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1 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO (GST1692/3621071) 9032 ANA CRISTINA TERRA DUARTE 201801051755 RIO DE JANEIRO 2020 2 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO (GST1692/3621071) 9032 Trabalho apresentado à Faculdade Estácio de Sá, como requisito parcial para obtenção de grau de Bacharel em Administração. Professora: MARILIA DE SANT ANNA FARIA ANA CRISTINA TERRA DUARTE 201801051755 3 TERMO DE APROVAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO EM ADMINISTRAÇÃO LIDERANÇA: A importância do líder na organização: influenciando pessoas para o atingimento dos resultados Aprovada em _____/ _____/ _____ ______________________________________ Professora: MARILIA DE SANT ANNA FARIA 4 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me permitiu a realização deste trabalho, oferecendo grandes oportunidades e sabedoria para aproveitá-las. Gratidão por me auxiliar principalmente nas horas difíceis e me ajudar a concluir mais essa etapa de minha vida. Ao meu esposo, por ter sido porto seguro nos momentos de fraquezas e vitórias. Gratidão pela compreensão nos momentos difíceis, oferecendo incentivo e carinho, fundamentais para o meu desenvolvimento profissional. A minha vó e filha Gratidão pelo amor incondicional e pela confiança em minhas habilidades. Aos meus colegas Cristiane Quintanilha e Marllon Douglas Pimentel que me ajudaram na escolha do curso e foram grandes incentivadores para que chegasse até aqui. Gratidão! Ao Grupo Contém que me incentivou a dar um passo importante na minha formação profissional. Gratidão! Ao Professor, pela orientação dedicada e pelo estímulo em todas as etapas de realização deste trabalho. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, me ajudaram ao longo deste percurso, meus sinceros agradecimentos. 5 SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................... 06 2 – APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................... 06 3 – PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES.................................................................. 07 4 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 07 4.1 CONTAS A PAGAR............................................................................................. 07 4.2 CONTAS A RECEBER......................................................................................... 07 4.3 CONCILIAÇÃO BANCÁRIA................................................................................. 07 4.4 COMPRAS........................................................................................................... 08 5 – PROJETO DE PESQUISA APLICADA ................................................................ 08 5.1 – TEMA DELIMITADO......................................................................................... 08 5.2 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA.......................................................... 08 5.3 – O PROBLEMA.................................................................................................. 08 5.4 – OBJETIVOS: GERAIS E ESPECÍFICOS.......................................................... 09 5.5 – REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................ 09 5.5.1 GESTÃO DE PESSOAS................................................................................... 10 5.5.2 LIDERANÇA............................................................................................................... 11 5.5.3 TIPOS DE LIDERANÇA............................................................................................. 14 5.5.4 O PAPEL DO LÍDER................................................................................................... 16 5.6 – METODOLOGIA............................................................................................... 18 6 – COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES..................................................................... 19 7 – BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... 