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Fisioterapia Musculoesquelética Assistência fisioterapêutica na Artroplastia de Quadril e Joelho Prof. Me. Ana Caroline Q. Trigueiro LESÕES ORTOPÉDICAS DO QUADRIL INTRODUÇÃO Tem a função primária de sustentar o peso da cabeça, MMSS e tronco durante a postura ereta estática e atividades dinâmicas, além de ser uma via transmissora de força da pelve para os MMII. Psoas Ilíaco Adutores Obturador interno PRINCIPAIS LESÕES DO QUADRIL • É uma condição que resulta em um contato anormal entre a cabeça do fêmur e o acetábulo • Dor; Claudicação; Limitação da ADM Impacto femoroacetabular • Fratura de colo de fêmur • Fratura transtrocantérica do fêmur • Fratura subtrocantérica do fêmur Fraturas de quadril (Tipos) FRATURAS DE QUADRIL Intracapsulares (colo): o Localizam-se dentro da inserção da cápsula articular (no pescoço) o Necrose avascular da cabeça do fêmur (atraso na consolidação) Extracapsulares (trans e sub): o Menos graves por não interromper o aporte sanguíneo FRATURAS DE QUADRIL Mecanismos de lesão: o 1º: queda produzindo um golpe direto sobre o trocanter maior o 2º: rotação externa exagerada com pé plantado no solo. Neste, a cabeça é firmemente fixada pela cápsula anterior e ligamentos iliofemorais. Enquanto o colo roda posteriormente e colide contra o acetábulo. FRATURAS DE QUADRIL Fatores predisponentes: o Osteoporose o Acuidade visual diminuída o Alteração de equilíbrio e dos reflexos o Fraqueza muscular o Instabilidade na marcha CLASSIFICAÇÃO DO TRAÇO DE FRATURA DO COLO DO FÊMUR TRAÇO DA FRATURA (Pauwels): o Tipo I = 30° com a horizontal o Tipo II = 50° o Tipo III = 70° DESLOCAMENTO (Garden): o Tipo I = incompleta o Tipo II = completa sem desvios o Tipo III = completa com desvio parcial o Tipo IV = completa com desvio total FRATURA TRANSTROCANTÉRICA o São extracapsulares o Situam-se entre o trocanter maior e o menor FRATURA SUBTROCANTÉRICA o Ocorrem na parte proximal da diáfise, abaixo do nível do trocanter menor. Obs: Quanto mais longe do quadril menos grave FRATURA DE QUADRIL Quadro clínico o Dor espontânea na virilha ou na região do quadril o Dor com a movimentação ativa ou passiva do quadril o Dor ao apoiar o peso no membro inferior o O MI parece estar mais curto e assume a posição de rotação externa o Perda da função Artroplastia do Quadril ✓ É uma abordagem cirúrgica de grande porte que tem como objetivo a substituição das estruturas lesionadas da articulação do quadril. ✓ Esse procedimento é considerado seguro, eficaz e satisfatório com melhora da dor em 95% dos casos. ARTROPLASTIA DO QUADRIL TIPOS DE ARTROPLASTIA o Artroplastia parcial: Componente femoral é colocado preservando-se o acetábulo. o Artroplastia total: Substituição ou troca da articulação do quadril. Consiste em um componente femoral metálico articulado com um componente acetabular plástico. TIPOS DE FIXAÇÃO Cimentada • Componente femoral e acetabular são fixadas com cimento ósseo TIPOS DE FIXAÇÃO Não cimentada • Princípio da fixação biológica • O osso cresce no interior de microespaços da prótese TIPOS DE FIXAÇÃO Híbrida •Quando só um dos componentes é cimentado • Ex: Componente femoral cimentado e componente acetabular não cimentado Complicações TVP Lesão nervosa Lesão vascular Discrepância de membros Infecção Afrouxamento Metalose e osteólise Luxação Pós cirúrgico de Artroplastia do Quadril Avaliação de Quadril É IMPORTANTE LEMBRAR: • GRAU DE MOBILIDADE Movimento Normal Deficitário Obs. Flexão Extensão Rotação D Rotação E Abdução Adução Fisioterapêutico (P. O.) o O paciente pode passar de 3 a 6 dias internado o Mobilização precoce o Treinos de transferências o Treino de marcha o Exercícios ativos (evitar TVP) ➢ Cuidados com a prótese: o Evitar flexão acima de 90º do quadril o Evitar adução do membro além da linha média o Evitar rotação interna Fisioterapêutico (Após a alta) o Diminuir do quadro inflamatório o Melhorar mobilidade o Promover independência funcional da marcha o Adaptações domiciliares ➢ Cuidados: o Elevação do vaso sanitário, cama e poltronas que possam ser baixas o Retirada de tapetes o Barras de apoio no banheiro ➢ A partir da 7º semana: o Exercícios de mobilidade e força (principalmente dos glúteos) Caso Clínico Paciente A.L.D, masculino, 65 anos, procurou atendimento médico por fortes