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Cadernos de Psicologia

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Psicologia 
 
Behaviorismo 
 
clássico 
 
 
A Psicologia é composta por inúmeros 
campos teóricos. O Behaviorismo (1913 - pós 
Freud) também é conhecido como “Psicologia 
comportamental”, abrange diversas teorias da 
psicologia que entendem o comportamento 
como o objeto de estudo da ciência da 
Psicologia. John Watson1 é considerado o “pai” 
dessa abordagem: 
 
“Deem-me uma dúzia de crianças saudáveis 
e bem formadas e meu mundo específico 
para criá-las, e eu me comprometo a 
escolher uma delas ao acaso e treiná-la para 
que chegue a ser qualquer tipo de especialista 
que escolher: médico, advogado, artista, 
comerciante, e inclusive mendigo ou ladrão, 
sem levar nem um pouco em conta seus 
talentos, capacidades, tendências, habilidades, 
vocação ou a raça de seus antepassados”. 
 
Os behavioristas não trabalham com 
inconsciente ou sonhos e acreditam que os 
indivíduos são resultado da interação com o 
meio (tudo é construído pela cultura!). Viemos 
como uma folha em branco, a cultura que nos 
ensina a ter comportamentos. Os 
behavioristas tradicionais acreditam que 
qualquer pessoa pode ser treinada para agir 
de maneira particular, se dado o treinamento 
correto. Então, os comportamentos podem 
ser condicionados, porque estão atrelados ao 
pensamento do sujeito e sua liberdade de 
 
1 WATSON, J.B. Behaviorism.Ed. rev. New York: Norton, 1930. 
escolher. Será que somos realmente livres 
para escolher ou será que a gente apenas é 
condicionado a pensar assim? 
 
O Behaviorismo procurava estudar as 
interações entre o individuo e o meio, entre 
as ações do individuo (respostas) e o 
ambiente (estímulo). Nossa resposta sempre 
será dada a partir de um estímulo do meio. 
Isso vai ser chamado de comportamento 
respondente = comportamento que 
responde ao estímulo do ambiente. 
 
Os comportamentos são condicionados após 
uma história de pareamento, levando o sujeito 
a responder ao que antes não respondia. 
 
A relação S-R estímulo ® resposta. parte da 
ideia de que um comportamento é sempre 
resposta a um estímulo. Essa visão será 
superada mais tarde mesmo dentro do 
behaviorismo. 
 
Ivan Pavlov é a principal referência dessa 
abordagem (condicionamento dos estímulos), 
no que diz respeito à técnica de 
condicionamento clássico: um estímulo que 
acontece naturalmente é emparelhado com 
uma resposta. Em seguida, um estímulo que 
anteriormente era neutro vai ser combinado 
com um estímulo de ocorrência natural. 
Eventualmente, com o tempo, o estímulo 
 
neutro consegue a resposta que só era 
conseguida pelo estímulo natural. Esses 
elementos ficam então conhecidos como 
estímulo condicionado e resposta 
condicionada. 
 
Behaviorismo radical 
 
A como resposta às correntes internalistas da 
psicologia comportamental, Skinner dá início 
à corrente radical do behaviorismo (+ ou – 
1945). Skinner era um antimentalista, ou seja, 
rejeitava como causas do comportamento 
entidades mentais como cognição, ego, 
superego, inconsciente coletivo etc. Skinner 
não negava a existência dos processos 
mentais, mas nega que eles sejam as causas 
do comportamento. 
 
Ele se opõe ao behaviorismo metodológico 
do Watson. Segundo a visão monista de 
Skinner, o ser humano é uma entidade única 
e não é dividido entre corpo e mente. 
 
Skinner traz um novo conceito, que é o do 
comportamento operante, que difere do 
comportamento respondente. Diferente de 
Watson, que analisava os comportamentos 
como reação a algum estímulo, o 
comportamento operante é uma ação, que 
também é aprendida. Nada no behaviorismo é 
tido como inato (só os comportamentos 
vegetativos.). A resposta da ação produz uma 
consequência que vai sendo modificada por 
essa consequência, a partir de um reforço ou 
punição. 
 
O que explicaria o comportamento seria o 
condicionamento operante e a seleção por 
consequências. O condicionamento operante 
(ou condicionamento instrumental) é um 
método de aprendizagem que ocorre através 
de reforços e punições para o 
comportamento. Através do 
condicionamento operante uma associação é 
feita entre um comportamento e uma 
consequência para esse comportamento. 
Quando o resultado desejável segue uma 
ação, o comportamento torna-se mais 
provável de ocorrer de novo no futuro. 
Respostas seguidas de efeitos adversos - por 
outro lado - tornam-se menos prováveis de 
acontecer novamente no futuro. 
 
O esquema, então, passa a ser S-O-R. 
Estímulo ® Operacionalização (ação) no 
ambiente ® Resposta. Essa resposta vai fazer 
com que você continue ou não a exercer 
aquele comportamento (ação). Se a resposta 
é punitiva, tende-se a não repetir aquela ação. 
Se a resposta é prazerosa, há um reforço 
positivo para que a ação volte a acontecer. 
 
A resposta gera uma consequência e essa 
consequência afeta a probabilidade da ação 
ocorrer novamente. Se a consequência for 
um reforço positivo, aumenta-se a 
probabilidade de sua ocorrência futura; se for 
um reforço negativo, submete o indivíduo a 
uma mudança de comportamento para evitar 
uma consequência indesejada (é uma “curva” 
que se faz para evitar algo negativo; se for 
punitiva, diminui a frequência de respostas. 
 
Ex: Se a pessoa tira notas altas e recebe um 
aumento na mesada, trata-se de reforço 
positivo. Se a pessoa tira notas baixas e os 
pais a colocam sem poder assistir televisão, 
pode ser considerado um reforço negativo 
para “fazer a curva” e mudar o 
comportamento e ela não perder de ano. Se 
a pessoa tirou nota baixa e ficou de castigo 
pode ser considerado uma punição. 
 
Outros processos: 
Generalização – Tende-se a generalizar um 
comportamento quando se tem respostas 
semelhantes a estímulos considerados 
semelhantes; Esquiva – “Se sair” ou evitar 
algum estímulo aversivo; Fuga – Diferente da 
esquiva, ela não é preventiva. A fuga ocorre 
quando um estímulo negativo aparece; e 
Extinção – A resposta deixa abruptamente 
de ser reforçada, o que pode diminuir a 
frequência ou até eliminar a resposta. Eu gero 
tanta punição naquela pessoa que ela 
extingue o comportamento de fazer algo. Ex: 
você nunca responde no WhatsApp. De 
repente a pessoa para de te mandar 
mensagem. 
 
Críticas ao behaviorismo: muitos críticos 
argumentam que o behaviorismo é uma 
abordagem unidimensional para 
compreensão do comportamento humano. 
Freud, por exemplo, sentiu que o 
behaviorismo falhou ao não contabilizar 
pensamentos da mente inconsciente, 
sentimentos e desejos que exercem 
influência sobre as ações das pessoas. Outros 
pensadores, como o Carl Rogers e outros 
psicólogos humanistas, acreditavam que o 
behaviorismo era muito rígido ilimitado sem 
levar em consideração coisas como o livre 
arbítrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestalt 
 
Introdução 
 
Corrente que discorda do behaviorismo, pois 
ao contrário desse, entende que os 
processos mentais são fundamentais para o 
entendimento dos indivíduos. Pode-se dizer 
que Gestalt é o estudo da forma. Seu nome 
significa forma e ao mesmo tempo 
organização. 
 
