Prévia do material em texto
ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 INFECÇÕES ÓSSEAS Na Ortopedia Pediátrica, as infecções osteoarticulares estão entre as que necessitam mais rapidez nas respostas de diagnóstico e tratamento imediato e preciso. Como o retardo no início de uma terapia correta, esse fato leva a desastrosas sequelas, tanto nas artrites sépticas como nas osteomielites crônicas. o resultado pode ser: Osteomielite piogênica Uma artrite séptica Uma reação granulomatosa crônica (classicamente observada na tuberculose óssea ou de uma articulação) Ou uma resposta indolente a um menor organismo agressivo (como em uma infecção periprotética de baixo grau) ou a um organismo incomum (por exemplo, uma infecção por fungo). —————————————————— O quadro clínico é bem característico, tanto nas artrites séptica como nas osteomielites agudas. - Para evitar os possíveis retardos no diagnóstico e tratamento, recomenda-se que, sempre que se depare com a suspeita de um processo infeccioso osteoarticular, a investigação laboratorial e de imagens seja realizada a nível hospitalar. - Outra situação que deve ser lembrada, principalmente nos recém-nascidos, quando ainda não tem um sistema imunológico desenvolvido, é de que o quadro clínico é atípico. Ou seja, a elevação da temperatura não é tão sugestiva como nas crianças maiores. Também a dor localizada, além de ter uma dificuldade natural de ser definida, pode se manifestar de maneira mais branda. Da mesma forma, o hemograma pode igualmente não demonstrar as alterações clássicas de um processo infeccioso característico em crianças maiores e adolescentes. - Dependendo a agressividade da infecção e de fatores do próprio paciente, bem como os retardos no início de tratamento, uma artrite séptica pode evoluir para uma osteomielite ou vice-versa. Mesmo sabendo da existência da barreira metáfiso/fisária, a qual impediria a transposição de infecções bacterianas. - —————————————————————————————————————— Existem “3” vias principais, através das quais os microrganismos podem atingir os tecidos musculoesqueléticos: 1- Introdução direta: através da pele (uma picada de agulha, uma injeção, uma punhalada, uma laceração, uma abertura fratura ou uma operação, particularmente quando biomateriais são implantados) ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 2- Propagação direta: de um foco contíguo de infecção 3- Propagação indireta: através da corrente sanguínea de um local distante como o nariz ou boca, o trato respiratório, intestinal ou geniturinário. ✦ OSTEOMIELITE A osteomielite é qualquer infecção óssea que compromete a cortical, a esponjosa e o canal medular. Trata-se de uma infecção com rápida propagação, podendo comprometer a vida do paciente. A destruição óssea causada pela necrose tende à cronificação se não for tratada ATENÇÃO! Não se pode permitir que a osteomielite hematogênica aguda evolua para a fase de cronificação (ou iatrogênica crônica). Classificação 1- Osteomielite Hematogênica Aguda: É a forma mais comum de infecção óssea. Em alguns casos, são detectados focos infecciosos a distância, como dentários, respiratórios, cutâneos, ferimentos e escoriações. Em outras situações, não são verificados locais com infecção que possam ser causadores de contaminação a distância e ocasionar osteomielite hematogênica. 2- Osteomielite Crônica: Ocorre quando a abordagem terapêutica da osteomielite na fase aguda é iniciada com atraso, devido ao estabelecimento tardio do diagnóstico, ou na falta de tratamento da mesma, propiciando, por conseguinte, a cronificação do processo infeccioso, com grande quantidade de tecido necrosado e sequestro ósseo, o qual, por sua vez, pode comprometer todo o osso longo (osteomelite pandiafisária). 3- Abscesso ósseo: É um tipo mais brando de infecção óssea, no qual a virulência da bactéria fica mais contida pelo sistema de defesa do paciente. Existe englobamento do foco inicial, não permitindo sua expansão e formando um verdadeiro abscesso intraósseo, ou abscesso de Brodie. 