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Intoxicacao Por Metais Pesados em Aves

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Isabella Mantoan 00336049
Samila Rezene Machado 00226774
Guilhermi Guimarães Pereira 227321
Thalita Sanches dos Santos 220369
Camila Surano 219271
INTOXICAÇÃO POR METAIS EM AVES:
CHUMBO E ZINCO
Professor: Cristina; Matéria: Toxicologia
Turma: Med. Veterinária, 5° semestre 
Período: Matutino, Unidade: Paulista
SÃO PAULO
1/2022
Os famosos psitacídeos, dentro deles estão as araras, periquitos, papagaio e calopsita. Esses pássaros são os mais domesticados e conhecidos pela população brasileira, mas existem mais de 398 espécies reunidas em quatro famílias (Strigopidae, Cacatuidae, Psittaculidae e Psittacidae). 
É possível identificar que eles pertencem a esses grupos pela sua característica física: a cabeça é larga para ser proporcional ao seu bico curvo e extremamente forte, porque ele foi criado para descascar e quebrar seu alimento (geralmente é amêndoas, castanhas e até coco). São animais que conseguem ser perfeitamente aguçados em questão de sentir gosto por conta de sua língua desenvolvida. São animais extremamente habilidosos e inteligente (das aves, são as mais inteligentes). Sua expectativa de vida depende do manejo, mas se forem bem-criadas, as araras por exemplo, pode viver até seus 80 anos.
Por seres aves muito curiosas e ativas, acabam convivendo fora de sua gaiola com seus respectivos tutores e ficam a maioria do tempo soltas pelo ambiente, o que acarreta o fácil acesso a metais espalhados na casa, como por exemplo: o material de solda das gaiolas e seus brinquedos, existem janelas feitas com chumbo e alguns lugares eles podem até encontrar arame farpado. São animais fascinantes e, diga-se de passagem, até apaixonantes, contudo, são seres sensíveis e exigem um cuidado e manejo atencioso e meticuloso. 
As alterações tóxicas que podem se reproduzir nesses animais, são preocupantes pois seu organismo tem o metabolismo mais rápido do que os mamíferos.
O metal é algo presente no dia a dia dos seres humanos, e consequentemente das aves domesticadas pelo homem. É um problema habitual e comum na clínica de aves, o diagnóstico nem sempre é fácil. Alguns metais podem ser associados a dieta desses seres para uma nutrição adequada (como o Zinco e o Cobre), todavia, tudo em excesso tem efeitos adversos. 
Chumbo: É o metal que comumente que mais intoxica e o mais conhecido. Sua intoxicação pode gerar problemas bioquímicos, distúrbios na fisiologia do organismo e até patologias severas dependendo do grau que o animal é exposto. Infelizmente, essa intoxicação é uma das causas de morte mais comum em aves (nos EUA 1,5 a 3 milhões de aves aquáticas morrem), alguns países já se mobilizam para tentar amenizar e futuramente zerar esse contratempo. 
Geralmente as intoxicações são geradas por brinquedos para aves feitos de chumbo, gaiolas e casas antigas era utilizado em vidros, janelas e telhados, então se o animal bica, se expondo e ingerindo em pequenas quantidades o metal (e infelizmente a curiosidade deles os atrai para esse tipo de material), em um determinado prazo, a intoxicação acontece. O chumbo tem gosto adocicado e o paladar dessas aves sendo apurado, forma uma combinação. É um metal de difícil corrosão então sempre foi muito utilizado devido a sua durabilidade. A toxicidade do chumbo pode ser resumida na sua forte tendência de ligação com os átomos de fósforo nas células do organismo.
Zinco: O zinco também é um metal comum que causa a intoxicação em aves. Com esse metal, o diagnóstico deve ser diferenciado quando se suspeita dele. Fontes comuns de intoxicação podem ser os comedouros e bebedouros e também faz parte das gaiolas e brinquedos destes animais.