19 6 1 - INTRODUÇÃO Quando iniciei o curso de Administração tinha como principal objetivo crescer profissionalmente, agregar o conhecimento que adquiri com a minha experiência de supervisor financeiro. Eu não queria ser apenas mais um número no mercado de trabalho queria fazer um diferencial. E hoje me sinto realizada conseguindo colocar a teoria em prática. Estamos em um cenário onde o mercado está cada vez mais competitivo, para conseguir acompanhar é importante conhecimentos que nos levam ao crescimento, quero ser reconhecida no mercado de trabalho, como uma profissional que faz a diferença. 2 - APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Grupo Contém surgiu em 2004 com o objetivo de oferecer a nossos clientes as melhores soluções de planos, com preços acessíveis e atendimento diferenciado e a partir 2006 no mercado de corretagem de seguro, com planos de saúde e odontológico. Fomos criados com o desejo de simplificar a escolha e suporte dos nossos clientes e parceiros. Está em nosso DNA a gestão rápida, fácil e segura para Empresas, Microempreendedores, Famílias e Pessoas Físicas, com os mais diversos produtos que representamos. MISSÃO - Nossa missão é oferecer soluções inovadoras, com o melhor custo- benefício para nossos clientes e parceiros. VISÃO - Nossa visão é sermos reconhecidos como um grupo moderno, qualificado e com expertise em soluções de planos e seguros. VALORES - Nossos valores são o compromisso com a vida e o patrimônio de nossos clientes, com ética, compromisso e um atendimento pautado na eficiência, de forma a resolver todos os problemas dos clientes. 7 3 - PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES Supervisionar as atividades de contas a pagar; verificando se todos os documentos estão autorizados pelos gestores dos setores e solicitar autorização da diretoria para pagamento. Supervisionar as atividades de contas a receber, analisar relatórios, notas fiscais e descontos de acordo com os previstos em contratos. Verificar a exatidão de toda a documentação relativa a pagamentos e recebimentos conforme as normas e procedimentos estabelecidos. Negociar despesas bancárias e prestações de serviços buscando minimizar os custos dessas transações. 4 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4.1 CONTAS A PAGAR > Diário analisar os documentos e confirmar os lançamentos na planilha de controle, verifica os cálculos de reembolso de beneficiários e registro no sistema Digital Saúde; Solicitar autorização de pagamento para diretoria; composição de saldo bancário; autorizar o contas a pagar a processar os pagamentos; analisar e conferir todos os pagamentos processados nos extratos bancários e caixa; Analisar os relatórios de pagamentos de comissão e bônus; 4.2 CONTAS A RECEBER > Uma vez na semana analisar os prazos de recebimento, relatórios, notas fiscais e validar os descontos conforme contratos; analisar o faturamento semanal para verificar lançamentos de verbas extras, descontos, taxas e possíveis inconsistências; supervisionar os faturamentos das operadoras e seguradoras; 4.3 CONCILIAÇÃO BANCÁRIA > Análise diária de todos os extratos bancários, são 17 contas correntes, conferir os pagamentos, recebimentos e os documentações pertinentes a cada processo. 8 4.4 COMPRAS > Supervisionar o processo de cotação, definir a forma de pagamento e lançar nos centrosde custos; acompanhar estoque de material de uso e consumo; Todas as disciplinas estudadas agregam conhecimento ao meu trabalho , destaco as disciplinas do curso de Administração que estão relacionadas as minhas atividades: Administração financeira; Análise de administração financeira; Contabilidade básica; Matemática financeira; Orçamento empresarial; Gestão de Processos. 5 - PROJETO DE PESQUISA APLICADA 5.1 TEMA DELIMITADO LIDERANÇA: A importância do líder na organização: influenciando pessoas para o atingimento dos resultados 5.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA A liderança com inteligência e competência hoje é de grande importância e vantagem estratégica de uma organização. As mudanças impostas pelo ambiente organizacional, pela tecnologia e pela concorrência são grandes desafios que afetam diretamente os líderes de uma organização. O processo de liderança envolve um processo de influência e como consequência se alcança objetivos mútuos. 5.3 O PROBLEMA Qual a importância e a influência do líder na gestão de pessoas e na organização? 