas, projetos e operações). 
 
CAPÍTULO II 
DO DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020 
 
Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser desdobrada e alinhada em três níveis de abrangência: 
I – nacional, nos termos do Anexo, de aplicação obrigatória a todos os segmentos de justiça; 
II – por segmento de justiça, de caráter facultativo; 
III – por órgão do Judiciário, de caráter obrigatório, desdobrada a partir da estratégia nacional e, quando 
aplicável, também da estratégia do respectivo segmento, sem prejuízo da inclusão das correspondentes 
especificidades. 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 4 
Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar seus respectivos planos estratégicos à Estratégia 
Judiciário 2020, com a possibilidade de revisões periódicas. 
§ 1º Os planos estratégicos, de que trata o caput, devem: 
I – ter abrangência mínima de 6 (seis) anos; 
II – observar o conteúdo temático dos Macrodesafios do Poder Judiciário; e 
III – contemplar as Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) aprovadas nos 
Encontros Nacionais do Judiciário, sem prejuízo de outras aprovadas para o segmento de justiça ou 
específicas do próprio tribunal ou conselho; 
§ 2º Os dados relativos às Metas Nacionais (MN) serão informados periodicamente ao CNJ, que 
divulgará o relatório anual até o final do primeiro quadrimestre do ano subsequente. 
§ 3º Na elaboração dos seus planos estratégicos, os tribunais e conselhos devem considerar as 
Resoluções, Recomendações e Políticas Judiciárias instituídas pelo CNJ voltadas à concretização da 
Estratégia Judiciário 2020. 
§ 4º As propostas orçamentárias dos tribunais devem ser alinhadas aos seus respectivos planos 
estratégicos, de forma a garantir os recursos necessários à sua execução. 
 
Art. 5º As Metas Nacionais (MN) serão, prioritariamente, elaboradas a partir da Cesta de Indicadores 
e Iniciativas Estratégicas de que trata o art. 2º, inciso VII, desta Resolução. 
§ 1º A Cesta de Indicadores e Iniciativas Estratégicas referida no caput será definida e revisada pela 
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento e disponibilizada no sítio 
eletrônico do CNJ. 
§ 2º A mesma Comissão poderá definir indicadores nacionais que integrarão o Relatório Justiça em 
Números, observado o disposto na Resolução CNJ n. 76, de 12 de maio de 2009. 
 
Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de 
primeiro e segundo graus, ministros, serventuários e demais integrantes do sistema judiciário e de 
entidades de classe, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus planejamentos 
estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. 
 
CAPÍTULO III 
DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA 
 
Art. 7º A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, 
conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Para promover a estratégia, devem ser realizados eventos, pelo menos anualmente. 
 
Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a 
elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico. 
§ 1º A unidade de gestão estratégica referida no caput também atuará nas áreas de gerenciamento de 
projetos, otimização de processos de trabalho e, a critério do órgão, produção e análise de dados 
estatísticos. 
§ 2º As áreas jurisdicionais e administrativas devem prestar, à respectiva unidade de gestão 
estratégica, as informações sob a sua responsabilidade pertinentes ao plano estratégico. 
 
Art. 9º Os órgãos do Poder Judiciário realizarão Reuniões de Análise da Estratégia (RAE), pelo menos 
quadrimestralmente, para avaliação e acompanhamento dos resultados, nas quais poderão promover 
ajustes e outras medidas necessárias à melhoria do desempenho institucional. 
 
CAPÍTULO IV 
DA GOVERNANÇA 
 
Art. 10. Compete à Presidência do CNJ, conjuntamente à Comissão Permanente de Gestão 
Estratégica, Estatística e Orçamento, assessoradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coordenar 
as atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos 
Encontros Nacionais. 
Art. 11. À Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, coordenada pelo CNJ e com 
representação de todos os segmentos de justiça, compete apresentar propostas de aperfeiçoamento da 
Estratégia Judiciário 2020, bem como auxiliar a execução, o monitoramento dos trabalhos e a divulgação 
dos resultados, sem prejuízo de outras atribuições definidas em ato normativo expedido pela Presidência 
do CNJ. 
§ 1º Os órgãos do Poder Judiciário indicarão representantes para compor a Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário, nos termos estabelecidos no referido ato normativo. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 5 
§ 2º As propostas a que se refere o caput serão submetidas aos presidentes dos tribunais nos 
Encontros Nacionais do Poder Judiciário,após ajuste e complementação pela Comissão Permanente de 
Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ. 
§ 3º As deliberações aprovadas nos Encontros Nacionais, sobretudo as Políticas Judiciárias, 
Recomendações, Diretrizes Estratégicas (DE), Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais 
(IEN), serão comunicadas ao Plenário do CNJ e divulgadas no portal do CNJ. 
 
CAPÍTULO V 
DOS ENCONTROS NACIONAIS 
 
Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de 
novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
I – avaliar a estratégia nacional; 
II – divulgar e premiar o desempenho de tribunais, unidades e servidores no cumprimento das Metas 
Nacionais (MN), na criação e na implantação de boas práticas; 
III – aprovar metas nacionais, diretrizes e iniciativas estratégicas para o biênio subsequente; 
IV – ajustar, quando necessário, as metas nacionais, as diretrizes e as iniciativas estratégicas 
previamente aprovadas no encontro do ano anterior. 
§ 1º Participarão dos Encontros Nacionais do Poder Judiciário os presidentes e corregedores dos 
tribunais e dos conselhos, bem como os integrantes do Comitê Gestor Nacional da Rede de Governança 
Colaborativa, sendo facultado o convite a outras entidades e autoridades. 
§ 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os trabalhos realizados durante o evento. 
§ 3º Os Encontros Nacionais do Judiciário serão precedidos de reuniões preparatórias que contarão 
com a participação dos gestores de metas e dos responsáveis pelas unidades de gestão estratégica dos 
tribunais, assim como das associações nacionais de magistrados e de servidores. 
§ 4º Revogado (Vide decisão constante da Ata da 193ª Sessão Ordinária - 19 de agosto de 2014, 
publicada no DJE/CNJ nº 157/2014, de 3/9/2014, pág. 5; Vide DJE/CNJ nº 149/2014, de 22/8/2014, pág. 
41). 
§ 5º Revogado (Vide decisão constante da Ata da 193ª Sessão Ordinária - 19 de agosto de 2014, 
publicada no DJE/CNJ nº 157/2014, de 3/9/2014, pág. 5; Vide DJE/CNJ nº 149/2014, de 22/8/2014, pág. 
41). 
 
CAPÍTULO VI 
DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus) 
 
Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu portal, o Banco de Boas Práticas e Ideias para o Judiciário 
(BPIJus), a ser continuamente atualizado, com o intuito de promover a divulgação e o compartilhamento 
de práticas e ideias inovadoras, visando ao aperfeiçoamento dos serviços judiciais. 
 
Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte forma: 
I – práticas sugeridas por servidores, tribunais ou conselhos do Poder Judiciário, alinhadas aos 
Macrodesafios mencionados no Anexo; e 
II – ideias inovadoras para melhoria do Judiciário, apresentadas por qualquer pessoa. 
Parágrafo único. As práticas e ideias serão incluídas no BPIJus após processo de seleção, na forma 
de regulamento próprio a ser publicado pelo CNJ. 
 
Art. 15. As práticas incluídas no BPIJus concorrerão ao Prêmio Excelência em Gestão Estratégica do 
Poder Judiciário. 
 
CAPÍTULO VII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 16. Os órgãos do Poder Judiciário terão até 31 de março de 2015 para proceder ao alinhamento a 
que se refere o artigo 4º. 
 
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2015, com a revogação, a partir dessa data, 
da Resolução CNJ n. 70, de 18 de março de 2009. 
 
Ministro Joaquim Barbosa 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 6 
ANEXO DA RESOLUÇÃO N. 198, DE 1º DE JULHO DE 2014 
 
 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 7 
 
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1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 10 
 
 
 
 
*Caro Candidato: A resolução nº 70/2009 foi revogada pela Resolução nº198/2014(alterada pela 
Resolução 204, de 26 de agosto de 2015), cujo texto encontra-se disposto neste tópico. 
 
RESOLUÇÃO N. 198, DE 1º DE JULHO DE 20141 
 
Dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ), no uso de suas atribuições legais 
e regimentais, e 
CONSIDERANDO competir ao CNJ, como órgão de controle da atuação administrativa e financeira 
dos tribunais, a atribuição de coordenar o planejamento e a gestão estratégica do Poder Judiciário; 
CONSIDERANDO a unicidade do Poder Judiciário, a exigir a implementação de diretrizes nacionais 
para nortear a atuação institucional de seus órgãos; 
CONSIDERANDO a necessidade de revisar o plano estratégico estabelecido pela Resolução CNJ n. 
70/2009; 
CONSIDERANDO as propostas apresentadas por todos os segmentos de justiça, para atualização da 
estratégia nacional do Poder Judiciário, em nove encontros de trabalho ocorridos a partir de junho de 
2013; 
CONSIDERANDO os Macrodesafios do Poder Judiciário para o sexênio 2015-2020, formulados pela 
Rede de Governança Colaborativa e aprovados no VII Encontro Nacional do Judiciário, ocorrido em 
Belém/PA, em novembro de 2013; 
 
1 Disponível em: http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2733. Acesso em dezembro de 2015. 
Resolução nº 70/2009 do Conselho Nacional de Justiça 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 11 
CONSIDERANDO a decisão plenária tomada no julgamento do Ato Normativo n. 0003559-
04.2014.2.00.0000 na 191ª Sessão Ordinária, realizada em 16 de junho de 2014; 
 
RESOLVE: 
 
CAPÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º Instituir a Estratégia Nacional do Poder Judiciário para o sexênio 2015/2020 – Estratégia 
Judiciário 2020 – aplicável aos tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição Federal 
e aos Conselhos da Justiça, nos termos do Anexo, sintetizada nos seguintes componentes: 
a) Missão; 
b) Visão; 
c) Valores; 
d) Macrodesafios do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Os atos normativos e as políticas judiciárias emanados do CNJ serão fundamentados, 
no que couber, na Estratégia Nacional do Poder Judiciário. 
 
Art. 2º Considera-se, para os efeitos desta Resolução: 
I – Órgãos do Poder Judiciário: os tribunais indicados nos incisos II a VII do art. 92 da Constituição 
Federal; o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); o Conselho da Justiça Federal (CJF); e o Conselho 
Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); 
II – Metas de Medição Continuada (MMC): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e 
acompanhadas pelo CNJ durante o período de vigência da Estratégia Nacional; 
III – Metas de Medição Periódica (MMP): metas aplicáveis aos órgãos do Poder Judiciário e 
acompanhadas pelo CNJ para períodos predefinidos durante a vigência da Estratégia Nacional; 
IV – Metas Nacionais (MN): conjunto de metas formado pelas Metas de Medição Continuada (MMC) e 
pelas Metas de Medição Periódica (MMP); 
V – Iniciativa Estratégica Nacional (IEN): programa, projeto ou operação alinhado(a) à Estratégia 
Nacional do Poder Judiciário; 
VI –Diretriz Estratégica (DE): orientações, instruções ou indicações a serem observadas na execução 
da Estratégia Nacional ou para se levar a termo uma meta ou iniciativa estratégica; 
VII – Cesta de Indicadores e Iniciativas Estratégicas: repositório de métricas de desempenho 
institucional e de iniciativas (programas, projetos e operações). 
 
CAPÍTULO II 
DO DESDOBRAMENTO DA ESTRATÉGIA JUDICÍARIO 2020 
 
Art. 3º A Estratégia Judiciário 2020 poderá ser desdobrada e alinhada em três níveis de abrangência: 
I – nacional, nos termos do Anexo, de aplicação obrigatória a todos os segmentos de justiça; 
II – por segmento de justiça, de caráter facultativo; 
III – por órgão do Judiciário, de caráter obrigatório, desdobrada a partir da estratégia nacional e, quando 
aplicável, também da estratégia do respectivo segmento, sem prejuízo da inclusão das correspondentes 
especificidades. 
 
Art. 4º Os órgãos do Judiciário devem alinhar seus respectivos planos estratégicos à Estratégia 
Judiciário 2020, com a possibilidade de revisões periódicas. 
§ 1º Os planos estratégicos, de que trata o caput, devem: 
I – ter abrangência mínima de 6 (seis) anos; 
II – observar o conteúdo temático dos Macrodesafios do Poder Judiciário; e 
III – contemplar as Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais (IEN) aprovadas nos 
Encontros Nacionais do Judiciário, sem prejuízo de outras aprovadas para o segmento de justiça ou 
específicas do próprio tribunal ou conselho; 
§ 2º Os dados relativos às Metas Nacionais (MN) serão informados periodicamente ao CNJ, que 
divulgará o relatório anual até o final do primeiro quadrimestre do ano subsequente. 
§ 3º Na elaboração dos seus planos estratégicos, os tribunais e conselhos devem considerar as 
Resoluções, Recomendações e Políticas Judiciárias instituídas pelo CNJ voltadas à concretização da 
Estratégia Judiciário 2020. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 12 
§ 4º As propostas orçamentárias dos tribunais devem ser alinhadas aos seus respectivos planos 
estratégicos, de forma a garantir os recursos necessários à sua execução. 
 
Art. 5º As Metas Nacionais (MN) serão, prioritariamente, elaboradas a partir da Cesta de Indicadores 
e Iniciativas Estratégicas de que trata o art. 2º, inciso VII, desta Resolução. 
§ 1º A Cesta de Indicadores e Iniciativas Estratégicas referida no caput será definida e revisada pela 
Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento e disponibilizada no sítio 
eletrônico do CNJ. 
§ 2º A mesma Comissão poderá definir indicadores nacionais que integrarão o Relatório Justiça em 
Números, observado o disposto na Resolução CNJ n. 76, de 12 de maio de 2009. 
 
Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de 
primeiro e segundo graus, ministros, serventuários e demais integrantes do sistema judiciário e de 
entidades de classe, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus planejamentos 
estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. 
 
CAPÍTULO III 
DA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA 
 
Art. 7º A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, 
conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. 
Parágrafo único. Para promover a estratégia, devem ser realizados eventos, pelo menos anualmente. 
 
Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a 
elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico. 
§ 1º A unidade de gestão estratégica referida no caput também atuará nas áreas de gerenciamento de 
projetos, otimização de processos de trabalho e, a critério do órgão, produção e análise de dados 
estatísticos. 
§ 2º As áreas jurisdicionais e administrativas devem prestar, à respectiva unidade de gestão 
estratégica, as informações sob a sua responsabilidade pertinentes ao plano estratégico. 
 
Art. 9º Os órgãos do Poder Judiciário realizarão Reuniões de Análise da Estratégia (RAE), pelo menos 
quadrimestralmente, para avaliação e acompanhamento dos resultados, nas quais poderão promover 
ajustes e outras medidas necessárias à melhoria do desempenho institucional. 
 
CAPÍTULO IV 
DA GOVERNANÇA 
 
Art. 10. Compete à Presidência do CNJ, conjuntamente à Comissão Permanente de Gestão 
Estratégica, Estatística e Orçamento, assessoradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coordenar 
as atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos 
Encontros Nacionais. 
 
Art. 11. À Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, coordenada pelo CNJ e com 
representação de todos os segmentos de justiça, compete apresentar propostas de aperfeiçoamento da 
Estratégia Judiciário 2020, bem como auxiliar a execução, o monitoramento dos trabalhos e a divulgação 
dos resultados, sem prejuízo de outras atribuições definidas em ato normativo expedido pela Presidência 
do CNJ. 
§ 1º Os órgãos do Poder Judiciário indicarão representantes para compor a Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário, nos termos estabelecidos no referido ato normativo. 
§ 2º As propostas a que se refere o caput serão submetidas aos presidentes dos tribunais nos 
Encontros Nacionais do Poder Judiciário, após ajuste e complementação pela Comissão Permanente de 
Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ. 
§ 3º As deliberações aprovadas nos Encontros Nacionais, sobretudo as Políticas Judiciárias, 
Recomendações, Diretrizes Estratégicas (DE), Metas Nacionais (MN) e Iniciativas Estratégicas Nacionais 
(IEN), serão comunicadas ao Plenário do CNJ e divulgadas no portal do CNJ. 
 
 
 
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. 13 
CAPÍTULO V 
DOS ENCONTROS NACIONAIS 
 
Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de 
novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
I – avaliar a estratégia nacional; 
II – divulgar e premiar o desempenho de tribunais, unidades e servidores no cumprimento das Metas 
Nacionais (MN), na criação e na implantação de boas práticas; 
III – aprovar metas nacionais, diretrizes e iniciativas estratégicas para o biênio subsequente; 
IV – ajustar, quando necessário, as metas nacionais, as diretrizes e as iniciativas estratégicas 
previamente aprovadas no encontro do ano anterior. 
§ 1º Participarão dos Encontros Nacionais do Poder Judiciário os presidentes e corregedores dos 
tribunais e dos conselhos, bem como os integrantes do Comitê Gestor Nacional da Rede de Governança 
Colaborativa, sendo facultado o convite a outras entidades e autoridades. 
§ 2º Os conselheiros do CNJ coordenarão os trabalhos realizados durante o evento. 
§ 3º Os Encontros Nacionais do Judiciário serão precedidos de reuniões preparatórias que contarão 
com a participação dos gestores de metas e dos responsáveis pelas unidades de gestão estratégica dos 
tribunais, assim como das associações nacionais de magistrados e de servidores. 
§ 4º Revogado (Revogado pela Resolução Nº 204 de 26/08/2015). 
§ 5º Revogado (Revogado pela Resolução Nº 204 de 26/08/2015). 
 
CAPÍTULO VI 
DO BANCO DE BOAS PRÁTICAS E IDEIAS PARA O JUDICIÁRIO (BPIJus) 
 
Art. 13. O CNJ manterá disponível, no seu portal, o Banco de Boas Práticas e Ideias para o Judiciário 
(BPIJus), a ser continuamente atualizado, com o intuito de promover a divulgação e o compartilhamento 
de práticas e ideias inovadoras, visando ao aperfeiçoamento dos serviços judiciais. 
 
Art. 14. O BPIJus será constituído da seguinte forma: 
I – práticas sugeridas por servidores, tribunais ou conselhos do Poder Judiciário, alinhadas aosMacrodesafios mencionados no Anexo; e 
II – ideias inovadoras para melhoria do Judiciário, apresentadas por qualquer pessoa. 
Parágrafo único. As práticas e ideias serão incluídas no BPIJus após processo de seleção, na forma 
de regulamento próprio a ser publicado pelo CNJ. 
 
Art. 15. As práticas incluídas no BPIJus concorrerão ao Prêmio Excelência em Gestão Estratégica do 
Poder Judiciário. 
 
CAPÍTULO VII 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 16. Os órgãos do Poder Judiciário terão até 31 de março de 2015 para proceder ao alinhamento a 
que se refere o artigo 4º. 
 
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2015, com a revogação, a partir dessa data, 
da Resolução CNJ n. 70, de 18 de março de 2009. 
 
Ministro Joaquim Barbosa 
 
Questões 
 
01. Compete à Presidência do CNJ, conjuntamente à Comissão Permanente de Gestão Estratégica, 
Estatística e Orçamento, assessoradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coordenar as 
atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos 
Encontros Nacionais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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. 14 
02. Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de primeiro 
e segundo graus e ministros exclusivamente, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus 
planejamentos estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
03. Assinale a alternativa CORRETA: 
(A) Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de outubro 
de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
(B) Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de 
fevereiro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
(C) Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de janeiro 
de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
(D) Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de 
novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
 
04. Acerca da Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014, assinale a alternativa CORRETA: 
(A) A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro grau e conselheiros. 
(B) A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, 
conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. 
(C) A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus 
exclusivamente. 
(D) A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e ministros 
exclusivamente. 
 
05. Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a 
elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Respostas 
 
01. Resposta: Certo. 
Dispõe a Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014: 
Art. 10. Compete à Presidência do CNJ, conjuntamente à Comissão Permanente de Gestão 
Estratégica, Estatística e Orçamento, assessoradas pelo Departamento de Gestão Estratégica, coordenar 
as atividades de planejamento e gestão estratégica do Poder Judiciário, a preparação e a realização dos 
Encontros Nacionais. 
 
02. Resposta: Errado. 
Dispõe a Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014: 
Art. 6º Os órgãos do Poder Judiciário devem promover a participação efetiva de magistrados de 
primeiro e segundo graus, ministros, serventuários e demais integrantes do sistema judiciário e de 
entidades de classe, na elaboração de suas propostas orçamentárias e de seus planejamentos 
estratégicos, garantida a contribuição da sociedade. 
 
