Buscar

1 Seminário de Práticas Educativas - Pedagogia - UERJ - CEDERJ - 2021 - APROVADO DE PRIMEIRA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Curso: Licenciatura em Pedagogia 
Matrícula: XXXXXXXXXXX
Polo: XXXXXXXXXX
PRIMEIRO SEMINÁRIO DE PRÁTICAS EDUCATIVAS
Item 1.
 Ao ler o texto do Professor Dr. Marcos pensei logo na concepção bancária de
educação, em que o professor faz depósitos que os alunos devem guardar e arquivar.
Nesse método somente o professor é o sábio e tem algo a ensinar. E o aluno é o
ignorante. Onde o educador enche o educando com um grande número de conteúdos
enquanto este recebe tudo de maneira dócil. O autor sugere mudar esse pensamento
antiquado através de atividades lúdicas que permitam ao aluno assimilar melhor o objeto
de estudo. Ele também pontua que no ambiente escolar, o corpo está sempre ligado
somente a prática de esportes e a disciplina de Educação Física. 
Na minha formação escolar, a Educação Física foi muito desagradável e eu nunca
tive um bom desempenho em esportes com bola. Eram duas quadras na escola, em uma
as meninas jogavam handball e na outra os meninos jogavam futebol. Nós apenas
recebíamos as bolas e já sabíamos o que deveria ser feito. Essa rotina nunca mudava,
uma vez por semana era isso durante quase todo o meu ensino fundamental. Até que as
quadras do colégio começaram a ser reformadas, eu estava no último ano do
fundamental. As aulas de Educação Física eram feitas em sala de aula, foi quando os
jogos passaram a fazer parte da nossa rotina. O xadrez, por exemplo, é um esporte.
Minha turma jogava xadrez, uno e vários outros jogos nos quais eu descobri que era
muito boa. Era muito prazeroso pra nós. A outra turma, que tinha outro professor de
Educação Física, era forçada a correr em volta do quarteirão da escola. 
Para minha turma que se divertia jogando, a aula parecia um recreio longo, mas
até o presente momento, eu não havia percebido que a prática daquela professora de
jogar em sala de aula foi muito mais construtivo para mim do que correr de maneira
mecânica atrás de uma bola. Não é sobre a prática de esportes em si, mas o fato de eu
ter estreitado laços com colegas de classe com quem eu nunca tinha falado. Foi praticar a
cooperação e sentir prazer ao interagir com os demais. Enquanto na quadra, estávamos
habituados a fazer as mesmas coisas sempre, os mesmos movimentos e a turma
acabava brigando no jogo de futebol. Ao criar uma nova abordagem, a professora
conseguiu trabalhar a interação entre os alunos e a descoberta de cada um com relação
ao seu próprio corpo e como o aluno se vê. Nota-se que a escola tem um papel
fundamental na aprendizagem e no desenvolvimento do aluno, através das atividades,
fazendo que ele explore, crie e desenvolva suas habilidades corporais, com o objetivo de
expandir todo seu potencial individual, auxiliando na formação da sua personalidade para
o convívio social. Tanto que se passaram quinze anos e meus colegas de classe
eventualmente nos reunimos para jogar uno e relembrar essa época maravilhosa de
nossas vidas. Já no Ensino Médio eu optei pelo Curso Normal, aí minha relação com
Educação Física mudou. Passou a ser Educação Psicomotora e tinha uma proposta
completamente diferente daquilo o que eu conhecia, a experiência foi excelente.
Item 2.
No filme “Sociedade dos Poetas Mortos” vemos o Professore Keating estimulando
os alunos a questionarem o conhecimento que está sendo absolvido. O personagem tem
práticas educativas diferentes das práticas tradicionais e rígidas daquela escola. 
Enquanto o professor trabalha a poesia em sala de aula, ele considera o ponto de
vista do autor e também estimula os alunos a ter suas próprias considerações sobre as
obras. Nesse momento, ele estimula o aluno a desenvolver senso crítico e a pensar
livremente. O professor faz com que os alunos pensem sobre suas próprias expectativas
de vida, sobre quem eles são e sobre o que eles querem ponto final não só sobre o que
os pais e a sociedade esperam que eles sejam. Com essa prática podemos entender que
o professor respeita o aluno como um ser pensante, capaz de raciocinar e tomar suas
próprias decisões, apesar de estar sendo moldado em uma escola muito tradicional.
Em uma das cenas professor Keating leva os alunos para quadra com bolas. Os
alunos gritam alguma coisa que desejam antes de chutar a bola nesse momento ele
mostra que não há limites entre as disciplinas. Em outro momento, Após os alunos darem
voltas na quadra ele mostra que cada um tem no seu passo, tem a sua maneira de
caminhar. Ali ele mostra a individualidade dos estudantes, tanto no aprendizado quanto na
vida. Cada indivíduo tem características próprias, logo cada um tem o seu próprio
desenvolvimento e o professor respeita isso.