9 Para uma equipe de colaboradores e uma organização obterem sucesso em seus objetivos, tem ligação direta com o seu líder, contra partida um líder não consegue nenhum resultado de seus objetivos sozinho. Conforme a definição de Hollander: O processo de liderança normalmente envolve um relacionamento de influência e duplo sentindo, orientando principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aqueles de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas. (Hollander, apud Bergam ini, 1994:15). 5.4 OBJETIVOS Geral ou Final Analisar qual é a importância da liderança para uma organização e o quanto isso pode influenciar os colaboradores. Específicos ou Intermediários Apresentar a importância do papel de um líder; Identificar qual a melhor liderança para gestão de pessoas e organização; Expor característica cruciais para um líder. 5.5 REFERENCIAL TEÓRICO Minicucci (1995, p.287) define liderança como influência interpessoal numa situação por intermédio do processo de comunicação, para que seja atingida uma meta, ou metas especificas. Um dos fatores de grande importância para o líder hoje é sem dúvida conquistar a confiança da sua equipe, a redução nos conflitos na organização é uma das capacidades que o líder precisa desenvolver para atrair o interesse das pessoas. É essencial essa confiança entre líder e liderados para resolver da melhor maneira possível os problemas que aparecerão no dia a dia da organização, ele não deve fazer de conta que o conflito não existe 10 tentar compreender os motivos e estimular a equipe na busca de soluções. Liderança é o processo de conduzir a sanções ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou temporal não é importante no processo. (Maximiano 2002,p.303). Ainda complementando o líder é responsável por controlar o comportamento dos liderados para que eles realizem bem as suas tarefas. Compete a ele direcionar sua equipe para que eles sejam posteriormente os próximos líderes da empresa, para isso, é preciso desenvolver as habilidades interpessoais, profissionais e de confiança. 5.5.1 GESTÃO DE PESSOAS Conforme Chiavenato (1999), a gestão de pessoas é uma área compassiva ao pensamento que predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois de acordo com alguns aspectos como a cultura intrínseca em cada empresa, a composição organizacional, às particularidades do contexto ambiental, o mercado de atuação da organização, as tecnologias utilizadas, entre outras infinitas variáveis que impactam de forma importante neste processo. Nesse contexto, de acordo com o autor, se entendem alguns contrassensos vivenciados no mercado empresarial. Talvez como profissional o líder já tenha sido apresentado à famosa frase: “A teoria não se aplica à prática”, porém, quando não há um olhar clínico e desafiador para uma análise e avaliação da cultura, dos negócios, processos, investimentos, tecnologias empregadas, qualidade empresarial, das pessoas, dos clientes, na busca de relacionar e fixar os objetivos, missão e valores das empresas, faz-se valer a frase. Ainda de acordo com Chiavenato (1999), gestão de pessoas é uma união de políticas e práticas indispensáveis para governar os aspectos da posição em que está, de líder, principalmente os relacionados com as “pessoas” ou recursos humanos, como: a) Agregar pessoas: recrutamento e seleção de pessoas; b) Aplicar pessoas: desenhos de cargos, avaliação de desempenho; c) Recompensar pessoas: remuneração, benefícios e serviços; 11 d) Desenvolver pessoas: treinamento, mudanças, comunicação; e) Manter pessoas: Disciplina, higiene e segurança e qualidade de vida, relações com sindicatos; f) Monitorar pessoas: banco de dados, sistemas de informações gerenciais. Esses itens acima descritos foram denominados como os seis processos da gestão de Pessoas, uma vez que exploram e atendem as políticas e práticas da gestão de pessoas. Fisher e Fleury (1989) expõe também sobre o conceito da gestão de pessoas, onde afirmam ser um conjunto de políticas e práticas deliberadas por uma organização para nortear o comportamento das pessoas e as suas relações no ambiente de trabalho. Um modelo de gestão de pessoas, segundo Dutra (2004), pode ser determinado pela maneira pelo qual uma empresa se estabelece para gerenciar e orientar o comportamento dos seus colaboradores no desempenho das suas funções. Diante disso, é necessário que a empresa se estruture definindo princípios, estratégias, políticas e processos de gestão, pois, através deles implementa-se diretrizes e orientações sobre os estilos de atuação dos gestores em sua relação com os colaboradores. 