03. Resposta: D. 
Dispõe a Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014: 
Art. 12. Os Encontros Nacionais do Poder Judiciário serão realizados preferencialmente no mês de 
novembro de cada ano, observando-se os seguintes objetivos, sem prejuízo de outros: 
 
04. Resposta: B. 
Dispõe a Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014: 
Art. 7º A execução da estratégia é de responsabilidade de magistrados de primeiro e segundo graus, 
conselheiros, ministros e serventuários do Poder Judiciário. 
 
05. Resposta: Certo. 
Dispõe a Resolução n. 198, de 1º de Julho de 2014: 
Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário manterão unidade de gestão estratégica para assessorar a 
elaboração, a implementação e o monitoramento do planejamento estratégico. 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 15 
 
 
Orçamento é um dos mais antigos e tradicionais instrumentos utilizados na gestão dos negócios 
públicos, sendo concebido inicialmente como um mecanismo eficaz de controle parlamentar sobre o 
Executivo. Ao longo do tempo, sofreu mudanças no plano conceitual e técnico (aspectos jurídico, 
econômico, financeiro, de planejamento e programação, gerencial e controle administrativo, por exemplo) 
para acompanhar a própria evolução das funções do Estado. 
Os primeiros Orçamentos de que se têm notícia eram os chamados orçamentos tradicionais, que se 
importavam apenas com o gasto. Eram meros documentos de previsão de receita e autorização de 
despesas sem nenhum vínculo com um sistema de planejamento governamental. Simplesmente se fazia 
uma estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que comprar, sem nenhuma prioridade ou senso 
distributivo na alocação dos recursos públicos. 
Era compreendido como uma peça que continha apenas a previsão das receitas e a fixação das 
despesas para determinado período, sem preocupação com planos governamentais de desenvolvimento, 
tratando-se, assim, de mera peça contábil-financeira. Tal conceito se revela ultrapassado, pois a 
intervenção Estatal na vida da sociedade aumentou de forma acentuada e, com isso, o planejamento das 
ações do Estado é imprescindível. 
A história divide a evolução conceitual do Orçamento Público em duas fases: o Orçamento tradicional 
e o Orçamento moderno. Até o século XIX, o s doutrinadores consideram que perdurou o Orçamento 
Tradicional, que, é marcado pelo controle político (orçamento como instrumento de controle) cuja 
preocupação seria controlar os gastos públicos. Os gastos públicos eram vistos como um mal necessário. 
A partir dos primórdios do século XX, tendo como indutor os EUA, desenvolveu-se na Administração 
Pública a preocupação em ser mais eficiente, visando promover o desenvolvimento econômico e social. 
O orçamento, antes era considera do um mero demonstrativo de autorizações legislativas e que não 
atendia as necessidades, passou a ser visto como algo mais que uma simples previsão de receitas ou 
estimativa de despesa. Este passaria a ser considerado como um instrumento de administração visando 
cumprir os programas de governo. 
Desta forma, o Orçamento evoluiu ao longo da história para um conceito de Orçamento-programa, 
segundo o qual o Orçamento não é apenas um mero documento de previsão da arrecadação e 
autorização do gasto, que além de conter a previsão de receitas e a estimativa de despesas a serem 
realizadas por um governo, em um determinado exercício financeiro mas um documento legal, que 
contém programas e ações vinculados a um processo de planejamento público, com objetivos e metas a 
alcançar no exercício (a ênfase no Orçamento-programa é nas realizações do Governo). 
 
O orçamento é utilizado hodiernamente como instrumento de planejamento da ação governamental, 
possuindo um aspecto dinâmico, ao contrário do orçamento tradicional já superado,que possuía caráter 
eminentemente estático. 
Apesar de todas as divergências existentes na doutrina, considera-se o orçamento como uma lei 
formal, que apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, não criando direitos subjetivos nem 
modificando as leis tributárias e financeiras. 
Sendo uma lei formal, a simples previsão de despesa na lei orçamentária anual não cria direito 
subjetivo, não sendo possível se exigir, por via judicial, que uma despesa específica fixada no orçamento 
seja realizada. 
São listadas as seguintes características da lei orçamentária: 
a) lei formal – formalmente o orçamento é uma lei, mas, conforme vimos acima, em vários casos ela 
não obriga o Poder Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa autorizada pelo 
legislativo; embora lei, em sentido formal não possui coercibilidade. 
b) lei temporária – a lei orçamentária tem vigência limitada. 
c) lei ordinária – todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos 
suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias. 
d) lei especial – possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica. 
 
O orçamento compreende quatro aspectos fundamentais: 
a) o jurídico, que envolve a natureza do ato orçamentário quanto aos direitos e obrigações que ele 
gera à Administração, aos agentes públicos e aos administrados. 
b) o político, que indica para qual direção o poder político está atuando, isto é, qual necessidade 
2 Orçamento Público: Conceito. Princípios orçamentários. 
Receitas e despesas extra orçamentárias. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 16 
coletiva entendeu ser de interesse público e usará, para sua satisfação, o serviço público mediante seu 
critério de gasto. 
c) o econômico, quanto às diretrizes econômicas e políticas fiscais adotadas em sua elaboração e 
que se tornarão postulados a serem seguidos. 
d) técnico-financeiro, estabelecendo metodologias e procedimentos administrativos e contábeis 
adotados à persecução dos fins do instrumento orçamentário. 
 
Os objetivos da política orçamentária são corrigir as falhas de mercado e as distorções, visando manter 
a estabilidade, melhorar a distribuição de renda, e alocar os recursos com mais eficiência. O Orçamento 
tem a função de também regular o mercado e coibir abusos, reduzindo falhas de mercado e 
externalidades negativas (fatores adversos causados pela produção, como poluição, problemas urbanos, 
dentre outros). 
O Estado intervém de várias formas no mercado, como através da política fiscal e da política monetária, 
com controle de preços, salários, inflação, dentre outros. São exemplos de instrumentos e recursos 
utilizados pelo Estado para intervir na economia: 
 
• Política Fiscal - envolve a administração e a geração de receitas, além do cumprimento de metas e 
objetivos governamentais no orçamento, utilizado para a alocação, distribuição de recursos e 
estabilização da economia. É possível, com a política fiscal, aumentar a renda e o PIB e aquecer a 
economia, com uma melhor distribuição de renda. 
• Política Regulatória - envolve o uso de medidas legais como decretos, leis, portarias, etc., expedidas 
como alternativa para se alocar, distribuir os recursos e estabilizar a economia. Com o uso das normas, 
diversas condutas podem ser banidas, como a criação de monopólios, cartéis, práticas abusivas, 
poluição, etc. 
• Política Monetária – envolve o controle da oferta de moeda, da taxa de juros e do crédito em geral, 
para efeito de estabilização da economia e influência na decisão de produtores e consumidores. Com a 
política monetária, pode-se controlar a inflação, preços, restringir a demanda, etc. 
 
