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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Disciplina: QIE0002 – Química Inorgânica Experimental 2. EXPERIMENTO 02: REATIVIDADE DOS GRUPOS 01 E 02 2.1 INTRODUÇÃO Os elementos do Grupo 1 possuem uma química bastante homogênea, mostrando de modo bem claro os efeitos do tamanho crescente dos átomos em suas propriedades físicas e químicas. Por terem bastantes semelhanças possuem talvez a química menos descomplicada de toda a tabela periódica. Todos os metais do grupo 1 formam cátions monovalentes e são bons condutores de eletricidade, moles e muito reativos. São conhecidos como metais alcalinos porque reagem muito facilmente com a água e, quando isso ocorre, formam hidróxidos, liberando hidrogênio. Estes metais também reagem facilmente com o oxigênio produzindo óxidos. Isso pode se justificar por possuírem na camada de valência em elétron fracamente ligado ao átomo, formando assim compostos iônicos. Seus hidróxidos são bases muito fortes. Reação com água: 2 Li(s) + 2 H2O(l) → 2 LiOH(aq) + H2(g) Reação com o oxigênio: 4 K(s) + O2(g) → 2 K2O(s) As reações entre os metais alcalinos e a água acontecem tão violentamente (como na do rubídio) que podem ocasionar a combustão espontânea do hidrogênio liberado; assim, devem ser acondicionados em atmosferas de baixa umidade e protegidos contra o oxigênio. O Lítio difere razoavelmente dos outros elementos do grupo, como em todos os grupos típicos tabela periódica, o primeiro elemento apresenta certas diferenças em relação aos demais. O sódio e o potássio são o sétimo e oitavo elementos mais abundantes da crosta terrestre em peso e ocorrem dissolvidos como sais em grande quantidade na água do mar. O cloreto de sódio é o composto mais usado, sendo notória a sua importância e é extraído principalmente da água do mar. Quanto aos outros, Rubídio, Césio e Frâncio, não possuem métodos de extração viáveis, sendo este último por causa de seu decaimento radioativo. No grupo 2 observam-se as mesmas tendências nas propriedades que foram estudadas no Grupo 1: são moles e reativos. Formam uma série nas variações gradativas das propriedades de metais muito reativos, mas sendo ainda menos reativos que os do grupo 1. São chamados de alcalino-terroso provém do nome que recebiam seus óxidos: terras. O Berílio possui uma química anômala, não se familiarizando bem com o restante do grupo. Isto se deve principalmente ao fato do átomo e do íon Be2+ serem muito pequenos, e comparando a diferença de tamanho do Be2+ com o Mg2+, que é quatro vezes maior que a diferença do Li+ e do Na+. Esta discrepância de tamanho é o que deve causar o seu comportamento anômalo em relação aos outros alcalino-terrosos. O cálcio é o quinto elemento mais abundante na crosta terrestre, ocorrendo como depósitos de minerais, seja na forma CaCO3 (formando montanhas inteiras de calcário), gesso e anidrita (CaSO4⋅ H2O e CaSO4 respectivamente). O Estrôncio e o Bário ocorrem como minerais de fácil extração, mas são menos abundantes. Como o Rádio é radioativo e bem raro, não é muito usado, apesar de ter sido aplicado no tratamento do câncer. Atualmente em seu lugar usam-se outras fontes. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Disciplina: QIE0002 – Química Inorgânica Experimental 1 Os elementos dos grupos 1 e 2 formam sais com grande caráter iônico, principalmente quando combinados com elementos com elevada eletronegatividade como os halogênios. 2.2 OBJETIVOS Comparar o comportamento dos metais alcalinos e alcalinos terrosos quanto à reatividade. Explorar os conceitos de dureza de águas. Explorar os conceitos relacionados à solubilidade de sólidos iônicos. 