5.5.2 LIDERANÇA Segundo Drucker (1967) liderar é ter criatividade, conhecimento e astúcia, e somente sua eficiente aplicabilidade, poderá transformar estas qualidades em resultados efetivos para a empresa. Neste sentido, quando se fala de liderança, existe uma série de conotações e percepções, que apresentam diversos conceitos diferentes, tendo em vista que a palavra liderança expõe conceitos distintos em diferentes pessoas (BERGAMINI, 1994). Para Souza (2011) liderança denota um processo que influencia as atividades individuais e de grupos de maneira que atinja o resultado esperado. Souza (2011) ressalta ainda que a liderança é uma competência de caráter relacional, que, implicam uma relação entre várias pessoas, baseada no exercício da influência. Para o autor, a regra é fazer com que o desejo, o interesse e o ânimo no outro seja despertado, a 12 fim de que as pessoas adotem comportamentos ou cumpram tarefas, procurando atingir os objetivos da empresa, especialmente os expostos pela empresa como sendo de bem comum. Conforme Predebon (1999) os líderes são pessoas que influenciam o processo de mudança, pela sua atitude de fazer as coisas acontecerem. Ainda conforme o autor, o líder é responsável pela coleta e junção das energias de um grupo para a conquista e superação de desafios, é capaz de perceber a necessidade do grupo e reagir de forma adequada a ela, tornando-se um ponto de apoio do desejo coletivo. Souza (2011) ressalta que a formação de um líder se constitui ao longo de uma história de vida, da necessidade de conhecimentos, de aprendizados contínuos. Na área das organizações é muito importante que os líderesdesenvolvam as suas competências para atuarem de forma firme e segura afim de garantir que o negócio em que trabalha seja o melhor e tenha sucesso. Para Souza (2011) é preciso que o líder participe ativamente das decisões da empresa, assuma a responsabilidades e os riscos, tornando-se espelho para aprendizes e demais colaboradores. Conforme o autor, “os verdadeiros líderes são aqueles que conseguem associar senso inovador e visão de negócios” (SOUZA, 2011, p.3). Souza (2011) afirma ainda que liderar é realizar as necessidades da empresa através das pessoas, do seu trabalho e de suas ideias, porém sempre considerando que haverá duas ações em movimento, a tarefa e relacionamento. Para o autor, ser um bom líder é ter capacidade. Um bom líder é aquele capaz de contribuir com as outras pessoas, que seja capaz de conhecer suas necessidades individuais, olhar seus objetivos e desempenho. Para tanto, é necessário estabelecer uma comunicação eficaz, desenvolver um bom trabalho em equipe e auto desenvolvimento, além de contribuir para o desenvolvimento dos outros (SOUZA, 2011, p. 4). Assim, o sucesso da liderança parte domínio do líder em executar as tarefas enquanto se constroem bons relacionamentos. O líder necessita perceber o que motiva os colaboradores e quais são as expectativas destes no ambiente de trabalho, ao mesmo tempo em que, deve saber trabalhar e se relacionar com as diferenças motivacionais de cada um, respeitando e aceitando a maneira própria de cada colaborador (BERGAMINI, 1994). 13 Souza (2011), afirma que para liderar uma equipe o líder necessita de conhecimentos e habilidades que possibilitem a ele poder identificar no colaborador e na equipe, pontos fortes e pontos fracos assim como oportunidades para explorar ainda mais o potencial deles. Neste sentido, Souza (2011) expõe que o papel do líder nas organizações é o de promoção da motivação e de aumento e manutenção do comprometimento entre os colaboradores de forma que consiga alcançar os objetivos, modificando estratégias para que os planos da empresa se tornem ações concretas. Assim, quanto mais capacitado e preparado estiver o Gestor de Pessoas, as chances de se obterem os resultados desejados serão crescentes. A partir desta reflexão, Souza (2011) aponta ainda que todo este preparo resulta da fundamental importância de conhecer cada vez, de procurar mais conhecimento, mais ferramentas disponíveis no mercado, da participação em eventos da área, de ler diferentes bibliografias, entre outros, procurando relacionar e aplicar os conhecimentos adquiridos à realidade da organização e a sua experiência pessoal. Conforme afirmam Goffee e Jones (2001), os líderes necessitam ter visão, energia, coragem e estratégia para direcionar a empresa para o seu foco, entre outras