O Orçamento Público funciona como um balizador na economia; existindo elevados investimentos 
governamentais no orçamento, provavelmente haverá reflexos na criação de empregos e aumento de 
renda; em contraposição, um orçamento restritivo em investimentos, provocará desemprego, 
desaceleração da economia e decréscimo no produto interno bruto. 
 
Dentre as funções consubstanciadas no Orçamento Público, destacamos: 
 
A função alocativa diz respeito a promover ajustamentos na alocação de recursos, justifica-se quando 
o funcionamento do mecanismo de mercado (sistema de ação privada) não garante a necessária 
eficiência na utilização desses recursos. Portanto, a utilização desse instrumento de atuação se efetiva 
em situações de “falha de mercado”, como, por exemplo, na presença de externalidades ou de bens 
públicos. 
 
A função distributiva, por sua vez, diz respeito a promover ajustamentos na distribuição de renda. 
Justifica-se seu emprego nos casos em que o resultado distributivo do mecanismo de ação privada não 
for considerado socialmente justificável ou desejado. Mais uma vez a justificativa está ligada à correção 
das falhas de mercado. 
 
A função estabilizadora, por fim, está associada à manutenção da estabilidade econômica, justificada 
como meio de atenuar o impacto social e econômico na presença de inflação ou depressão. Portanto, 
seu emprego gera estabilidade dos níveis de preço (combate às pressões inflacionárias), diminui os 
potenciais efeitos da depressão e mantém o nível de emprego (combate ao desemprego). 
 
CLASSIFICAÇÃO/TIPOS/TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS 
As técnicas orçamentárias também conhecidas como espécies ou tipos de orçamento, podem ser 
classificadas da seguinte forma: 
 
Orçamento Clássico ou Tradicional 
Era aquele onde constavam apenas a fixação da despesa e a previsão da receita, sem nenhuma 
espécie de planejamento das ações do governo. Era peça meramente contábil – financeira, um 
documento de previsão de receita e de autorização de despesas. 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 17 
Neste tipo de orçamento não havia preocupação com a realização dos programas de trabalho do 
governo, preocupando-se apenas com as necessidades dos órgãos públicos para realização das suas 
tarefas, sem se questionar sobre objetivos e metas. 
 
Orçamento de Desempenho ou por Realizações 
Uma evolução do orçamento clássico foi o chamado orçamento de desempenho em um contexto de 
Administração por Resultados. Neste tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar com o resultado 
dos gastos e não apenas com o gasto em si, ou seja, preocupa-se agora em saber “as coisas que o 
governo faz e não as coisas que o governo compra”. Apesar de ser um passo importante, o orçamento 
de desempenho ainda se encontra desvinculado de um planejamento central das ações do governo e, 
embora já ligado aos objetivos, não pode, ainda, ser considerado um orçamento-programa, visto que lhe 
falta uma característica essencial, que é a vinculação ao Sistema de Planejamento. 2 
Nesse tipo de orçamento, a ênfase era as coisas que o governo fazia, ou seja, o foco era, basicamente, 
nos resultados, com desvinculação entre planejamento e orçamento. 
Como objetivos do orçamento de desempenho podem ser citados a melhoria da priorização das 
despesas e o aprimoramento da eficiência técnica. Como meio de alcançar os objetivos realiza-se a 
vinculação de dotações orçamentárias a resultados, utilizando Informações de Desempenho (ID). Pode 
abranger todo governo ou ser setorial. 
Orçamento por desempenho leva tempo para ser realizado, uma vez que demanda um Sistema de 
Informações de Desempenho. Ressalta-se que este orçamento possui sua Contabilidade orientada por 
resultados. 
Outro ponto de destaque é que a capacitação é crucial, tanto para os ministros responsáveis pela 
gestão, como o Ministério da Fazenda e outras agências federais, sendo assim, requerendo grandes 
esforços de capacitação. Porfim, este orçamento de desempenho demanda reformas mais amplas, estas 
são cruciais e necessitam de muito compromisso político. 
 
Orçamento – Programa 
Esse tipo de orçamento foi introduzido no Brasil pela Lei 4320/64 e do Decreto-lei 200/67 e funciona 
como um plano de trabalho, um instrumento de planejamento da ação do governo, pela identificação dos 
seus programas de trabalho, projetos e atividades, além do estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementados, bem como a previsão dos custos relacionados. 
 
A CF/88 implantou definitivamente o orçamento – programa no Brasil, ao estabelecer a normatização 
da matéria orçamentária pelo PPA, da LDO e da LOA, ficando evidente o extremo zelo do constituinte 
para com o planejamento das ações do governo. 
Alguns autores têm destacado as seguintes vantagens do orçamento-programa em relação a métodos 
de elaboração orçamentária tradicionais: 
a) melhor planejamento de trabalho; 
b) maior precisão na elaboração dos orçamentos; 
c) melhor determinação das responsabilidades; 
d) maior oportunidade para redução dos custos; 
e) maior compreensão do conteúdo orçamentário por parte do Executivo, do Legislativo e da população 
em geral 
f) facilidade para identificação de duplicação de funções; 
g) melhor controle da execução do programa; 
h) identificação dos gastos e realizações por programa e sua comparação em termos absolutos e 
relativos; 
i) apresentação dos objetivos e dos recursos da instituição e do inter-relacionamento entre custos e 
programas; e 
j) ênfase no que a instituição realiza e não no que ela gasta. 
 
Em sua elaboração, o Orçamento-Programa tem uma lógica que o distingue de outros modelos. Essa 
lógica pode ser traduzida em fases que, ao serem cumpridas, dão ao orçamento-programa toda a sua 
peculiaridade. São elas: 
- Determinação da situação: identificação dos problemas existentes. 
 
2ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblico.pdf 
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. 18 
- Diagnóstico da situação: identificação das causas que concorrem para o aparecimento dos 
problemas. 
- Apresentação das soluções: identificação das alternativas viáveis para solucionar os problemas. 
Estabelecimento das prioridades: ordenamento das soluções encontradas. 
- Definição dos objetivos: estabelecimento do que se pretende fazer e o que se conseguirá com isso. 
- Determinação das tarefas: identificação das ações necessárias para atingir os objetivos. 
- Determinação dos recursos: arrolamento dos meios: recursos humanos, materiais, técnicos, 
institucionais e serviços de terceiros necessários. 
- Determinação dos meios financeiros: expressão monetária dos recursos alocados. 
 
