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DIURÉTICOS INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA → Acetazolamida – inibe anidrase carbônica na membrana luminal e no citoplasma – age no TCP; → Causa acúmulo de ácido carbônico na célula – queda de ph – falha no funcionamento das bombas; o Queda de Na+ e HCO3 no sangue – acidose metabólica; o Aumento de Na+ e HCO3 na urina – alcalose urinária; ▪ Aumento discreto da excreção de Cl- e aumento expressivo da excreção de K+; o Aumento de Na+ nos túbulos – detecção pela mácula densa – ativação do SRAA – aumenta resistência da arteríola aferente e reduz o FSR e a TFG → hipertensão compensatória; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Glaucoma – reduz a taxa de formação do humor aquoso e a pressão intraocular, também pode reduzir a pressão craniana; o Alcalose metabólica - em especial a causada pelos aumentos na excreção de H+ induzidos pelos diuréticos; o Acidificação urinária; o Doença das montanhas aguda - diminui a formação de LCS e reduz o pH do LCS e do cérebro → aumenta a ventilação e diminui os sintomas; EFEITOS ADVERSOS: o São secundários à alcalinização da urina (formação de cálculos) ou à acidose metabólica; DIURÉTICOS OSMÓTICOS → Manitol, Isossorbida e Glicerina - agem no TCP e, especialmente, na AH; → São livremente filtrados no glomérulo e sofrem reabsorção limitada pelo túbulo renal – aumenta a osmolaridade no túbulo; → Não interferem na dinâmica dos sais – mas reduzem a reabsorção de Na+ por reduzir sua concentração luminal; → Aumentam o FSR - reduz a tonicidade medular (reduz reabsorção de água no RDD e, por consequência, a reabsorção de NaCl no RAD); o Inibem a reabsorção de Mg no RAE; o Aumenta a excreção de Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3 e fosfato; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Manitol: Síndrome de desequilíbrio da diálise – causa o aumento da osmolalidade extracelular, perdida nessa condição; ▪ Reduzir o edema cerebral e a massa encefálica antes e depois de neurocirurgia; o Todos: ataques agudos de Glaucoma com grande aumento da pressão intraocular; EFEITOS ADVERSOS: o Em pacientes com insuficiência cardíaca ou congestão pulmonar, o aumento da osmolalidade extracelular pode provocar edema pulmonar franco; o Hiponatremia – cefaleia, náuseas e vômitos; o Hipernatremia e desidratação – se excreção de água > eletrólitos; DIURÉTICOS DE ALÇA DE ALTO LIMIAR → Furosemida, bumetanida, ácido ectacrínico, torsemida – agem na AH, especialmente na porção ascendente; → Agem inibindo a atividade do simportador de Na+, K+, 2Cl- no RAE da alça de Henle; → Aumentam acentuadamente a excreção de Na+ e Cl-. Também aumentam excreção de K+, H+, Mg+2 e Ca+2. De modo crônico, reduzem a secreção de ácido úrico; → Reduzem a tonicidade medular e comprometem a capacidade dos rins de excretar urina diluída; → Não devem ser utilizados com digitálicos sem formas de compensação de K+ associadas; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Edema agudo de pulmão - aumentam a capacitância venosa sistêmica, reduzindo a pressão de enchimento do ventrículo esquerdo; o ICC crônica – diminuição do VLEC para minimizar a congestão venosa e pulmonar; o Hipertensão resistente – não são primeira linha para hipertensão; o Hipercalcemia aguda, edema na síndrome nefrótica, edema na DRC, edema e ascite da cirrose hepática; EFEITOS ADVERSOS: o Hiponatremia; o Alcalose hipocalêmica; o Hipotensão por redução do VLEC; o Hipopotassemia – pode causar arritmias em pacientes fazendo uso de digitálicos; o Ototoxidade; o Hipomagnesemia – pode levar a hiperglicemia (deficiência de acoplamento do GLUT-4); o Hiperuricemia – gota; TIAZÍDICOS → Hidroclorotiazida, clortalidona e indapamida – agem principalmente no segmento inicial do TCD; → Agem bloqueando o simporter Na+/Cl-. → Aumentam a excreção de Na+ e Cl- – são apenas moderadamente eficazes I90% da carga filtrada de Na+ é reabsorvida antes de alcançar o TCD); → Aumentam também a excreção de K+ e H+ e o uso crônico gera acúmulo de ácido úrico; → Reduzem a excreção de Ca+2 com uso crônico e aumentam a excreção de Mg+2; → Atenuam a capacidade do rim de excretar urina diluída, mas não afetam a hipertonicidade medular ou o FSR; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Hipertensão Arterial – são primeira linha, mas geralmente há uso associado com outros anti-hipertensivos; o Edema associado a ICC; o Cirrose hepática; o Doença renal (síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica e glomerulonefrite aguda); o DI nefrogênico – reduzem a capacidade do rim de excretar água livre; EFEITOS ADVERSOS: o Depleção do VLEC – hipotensão; o Hipopotassemia, hiponatremia, hipocloremia, alcalose metabólica (excreção de H+), hipomagnesemia, hipocalcemia (uso agudo) e hiperuricemia; o Redução da secreção de insulina – devido redução de K+ essencial para liberação da insulina nas células beta; DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO → Amilorida e Triantereno – agem no segmento final do TCD; → Provocam pequenos aumentos na excreção de NaCl – são utilizados por suas ações anticaliúricas (compensam os efeitos de diuréticos que aumentam a excreção de K+); o Os tiazídicos, de alça e inibidores da anidrase aumentam a excreção de Na+ e de K+ e H+, por consequência; → Bloqueiam a bomba de sódio da porção apical que funciona por gradiente eletroquímico criado pela bomba Na+/K+ basolateral; → A atenuação da voltagem negativa do lúmen reduz as taxas de excreção de K+, H+, Ca2+ e Mg2+; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Associação com diuréticos tiazídicos e de alça – aumentam a resposta diurética e anti-hipertensiva e contrabalanceiam os efeitos caliuréticos; o Amilorida: tratamento do DI nefrogênico induzido por lítio – bloqueia o transporte de Li+ para as células do túbulo coletor EFEITOS ADVERSOS: o Hiperpotassemia – demanda monitoramento rotineiro do nível sérico de K+; ANTAGONISTAS DE ALDOSTERONA → Espironolactona e a eplerenona – agem no TCD e, principalmente, no DC; → Os mineralocorticoides causam retenção de sal e água e aumentam a excreção de K+ e H+ por meio de sua ligação a MR específicos; o complexo MR-aldosterona sofre translocação para o núcleo → regula a expressão de diversos produtos gênicos; → Os MRA (antagonistas da aldosterona) inibem de forma competitiva a ligação da aldosterona ao MR – são os únicos que não exigem acesso ao lúmen tubular para induzir a diurese; → A eficácia clínica dos MRA está em função dos níveis endógenos de aldosterona; UTILIZADOS EM CASOS DE: o Combinados com diuréticos tiazídicos ou de alça no tratamento do edema e da hipertensão; o Hipertensão resistente por hiperaldosteronismo primário - adenomas da suprarrenal ou hiperplasia suprarrenal bilateral; o Edema refratário associado ao aldosteronismo secundário - insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica e ascite grave; EFEITOS ADVERSOS: o Hiperpotassemia; o Espirinolactona: ações anti-androgênicas. ANEXOS
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