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Terceira infância Desenvolvimento humano Profa Juliana Peres Ciclo vital Primeira Infância Segunda Infância Terceira Infância Adolescência Início da vida adulta Vida adulta intermediária Vida adulta tardia 0-3 anos 3-6 anos 6 a 11 anos 11-20 anos 20-40 anos 40-65 anos 65+ anos DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL O desenvolvimento físico é menos rápido na terceira infância do que nos anos anteriores. Existem grandes diferenças na altura e no peso. A nutrição e o sono adequados são essenciais para o crescimento normal e para uma boa saúde. Crescimento físico Desenvolvimento físico Mudanças na estrutura e funcionamento cerebral sustentamos avanços cognitivos. Devido ao progresso do desenvolvimento motor, meninos e meninas na terceira infância podem dedicar-se a uma ampla variedade de atividades motoras. As atividades informais ajudam a desenvolver as habilidades físicas e sociais. Os jogos dos meninos tendem a ser mais físicos, os da meninas mais verbais. Dez por cento das brincadeiras das crianças em idade escolar, sobretudo dos meninos, são impetuosas. Muitas crianças, sobretudo os meninos, dedicam-se a esportes organizados e competitivos. Crescimento físico Desenvolvimento físico A terceira infância é um período da vida relativamente saudável; a maior parte das crianças está imunizada contra a maioria das doenças, e a taxa de mortalidade é a mais baixa em relação ao resto da vida. O excesso de peso, que está aumentando entre as crianças, acarreta múltiplos riscos. É influenciado por fatores genéticos e ambientais, sendo mais fácil evitá-lo do que tratá-lo. Muitas crianças não fazem exercício físico suficiente. Saúde, condição física e segurança Desenvolvimento físico A hipertensão tem ocorrido com mais frequência à medida que aumenta a incidência de excesso de peso. Nesta idade são comuns as infecções respiratórias e outras doenças agudas. Doenças crônicas, como a asma, são mais comuns entre crianças pobres ou pertencentes a grupos minoritários. O diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns da infância. Os acidentes são a principal causa de morte na terceira infância. Os ferimentos podem ser muito reduzidos pelo uso de capacetes e outros dispositivos de proteção, assim como pela eliminação do uso de brinquedos e da prática de esportes perigosos. Saúde, condição física e segurança Desenvolvimento físico DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Os testes de QI são bastante eficazes na previsão de sucesso escolar, mas podem ser injustos para algumas crianças. As diferenças de QI entre grupos étnicos parecem ter, em grau elevado, origem nas diferenças socioeconômicas e ambientais. A frequência escolar aumenta a inteligência medida. As tentativas de conceber testes livres de aspectos culturais ou que fossem culturalmente justos foram malsucedidas. Na realidade, os testes de inteligência parecem estar inextricavelmente ligados à cultura. Os testes de QI medem apenas uma pequena parte das múltiplas inteligências Avaliação da inteligência Desenvolvimento cognitivo O uso do vocabulário, da gramática e da sintaxe torna-se progressivamente mais sofisticado, mas a área linguística de maior crescimento é a pragmática. Os métodos de ensino em uma segunda língua são controversos. Os problemas incluem velocidade e facilidade com a língua local, realização de longo prazo nas matérias acadêmicas e orgulho da identidade cultural. Apesar da popularidade dos programas globais de ensino da linguagem, o treinamento fonético precoce é essencial para a proficiência em leitura. Desenvolvimento cognitivo Linguagem e alfabetização Visto que o que se aprende na escola é cumulativo, a base construída nas primeiras séries é muito importante. A autoconfiança das crianças afeta o seu desempenho escolar. As meninas tendem a ter melhor aproveitamento na escola do que os meninos. Os pais influenciam a aprendizagem das crianças envolvendo-se nas atividades escolares, motivando-as ao sucesso e transmitindo-lhes uma postura em relação à aprendizagem. O nível socioeconômico pode influenciar a confiança e as práticas dos pais, que, por seu turno, influenciam seu desempenho. A aceitação pelos pares e o tamanho da classe afetam a aprendizagem. As questões e inovações educacionais atuais incluem promoção social, escolas cooperativadas, ensino em casa e o domínio da informática. Desenvolvimento cognitivo A criança na escola DESENVOLVIMENTO FÍSICO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL Desenvolvimento psicossocial O autoconceito torna-se mais realista durante a terceira infância, quando, de acordo com um modelo neopiagetiano, a criança forma sistemas representacionais. De acordo com Erikson, a principal fonte de autoestima é como a criança vê sua competência produtiva. Essa virtude se desenvolve por meio da resolução do quarto conflito psicossocial – produtividade versus inferioridade. As crianças em idade escolar internalizaram a vergonha e o orgulho e podem entender