qualidades que devem ser desenvolvidas para que se tornem líderes eficazes. Ainda de acordo com os autores supracitados, para o líder, a questão capital é desenvolver a capacidade criativa na equipe de trabalho. Assim, um líder pode desempenhar e influenciar diferentes impactos sobre seus colaboradores, sendo ele o agente de mudanças. As empresas vivem hoje em um período em que o grande desafio é saber lidar e combater a mudança. Goffee e Jones (2001) expõe ainda que as maneiras pela qual estas mudanças estão acontecendo são extremamente atribuladas, e cada vez mais desafiando as pessoas e o mercado. Com isso, as pessoas se movimentam desordenadamente buscando soluções para os novos problemas, e os administradores observando o que ocorre passam a questionar como é possível fazer com que as pessoas sejam bem- sucedidas em ambientes em que normalmente não estariam motivadas para produzirem? 14 Goffee e Jones (2001) afirmam que a resposta para a pergunta está diretamente vinculada á motivação dos colaboradores. Ao trabalhar a motivação no ambiente da organização, da empresa, o motivador faz com que seja despertada no colaborador uma capacidade de agir interna. Esta capacidade interna chamada de motivação promove um desencadeamento de momentos interiores experimentados, estimulando o indivíduo a se mobilizar e trabalhar para a concretização de um determinado resultado. Goffee e Jones (2001) apontam que de acordo com a forma de liderança, um líder pode gerar impactos positivos, incentivando a criatividade, ou negativamente inibindo a capacidade criativa de sua equipe. 5.5.3 TIPOS DE LIDERANÇA “Muitos autores têm se preocupado em definir estilos de liderança […]. Estilos de liderança é o padrão recorrente de comportamento exibido pelo líder” (CHIAVENATO, 2005, p. 186). Segundo o autor vários tipos de liderança existem. Chiavenato (2005, p. 187) cita três formas de liderança repartidas em quatro estágios, de acordo com o Quadro 1. Quadro 1 – Os três estilos de liderança 15 Fonte: Chiavenato (2005. p.187). As informações exibidas no Quadro 1 tem como base uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, onde verificou-se que os grupos que tinham uma liderança democrática apresentaram os melhores resultados, devido principalmente a qualidade de trabalho, que gerou grande satisfação aos colaboradores e o líder conseguiu um alto índice de comprometimento e empenho com a organização. Para Goes e Filho (2010), a liderança democrática tem sido vista com uma qualidade superior perante as outras, especialmente por as organizações buscarem atingir suas metas, e esta forma de liderar as pessoas, ou melhor, os profissionais que estão cada vez mais ágeis, que gostam de pessoas que os apoiam, que lhes constantemente os ajudam, os cobram, os incentivam, e enfrentam os problemas juntos, tem apresentado os melhores resultados perante os objetivos propostos pelas organizações. Segundo Goes e Filho (2010), a liderança democrática destaca-se também pela prevalência da democracia na forma com que se lidera, ou seja, o líder expõe os objetivos e mostra o que necessita ser feito, mas interage com os liderados, pedindo e ouvindo sugestões e proporciona que o grupo tome algumas decisões. 16 Ainda conforme demonstrado no Quadro 1, Goes e Filho (2010) apontam que a liderança autocrática tem como base uma centralização no líder, sendo o líder o responsável por todas as decisões, não considerando cada elemento do grupo e suas opiniões. Para os autores, este modelo de liderança desagrada à maioria dos liderados tornando os colaboradores desmotivados por não poderem participar ou colaborar para que sejam tomadas as decisões de acordo com a vontade coletiva. Por outro lado, Goes e Filho (2010) afirmam que a liderança liberal anda na direção contrária à autocrática, tendo em vista que, o líder tem apenas o papel de mediador. Na maior parte das vezes esse tipo de liderança apresenta boa aceitação entre os colaboradores de uma forma geral, entretanto este tipo de liderança dificulta a definição regras de controle, pois possibilita a todos contribuírem com opiniões no processo de tomada de decisões da empresa sem um controle que selecione as melhores ideias para o grupo. 