4- Osteomielite Pós-Operatória (ou cirúrgica): Decorre de contaminação direta com a pele, por ferimentos ou fraturas expostas, previamente infectados ou não, e que, por continuidade ou proximidade, podem ocasionar osteomielite Fisiopatologia Na osteomielite hematogênica aguda, em geral, existe um foco infeccioso responsável por bactérias circulantes ou bacteremia silenciosa. A região metafisária de ossos longos é especialmente mais vascularizada, por tratar-se de uma zona de crescimento. Há circulação capilar término-terminal, em que pequenos êmbolos bacterianos não prosseguem na circulação, ocasionando o foco infeccioso inicial. Nesse momento, está formada a osteomielite (FIG. 26.6). Após, desenvolve-se reação ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 inflamatória local, com formação de exsudato e infiltração intersticial. O aumento de pressão intra-óssea resultante determina a área de isquemia e posterior necrose óssea, formando o chamado de abscesso intraósseo. Concomitante com todo esse processo inicial de instalação bacteriana no osso, ocorre também o início dos mecanismos de defesa do paciente, com o aporte de leucócitos polimorfonucleares, que tentam impedir a proliferação bacteriana. Essa fase dura cerca de 48 horas e, até esse momento, no qual ainda não se deu necrose óssea, a antibioticoterapia pode ser eficiente. Após o edema local, com isquemia e subsequente surgimento de tecidos necrosados, forma-se o abscesso ósseo. O pus infiltra-se pelos canais de Havers e Volkmann, inicialmente na região metafisária, seguindo, depois, para o canal medular e espaço subperiosteal. Sem a drenagem cirúrgica, o pus descola o periósteo, ocasionando mais necrose tecidual, e invade partes moles, produzindo, às vezes, fístula para o exterior. O descolamento do periósteo determina uma reação de neoformação óssea, a qual, como achado radiográfico, corresponde à periostite. A pressão intraóssea aumentada, somada à isquemia determinada pelo descolamento do periósteo, resulta em fragmento ósseo de tamanho variado, que sofre necrose. Surge, então, o sequestro ósseo. Etiologia Teoricamente, qualquer bactéria pode produzir osteomielite. A maioria é causada por Staphylococcus aureus. Estreptococos do Grupo B, enterococos, pneumococos, gonococos, salmonela e pseudomonas também se constituem como agentes etiológicos. A cultura do material vai fornecer com exatidão o agente causador, desde que seja colhido com técnicas estéreis e antes de ser administrado antibiótico. Diagnóstico O surgimento dos dados clínicos da osteomielite hematogênica aguda acompanha a evolução do processo infeccioso e está de acordo com a fisiopatologia. O diagnóstico é clínico e com exames complementares laboratoriais e de imagem. Dor Geralmente é a primeira queixa. Apresenta-se com instalação aguda e aumento de intensidade progressiva com o passar das horas. Não cede com analgésicos comuns, nem recrudesce em um curto período. O paciente torna-se inquieto, irritadiço, perde o apetite e diminui suas atividades habituais. Com a evolução, é possível verificar sonolência e prostração. A dor é gerada pela hiperemia tecidual e pelo aumento de pressão intraóssea. Impotência funcional ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 Surge também na fase inicial. Piora com a evolução. Quando ocorre edema e infiltração de partes moles, torna-se mais acentuada, impossibilitando o exame da articulação mais próxima e impedindo a realização de movimentos ativos e passivos. A claudição é um fator constante quando o membro inferior estiver envolvido. Edema Surge nos primeiros dias, acompanhando o quadro de dor. Inicialmente, é leve e vai tornando-se mais volumoso. Nas proximidades de articulações superficiais, deve-se diferenciar edema de derrame articular. Hiperemia É decorrente da reação inflamatória local, acompanhando a dor e o edema. Em geral, existe aumento de calor local.Hipertermia Como na maioria dos processos infecciosos, a hipertermia na osteomielite é quase sempre elevada (geralmente acima de 39°C). Tende a ser