2.3 PRÉ-LABORÁTORIO a) O que é uma água dura? Por que elas são tratadas como um problema? b) Escreva as reações químicas para a reação dos elementos do Grupo 2 com água e oxigênio. c) Busque a estrutura da fenolftaleína na literatura e explique o comportamento ácido-base desta substância. Qual a faixa de viragem deste indicador? d) Pesquise a solubilidade dos seguintes compostos Na2CO3, CaCO3, KNO3 e NaOH em água. 2.4 MATERIAIS E MÉTODOS Materiais e regentes Sódio metálico Ácido Clorídrico 6,0 mol L-1 Papel de filtro Magnésio metálico Carbonato de Cálcio Faca Água destilada Carbonato de Sódio Placa de Petri Fenolftaleína Nitrato de Potássio Vidro de Relógio Hidróxido de Sódio Hidróxido de Bário 0,1 mol L-1 Banho-Maria Tubos de ensaio Detergente Pinça Solução de Sabão (10 g L-1) Soluções que simulam águas duras temporária e permanente Pipetas Espátulas UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Disciplina: QIE0002 – Química Inorgânica Experimental 2 Procedimento: Águas duras permanente e temporária: * Identificação do ânion (bicarbonato ou sulfato) A) Em um tubo de ensaio, misture cerca de 1 mL de água dura temporária e algumas gotas de solução de hidróxido de bário. Observe. Remova o excesso da solução-mãe e em seguida adicione, com agitação, algumas gotas de ácido clorídrico 6 mol L-1. B) Repita os testes do parágrafo anterior, usando água dura permanente. * Formação de espuma com sabão A) Coloque, num tubo de ensaio, cerca de 1 mL de água destilada. Num segundo tubo, coloque igual volume de água dura temporária e num terceiro tubo, água dura permanente. Acrescente a cada tubo dez gotas de solução de sabão (sabão em pedra) e agite vigorosamente. B) Repita os testes do parágrafo anterior, usando detergente. * Efeito do aquecimento (Abrandamento de água dura temporária pelo aquecimento) A) Preencha um tubo de ensaio até a metade de sua capacidade com água dura temporária e aqueça em banho-maria por aproximadamente 30 min. Observe. Se houver formação de precipitado, separe o sólido transferindo a solução-mãe para outro tubo. Guarde esta solução para o ensaio B). Adicione algumas gotas de ácido clorídrico 6 mol L-1 ao sólido formado e verifique se ocorre dissolução. B) Adicione dez gotas da solução de sabão na solução de água dura após o aquecimento. Abrandamento de água dura permanente usando carbonato de sódio. Coloque cerca de 1 mL de água dura permanente em um tubo de ensaio e adicione 2 mL da solução de carbonato de sódio. Agite. Se houver formação de precipitado, separe-o e a adicione dez gotas da solução de sabão ao sobrenadante. Reatividade química Atenção: use óculos de segurança ou realize o ensaio na capela. Perigo de projeção de reagentes químicos. A) em uma placa de Petri adicione uma pequena quantidade de água e três gotas de fenolftaleína. Observe. Adicione um pequeno pedaço de sódio metálico e observe. B) repita o item A) e agora use um pedaço de magnésio. Lembre-se de limpar bem a superfície do metal antes de adicionar à água. Solubilidade de alguns compostos Teste a solubilidade dos sais Na2CO3 e CaCO3. Observe. Dissolva cerca de 0,5 g de KNO3 no menor volume de água possível. Faça o mesmo com NaOH. Observe os efeitos de temperatura. Ao término da prática, lave o material utilizado e deixe a bancada organizada. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQMC Disciplina: QIE0002 – Química Inorgânica Experimental 3 2.5 RESULTADOS E QUESTIONÁRIO Com base no experimento realizado responda as seguintes questões: a) Apresente as equações químicas para as reações de sódio e de magnésio metálicos com água. b) Explique a diferença de solubilidade entre os carbonatos de sódio e cálcio. Qual destes sais deve possuir o maior ponto de fusão? Justifique. c) Explique porque KNO3 tem uma dissolução endotérmica enquanto, enquanto NaOH se dissolve em água com desprendimentode calor. d) Explique os fenômenos observados nos ensaios sobre águas duras. Apresente as equações químicas pertinentes.
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