Essa teoria tem um início interessante, pois 
vem da união de um físico com um filosofo, 
que queriam estudar as sensações e estavam 
preocupados em compreender quais os 
processos psicológicos envolvidos na ilusão de 
ótica. 
 
O behaviorismo parte do princípio de que nos 
somos uma folha em branco, já a Gestalt 
passa a questionar isso e sofisticar um pouco 
mais o resultado, pois acredita que pessoas 
diferentes olhando para o mesmo objeto, 
enxergam o objeto de formas diferentes, ou 
seja, tudo é relativo e depende do referencial 
adotado. Não somos todos iguais, temos 
percepções diferentes. 
 
O Behaviorismo, dentro de sua preocupação 
com a objetividade, estuda o comportamento 
através da relação estímulo-resposta, 
procurando isolar o estímulo que 
corresponderia à resposta esperada e 
desprezando os conteúdos de “consciência”, 
pela impossibilidade de controlar 
cientificamente essas variáveis. A Gestalt irácriticar essa abordagem, por considerar que 
o comportamento, quando estudado de 
maneira isolada de um contexto mais amplo, 
pode perder seu significado (o seu 
entendimento). 
 
Percepção 
 
Como é que pessoas que vivem no mesmo 
país podem ter percepções tão dispares, por 
exemplo, entre Lula e Bolsonaro? Porque nós 
tendemos a enxergar o mundo de nossa 
forma. 
 
A percepção é o ponto de partida e também 
um dos temas centrais dessa teoria. Os 
experimentos com a percepção levaram os 
teóricos da Gestalt ao questionamento de um 
princípio implícito na teoria behaviorista — 
que há relação de causa e efeito entre o 
estímulo e a resposta — porque, para os 
gestaltistas, entre o estímulo que o meio 
fornece e a resposta do indivíduo, encontra-
se o processo de percepção. O que o 
indivíduo percebe e como percebe são 
dados importantes para a compreensão do 
comportamento humano. 
 
Qual a chance de, ao olhar um mesmo crime, 
cometido por pessoas de cores diferentes, o 
mesmo juiz julgar os dois casos de forma 
diferente? A percepção individual não 
influencia? Pessoas podem ter percepções 
diferentes inclusive dentro de um mesmo 
julgamento. A neutralidade deve ser sempre 
um fim, mas não se pode negar a influência 
das percepções individuais no processo. 
 
Na visão dos gestaltistas, o comportamento 
deveria ser estudado nos seus aspectos mais 
globais, levando em consideração as 
condições que alteram a percepção do 
estímulo. Para justificar essa postura, eles se 
baseavam na teoria do isomorfismo, que 
supunha uma unidade no universo, onde a 
Gestalt 
parte está sempre relacionada ao todo, ou 
seja, o universo é um todo composto por 
partes relacionadas com aquele todo. Quando 
eu vejo uma parte de um objeto, ocorre uma 
tendência à restauração do equilíbrio da 
forma, garantindo o entendimento do que 
estou percebendo. Esse fenômeno da 
percepção é norteado pela busca de 
fechamento (tendência de completar 
elementos faltantes na imagem), simetria e 
regularidade dos pontos que compõem uma 
figura (objeto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós percebemos a figura 1 como um 
quadrado, e não como uma figura inclinada ou 
um perfil (figura 2), apesar de essas últimas 
também conterem os quatro pontos. Se 
forem acrescentados mais quatro pontos à 
figura 1, o padrão mudará, e perceberemos 
um círculo (figura 3). Na figura 4 é possível 
ver círculos brancos ou quadrados no centro 
das cruzes, mesmo não havendo vestígio dos 
seus contornos. 
 
A Gestalt encontra nesses fenômenos da 
percepção as condições para a 
compreensão do comportamento humano. A 
maneira como percebemos um determinado 
estímulo irá desencadear nosso 
comportamento. Muitas vezes, os nossos 
comportamentos guardam relação estreita 
com os estímulos físicos, e outras, eles são 
completamente diferentes do esperado 
porque “entendemos” ambiente de uma 
maneira diferente da sua realidade. 
 
Quantas vezes já́ nos aconteceu de 
cumprimentarmos a distância uma pessoa 
conhecida e, ao chegarmos mais perto, nos 
deparamos com um atônito desconhecido. 
Um “erro” de percepção nos levou ao 
comportamento de cumprimentar o 
desconhecido. Ora, ocorre que, no momento 
em que confundimos a pessoa, estávamos 
“de fato” cumprimentando nosso amigo. Esta 
pequena confusão demonstra que a nossa 
percepção do estímulo (a pessoa 
desconhecida) naquelas condições ambientais 
dadas é mediatizada pela forma como 
interpretamos o conteúdo percebido. Se nos 
elementos percebidos não há equilíbrio, 
simetria, estabilidade e simplicidade, não 
alcançaremos a boa-forma. O elemento que 
objetivamos compreender deve ser 
apresentado em aspectos básicos, que 
permitam a sua decodificação, ou seja, a 
percepção da boa-forma. 
 
O exemplo da figura abaixo ilustra a noção de 
boa-forma. Geralmente percebemos o 
segmento de reta a maior que o segmento 
de reta b, mas, na realidade, isso é uma ilusão 
de ótica, já que ambos são idênticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A maneira como se distribuem os elementos 
que compõem as duas figuras não apresenta 
equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade 
suficientes para garantir a boa-forma, isto é, 
para superar a ilusão de ótica. 
 
A tendência da nossa percepção em buscar 
a boa- forma permitirá a relação figura- fundo. 
Quanto mais clara estiver a forma (boa-
forma), mais clara será́ a separação entre a 
figura e o fundo. Quando isso não ocorre, 
torna-se difícil distinguir o que é figura e o 
que é fundo, como é o caso da figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meio geográfico e meio 
comportamental 
 
O comportamento é determinado pela 
percepção do estímulo e, portanto, estará́ 
submetido à lei da boa-forma. O conjunto de 
estímulos determinantes do comportamento 
(lembre-se da visão global dos gestaltistas) é 
denominado meio (físico) ou meio ambiental 
São conhecidos dois tipos de meio: o 
geográfico e o comportamental. O meio 
geográfico é o meio enquanto tal, o meio 
físico em termos objetivos. O meio 
comportamental é o meio resultante da 
interação do indivíduo com o meio físico e 
implica a interpretação desse meio através 
das forças que regem a percepção 
(equilíbrio, simetria, estabilidade e simplicidade). 
 
No exemplo, a pessoa que cumprimentamos 
era um desconhecido — esse deveria ser o 
dado percebido, se só tivéssemos acesso ao 
meio geográfico. Ocorre que, no momento 
em que vimos a pessoa, a situação (encontro 
casual no trânsito em movimento, por 
exemplo) levou-nos a uma interpretação 
diferente da realidade, e acabamos por 
confundi-la com uma pessoa conhecida. Esta 
particular interpretação do meio, onde o que 
percebemos agora é uma “realidade” 
subjetiva, particular, criada pela nossa mente, 
é o meio comportamental. Naturalmente, o 
comportamento é desencadeado pela 
percepção do meio comportamental. 
 
Certamente, a semelhança entre as duas 
pessoas do exemplo (a que vimos e a que 
conhecemos) foi a causa do engano. Nesse 
caso, houve uma tendência a estabelecer a 
unidade das semelhanças entre as duas 
pessoas, mais que as suas diferenças. Essa 
tendência a “juntar” os elementos é o que a 
Gestalt denomina de força do campo 
psicológico. 
 