 
Orçamento de Base Zero ou por Estratégia 
É um orçamento de baixo para cima, como se o orçamento estivesse sendo preparado pela primeira 
vez. Todos os gastos propostos devem ser revistos. A metodologia do OBZ não é adotada no Brasil, em 
nenhuma das unidades da Federação. 
O orçamento de base zero é uma metodologia orçamentária a qual exige que todas as despesas dos 
órgãos ou das entidades públicas, programas ou projetos governamentais sejam detalhadamente 
justificadas a cada ano, como se cada item de despesa se tratasse de uma nova iniciativa do governo. 
O foco principal do orçamento de base zero é o controle das despesas de capital (investimentos), ou 
seja, parte-se da premissa do que precisa ser feito e não o que seria bom ser feito. Assim sendo, o 
orçamento se torna o mais próximo possível da realidade. 
Essa espécie de orçamento consiste basicamente em uma análise crítica de todos os recursos 
solicitados pelos órgãos governamentais. Neste tipo de abordagem, na fase de elaboração da proposta 
orçamentária, questionar-se-ão as reais necessidades de cada área, sem compromisso com nenhum 
montante inicial de dotação. 
Os órgãos governamentais, por sua vez, deverão justificar anualmente, na fase de elaboração da sua 
proposta orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o ano anterior como valor inicial mínimo3. 
 
Orçamento Participativo 
Os orçamentos públicos nas democracias representativas são elaborados pelos poderes Executivo e 
Legislativo. Aliás, segundo os juristas especializados, a principal razão da existência do Legislativo na 
sua função precípua de representação popular, está na co-participação com o executivo na alocação dos 
recursos públicos por intermédio da elaboração dos orçamentos. O orçamento participativo incorpora a 
população ao processo decisório da elaboração orçamentária, seja por meio de lideranças da sociedade 
civil, seja por meio de audiências públicas ou por outras formas de consulta direta à sociedade. Trata-se 
de ouvir de forma direta as comunidades para a definição das ações do Governo para resolução dos 
problemas por elas considerados prioritários. É exercitado no Brasil em alguns estados da federação e 
em muitas Prefeituras. Na União, não tem sido aplicado, embora sejam feitas audiências públicas durante. 
 
Tabela-resumo de Técnicas e Práticas Orçamentárias 
A tabela abaixo objetiva dar uma visão agregada das técnica orçamentárias vistas até aqui, bem como 
contempla outras práticas de elaboração orçamentária. 
 
Denominação Características Observações 
 
3 ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblico.pdf 
Em síntese, o Orçamento-programa é aquele que apresenta os propósitos, objetivos e 
metas para os quais a administração solicita os recursos necessários, identifica os custos 
dos programas propostos para alcançar tais objetivos e os dados quantitativos que medem 
as realizações e o trabalho realizado dentro de cada programa. Foi introduzido no Brasil por 
meio da Lei no 4.320/64 e do Decreto-Lei no 200/67. A Constituição Federal de 1988 
consolidou definitivamente a adoção do orçamento-programa, ao vincular o processo 
orçamentário ao PPA, à LDO e à LOA. 
 
1175210 E-book gerado especialmente para BEATRIZ NOGUEIRA SIQUEIRA
 
. 19 
 
Orçamento 
Tradicional 
Processo orçamentário em que é 
explicitado apenas o objeto de gasto. 
Apresenta valores para as despesas 
com pessoal, material, serviços etc., 
sem relacionar os gastos a nenhuma 
finalidade (programa ou ação). 
Também é conhecido como 
Orçamento Clássico. 
 
Orçamento de 
Desempenho 
Processo orçamentário que apresenta 
duas dimensões do orçamento: 
- objeto de gasto; 
- um programa de trabalho, contendo as 
ações desenvolvidas. 
Enfatiza o desempenho organizacional 
Também conhecido como orçamento 
funcional 
 
Orçamento 
Programa 
Orçamento que expressa, financeira e 
fisicamente, os programas de trabalho de 
governo, possibilitando: 
a) a integração do planejamento com o 
orçamento; 
b) a quantificação de objetivos e 
a fixação de metas; 
c) as relações insumo-produto; 
d) as alternativas programáticas; 
e) o acompanhamento físicofinanceiro; 
f) a avaliação de resultados; 
g) a gerência por objetivos 
Originalmente, integrava o sistema de 
planejamento, programação e 
orçamentação introduzido nos 
Estados Unidos, no final da década de 
1950, sob a denominação PPBS 
(Planning Programming Budgeting 
System) 
 
Orçamento 
Participativo 
Processo orçamentário que contempla a 
população no processo decisório, por meio 
de lideranças ou audiências públicas 
Existência de uma coparticipação do 
Executivo e Legislativo na elaboração dos 
orçamentos 
Transparência dos critérios e informaçõesque nortearão a tomada de decisões 
Necessidade de um maior 
discricionariedade do governo na 
alocação dos gastos, a fim de que 
possa atender os anseios da 
Sociedade. 
Requer auto grau de mobilização 
social. 
Deve haver disposição do poder 
público em descentralizar e repartir o 
poder. 
Orçamento 
Base-Zero 
Processo orçamentário que se apoia na 
necessidade de justificativa de todos os 
programas cada vez que se inicia um novo 
ciclo orçamentário. 
Analisa, revê e avalia todas as despesas 
propostas e não apenas as das 
solicitações que ultrapassam o nível de 
gasto já existente. 
Abordagem orçamentária 
desenvolvida nos Estados Unidos, 
pela Texas Instruments Inc., durante o 
ano de 1969. Foi adotada pelo Estado 
da Geórgia (governo Jimmy Carter), 
com vistas ao ano fiscal de1973. 
Orçamento 
Incremental 
(ou inercial) 
Orçamento elaborado através de ajustes 
marginais nos seus itens de receita e 
despesa. 
Repetição do orçamento anterior 
acrescido da variação de preços 
ocorrida no período. 
 
Orçamento 
Com Teto Fixo 
Critério de alocação de recursos através 
do estabelecimento de um quantitativo 
financeiro fixo (teto), obtido mediante a 
aplicação de um percentual único sobre as 
despesas realizadas em determinado 
período 
Esse percentual único serve de base 
para que os órgãos/unidades 
elaborem suas propostas 
orçamentárias parciais. 
Fonte: ENAP. Elaboração e Execução de Orçamento Público Disponível em: 
file:///C:/Users/professor/Downloads/Elabora%20o%20e%20Execu%20o%20de%20Oramento%20Pblico.pdf 
 
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 
 
São premissas (ou regras) norteadoras de ação, a serem observadas no processo de elaboração, 
aprovação, execução e controle do orçamento, objetivando assegurar o cumprimento dos fins a que o 
mesmo se propõe. 
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Os princípios orçamentários básicos para a elaboração, execução e controle do orçamento público, 
válidos para todos os poderes e nos três níveis de governo estão definidos na Constituição Federal de 
1988 e na Lei nº 4.320/1964, que estatui normas gerais de direito financeiro, aplicadas à elaboração e ao 
controle dos orçamentos. Eis os mais difundidos, sendo distribuídos, doutrinariamente, nas seguintes 
espécies: 
 