5.5.4 O PAPEL DO LÍDER Segundo Heifetz (2000 apud ALONSO, 2005, p. 1) o trabalho do líder é “ajudar as pessoas a encarar a realidade, e mobilizá-las para que façam mudanças”. Para Hunter (2004), o líder precisa conhecer e buscar satisfazer a necessidade de seus colaboradores e atendê-los de forma que não se satisfaça as vontades, mas sim as lhe proporcione condições para suprir as suas necessidades. Para o autor, o líder, através da sua atuação, deve saber agir para que exista a cooperação entre as pessoas. Precisa ter capacidade de desenvolver, estabelecer e manter uma direção, promovendo a o encontro e a ligação de diferentes percepções, interesses e objetivos. De acordo com Heifetz (2000 apud ALONSO, 2005, p. 1) todo líder deve possuir cinco atividades básicas, e a liderança deve ser caracterizada como um conjuntode atividades e não como um conjunto de características pessoais. A primeira atividade é o diagnostica de problemas, o líder deve saber diferenciar os problemas técnicos dos problemas de adaptação, pois ambos demandam tratamentos diferentes. Conforme o autor, os problemas técnicos e rotineiros são resolvidos pela influência de um perito e normalmente são trabalhos relacionados com máquinas e equipamentos. Entretanto, os problemas relacionados à adaptação não apresentam 17 respostas adequadas especificas; para este tipo de problema não há procedimentos nem experiências pessoais que possam resolvê-los. Estes problemas levam as pessoas a inovar e a aprender, e exigem liderança. Nestas situações de necessidade de distinção entre pessoas e trabalho, os líderes necessitam identificar e definir três questões, questões estas que são determinantes para o crescimento da empresa e a continuidade dos trabalhos, sendo elas: quais as competências, normas e valores culturais da organização devem ter continuidade, quais terão de ser eliminados, e que ações inovadoras são necessárias para que a empresa utilize da melhor forma possível a sua história e continue avançando rumo ao futuro. A segunda atividade, segundo Heifetz (2000 apud ALONSO, 2005, p. 1), diz respeito à exposição dos desafios. Para o autor, o líder não é o responsável em encontrar respostas, e tão pouco fornecê-las de forma gratuita, mas sim deve buscar formular as perguntas apropriadas de acordo com os momentos. O líder tem como tarefa principal desenvolver no grupo de colaboradores um espírito criativo, inovador, para que as pessoas sejam encorajadas a buscar novos desafios, maneira pela qual possam obter maior conhecimento e experiência em novas e diversas situações. Na sequência, o autor infere sobre a necessidade de o líder criar entusiasmo nos colaboradores, com o intuito de mobiliza-los para que sejam capazes de assumir suas responsabilidades e enfrentar as mudanças que forem necessárias e orienta-los quanto aos temas difíceis, auxiliando-os na resolução dos problemas ao invés de evitá-los. Para Heifetz (2000 apud ALONSO, 2005, p. 1), o líder precisa ser corajoso e encorajar os demais colaboradores, a fim de que sejam comprometidos com os objetivos da empresa. Um líder que não é um entusiasta das conquistas em qualquer que seja a situação possivelmente terá dificuldade em obter respeito e admiração dos seus funcionários. A quarta atividade citada pelo autor diz respeito a regular os conflitos e a desordem. O conflito, para o autor, é um dos motivos da inovação e deve ser orientado por um líder que tenha autoridade, de forma que faça seus funcionários serem produtivos e gerem inovações. Para o autor supracitado no paragrafo anterior, os conflitos internos tendem a criar e estimular competições internas o que pode acabar interferindo no rendimento dos funcionários. Entretanto, se o conflito for bem administrado pelo líder, ele pode não prejudicar as relações de trabalho e poderá se tornar algo produtivo para a empresa e para os funcionários, porém, para que esse processo produtivo seja 18 fecundo, é muito importante que o líder tenha conhecimento de como trabalhar com cada um dos seus liderados, estabelecendo regras e limites para as competições e para as relações internas. A quinta atividade mencionada por Heifetz (2000 apud ALONSO, 2005, p. 1) visa atentar o líder à visão de longo prazo. Para isso, é papel do líder lembrar com frequência às pessoas envolvidas qual é a visão de longo prazo da empresa e colocar a importância do trabalho delas para a organização. Expressar a visão da empresa é uma forma estimular e motivar os colaboradores e de dar a eles significado para seus esforços. Com a exposição da visão, os colaboradores também terão maior clareza sobre que o líder e a organização necessitam, podendo desta forma, também estipular metas próprias. Rossi sugere que, no mundo atual, “o papel do líder mudou. As empresas não procuram mais um chefe supremo, mas um articulador de talentos, que saiba encontrar as pessoas certas para executar as tarefas e obter resultados” (ROSSI, 2013, p. 40). E com a necessidade de respostas rápidas e obtenção de resultados em prazos menores, o líder precisa ter dinamismo e ser muito engajado nos projetos e objetivos da empresa para obtenção dos resultados almejados. 