Campo psicológico 
 
O campo psicológico é entendido como um 
campo de força que nos leva a procurar a 
boa-forma. Funciona figurativamente como 
um campo eletromagnético criado por um 
imã̃ (a força de atração e repulsão). Esse 
campo de força psicológico tem uma 
tendência que garante a busca da melhor 
forma possível em situações que não estão 
muito estruturadas. Esse processo ocorre de 
acordo com os seguintes princípios: 
 
(1) Proximidade — os elementos mais 
próximos tendem a ser agrupados: 
 
 
 
 
 
 
 
Vemos três colunas e não três linhas na figura. 
 
(2) Semelhança — os elementos 
semelhantes são agrupados: 
 
 
 
 
 
 
 
Vemos três linhas e não quatro colunas 
 
(3) Fechamento — ocorre uma tendência 
de completar os elementos faltantes da 
figura para garantir sua compreensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 Vemos um triângulo e não alguns traços. 
 
A Teoria de campo de Kurt Lewin 
 
O principal conceito de Lewin é o do espaço 
vital, que ele define como “a totalidade dos 
fatos que determinam o comportamento do 
indivíduo num certo momento”. O que Lewin 
concebeu como campo psicológico foi o 
espaço de vida considerado dinamicamente, 
onde se levam em conta não somente o 
indivíduo e o meio, mas também a totalidade 
dos fatos coexistentes e mutuamente 
interdependentes. 
O “campo não deve, porém, ser 
compreendido como uma realidade física, 
mas sim fenomênica. Não são apenas os fatos 
físicos que produzem efeitos sobre o 
comportamento. O campo deve ser 
representado tal como ele existe para o 
indivíduo em questão, num determinado 
momento, e não como ele é em si. Para a 
constituição desse campo, as amizades, os 
objetivos conscientes e inconscientes, os 
sonhos e os medos são tão essenciais como 
qualquer ambiente físico. 
 
A realidade fenomênica em Lewin pode ser 
compreendida como o meio comportamentalda Gestalt, ou seja, a maneira particular como 
o indivíduo interpreta uma determinada 
situação. Entretanto, para Lewin, esse 
conceito não está se referindo apenas à 
percepção (enquanto fenômeno 
psicofisiológico), mas também a 
características de personalidade do indivíduo, 
a componentes emocionais ligados ao grupo 
e à própria situação vivida, assim como a 
situações passadas e que estejam ligadas ao 
acontecimento, na forma em que são 
representadas no espaço de vida atual do 
indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicanálise 
 
 
 
 
 
 
 
Principais conceitos 
 
Freud é considerado o pai da Psicologia 
contemporânea. Saiu de Viena por conta do 
nazismo e morre em Londres em 1939. Teve 
uma vida cheia de altos e baixos, vem de uma 
família pobre, que paralisa sua vida para que 
ele pudesse se tornar médico. Freud foi muito 
corajoso em alguns aspectos, mas 
irresponsável em outros, como por exemplo 
com a defesa do uso da cocaína, sem uma 
 
Freud começou a apresentar através da 
ciência o que ele vai chamar de repressão (A 
esta forca psíquica que se opunha a tornar 
consciente, a revelar um pensamento. o 
processo psíquico que visa encobrir, fazer 
desaparecer da consciência, uma ideia ou 
representação insuportável e dolorosa que 
está na origem do sintoma. Estes conteúdos 
psíquicos “localizam-se” no inconsciente.). 
Freud vai pesquisar pessoas que 
apresentavam quadros de histeria (histeria de 
conversão - ou seja, mulheres perdiam 
capacidades físicas - enxergar, se mover etc. 
por conta de elementos psicossomáticos.) e 
ele descobriu que essas pessoas eram muito 
reprimidas. Aquelas pessoas estavam doentes 
da mente, pois algo dentro delas as 
controlavam e isso refletia no físico. 
 
Quando a gente tem gastrite por stress, dor 
de cabeça por stress, esses são sintomas 
psicofísicos, são sintomas refletidos no nosso 
corpo. 
 
 
 
 
 
 
 
Freud vai estudar o quadro de Ana O, que 
começou a apresentar sintomas de paralisia 
quando cuidava de seu pai enfermo. Ela 
desejava inconscientemente a morte do pai, 
mas se sentia muito culpada por isso. Através 
da hipnose, Freud conseguiu acessar o 
conteúdo dos pensamentos reprimidos e os 
sintomas foram desaparecendo. Freud vai se 
afastando da hipnose e começa a utilizar o 
método catártico, para que a pessoa solte o 
que está reprimido através da conversa. 
Dessa forma, ele vai comprovando 
empiricamente que existe algo dentro da 
gente que funciona à revelia das nossas 
vontades. Querendo você ou não, essas 
coisas vão emergir. 
 
Freud vai descobrir, então, o inconsciente – 
tudo aquilo que controla nosso 
comportamento, que vem de origem interna 
e nós não sabemos por quê. Sonhos, desejos 
e fobias, por exemplo, são comportamentos 
inconscientes. O inconsciente tem vida 
própria, pois controla comportamentos. O que 
nós mostramos socialmente não é a mesma 
coisa que necessariamente está dentro da 
gente. Os conteúdos do inconsciente são 
conteúdos reprimidos. Ele é atemporal, não 
conhece noção de presente, passado e 
futuro, e é autônomo (funciona sem eu 
querer). 
 
Ele desenvolve também um conceito 
importantíssimo chamado de atos falhos: 
quando você quer falar/fazer uma coisa e 
fala/faz outra. É um equívoco na fala, na 
memória, em uma atuação física, provocada 
hipoteticamente pelo inconsciente. 
Freud	evidenciou que o	ato falho	era como 
Psicanálise Psicanálise 
sintoma, constituição de compromisso entre 
o intuito consciente da pessoa e o reprimido 
 
A pulsão refere-se a um estado de tensão 
que busca, através de um objeto, a supressão 
deste estado. 
 
Por que tudo para Freud é sexual? Pois na 
Viena vitoriana as pessoas eram muito 
reprimidas sexualmente, então no 
inconsciente delas essas questões estavam 
muito vivas. 
 
A sexualidade não se restringe apenas ao 
sexo, mas está diretamente associada à 
energia libidinal. Freud então vai dizer que o 
desenvolvimento da sexualidade não começa 
na fase adulta, mas vem desde a infância. Ele 
então desenvolve estas etapas do plano do 
desenvolvimento psicossexual: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2a teoria do aparelho psíquico de 
Freud 
 
Freud repensa a ideia de inconsciente/pré-
consciente e começa a desenvolver uma 
segunda teoria do aparelho psíquico (Ide-Ego-
Superego). 
 
Ide – é a casa dos instintos. Representa o que 
a gente não tem controle. O id constitui o 
reservatório da energia psíquica, é onde se 
“localizam” as pulsões: a de vida e a de morte. 
As características atribuídas ao sistema 
inconsciente, na primeira teoria, são, nesta 
teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio 
do prazer. To com vontade de fazer xixi. Vou 
fazer aqui mesmo, dane-se! 
 
O superego – é o controle. São as exigências 
morais e sociais. Os transtornos narcísicos são 
transtornos do superego. O superego origina-
se a partir da internalização das proibições, 
dos limites e da autoridade. A moral, os ideais 
são funções do superego. O conteúdo do 
superego refere-se a exigências sociais e 
culturais. 
 
Ego – é o equilíbrio entre o ide e o superego. 
O ego é o sistema que estabelece o equilíbrio 
entre as exigências do id, as exigências da 
realidade e as “ordens” do superego. Procura 
dar conta” dos interesses da pessoa. É regido 
pelo princípio da realidade, que, com o 
princípio do prazer, rege o funcionamento 
psíquico. É um regulador, na medida em que 
altera o princípio do prazer para buscar a 
satisfação considerando as condições 
objetivas da realidade. 
 