Princípio da Unidade 
De acordo com este princípio previsto no artigo 2.º da Lei nº 4.320/1964, cada ente da federação 
(União, Estado ou Município) deve possuir apenas um orçamento, estruturado de maneira uniforme. 
Tal princípio é reforçado pelo princípio da “unidade de caixa”, previsto no artigo 56 da referida Lei, 
segundo o qual todas as receitas e despesas convergem para um fundo geral (conta única), a fim de se 
evitar as vinculações de certos fundos a fins específicos. 
O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa só conta, a fim de confrontar os totais e 
apurar o resultado: equilíbrio, déficit ou superávit. 
Atualmente, o processo de integração planejamento-orçamento tornou o orçamento, necessariamente, 
multidocumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, de vários documentos (Plano Plurianual – 
PPA -, Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO - e Lei Orçamentária Anual – LOA), alguns de planejamento 
e outros de orçamento e programas. Em que pese tais documentos serem distintos, inclusive com datas 
de encaminhamento diferentes para aprovação pelo Poder Legislativo, devem, obrigatoriamente, ser 
compatibilizados entre si, conforme definido na própria Constituição Federal. 
O modelo orçamentário adotado a partir da Constituição Federal de 1988, com base no § 5.º do artigo 
165 da CF 88 consiste em elaborar orçamento único, desmembrado em: Orçamento Fiscal, da 
Seguridade Social e de Investimento das Empresas Estatais, para melhor visibilidade dos programas do 
governo em cada área. O artigo 165 da Constituição Federal define, em seu parágrafo 5.º, o que deverá 
constar em cada desdobramento do orçamento: 
 
“§ 5.º – A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; 
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público.” 
 
Princípio da Universalidade 
Segundo os artigos 3.º e 4.º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orçamentária deverá conter todas as receitas 
e despesas, o que possibilita um controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios 
administrados pelo ente público. 
 
“Art. 3.º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de crédito por 
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo 
e passivo financeiros. 
 
Art. 4.º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo 
e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o 
disposto no artigo 2.°.” 
 
Tal princípio se complementa pela “regra do orçamento bruto”, definida no artigo 6.º da Lei nº 
4.320/1964: 
 
“Art. 6.º. Todas as receitas e despesas constarão da lei de orçamento pelos seus totais, vedadas 
quaisquer deduções.” 
 
Princípio da Anualidade ou Periodicidade 
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O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo, geralmente um 
ano. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 34 da Lei nº 
4320/1964: 
 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.” 
 
Observa-se, entretanto, que os créditos especiais e extraordinários - autorizados nos últimos quatro 
meses do exercício - podem ser reabertos, se necessário, e, neste caso, serão incorporados ao 
orçamento do exercício subsequente, conforme estabelecido no § 3.º do artigo 167 da Carta Magna. 
 
Princípio da Exclusividade 
Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum no passado, da inclusão de dispositivos 
de natureza diversa de matéria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despesa. Previsto 
no artigo 165, § 8.º da Constituição Federal, estabelece que a Lei Orçamentária Anual não conterá 
dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, inclusive 
por antecipação de receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos adicionais também 
devem observar esse princípio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio do Equilíbrio 
Esse princípio estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não 
poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período. Havendo reestimativa de 
receitas com base no excesso de arrecadação e na observação da tendência do exercício, pode ocorrer 
solicitação de crédito adicional. Nesse caso, para fins de atualização da previsão, devem ser 
considerados apenas os valores utilizados para a abertura de crédito adicional. 
ATENÇÃO CANDIDATO(A)!!! 
Observe que o Princípio da Universalidade não considera as operações de crédito por 
antecipação da receita (ARO), já o Princípio da Exclusividade inclui a(ARO). 
Isso ocorre pois estes dois princípios tratam de situações distintas, para que essas 
situações possam ser compreendidas de melhor forma devemos ter claro o entendimento 
sobre a Antecipação da Receita Orçamentária (ARO). 
 
A ARO tem como finalidade a atender insuficiência (falta) de caixa dentro do próprio 
exercício financeiro. 
Seu embasamento legal está disposto: 
Lei n° 4.320/64; 
Decreto n° 93.872/86; 
Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei n° 101/00. 
 
Voltando ao Princípio da Universalidade. 
Este princípio trata da Lei Orçamentária, ou seja, do Orçamento Público, sendo assim, 
quando o Orçamento Público está sendo constituído não se deve prever “falta de caixa”, pois 
o orçamento é organizado para que ocorra um bom planejamento financeiro e que o caixa 
suporte todos os pagamentos. 
Como a ARO tem justamente a finalidade de atender insuficiência (falta) de caixa, não será 
incluída no orçamento, pois não é uma situação esperada. 
 
No Princípio da Exclusividade. 
Este princípio exige que sejam incluídas todas as receitas e despesas pertinentes ao 
orçamento, relacionando essa situação com a ARO é correta a sua inclusão. 
Caso a antecipação venha a ocorrer durante o próprio exercício financeiro, ou seja, se caso 
ocorra uma “falta de caixa” e seja necessária a Antecipação da Receita, esta deverá ser 
incluída no orçamento. 
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Conforme o caput do artigo 3.º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de Orçamentos compreenderá todas as 
receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de operações de crédito. Entretanto, 
conforme estabelece o artigo 167, III, da Constituição Federal, é vedada a realização de operações de 
crédito que excedam o montante das despesas de capital, dispositivo conhecido como “regra de ouro”. 
De acordo com esta regra, cada unidade governamental deve manter o seu endividamento vinculado à 
realização de investimentos e não à manutenção da máquina administrativa e demais serviços. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal também estabelece regras limitando o endividamento dos entes 
federados, nos artigos 34 a 37: 
 
“Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos 
após a publicação desta Lei Complementar. 
 
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação, diretamente 
ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive 
suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou 
postergação de dívida contraída anteriormente. 
§ 1.º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre instituição financeira 
estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se 
destinem a: 
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes; 
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. 
§ 2.º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprarem títulos da dívida da 
União como aplicação de suas disponibilidades. 
 
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da 
Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada de adquirir, 
no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da 
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. 
 
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: 
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato 
gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7.º do art. 150 da Constituição; 
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou 
indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma 
da legislação; 
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com 
fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de 
crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes; 
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento 
a posteriori de bens e serviços.” 
 
Princípio da Legalidade 
Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplicado à administração pública, segundo o qual 
cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar, ou 
seja, subordina-se aos ditames da lei. 
A Constituição Federal de 1988, no artigo 374 estabelece os princípios da administração pública, dentre 
os quais o da legalidade e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de formalização legal das leis 
orçamentárias: 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais.” 
 
4 Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: (...) 
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Princípio da Publicidade 
O princípio da publicidade está previsto no artigo 37 da Constituição Federal e também se aplica às 
peças orçamentárias. Justifica-se, especialmente, no fato de o orçamento ser fixado em lei, e esta, para 
criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e deveres, obrigando a todos, há que ser publicada. 
Portanto, o conteúdo orçamentário deve ser divulgado nos veículos oficiais para que tenha validade. 
 
Princípio da Especificação ou Especialização 
Segundo este princípio, as receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder 
Legislativo em parcelas discriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o 
controle do gasto público. Esse princípio está previsto no artigo 5.º da Lei nº 4.320/1964: 
 
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou 
quaisquer outras [...]” 
 