constante com a evolução da bacteremia ou da septicemia. Não cede com facilidade com antitérmicos usuais. Os sinais de comprometimento geral são comuns aos processos infecciosos, como prostração, abatimento, apatia e anorexia. Além disso, são progressivos também com a evolução. Os sinais de toxemia e comprometimento pulmonar (como pneumonia por estafilococo) surgem com a septicemia. Em um paciente com o quadro clínico sugestivo de osteomielite, recomenda-se internação hospitalar de urgência. Isso é justificado pelo fato de que a rapidez dos exames complementares estabelecerá, de forma mais precoce, diagnóstico e tratamento mais rápidos. Exames complementares • Hemograma. Geralmente apresenta leucocitose característica de infecção aguda nos primeiros dias da doença. Com a evolução de cerca de uma semana, surge desvio à esquerda e, posteriormente, detectam-se anemia e baixa hemoglobina. • Velocidade de hemossedimentação(VHS). Está elevada desde o início, geralmente em valores superiores a 15 mm na primeira hora. Também é um dos critérios laboratoriais de cura quando normalizada. • Proteína C reativa (PCR) • Hemocultura. Pode ser utilizada como recurso auxiliar, pois é positiva na metade dos casos. • Cultura e antibiograma. A cultura é o método auxiliar que confirma o diagnóstico etiológico. A punção de coleta do material deve ser realizada em perfeitas condições de assepsia e antes de ser administrado qualquer antibiótico. Em alguns casos, é necessário sedar o paciente para puncionar. Quando observado pus na seringa de coleta, está feito o diagnóstico de osteomielite. ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 • Pesquisa do Gram. Se positivo ou negativo, poderá dar uma pista a respeito do germe, Gram+ ou Gram–, podendo-se instituir tratamento antes do resultado da cultura e antibiograma. • Radiologia. Nos primeiros 5 a 7 dias, não são detectadas alterações ósseas locais. Podem ser observados edema de partes moles e infiltração local pelo exsudato e porose ou desmineralização óssea metafisária, seguida de necrose óssea. Com o descolamento do periósteo, haverá neoformação óssea, com o correspondente quadro radiológico de periostite característico dessa fase. ** O professor disse que os sinais radiológicos apresentam a partir de 12 dias** Periostite, o primeiro e principal sinal radiológico apresentadado na osteomielite • Ecografia. Sua utilização, na osteomielite, recai na possibilidade de mostrar as infiltrações de partes moles e edema. Também é auxiliar no diagnóstico diferencial com artrite séptica. • Cintilografia óssea. É um exame que evidencia muito bem a área de hiperemia, onde o contraste tem captação maior. Apesar de não ser um exame específico para processo infeccioso, é de extrema utilidade também no diagnóstico diferencial. Existem marcadores ósseos específicos para a infecção, como o gadolínio e outros. • Tomografia computadorizada (TC). Tem pouca utilidade para o diagnóstico na fase aguda. É mais indicada para localizar sequestros ósseos na osteomielite crônica. Apresenta maior precisão do que a radiografia simples em casos de infecção em osso esponjoso (ilíaco e vértebras). • Ressonância (RM). Não é um exame de rotina. Pode ser solicitada em casos de dúvida no diagnóstico e como diagnóstico diferencial. A qualidade da imagem é excelente, principalmente para partes moles adjacentes ao osso. Inicio da doença é interessante utilizar esse exame Diagnóstico diferencial Deve ser feito com patologias que apresentem reação inflamatória aguda e artrite reumatoide. A gota também pode produzir um quadro de edema e hiperemia similar, embora seja muito rara em crianças. O tumor de Ewing pode produzir hipertermia, com dor intensa e edema. Seu aspecto radiológico pode confundir com osteomielite na fase de periostite. No entanto, o principal diferencial da osteomielite continua sendo a artrite séptica, devido ao fato de ambas apresentarem o mesmo quadro clínico e pela proximidade anatômica da região metafisária com a articulação. Tratamento O tratamento da