Ficamos sempre numa espécie de guerra. O 
tempo todo estamos no embate entre 
realizar o que a gente quer ou o que a 
sociedade quer/espera. 
 
Quando a gente é muito reprimido, tende a 
reprimir o outro. Nós reproduzimos nossos 
traumas. Nós projetamos no mundo o que 
não toleramos, mas identificamos na gente. 
 
Mecanismos de defesa: 
 
Recalque – São aqueles conteúdos 
reprimidos dentro da gente. O indivíduo “não 
vê̂”, “não ouve” o que ocorre. Existe a 
supressão de uma parte da realidade. Este 
aspecto que não é percebido pelo indivíduo 
faz parte de um todo e, ao ficar invisível, 
altera, deforma o sentido do todo. 
 
Geralmente as pessoas muito recalcadas são 
muito “controladas” e tem dificuldade em 
fazer o que querem, por conta da repressão, 
por conta do que o outro diz que pode ou 
não pode. Quem decide isso é nosso ego (eu 
me satisfaço ou satisfaço a sociedade?) 
 
Formação reativa – a pessoa reage de forma 
oposta ao desejado. Pessoas muito protetoras 
muitas vezes escondem uma rejeição. o ego 
procura afastar o desejo que vai em 
determinada direção, e, para isto, o indivíduo 
adota uma atitude oposta a este desejo. 
 
Regressão – a pessoa reage de forma 
regressiva quando ocorre algo. o indivíduo 
retorna a etapas anteriores de seu 
desenvolvimento. A pessoa se comporta 
como uma criança (se abraça, fica em 
posição fetal). 
 
Projeção – projetar no outro características 
próprias que não reconhecemos na gente. é 
uma confluência de distorções do mundo 
externo e interno. O indivíduo localiza 
(projeta) algo de si no mundo externo e não 
percebe aquilo que foi projetado como algo 
seu que considera indesejável. 
 
Racionalização – pessoas que controlam tudo 
com a razão, racionalizam a vida. o indivíduo 
constrói uma argumentação intelectualmente 
convincente e aceitável, que justifica os 
estados “deformados” da consciência. 
Geralmente essas pessoas têm dificuldade na 
parte afetiva. 
Sugestão de leitura – Totem e tabu e Mal-
estar na civilização. 
 
Todos os quadros psicopáticos emergem do 
inconsciente. É uma invasão do inconsciente 
e a pessoa não tem controle. Algumas 
pessoas têm o ego mais fragilizado. 
 
 
Estágios de desenvolvimento de 
Erik Erikson 
 
Algumas vezes nos surpreendemos 
divagando se seria possível reinventarmos ou 
se somos condicionados a uma armadura de 
personalidade desenvolvida no passado, 
principalmente na infância. O psicanalista e 
pesquisador do desenvolvimento psicossocial 
teuto-americano Erik Erikson, não somente 
argumentavaque era possível mudanças 
pessoais como também mapeou esses 
estágios. Para Erikson, a personalidade se 
desenvolvia pela resolução de tensões entre 
várias etapas ao longo da vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos temos comportamentos dos quais não 
temos conhecimento, já dizia Freud. Com 
essa ideia de inconsciente, começamos a 
identificar dos atos falhos, aqueles erros que 
cometemos sem perceber, de forma 
inconsciente. Freud desenvolveu algumas 
etapas do desenvolvimento psicossexual, mas 
nas etapas iniciais. Erikson vai dizer que nosso 
desenvolvimento sexual atravessa toda nossa 
vida. 
 
A primeira fase - Confiança x Desconfiança: 
até 2 anos - é a oral (a criança sente prazer 
pela boca), que dura mais ou menos um ano. 
Essa fase é importante para gerar uma 
sensação de segurança. Nesse estágio, o 
bebê interage com seus cuidadores próximos 
e desses primeiros atos de socialização surge 
um sentimento de segurança que 
desenvolverá a confiança nas pessoas e no 
ambiente. Os comportamentos de 
insegurança, desconfiança e ansiedade seriam 
efeitos colaterais de negligência nessa fase. O 
bb aqui está lutando para conseguir uma boa 
alimentação e sono tranquilos. Se o ambiente 
proporcionado pelos cuidadores satisfizer o 
bb, gerará na criança um sentimento de 
confiança. Rupturas nesse estágio podem 
gerar sentimento de desconfiança e 
abandono. Tem bb que foi nutrido demais 
(são aquelas pessoas que, no futuro, vão ter 
dificuldade de “largar o osso”). 
 
Autonomia x Vergonha e Dúvida: entre 2–3 
anos - Depois da fase oral, chega a fase anal, 
que é a fase que ela vai controlar o esfíncter 
pela primeira vez. A criança vai desenvolver 
sua relação de autonomia pela primeira vez. 
Aqui o BB começa a controlar seu corpo, pois 
até essa fase ele faz o que ele quiser. Às 
vezes as crianças sofrem punições por não ir 
ao troninho, ou fazem as crianças passar 
vergonha. Essa é a fase de aquisição da 
linguagem e coincide com o senso de 
autonomia. A criança começa a entender que 
é um ser social dentre outros e a aprender a 
manipular objetos. Ser ela própria é aceitável 
nesse círculo social desenvolvendo sua 
autonomia. Contudo, críticas repressivas 
tendem a causar sentimentos de dúvida ou 
vergonha. A vergonha seria uma raiva de si 
mesmo pela exposição à censura. Aqui 
muitas pessoas desenvolvem prisão de 
ventre por conta de um sentimento de 
vergonha ou repressão. (autonomia x 
vergonha e dúvida – início da meninice) 
 
A 3ª fase é a fálica - Iniciativa x Culpa: entre 
4–5 anos. Uma vez desenvolvida a autonomia, 
a criança parte para a iniciativa. Aplica suas 
capacidades físicas e mentais para expandir 
em outras áreas de forma criativa e social. 
Amplia sua rede social além da família 
imediata, alfabetiza-se e desenvolve a 
imaginação. Os mesmos brinquedos ganham 
funções diferentes e o mundo ao redor é 
mais explorado intensamente. A iniciativa (ou 
falta dela) gera a responsabilidade, 
internalizada na forma de culpa. 
 
Primeiro momento que o BB começa a 
reconhecer seu órgão sexual. Vai gerar o 
conflito iniciativa x culpa. Se uma criança foi 
muito reprimida nessa fase, quando inicia suas 
atividades sexuais, não consegue relaxar, 
sente culpa. No momento em que o menino 
começa a mexer com o órgão, o pai começa 
a incentivar “é varão, vai comer todo mundo”, 
ou seja, hiperestimulam o menino e isso é um 
problema, pois gera – no futuro – compulsão 
sexual, que pode vir acompanhada de 
frustração e violência. Por outro lado, as 
meninas são excessivamente reprimidas, “não 
pode tocar ai, cruza as pernas”, o que gera 
uma sensação de culpa. 
 
Diligência x Inferioridade: entre 6–11 anos - A 
fase seguinte é a Latência, que vai implicar na 
diligencia (destreza) x inferioridade. Momento 
em que não há nada sexualmente 
estabelecido. O foco do desenvolvimento está 
no desenvolvimento das competências. A 
liberação da criatividade é um verdadeiro 
dique se abre. Surge, então, a necessidade de 
controlar a imaginação e direcionar o foco 
criativo para processos de socialização formal, 
principalmente a educação. A industriosidade, 
a diligência e a perseverança são 
recompensantes. Contudo, se há muita 
cobrança ou inadmissão de falhas, pode surgir 
uma desmotivação e sentimento de 
inferioridade. 
 