dores de quadril, iniciadas há dois anos. Realizava fisioterapia semanalmente desde o início dos sintomas, com uso esporádico de analgésicos. Referiu piora da dor há cerca de quatro meses. A dor caracterizava-se com forte artralgia na região do hemiquadril direito, com irradiação para o membro inferior direito. Deambulava com dificuldade, porém sem necessidade de apoio. Foram solicitados exames de raio X e cintilografia óssea. Evidenciou-se forte erosão óssea na região femoroacetabular com presença de osteófitos e forte desgaste cartilaginoso. Caso Clínico Esses achados levaram ao diagnóstico de osteoartrose, sendo indicada e realizada artroplastia total de hemiquadril direito para alívio dos sintomas. No tipo de procedimento em questão, osso e cartilagem lesionados são retirados e substituídos por componentes protéticos. Hoje, 01/03/2021, encontra-se na 7º semana de pós operatório, com aspecto da pele normal, sem deformidades na coluna, sem dor na área do quadril, mas relatou quadro álgico de intensidade leve na região da coluna lombar (EVA: 6). Grau de mobilidade restrita para flexão de quadril, abdução e rotação externa. Faz uso de muletas axilares. Vamos pensar juntos? OBJETIVOS TRATAMENTO LESÕES ORTOPÉDICAS DO JOELHO INTRODUÇÃO Tem a função de suporte de carga e grande amplitude de movimento, através de seu complexo articular. • Ligamentos • Meniscos • Cápsula articular Estabilizadores estáticos • Músculos • Tendões Estabilizadores dinâmicos INTRODUÇÃO PARA ESTUDO! Intra-articular Lig. Cruzado anterior Evita translação anterior da tíbia em relação ao fêmur Lig. Cruzado posterior Evita translação posterior da tíbia em relação ao fêmur Meniscos medial e lateral Aumentam a congruência articular e auxiliam na dissipação de carga Extra-articular Lig. Colateral medial Evita o estresse em valgo Lig. Colateral lateral Evita o estresse em varo PRINCIPAL LESÃO DO JOELHO • Processo degenerativo e progressivo da cartilagem articular • Afeta articulações que suportam o peso corporal • Dor; Rigidez articular; Fraqueza; Instabilidade Osteoartrite Fatores de risco Mulheres Fatores genéticos Acima de 60 anos Obesidade Microtraumas Distúrbios metabólicos Lesões articulares prévias Tarefas ocupacionais repetitivas Artroplastia do Joelho ARTROPLASTIA DO JOELHO ✓ A operação consiste na substituição da articulação afetada por um implante em metal e polietileno, a chamada prótese do joelho. Esta é fixa ao osso através de um cimento especial. Avaliação de Joelho EXAME FÍSICO ▪ Inspeção o Edema (perimetria) o Tipo de edema (localizado ou generalizado) o Tipo de marcha (normal ou patológica) o Normal, valgo ou varo o Dor – ESCALA DE EVA ▪ Palpação o Presença de creptos o Movimentos (goniometria) Fisioterapêutico (P. O.) ➢ Objetivos: o Retorno à funcionalidade da forma mais rápida e segura possível o Diminuir dor o Reestabelecer ADM, força, equilíbrio e marcha ➢ Cuidados: o Intensidade e o volume dos exercícios devem progredir diariamente o Atenção para o extensor de joelho o Evitar os extremos de ADM o Flexão não deve ultrapassar 90° Caso Clínico Paciente, 32 anos, portador de hemofilia A, sexo masculino, em acompanhamento multidisciplinar em clínica particular, submetido a cirurgia de artroplastia total de joelho direito em 28 de janeiro de 2021. O paciente foi avaliado através dos exames complementares de Raio-X, ressonância magnética, exames laboratoriais. O tratamento fisioterapêutico iniciou-se no pós-operatório. Nesse período, o objetivo foi controlaro quadro inflamatório e álgico, evitar a contratura do membro acometido e manter o trofismo da musculatura do membro inferior. Consistiu em sessões diárias com duração aproximada de 40 minutos onde foram realizadas analgesia, mobilizações passivas e alongamentos. Hoje, 01/03/2021, encontra-se com restrição de ADM para flexão e extensão, quadro álgico de intensidade leve (EVA: 2). Vamos pensar juntos? OBJETIVOS TRATAMENTO Referências: COOPER, G; HERRERA, J. E. Manual de Medicina Musculoesquelética [recurso eletrônico] – Porto Alegre: Artmed, 2009. FIGUEIRÔA, G. R. Manual de Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia. 1. ed. Salvador, BA: Editora Sanar, 2020. (Coleção Manuais em Fisioterapia) ana.trigueiro@unp.br Um xero e obrigada!
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