Uma vez ingerido, o chumbo dissolve-se no ácido do estômago e é absorvido no intestino delgado. Uma vez absorvido, o chumbo liga-se aos glóbulos vermelhos e é distribuído para outros órgãos do corpo. Os primeiros são os órgãos e compartimentos corporais altamente vascularizados, correspondendo a níveis de cerca de 4% no organismo. Outros órgãos, como o sistema nervoso, representam cerca de 2% dos níveis existentes e, por fim, o osso, órgão pouco perfundido que pode permanecer em 94%. Os cristais de hidroxiapatita presentes nos ossos possuem alta afinidade pelo chumbo, de modo que a maior parte do chumbo presente no corpo é armazenada neste local. Os níveis de chumbo presentes no fígado e nos rins são utilizados para o diagnóstico de necropsia, enquanto a análise dos níveis circulantes de chumbo no sangue é utilizada para o diagnóstico de aves vivas. O mecanismo de toxicidade do chumbo está relacionado ao grupo sulfidrila (-SH) de enzimas que controlam a velocidade de várias reações metabólicas importantes. Como essa ligação afeta toda a enzima, elas não funcionarão adequadamente. Embora o zinco seja essencial para muitas reações enzimáticas, seu excesso interfere principalmente na função normal do pâncreas exócrino. O zinco absorvido liga-se à albumina e à globulina-B2 e a distribui para o fígado, rins, músculos e pâncreas. Menos de 10% do zinco absorvido é excretado na urina, e alguns retornam ao intestino com secreções pancreáticas e excretados nas fezes. Os órgãos mais afetados pelo chumbo nas aves são: O sistema hematopoiético, devido à desnutrição das enzimas da cadeia de síntese da hemoglobina. Intestinos, devido à diminuição da motilidade gástrica. O sistema nervoso, por outro lado, induz principalmente fraqueza muscular, convulsões e cegueira. O mecanismo toxicológico exato de ação do zinco em aves e outros animais é desconhecido. No entanto, sabe-se que afeta o fígado, os rins e os tecidos hematopoiéticos A intoxicação por metais pesados em aves é muito conhecida pelos veterinários e pelos tutores de aves. Estes metais são encontrados com frequência no ambiente em que as aves domésticas e também selvagens vivem. Temos como grande modelo o chumbo, é um metal não essencial tóxico encontrado em várias formas podendo acarretar contaminação atmosférica, terrestre e aquática. A principal maneira de ter contato com o, chumbo é por conta da ação antrópica, pela da utilização de munições que são produzidas à base de chumbo, pesca, combustível, mineração, incineração de lixo e atividades industriais. Os sinais clínicos e sintomas das aves que tiveram contato com qualquer tipo de metal pesado, são muito abrangentes e pouco específicos, pois depende da dose, o tempo de exposição do animal com o metal e a via de intoxicação, o que torna o diagnóstico difícil de ser fechado. Para auxiliar, os exames complementares usados neste tipo de situação são radiografias, análises bioquímicas e hematológicas, para avaliação dos metais pesados na corrente sanguínea, e a partir destes exames complementares, assegurar a intoxicação e o diagnóstico. Os sinais clínicos mais comuns em se identificar em casos de intoxicação são sinais neurológicos e alterações na vesícula biliar, além de relatos feitos por tutores de anemia, emagrecimento, falta de coordenação motora, mudança de comportamento, asas caídas, paralisia do trato digestivo, convulsões, vocalizações, letargia e dispneia, podendo afetar a aptidão, capacidade de voo e a performance do animal. E também podem ocorrer efeitos no sistema reprodutivo, que incluem alteração no tamanho dos ovos e interferência no desenvolvimento embrionário e da ninhada.
O principal tratamento para a intoxicação por chumbo é a terapia de quelação. Vários agentes quelantes podem se ligar efetivamente ao chumbo, incluindo CaEDTA (etilenodiaminotetraacetato de cálcio) e DMSA (ácido dimercaptossuccínico). CaEDTA e DMSA são os agentes quelantes de escolha, embora não existam formas aprovadas para uso veterinário. Combinação com o uso de tiamina ou antioxidantes aumenta a quantidade da droga. Este fato não foi demonstrado em aves. A lavagem com solução salina demonstrou remover a intoxicação por chumbo nos ventrículos cerebrais de aves. Importante na intoxicação por chumbo o diazepam pode ser administrado por via intramuscular na dose de 0,5 a 1,0 mg/kg 2 a 3 vezes ao dia, ou conforme necessário para controlar as convulsões.Também podemos reidratar pacientes com fluidos orais (como solução de dextrose) ou fluidos intravenosos ou intraósseos (como dextrose a 5% ou ringer com lactato). Se forem observados sinais de anorexia, deve-se oferecer alimentação complementar. Aves com baixo hematócrito também requerem ferro glucano. Em relação a intoxicação por zinco, a menos que o paciente seja gravemente afetado, os sintomas clínicos podem se resolver com cuidados de suporte até que a fonte de zinco seja removida do trato digestivo das aves. A remoção pode ser realizada por lavagem, endoscopia, cirurgia ou através do uso de emolientes ou laxantes. A prevenção da absorção de zinco é o principal objetivo do tratamento com cuidados de suporte, que podem ser suficientes para tratar a toxicidade do zinco. O tratamento sintomático e de suporte são igualmente importantes para aves intoxicadas por zinco como para aves intoxicadas por chumbo. A hidratação e os eletrólitos devem ser controlados regularmente e descartados adequadamente. As convulsões podem ser controladas com diazepam (0,5 a 1,0 mg/kg) ou midazolam (0,1 mg/kg). Vitaminas do complexo B e alimentação complementar também devem ser consideradas
Rocha, Adriano Ferreira – “Cádmio, Chumbo, Mercúrio- A problemática destes metais pesados na saúde pública? ”, FCNAUP; Porto 2008-2009 
Carvalho, Daniel U. O. G. – “Avaliação clínica de aves expostas a alta concentração de metais pesados”, Universidade de São Paulo; São Paulo 2019
Monteiro, Rodrigo- “Intoxicação por chumbo em aves de companhia”, Anhanguera Educacional Ltda. Vl.7, N°18, Pg. 89- 102; 2013

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