A criança vai se desenvolver as destrezas ou 
a interioridade. Nessa fase, meninos e meninas 
não tem interesse nos outros, eles estão 
desenvolvendo suas habilidades (brincadeiras 
de casinha, por exemplo, são estimuladas para 
que as meninas “treinem” essas habilidades). 
Muitos papeis sociais são aqui reforçados e 
vão ficar visíveis na vida adulta. 
 
Identidade x Confusão de Identidade: entre 12 
– 18 anos. É o período genital, o despertar da 
sexualidade. Aqui começam os laços de 
lealdade na adolescência (formação de 
grupos). É o momento de construção da 
identidade ou há uma confusão e insegurança 
de não se entender/não se encontrar. Na 
adolescência domina a demanda pela 
identidade. A tensão entre ser diferente e se 
conformar às normas de algum grupo para 
ser aceito gera a	crise de identidade. Há 
pressão para assumir um papel na sociedade 
(qual carreira seguir? Quem sou na minha 
família? Quem sou? Como quem vou me 
relacionar?) Acompanhado pelas drásticas e 
autoconscientes transformações biológicas, o 
adolescente muda rapidamente muito de 
seus traços de personalidade. Às vezes, não 
se reconhece nos novos papéis, resultando 
em uma confusão. 
 
Cada fase afeta a outra. A fase seguinte pode 
compensar algum problema anterior, mas se 
você foi reprimido durante várias fases, vai 
sentir problemas futuros. 
 
A gente trabalha esses temas para o Direito, 
essas fases e suas características 
constitutoras no individuo, pois quando vocês 
forem trabalhar com crianças ou jovens 
envolvidos em situação de criminalidade, 
violência ... eles nasceram assim ou nos temos 
uma construção sócio-histórica que vai 
afetando o desenvolvimento e o 
comportamento do sujeito, a sua relação de 
segurança, de confiança e desconfiança do 
mundo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jung 
 
Jung foi um psiquiatra suíço, chega a trabalhar 
com Freud, mas eles rompem o trabalho 
conjunto e Jung desenvolve sua própria 
abordagem. Muitos conceitos da Psicologia 
Analítica se fundem com os da Psicanálise. 
 
Pobre, filho de um religioso e uma mão 
depressiva, Jung se debruçou também nos 
estudos sobre a busca pela religião. 
 
Bebendo em Freud, Jung vai dizer que sim, 
temos o inconsciente pessoal, mas 
acrescenta que temos também o 
inconsciente coletivo (apesar de sermos 
muito diferentes, somos seres com algo em 
comum). Jung também vai entender que as 
repressões e os impulsos sexuais, ao 
contrário do que dizia Freud, não são centrais 
em todas as questões humanas, mas as 
metas e motivações os são. Ele passa a 
defender, então, que existem arquétipos 
universais (símbolos emocionais). 
 
De acordo com Jung, a mente (ou Psique) 
está dividida em três partes: (1) o ego 
consciente; (2) o inconsciente pessoal; e (3) 
o inconsciente coletivo. 
 
Ego consciente - o ego é o aspecto da 
personalidade que é consciente incorpora a 
percepção do self, bastante semelhante à 
ideia proposta por Freud 
 
Inconsciente pessoal - contém pensamentos 
e sentimentos que não fazem parte do 
conhecimento consciente no presente. 
 
 
 
 
 
Podem, entretanto, ser acessados. o 
inconsciente pessoal contém tanto 
pensamentos quanto impulsos que 
simplesmente não têm importância no 
presente e aos quais foram reprimidos de 
forma intensa por significar ameaça ao ego. 
Por exemplo, a pessoa que está do outro lado 
da sala pode estar abrigando profundo 
ressentimento e animosidade para com um 
irmão ou irmã, por causa de inúmeras 
rivalidades no passado, contudo, pertencer a 
uma família em que o amor à família é de 
suprema importância. Esse indivíduo talvez 
reprima esses ressentimentos, porque eles 
ameaçam sua capacidade de se ver como 
uma “pessoa boa”. Tanto esses pensamentos 
quantoos seus impulsos são considerados 
como parte do inconsciente pessoal. Além 
disso, o inconsciente pessoal continha 
informações passadas (retrospectivas) e 
futuras (prospectivas). essa constatação partiu 
da observação de que vários de seus 
pacientes tinham sonhos relacionados com 
problemas e eventos futuros. isso não quer 
dizer que eles “viam” o futuro, mais que 
sentiam coisas que tendiam a acontecer. 
Concluindo, Jung acreditava que inconsciente 
pessoal a compensar (equilibrar) atitudes e 
ideias, ou seja, se as opiniões conscientes de 
uma pessoa forem muito imparciais, o 
inconsciente pessoal pode salientar o ponto 
de vista oposto, por intermédio de sonhos ou 
outros meios, a fim de restaurar o equilíbrio. 
 
O inconsciente coletivo – Existe uma base 
histórica no nosso inconsciente. Nos não 
chegamos ao mundo como folhas em branco, 
mas com formas especificas de lidar com ele. 
Psicologia Analítica Psicologia Analítica 
A ideia de inconsciente coletivo compreende 
um nível bem mais profundo de 
inconsistência e é composto por símbolos 
emocionais poderosos denominados 
arquétipos. Essas imagens são comuns a 
todas as pessoas e vem sendo formadas 
desde o início dos tempos (ou seja, elas são 
transpessoais, e não individuais). Esses 
arquétipos originaram se das ações 
emocionais de nossos ancestrais há eventos 
que se repetem continuamente. A existência 
desses arquétipos ou padrões emocionais 
predispõem-nos a reagir de maneira 
previsível a estímulos comuns e recorrentes. 
Jung descreveu vários arquétipos diferentes, 
dentre eles o herói, o sábio Ancião, o 
trapaceiro e a sombra, todos aparecem em 
filmes populares. 
 
A gente vai aprender a confrontar nosso 
inconsciente, para descobrir quem nós somos. 
Ao contrário do Behaviorismo, que 
estabelece que somos produto do meio, Jung 
vai dizer que não, que cada um de nós tem 
formas particulares de lidar com o meio. 
 
Complexos - Conjunto de sentimentos, 
pensamentos e ideias carregados 
emocionalmente, todos relacionados com um 
tema em particular. O potencial de qualquer 
complexo é determinado por sua libido ou 
“valor”. A definição de libido proposta por 
Jung difere da de Freud no sentido de que 
descreve uma energia psíquica geral não 
necessariamente de natureza sexual. 
¯ 
Quando alguém se torna uma pessoa 
traumatizada, desenvolve um completo. Esses 
complexos se tornam autônomos, porque 
agem nas pessoas, mesmo sem elas 
quererem. 
 
Jung vai falar que existem dentro de nós, algo 
chamado de arquétipo, estruturas que nos 
encontramos em todos os lugares e 
contextos. 
 
Arquétipos junguianos e símbolos modernos: 
Mágico (ou trapaceiro) ® feiticeiro, mago. 
Mãe ® avó sábia, virgem Maria. 
Herói ® salvador, vencedor. 
 
Animus e anima 
Dois importantes arquétipos são animus 
(componente masculino de uma mulher) e o 
anima (componente feminino de um homem). 
O arquétipo animus significa que toda mulher 
tem um lado masculino e um conhecimento 
inato correspondente sobre o que significa 
ser homem; o arquétipo anima encerra que 
é um lado feminino – e, portanto o 
conhecimento sobre o que significa ser 
mulher - reside em todo homem. 
 