osteomielite consiste, inicialmente, de punção local, com o paciente sedado ou anestesiado, em centro cirúrgico. Com o surgimento de pus, realiza-se a drenagem cirúrgica de partes moles. Se houver pus subperiosteal, são feitas algumas perfurações ósseas com broca adequada ou é aberta uma pequena janela com formão fino. O local é lavado, e todo material bacteriano e necrosado é retirado. Deve ser realizada irrigação contínua com entrada e saída de ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 sucção contínua. Não se deve utilizar antibióticos ou detergentes no local, apenas solução fisiológica. Recomenda-se manter a irrigação por 24 a 48 horas, no máximo. Pode-se obter cultura do material aspirado antes da retirada da sucção. A ferida cirúrgica é suturada de modo convencional. O membro afetado deve ser imobilizado em tala gessada, férula, órtese plástica ou, ainda, com tração em partes moles, dependendo da região afetada. Os cuidados gerais de hidratação, analgesia, sedação e alimentação adequada são um aspecto importante no tratamento da osteomielite. Recomenda-se que o pediatra acompanhe o tratamento, do ponto de vista clínico e nutricional. Durante os primeiros dias, na presença de atividade bacteriana intensa e quadro febril elevado, não se pode descuidar da possibilidade de surgimento de outros focos infecciosos (pneumonias, encefalites, meningites, etc.). Antibioticoterapia O tratamento clínico das infecções osteoarticulares consiste em analgésicos, antitérmicos e antibióticos. A antibioticoterapia deve ser instituída o mais rápido possível, logo após a coleta de material para cultura e antibiograma. Mesmo que praticamente todos os patógenos possam infectar o osso ou as articulações, o Staphylococcus aureus é o mais encontrado nos casos, constituindo-se o principal agente etiológico nessas infecções (90% das osteomielites hematogênicas). Também podem estar implicados os estafilococos dos Grupos A e B, enterobactérias e Haemophilus influenzae. O tratamento empírico quase sempre é iniciado levando-se em conta a idade do paciente e a apresentação clínica. Uma boa escolha é iniciar o tratamento por via endovenosa, com antibióticos bactericidas, que tenham penetração no osso e nas cavidades articulares, evitando os que possam causar efeitos colaterais, como oto ou nefrotoxicidade. Em recém-nascidos, associa-se a oxacilina a um aminoglicosídeo. Em crianças após o período neonatal até a idade adulta, utiliza-se, de preferência, a oxacilina associada à cefalosporina de terceira geração. Como alternativa à oxacilina, pode-se empregar vancomicina ou clindamicina, particularmente no caso de Staphylococcus aureusmeticilino-resistente. A linezolida também pode ser utilizada nessa situação. Além disso, antibióticos como ciprofloxacino e rifampicina podem ser uma combinação adequada para pacientes acima dos 18 anos. Nos portadores de anemia falciforme, devido à possibilidade de infecção por salmonela, utiliza-se cefalosporina de terceira geração (p. ex., ceftriaxona) por via venosa junto à oxacilina. Nos portadores de osteomielite por traumatismos, os agentes implicados incluem S. aureus, bacilos coliformes e Pseudomonas aeruginosa. O antibiótico de escolha é a oxacilina, associada à cafalosporina de terceira geração com atividade antipseudomonas (p. ex., ceftazidima). A vancomicina e a teicoplanina devem ser reservadas para casos de infecção sabidamente adquiridas em hospital ou resistentes aos antibióticos usuais. Após colher o material de secreção purulenta, deve-se enviar para cultura e antibiograma. Com o resultado dessa análise, definem-se as associações antibióticas a serem utilizadas (TAB. 26.1). O tempo de antibioticoterapia intravenosa vai depender da curva térmica e da evolução clínica dopaciente, podendo também ser utilizada a velocidade de hemossedimentação ou a proteína C como critérios de avaliação. Usualmente, o tempo de tratamento é de 4 a 6 semanas, sendo que, após os 10 primeiros dias, se o paciente estiver estável do ponto de vista clínico, a medicação deve ser passada para via oral a nível ambulatorial. ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 ✦ ARTRITE SÉPTICA -A infecção articular denomina-se artrite séptica e, em geral, é causada por bactéria patogênica com disseminação via hemática ou em decorrência de uma osteomielite metafisária. A infecção articular leva a destruição da cartilagem, a necroses epifisárias e a luxações, que serão de dificílimo tratamento ou apresentarão sequelas irreversíveis. Portanto, da mesma forma que na osteomielite, um diagnóstico precoce e um tratamento perfeitamente eficiente são muito importantes. -A contaminação articular e a instalação do processo infeccioso no interior da articulação ocorrem quando a metáfise apresenta localização intra-articular (p. ex., quadril e ombro) ou por invasão de partes moles, por contiguidade -O aumento do volume líquido dentro da articulação produz uma pressão intra-articular exagerada e distensão capsular. Isso resulta em isquemia da membrana sinovial e na consequente diminuição da irrigação sanguínea, com menos suprimento nutricional para a cartilagem hialina. O aumento de pressão pode resultar em isquemia também da epífise, com posterior necrose epifisária. Diagnóstico O diagnóstico de artrite séptica é baseado nos dados e nos sinais e sintomas que caracterizam uma infecção aguda, geralmente similares aos da osteomielite, com a diferença de que o pus se encontra dentro do espaço articular. Portanto, a evolução e a fisiopatologia são também semelhantes. Aumento de volume é um sinal constante que resulta da proliferação bacteriana e de líquido sinovial. Costuma ser percebido com facilidade, pois a maioria das articulações é superficial (FIG. Radiografia em perfi l demonstrando o comprometimento da epífise distal do fêmur por osteomielite aguda e consequente artrite séptica. ORTO E TRAUMA MILENA BORGES MED3 26.22). Pode-se encontrar dificuldades na articulação coxofemoral, por ser mais profunda, nas articulações sacroilíacas e na coluna vertebral. Exames complementares = mesmos da OA • Punção. É o exame complementar que fecha o diagnóstico de artrite séptica. A maioria das articulações é fácil de ser puncionada, pois o aumento de volume favorece a localização, aumentando o espaço articular. A articulação coxofemoral é a mais profunda e mais difícil de ser puncionada. Recomenda-se a via de acesso anterolateral, de preferência sob visualização de intensificador de imagem. Cada articulação tem seu ponto correto de puncionar. A punção, obrigatoriamente, tem de ser realizada sob extremas condições de assepsia. Tratamento -O primeiro ponto fundamental é a drenagem cirúrgica. Sob anestesia geral e em condições de assepsia, é realizada uma artrotomia que permita lavar o espaço articular e aliviar a pressão em todos os casos. -Em condições ideais, deve ser colhido o material do dreno de sucção para cultura em 24 e 48 horas para certificar- se da “esterilização” do espaço articular. Esse procedimento, teoricamente, serve como parâmetro para retirar a irrigação. Outra maneira para interromper a irrigação é quando se observa o líquido de drenagem com aspecto límpido, sem grumos, nem material hemorrágico. Quando se retira o tubo de irrigação, deixa-se o de sucção por mais 24 horas. -Outro ponto importante é imobilizar a articulação com tala gessada, ou tração em alguns casos de artrite do quadril, permitindo, com o repouso articular, uma rápida diminuição do quadro doloroso e do espasmo articular. O tempo de imobilização pode durar de 10 a 30 dias, conforme a resposta ao tratamento e a dor referida pelo paciente. Nos casos em que ocorreu luxação ou subluxação, o prazo de imobilização é maior, para manter a articulação reduzida. Após a retirada da imobilização, é instituído um programa de reabilitação com exercícios ativos e passivos. A administração de antibióticos segue os mesmos princípios descritos anteriormente e utilizados na osteomielite. Da mesma maneira, analgésicos e antitérmicos são usados como no tratamento descrito para a osteomielite.