melhor e regular as emoções negativas. A empatia e o comportamento pró-social aumentam. O crescimento emocional é afetado pelas reações dos pais à expressão de emoções negativas. A regulação emocional envolve controle por esforço. Desenvolvimento da identidade Desenvolvimento psicossocial Crianças em idade escolar passam menos tempo com os pais e estão menos próximos a eles do que antes, mas o relacionamento com os pais continua sendo importante. A cultura influencia as relações e papéis familiares. O ambiente familiar tem dois grandes componentes: a estrutura familiar e a atmosfera familiar. O desenvolvimento da corregulação pode afetar o modo como a família lida com os conflitos e a disciplina. O impacto causado pelo fato de a mãe trabalhar fora depende de muitos fatores relativos à criança, ao trabalho da mãe e ao que ela sente a respeito; depende ainda de ela ter um parceiro que a apoia; do nível socioeconômico da família; e do tipo de cuidados e grau de monitoração recebidos pela criança. A pobreza pode prejudicar o desenvolvimento das crianças indiretamente através de seus efeitos sobre o bem-estar dos pais e seus estilos de parentalidade. A criança na família Desenvolvimento psicossocial Muitas crianças hoje crescem em estruturas familiares não tradicionais. Dessa forma, as crianças tendem a se desenvolver melhor em famílias tradicionais com pai e mãe do que em famílias de coabitação, divorciadas, de pai ou mãe solteiros ou segundas famílias. A estrutura da família, porém, é menos importante do que seus efeitos sobre a atmosfera familiar. A adaptação dos filhos ao divórcio depende de fatores relativos à criança, do modo como os pais lidam com a situação, da custódia e de esquemas de visitação, circunstâncias financeiras, contato com o genitor que não detém a custódia (geralmente o pai), e o segundo casamento do pai ou da mãe. A quantidade de conflitos num casamento e a probabilidade de sua continuação após o divórcio podem influenciar o fato de as crianças estarem em melhor situação se os pais ficarem juntos. A criança na família Desenvolvimento psicossocial Na maior parte dos divórcios, a mãe obtém a custódia, embora a custódia paterna seja uma tendência em crescimento. A qualidade do contato com o pai, quando este não detém a custódia, é mais importante do que a frequência desses contatos. A custódia conjunta pode ser benéfica para crianças quando os pais podem cooperar. A custódia conjunta legal é mais comum do que a custódia conjunta física. História de um casamento: https://www.youtube.com/watch?v=ZzSomaJAIMc A criança na família Desenvolvimento psicossocial Embora o divórcio parental aumente o risco de problemas no longo prazo para os filhos, a maioria se adapta razoavelmente bem. Crianças que vivem apenas com um dos pais correm um risco maior de ter problemas comportamentais e escolares, em grande parte relacionados ao nível socioeconômico. Estudos têm constatado desfechospositivos de desenvolvimento em crianças que vivem com pais homossexuais. Crianças adotadas são geralmente bem ajustadas, embora enfrentem desafios especiais. Os papéis e responsabilidades de irmãos em sociedades não industrializadas são mais estruturados do que em sociedades industrializadas. Irmãos aprendem sobre resolução de conflitos em seu relacionamento um com o outro. O relacionamento com os pais afeta o relacionamento entre os irmãos. A criança na família Desenvolvimento psicossocial Efeitos positivos dos relacionamentos com pares Sociabilidade, senso de pertencimento, construção de identidade, aprendizagem de regras, liderança, avaliação de habilidades Efeitos negativos dos relacionamentos com pares preconceito, estimular tendências anti-sociais. Diferenças de gênero: Os meninos tendem a ter mais amigos, enquanto as meninas tendem a ter amizades mais íntimas. Popularidade: Opinião de grupo de colegas sobre um indivíduo (Diferente de amizade) Amizade: Via de mão dupla; apoio mútuo; associada a bem-estar A criança no grupo Desenvolvimento psicossocial Durante a terceira infância, a agressão tipicamente diminui. A agressão instrumental geralmente dá lugar à agressão hostil, quase sempre com um viés de hostihostilidade. Crianças altamente agressivas tendem a ser impopulares, mas podem ganhar status à medida que elas passam para a adolescência. A exposição à violência na mídia promove a agressividade, que pode estender-se até a idade adulta. A terceira infância é um período propício para a intimidação, mas padrões de intimidadção e vitimização podem ser estabelecidos bem antes. As vítimas tendem a ser fracas e submissas ou encrenqueiras e provocadoras, e têm baixa autoestima. A criança no grupo Martorell, Gabriela; Papalia, Diane E. ; Feldman, Ruth Dusdin. O Mundo da Criança: Da Infância à Adolescência. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo A, 2019. Papalia, Diane, E. e Ruth D. Feldman. Desenvolvimento Humano. Disponível em: Minha Biblioteca, (12th edição). Grupo A, 2013. Referências
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