Persona e sombra 
Esses 2 arquétipos representam as 
diferenças entre nossa aparência externa e 
nosso ser interior. O arquétipo persona 
(máscara em latim) representa a face 
socialmente aceitável que apresentamos aos 
outros. Embora cada persona quando vista 
externamente, seja idiossincrática, o próprio 
arquétipo é uma imagem idealizada do que as 
pessoas poderiam ser; ele é modificado pelo 
esforço particular de cada indivíduo para 
alcançar essa meta. Em contraposição, o 
arquétipo sombra é o lado escuro inaceitável 
da personalidade - os desejos que motivo 
vergonha que preferimos não admitir. Esses 
impulsos negativos desencadeiam 
pensamentos e atos socialmente inaceitáveis, 
 
Persona significa máscara. Todos nós temos 
máscaras sociais. Às vezes a gente se 
comporta de um jeito na sociedade, mas a 
gente não é verdadeiramente assim. As 
máscaras são uma forma de escondermos 
nossas inseguranças, medos, pensamentos 
perversos e fantasias. 
 
A máscara se confronta com a sombra, que 
é tudo aquilo que está dentro da gente, mas 
a gente não conhece ou não desenvolveu. 
(Isso não tem a ver com distúrbio de 
personalidade, pois todos nós fazemos isso). 
 
Jung vai dizer que nós precisamos aprender 
a olhar para dentro, para descobrirmos 
verdadeiramente quem somos. 
 
Os 4 tipos psicológicos 
Como o grande objetivo da psicologia 
junguiana é o autoconhecimento, é descobrir 
quem você é, qual a sua persona, qual a sua 
sombra, como você desenvolve seu lado 
feminino e o masculino, ele desenvolve quatro 
tipos psicológicos, também chamados de 
funções. 
 
Todos nós temos esses quatro tipos e duas 
atitudes, mas algumas pessoas desenvolvem 
mais umas do que outras: pensamento, 
intuição, sensação e sentimento. Então, 
algumas pessoas são mais racionais, outras 
mais afetivas assim por diante. 
 
 
 
 
 
 
A mente tem 4 funções: (1) Sensação (há 
alguma coisa ali?); (2) Pensamento (o que é 
aquilo ali?); (3) Sentimento (que valor tem 
isso?); e (4) Intuição (de onde vem isso ir para 
onde está indo)? 
 
As funções pensamento e sentimento foram 
chamadas por Jung de racionais porque 
envolvem julgamento e ponderação. em 
contraposição, as funções são foram 
denominadas irracionais, porque a 
ponderação consciente praticamente não 
existe nesses processos. embora todas essas 
fusões existam em todos os indivíduos, uma 
delas normalmente é dominante. 
 
As duas atitudes são introvertido e 
extrovertido. O foco do primeiro é olhar para 
dentro. Não necessariamente tem a ver com 
timidez. Uma pessoa excessivamente 
extrovertida pode se distanciar dela mesma. 
 
 
RESUMAO 
Behaviorismo – Trabalha com modelagem de 
comportamentos. Atraves da ideia de 
estímulos exercidos pelo meio, se modificam 
comportamentos. As punições e os reforços 
aparecem em S-O-R 
Gestalt – estudo da percepção humana. 
Como se enxerga o mundo? Através da ideia 
de simetria, de boa forma. Se trabalha o 
mundo como um todo. Para perceber o 
mundo, observa-se um conjunto de fatores. 
Psicanálise – Ideia de que nosso 
comportamento não é guiado apenas pelo 
nosso consciente. O nosso inconsciente é 
formado a partir de conteúdos reprimidos por 
n’so, para que não nos lembremos mais dele. 
Erik – como cada etapa da nossa infância 
pode afetar a vida adulta. 
Psicologia analítica – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ansiedade 
 
Faz parte das reações emocionais comuns ao 
ser humano. Caracterizada por uma sensação 
difusa e desagradável. 
 
Sintomas comuns: dor de cabeça, eliminação 
do suor sem fazer exercício físico, palpitação, 
aperto no peito, desconforto estomacal, 
inquietação e agonias de ficar em pé. 
 
Ansiedade é um sinal de alerta para a pessoa 
enfrentar uma ameaça. A ansiedade é a porta 
de entrada para diversos males psicológicos. 
A ansiedade pode dar espaço para muitos 
problemas psicológicos. 
 
A experiencia da ansiedade envolve a 
percepção das sensações fisiológicas e a 
percepção de estar nervoso e assustado. 
 
A internet tem muitas coisas boas, mas traz 
um excesso de informações que nos deixa 
dependentes da ferramenta e isso é 
adoecedor. A internet é um espaço de 
mentiras, e nem sempre a gente consegue 
filtrar as informações que são reais e as que 
são realmente uteis. 
 
Fear of missing out (medo de estar fora) isso 
gera comportamentos compulsivos, inclusive 
de checar o celular o tempo todo. 
 
Às vezes os jovens acham que tem TDAH, 
mas na verdade não conseguem se 
concentrar nos estudos, porque são ansiosos 
® quem tá acostumado a assistir televisão e 
mexer no celular ao mesmo tempo, não 
 
 
 
 
 
consegue se concentrar na frente de um 
livro. isso repercute em tudo, inclusive na de 
paciência para escutar os outros (whatsapp 
agora tem velocidade da fala) 
 
Critérios diagnósticos para o Tag (transtorno 
de ansiedade generalizada): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ansiedade éexcesso de futuro, enquanto a 
depressão é excesso de passado! 
 
É difícil controlar a preocupação, o ansioso 
está sempre inquieto e pensando o tempo 
todo em tudo. 
 
A irritação constante também é um sintoma 
 
O cérebro está tão cansado, que o cérebro 
começa a ter problemas de processamento 
de informação (crises de “dar branco” no 
meio da fala). 
 
Transtorno de pânico 
 
É como um ataque agudo de ansiedade., mas 
a pessoa tende a ter muitos pensamentos 
catastróficos e angustiantes com sentimentos 
Psicopatologias Psicopatologias 
de morte eminente. ® Pode ser um evento 
isolado, mas a partir de duas crises, já se 
diagnostica como transtorno de pânico. Nesse 
caso, deve-se procurar um psiquiatra. 
 
Hoje, graças ao sus existem os Centros de 
Atendimento Psicossociais, que atendem 
gratuitamente pessoas com esses tipos de 
transtorno. 
 
Esse tipo de transtorno é tratado com 
antidepressivo e geralmente o tratamento 
dura um ano, se não houver nenhum evento 
extra associado. -> Se fizer exercício, se 
dormir cedo e se adotar outros hábitos 
saudáveis. 
 
Mulheres tem 3x mais possibilidades de 
serem afetadas que os homens, 
principalmente pela pressão social, mas como 
homens tendem a ir menos ao médico, essa 
estatística pode conter erros. 
 
Não necessariamente é desencadeado por 
fatores externos, mas pode ser 
desencadeado por aumentos traumáticos e 
transtornos obsessivos compulsivos., 
situações fóbicas 
 
Critérios diagnósticos: 
Pode ocorrer a partir de um estado calmo ou 
ansioso. ® Palpitações, sensação de falta de 
ar, sufocamento, desconforto toráxico, 
náusea, calafrios ou ondas de calor, 
despersonalização (sensação de estar se 
distanciado de si); pode vir associado com 
quadros de fobia social.; e pode ser 
desencadeado por fatores externos e 
internos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esqueçam essa história de “trabalhe 
enquanto eles dormem”. Vocês têm que se 
impor limites! Ah, mas tem um monte de 
coisa pra fazer: bota na lista de espera e 
organiza a agenda. Vocês são os 
responsáveis para definir limites na vida de 
vocês, pois o mundo não o fará. 
 