5.6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica, em fontes como artigos, livros e sites. Segundo Gil (2002, p. 4) “a pesquisa bibliográfica obtém os dados a partir de trabalhos publicados por outros autores, como livros, obras de referência, periódicos, teses e dissertações”. Quanto aos procedimentos de coleta de dados, foram realizados com base em pesquisas bibliográficas, acessos a artigos elaborados para a Internet e artigos de revistas especializadas, disponíveis ao público em geral. Para esta busca foram utilizadas as seguintes palavras chaves: Líder; Motivação; Liderança. 19 Ao final foi realizada uma análise dos materiais compilados e apresentados de forma descritiva. 6 - COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES Com o crescimento do mercado ficando cada vez mais competitivo, se faz necessário líderes que saibam desenvolver as habilidades humanas para saber lidar com sua equipe, que tenha empatia com seus funcionários, trazendo com isso motivação aos colaboradores e como retorno bons resultados para a empresa, o líder deve adotar uma liderança dinâmica, onde todos possam participar, possam dar suas sugestões e ideias para melhoria da empresa com isso alcançar objetivos maiores, o líder que opta pela liderança autocrática ou liderança liberal optam por uma liderança frágil e dão abertura para erros e decisões mal pensadas . Uma liderança inteligente, dinâmica, organizada com estratégia é essencial para uma organização, a liderança tem o poder de levar a organização a faturamentos com bons resultados e lucros, como pode levar a grandes despesas podendo levar até mesmo a falência. Com isso se explica a grande importância do líder tanto na gestão de pessoas quanto na liderança de uma organização. 7 BIBLIOGRAFIA ALONSO, V. As cinco atividades básicas do líder. HSM Management, ano 9, n. 52, setembro-outubro 2005. BERGAMINI, C. W. Liderança: Administração do Sentido. São Paulo: Atlas, 1994. CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando com pessoas: transformando o executivo em um excelente gestor de pessoas. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999. CASTELLS, M. O poder da identidade. V. II. 2. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. 20 DRUCKER, Peter. Tradução de William Heinemann. O Gerente Eficaz. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1967. DUTRA, J. S. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas S.A., 2004. GOES, G. A. LOPES FILHO, J. G. A liderança para gestão de pessoas: o líder que as empresas procuram. VII Congresso Virtual Brasileiro – Administração. Novembro de 2010. Disponível em: http://www.convibra.com.br/artigo.asp?ev=22&id=7682 Acesso em: 10/08/2015. GOFFEE, R.; JONES, G. Como desenvolver a Liderança. HSM Management. v.26.p.57- 63.mai./jun.2001. FLEURY, M. T. L. & FISCHER, R. M. (coord.). Cultura e poder nas organizações. São Paulo: Atlas, 1989. HUNTER, J. C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. PREDEBON, J. Criatividade hoje: como se pratica, aprende e ensina. São Paulo: Atlas, 1999. SOUZA, L. R. da S. LIDERANÇA: IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS SOBRE O POTENCIAL CRIATIVO DAS PESSOAS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL. Revistada Católica. V. 3, nº 5, jan/jul 2011. Disponível em: http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv3n5/artigo07.pdf Acesso em: 10/08/2015. ROSSI, L. Seja o líder que as empresas querem. Revista Você s/a. São Paulo, 181. ed., p. 39 – 48, jun. 2013. Mestrando em Desenvolvimento Rural Sustentável, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Educação especial e Matemática, graduado em Matemática com ênfase em Física. Mestre em Administração e Marketing.
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