O princípio da especificação confere maior transparência ao processo orçamentário, possibilitando a 
fiscalização parlamentar, dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexibilidade na 
alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso, facilita o processo de padronização e elaboração 
dos orçamentos, bem como o processo de consolidação de contas. 
 
Princípio da Não Afetação da Receita 
Tal princípio se encontra consagrado, como regra geral, no inciso IV, do artigo 167, da Constituição 
Federal de 1988, quando veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa: 
 
“Art. 167. São vedados: 
[...] 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição 
do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do 
ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos artigos 198, § 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações 
de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no§ 4.º 
deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); [...] 
 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os 
artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a 
prestação de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de débitos para com esta.” 
 
As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e estão relacionadas à repartição do produto 
da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos Estados – FPE e dos Municípios – FPM e 
Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste), à destinação de recursos 
para as áreas de saúde e educação, além do oferecimento de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receitas. 
Trata-se de medida de bom-senso, uma vez que possibilita ao administrador público dispor dos 
recursos de forma mais flexível para o atendimento de despesas em programas prioritários. 
No âmbito federal, a Constituição reforça a não vinculação das receitas por meio do artigo 76 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT, ao criar a “Desvinculação das Receitas da 
União – DRU”, abaixo transcrito: 
 
“Art. 76. É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2011, 20% (vinte 
por cento) da arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no 
domínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a referida data, seus adicionais 
e respectivos acréscimos legais. 
§ 1.º O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de cálculo das transferências a 
Estados, Distrito Federal e Municípios na forma dos artigos 153, § 5.º; 157, I; 158, I e II; e 159, I, a e 
b; e II, da Constituição, bem como a base de cálculo das destinações a que se refere o art. 159, I, 
c, da Constituição. 
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§ 2.º Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste artigo a arrecadação da 
contribuição social do salário-educação a que se refere o art. 212, § 5.º, da Constituição.” 
 
Princípio da Programação 
Considerado um dos princípios orçamentários mais modernos, consistindo na organização das ações 
governamentais através de programas de trabalho, com objetivos claramente definidos e dispondo de 
meios para alcançá-los, sendo ainda elos entre o planejamento e o orçamento. 
 
Princípio da Exatidão 
Desde os primeiros diagnósticos e levantamentos das necessidades, para fins de elaboração da 
proposta orçamentária, deve existir grande preocupação com a realidade e com a efetiva capacidade do 
setor público intervir para solucioná-las através do orçamento. A regra é válida não apenas para os setores 
encarregados da política orçamentária, mas também para todos os órgãos que solicitam recursos para 
execução em programas e projetos. Tal princípio tem concepção doutrinária, porém passou a ter também 
previsão legal a partir da LRF, que exige memória e metodologia de cálculo para as metas fiscais de 
receitas, despesas, resultado primário e nominal, dentre outros. 
 
Princípio da Clareza 
O orçamento deve ser claro e compreensível para qualquer indivíduo, sem, no entanto, descuidar das 
exigências da técnica orçamentária, especialmente em matéria de classificação das receitas e despesas. 
 
Princípio da Uniformidade 
O orçamento deve conservar estrutura uniforme através dos distintos exercícios, permitindo uma 
comparação ao longo do tempo. 
 
RECEITAS E DESPESAS 
 
RECEITA 
Receita consiste na soma de valores recebidos durante um determinado período de tempo. No setor 
público, é a soma de ingressos, impostos, taxas, contribuições e outras fontes de recursos, arrecadados 
para atender às despesas públicas. 
Receitas orçamentárias são disponibilidades de recursos financeiros que ingressam nos cofres 
públicos. Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas públicas, a receita 
orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo Estado em programas e ações, cuja finalidade principal é 
atender às necessidades públicas e demandadas da sociedade. 
 
Receitas Públicas são todos os ingressos de caráter não devolutivo auferidas pelo poder público, em 
qualquer esfera governamental, para alocação e cobertura das despesas públicas. Dessa forma, todo o 
ingresso orçamentário constitui uma receita pública, pois tem como finalidade atender às despesas 
públicas. 
 
A Lei nº 4.320/64 regulamenta os ingressos de disponibilidades de todos os entes da federação 
classificando-os em dois grupos: orçamentários e extraorçamentários. 
 Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público arrecadados exclusivamente 
para aplicação em programas e ações governamentais. Estes ingressos são denominados Receita 
Pública. 
 Os ingressos extra orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros arrecadados pelo ente público 
exclusivamente para fazer face às exigências contratuais pactuadas para posterior devolução. Estes 
ingressos são denominados recursos de terceiros. 
Os recursos financeiros canalizados para os cofres públicos ostentam, na prática, natureza e conteúdo 
bastante diversificados. 
Nem sempre derivam da atividade impositiva do Estado, campo de abrangência do Direito Tributário, 
podendo resultar de contratos firmados pela administração, com caráter de bilateralidade. 
 
Classificação das Receitas 
 
Origem: Originárias X Derivadas 
 
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Receitas Originárias: provenientes da exploração do patrimônio da pessoa jurídica de direito público, 
ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimônio a disposição de pessoas físicas ou jurídicas, que 
poderão se beneficiar de bens ou de serviços, mediante pagamento de um preço estipulado. Elas 
independem de autorização legal e pode ocorrer a qualquer momento, e são oriundas da exploração do 
patrimônio mobiliário ou imobiliário, ou do exercício de atividade econômica, industrial, comercial ou de 
serviços, pelo Estado ou suas entidades. Exemplos: Rendas obtidas sobre os bens sujeitos à sua 
propriedade (aluguéis, dividendos, aplicações financeiras). 
 
Receitas Derivadas: são cobradas pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as relações 
econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou sobre seus bens. Na 
atualidade, constitui-se na instituição de tributos, que serão exigidos da população, para financiar os 
gastos da administração pública em geral, ou para o custeio de serviços públicos específicos prestados 
ou colocados a disposição da comunidade. Exemplos: Taxas, Impostos e Contribuições de Melhoria. 
 
Natureza: Receitas Orçamentárias X Receitas Extra Orçamentárias 
 
Receitas Orçamentárias: são todos os ingressos financeiros de caráter não devolutivo auferidos pelo 
Poder Público. A receita orçamentária se subdivide ainda nas seguintes categorias econômicas: receitas 
correntes e receitas de capital. 
 
Receita Extra Orçamentária5: correspondem as receitas que não fazem parte do orçamento de modo 
que não serão consideradas quando da fixação das despesas públicas. São receitas públicas apenas na 
acepção mais ampla do termo, uma vez que não poderá o administrador público contar com elas para 
custear despesas públicas previstas na peça orçamentária. O único motivo que justifica sua inserção no 
conceito de receita, malgrado não se incorporem ao patrimônio público, é que como adentram nos cofres 
públicos deverão ser precedidas de lançamento. 
 
O Poder Público adquire tais receitas extraorçamentárias em atenção a futura despesa 
extraorçamentária, o que em termos contábeis seria um passivo exigível.

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