Nem todo mundo que tem ansiedade vai ter 
pânico, mas todo mundo que tem pânico, 
tem ansiedade. 
 
Transtornos de humor: depressão 
e transtorno bipolar 
 
Humor é um conjunto de emoções que 
influenciam o comportamento de uma pessoa 
e afetam sua percepção de ser o mundo. 
Alguns estados de humor são observados, 
outros apenas sentidos pelas pessoas, como 
por exemplo desesperança. 
 
O transtorno de humor e tende a afetar a 
pessoa em diferentes esferas de atividades, 
capacidade cognitiva fala e funções vegetais 
(sono, apetite, atividade sexual e outros). 
tendem a comprometer os relacionamentos 
interpessoais sociais e ocupacionais 
 
 
A Depressão está vinculada à diminuição do 
interesse e prazer em quase todas as 
atividades. Nada tem graça para a pessoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em períodos de crise econômico ou política, 
há um aumento nos casos de depressão e 
suicídio. 
 
A depressão pode ocorrer como episodio 
único ou ser decorrente. Se apresentar um 
segundo episodio depressivo, já pode ser 
diagnosticada. -> Pode aparecer a partir de 
fatores biológicos vinculados a fatores 
genéticos (anormalidades em 
neurotransmissores) ou a partir da vinculação 
com o ambiente. 
 
Critérios diagnósticos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transtornos de humor: 
transtorno bipolar 
 
Diferente da depressão, no transtorno bipolar 
há a presença do estado de mania, ou seja, 
tem um momento que a pessoa vai ficar 
eufórica (não é ansiosa), ela tem um estado 
de grandeza. 
 
Tem o tipo I e o tipo II. No tipo II as oscilações 
são menores. 
 
Critérios diagnósticos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquizofrenia 
 
Doença psiquiátrica que não tem cura. 
 
Diagnosticada como um quadro de ampla 
desorganização cerebral, é uma perturbação 
na coerência normal das associações e 
ruptura do contrato efetivo com o ambiente, 
por conta de uma possibilidade de entrar em 
comunicação espontânea com a vida afetiva 
do outro. 
¯ 
A pessoa tem dificuldade para diferenciar o 
que é real. 
 
 
As síndromes psicóticas caracterizam-se por 
sintomas típicos como alucinações e delírios, 
pensamentos desorganizados, como fala e 
risos imotivados. São surtos com períodos de 
crise e outros de regularização. Os primeiros 
surtos geralmente ocorrem entre os 17 e 24 
anos. 
 
Desde a luta antimanicomial, foram fechados 
os hospitais psiquiátricos. Hoje esses pacientes 
são atendidos pelo CAPS (Centro de 
Atendimento Psicossocial), onde as pessoas 
tomam os medicamentos, sem necessidade 
de internação. ® O psicótico que comete um 
crime vai para o HCT (Hospital de Custódia e 
Tratamento). 
 
Tipos de esquizofrenia: 
1. Paranoide: alucinações e ideias delirantes, 
principalmente de conteúdo persecutório. 
2. Catatônica: alterações motoras, hipertonia 
(rigidez), flexibilidade (permanece na 
posição que o deixar) e alterações da 
vontade, como mutismo e impulsividade. 
3. Hebefrênica: pensamento desorganizado, 
comportamento bizarro e afeto pueril. 
4. Simples: lento e progressivo 
empobrecimento psíquico e 
comportamento, com autonegligência, 
embotamento afetivo e distanciamento 
social. 
 
Sintomas positivos (que acrescentam coisas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas negativos (retira-se algo, como o 
afeto, por exemplo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Esquizofrênico tem o seu contato com a 
realidade totalmente distorcido, agindo de 
forma que faz com que, geralmente, se 
enquadre nos casos de inimputabilidade e, em 
algumas situações, nos casos de semi-
imputabilidade 
 
Conforme nosso Código Penal, é inimputável 
todo indivíduo que em virtude de doença 
mental era, ao tempo da ação ou omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter 
criminoso do fato ou de determinar-se de 
acordo com tal entendimento (art. 26). 
 
Para tal decisão, há de se considerar o 
trabalho dos psicólogos forenses, bem como 
do juiz que irá requerer o exame de 
insanidade mental, onde será realizado um 
laudo técnico sobre as condições do agente 
no momento do fato delituoso. 
 
Transtorno Opositivo Desafiador 
 
“O escorpião aproximou-se do sapo que 
estava à beira do rio. Como não sabia nadar, 
pediu uma carona para chegar à outra 
margem. Desconfiado, o sapo respondeu: 
- Ora, escorpião, só se eu fosse tolo demais! 
Você é traiçoeiro, vai me picar, soltar o seu 
veneno e vou morrer. 
 
Mesmo assim o escorpião insistiu, com o 
argumento lógico de que se picasse o sapo 
ambos morreriam. Com promessas de que 
poderia ficar tranquilo, o sapo cedeu, 
acomodou o escorpião em suas costas e 
começou a nadar. Ao fim da travessia, o 
escorpião cravou o seu ferrão mortal no sapo 
saiu ileso em terra firme. Atingido pelo 
veneno e já começando a afundar, o sapo 
desesperado quis saber o porquê de tamanha 
crueldade. E o escorpião respondeu 
friamente: - Porque esta é minha natureza! 
 
Os sociopatas apresentam características 
mais perversas, mas não necessariamente 
vão cometer assassinatos, pois existem 
gradações de sociopatia. 
 
Tudo começa com dois transtornos: TOD 
(transtorno opostitivo desafiador) e transtorno 
de conduta. Tecnicamente não falamos em 
sociopatia na infância, pois a psicologia e a 
psiquiatria têm muito medo do estigma social, 
então usa-se o termo transtorno de 
personalidade antissocial, mas esse termo só 
é usado no adulto. Na criança se usa TOD 
(mais leve) ou transtorno de conduta. São 
crianças que adoram desobedecer, provocar 
e querem estar no controle o tempo todo, 
sem acompanhar comportamento delituosos! 
Nem toda criança que tem TOD vai ter 
sociopatia (esse termo não é técnico). Quanto 
mais rápido se inicia um tratamento, melhor. 
 
TOD manifesta-se em crianças e jovens. Se 
apresenta por um padrão de humor raivoso, 
comportamento questionador/desafiante, 
índole vingativa com duração de pelo menos 
6 meses e não acompanhado por 
comportamentos delituosos ou condutas 
sociais graves. Parte-se de uma falhanarcísica, 
então a pessoa não entende ou aceita que 
está errada. 
 
O TOD manifesta-se habitualmente em 
crianças jovens, caracterizado essencialmente 
por um comportamento provocador, 
desobediente ou perturbador e não 
acompanhado de comportamentos delituosos 
ou de condutas agressivas ou dissociais 
graves (CID-10, 2012, p. 372). 
 
Os comportamentos opositivos podem 
assumir diversas formas, podendo ser 
passivos, quando uma criança não responder 
a um dado estímulo, permanecendo inativa e 
acomodada, ou desafiadores, incluindo 
verbalizações negativas, comportamentos 
hostis e resistência física que incidiriam junto 
com a desobediência. 
 
O TDAH e o TC são duas condições que, 
geralmente, ocorrem concomitantemente 
com o TOD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questionam autoridade. No caso de crianças 
e adolescentes essa autoridade está nos pais 
e professores. 
 