Uma das cenas mais famosas do filme, é quando o professor sobe na mesa e
solicita aos alunos que subam também. Ao levar o corpo num nível acima da própria
altura, o professor mostra aos alunos que há outras perspectivas a serem exploradas, não
só aquelas que lhe foram impostas. Dessa forma, ele estimula os alunos a desenvolverem
o senso crítico e a mudar de posição sempre que acharem necessário para ter uma nova
abordagem.
Outro momento que me chamou bastante atenção foi a cena na qual o Professor
Keating instigou um aluno extremamente tímido a declamar uma poesia de própria autoria
diante da classe. Quando ele pede para que o aluno grite e se descontraia, ele está
fazendo com que o aluno se solte e se sinta mais seguro. Ao tampar os olhos do rapaz, o
aluno consegue declamar a poesia. Com essa prática o Professor Keating conseguiu
trabalhar na insegurança do aluno e também na descoberta. Quando falamos dos jogos
teatrais, por exemplo, há exercícios nos quais podemos trabalhar a nossa projeção de voz
e explorar nosso corpo, permitindo o autoconhecimento. Foi o que houve nessa cena, o
aluno jamais se sentiria seguro em declamar diante de uma plateia se antes não tivesse
sido instigado pelo professor.
Item 3.
Nos jogos de cooperação, o grupo busca atingir um objetivo comum, fazendo com
que os alunos interajam e colaborem uns com os outros. Na brincadeira Desenho Sem
Fio, os alunos devem formar uma fileira, cada uma com um papel e uma caneta em mãos.
O papel deve ser apoiado nas costas do colega à sua frente. O primeiro da fileira inicia a
brincadeira fazendo o desenho. O aluno que estiver à sua frente, tentará reproduzir o
desenho apenas sentindo os movimentos da caneta. A dinâmica segue dessa maneira até
o último da fila. A diversão desse jogo consiste em perceber como os desenhos ficaram
diferentes do desenho inicial. A brincadeira que é semelhante ao telefone sem fio,
estimula a criatividade, o lado lúdico e a interação dos participantes.
Já na brincadeira Cabo de Guerra, dois grupos com o mesmo número de alunos
ficam alinhados ao longo de uma corda, cada grupo em uma extremidade. No meio da
corda, há uma linha central que divide o espaço para cada um. Os grupos devem então
puxar a corda, cada um para o seu próprio lado, e o objetivo é fazer o outro grupo
ultrapassar a linha central. Nessa brincadeira, para um time ser vencedor, o esforço físico
de todo o grupo é necessário. Entre as habilidades desenvolvidas, estão a força e a
rapidez de movimento e a cooperação entre os participantes. 
Item 4. 
Em 2018 o ex-baixista e fundador da banda Pink Floyd, Roger Waters fez shows
pelo Brasil e gerou polêmica ao criticar nos palcos o nosso atual presidente, Jair
Bolsonaro. Waters sempre respeitou a democracia e se posicionou a favor das minorias,
ou seja, o oposto das políticas fascistas do atual governo. Suas ideias sempre foram
nítidas em suas letras, na mente dos fãs bolsonaristas, Another Brick In The Wall deve ser
uma canção sobre construção civil. Talvez tenham sido educados com palmatória e faltou
interpretação de texto, só pode. São justamente esses cidadãos que se intitulam de direitaque criticam as obras de Paulo Freire sem nem ter lido, que chamam professores de
vagabundos e defendem o uso de violência física para educar crianças. Podemos ligar a
canção diretamente a Pedagogia do Oprimido, obra de Paulo Freire. Na obra, o autor
menciona a concepção bancária e a relação entre opressores e oprimidos, onde o
opressor utiliza de ferramentas para manter seu status. E o oprimido absorvido por essa
lógica, busca sair da condição de oprimido e reproduzir comportamentos do opressor. A
falta de consciência de classe fez com que Bolsonaro fosse eleito. A escola rígida, a
repetição, a violência física e os castigos severos que são criticados no videoclipe não se
aplicam mais, mas a precarização da educação é um projeto político para que a elite
continue gozando de seus privilégios e a classe trabalhadora estude até certo ponto
somente para que sirva de mão de obra e ocupe cargos operacionais. 
A educação deve ser libertadora e para isso é necessário fugir da concepção
bancária, a ideia de que só o professore detém o conhecimento e o aluno não pensa, não
se questiona. O aluno acaba sendo moldado e fazendo repetição como no videoclipe da
canção. Não é permitido ao aluno pensar e desenvolver habilidades, ele entra na escola e
sai padronizado igual a todos os outros, é capaz de viver em sociedade sem se
questionar e lutar por direitos. É preciso problematizar a educação para buscar
estratégias onde o aluno se sinta parte da sua própria aprendizagem, por meio de
experiências significativas.

Continue navegando