Transtorno de Conduta 
 
Tendência permanente para apresentar 
comportamentos que incomodam e 
perturbam, além do envolvimento em 
atividades perigosas e até mesmo ilegais. 
 
Não aparentam sofrimento psíquico ou 
constrangimento com as próprias atitudes e 
não se importam em ferir os sentimentos das 
pessoas ou desrespeitar seus direitos. 
Portanto, seu comportamento apresenta 
maior impacto nos outros do que em si 
mesmo. Os comportamentos antissociais 
tendem a persistir, parecendo faltar a 
capacidade de aprender com as 
consequências negativas dos próprios atos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O transtorno da conduta está 
frequentemente associado a TDAH (43% 
dos casos) e a transtornos das emoções 
(ansiedade, depressão, obsessão-compulsão; 
33% dos casos). 
 
Comportamentos antissociais mais graves 
(por exemplo, brigas com uso de armas, 
arrombamentos, assaltos) costumam ser 
antecedidos por comportamentos mais leves 
(por exemplo, mentir, enganar, matar aulas, 
furtar objetos de pouco valor) e, ao longo do 
tempo, observa-se o abuso de álcool/drogas, 
principalmente no sexo masculino e os 
quadros de ansiedade e depressão, 
principalmente no sexo feminino. 
 
Quanto mais jovem o paciente e menos 
graves os sintomas, maior a probabilidade do 
indivíduo se beneficiar de uma psicoterapia. 
Quando trata-se de adolescente que já 
cometeu delitos, observa-se maior resistência 
à psicoterapia, podendo ser útil o 
envolvimento com profissionais especializados 
no manejo de jovens antissociais através de 
oficinas de artes, música e esportes. 
 
Geralmente há um aspecto genético, mas o 
ambiente influencia bastante. ® A 
característica central dos transtornos de 
conduta é a falta de remorso. 
 
Psicose e Transtorno de 
personalidade antissocial 
(sociopatia) 
 
A sociopatia é um termo não técnico para 
Transtorno de personalidade antissocial. É o 
mesmo dos estudados anteriormente, mas 
aplicado a adultos. 
 
O termo psicose tradicionalmente significa a 
perda do teste da realidade e 
comprometimento do funcionamento mental, 
manifestando-se por delírios, alucinações, 
confusão e comprometimento da memória. 
 
No decorrer desta segunda metade do 
século, dois outros significados se agregaram 
ao conceito original. Na utilização psiquiátrica 
mais comum do termo, "psicótico" pode 
significar também um comprometimento 
grave do funcionamento social e pessoal, 
caracterizado por retraimento social e 
incapacidade para desempenhar as tarefas e 
papéis habituais. 
 
Outro uso do termo é, às vezes, encontrado 
para especificar o grau de regressão egóica 
como critério para uma doença psicótica. 
 
Trata-se de um terreno difícil e cauteloso, 
este que engloba as pessoas que não se 
enquadram nas doenças mentais já bem 
delineadas e com características bastante 
específicas, a despeito de se situarem à 
margem da normalidade psicoemocional ou, 
no mínimo, comportamental. 
 
As implicações forenses desses casos 
reivindicam da psiquiatria estudos exaustivos, 
notadamente sobre o grupo de entidades 
entendidas como Transtornos da 
Personalidade. 
 
Também são conhecidos no campo da 
psiquiatria por Transtorno de Personalidade 
Antissocial. Nome este dado aos casos infantis, 
não sendo identificados pela nomenclatura de 
sociopatas. 
 
São pessoas muito manipuladoras! 
 
Segunda a tradição psicopatológica, os 
sociopatas são pessoas incapazes de uma 
interação afetiva verdadeira e amorosa. 
 
Não tem consideração ou compaixão pelas 
outras pessoas, mentem, enganam, 
trapaceiam, prejudicam os outros, mesmo 
quem nunca lhes fez nada. 
 
No conto “A causa Secreta” de Machado de 
Assis, o médico Garcia observa e descreve o 
comportamento do seu amigo Fortunato: 
 
- Castiga sem raiva, pensou o médico, pela 
necessidade de achar uma sensação de 
prazer, que só a dor alheia lhe pode dar: é o 
segredo deste homem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diferente do esquizofrênico, o sociopata tem 
consciência do que faz, mas ele não 
consegue controlar seus impulsos. Por conta 
disso, ele tem semi-imputabilidade pelo 
Código Penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão pública da educação 
especial 
 
A partir da promulgação do Decreto 
6.571/2008, há a previsão de que as escolas 
regulares matriculem a totalidade dos 
estudantes com NEE, mas antes desse 
decreto, a lei 6.693/71 definiu que os alunos 
especiais deveriam ser encaminhados para 
classes e escolas especiais. 
 
A partir de 1988, volta à toma o discurso da 
Educação inclusiva, em seus artigos 205, 206 
e 207. Em 1990 é ratificada a Declaração 
Mundial de Educação para Todos. Em 1994, 
no mesmo ano em que é celebrada a 
Declaração de Salamanca, sustentando que 
alunos com NEE, em condições de 
acompanhar o ritmo dos outros alunos, 
devem ter acesso aos espaços regulares de 
ensino e aprendizagem. 
 
A lei nº 9.394/96, referente às Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional, no seu artigo 60, 
regulamenta a Educação Inclusiva como 
alternativa "preferencial", e define a forma 
pela qual se deve dar o financiamento desta. 
 
O Decreto nº 3.298 define a transversalidade 
da educação especial – educação especial 
como complementar ao ensino regular. 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) é 
lançado também em 2001. Com ele, a 
educação especial reposicionou-se 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
definitivamente através da ótica da Educação 
Inclusiva, assumindo ser a escola regular a 
responsável por atender os alunos com NEE 
e por matricular a totalidade dos estudantes 
de acordo com o lema "educação de 
qualidade para todos". 
 
Também no ano de 1999 é celebrada a 
Convenção da Guatemala, que trata da 
igualdade de direitos e da liberdade dos alunos 
com NEE, essa Convenção só foi promulgada 
pelo Brasil no ano de 2001. 
 
Em 2002, a Resolução CNE/CP nº 1 decreta 
que as instituições de Ensino Superior devem 
formar 
educadores aptos a trabalhar com alunos com 
NEE. 
 
Em 2003, o MEC iniciou a implantação do 
programa "Educação Inclusiva", com o 
objetivo de "apoiar a transformação dos 
sistemas de ensino em sistemas educacionais 
inclusivos, formação de gestores e 
educadores (...), à oferta do atendimento 
educacional especializado e à garantia da 
acessibilidade" (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 
2007, p. 4). 
 
No ano de 2004, emerge, do Decreto nº 
5.296, o Programa Brasil Acessível, do 
Ministério das Cidades, que objetiva criar 
acessibilidade universal aos espaços urbanos 
Políticas Públicas para necessidades 
especiais 
Políticas Públicas para necessidades 
especiais 
comuns, e financiar acessibilidade de todas as 
escolas públicas do Brasil (BRASIL, 2004). 
 
Já em 2006, a Convenção sobre os Direitos 
das Pessoas com Deficiência é aprovada pela 
ONU. 
 
Em 2007, o MEC lança o Plano de 
Desenvolvimento da Educação (PDE) que 
visa, dentre outros objetivos, superar a 
diferença existente entre educação regular e 
especial. 
 
O novo Decreto de 2011 afirma que o dever 
do Estado com a educação das pessoas 
público-alvo da educação especial será 
efetivado por meio de um sistema inclusivo 
em todos os níveis, sem discriminação, e com 
base na igualdade de oportunidades,garantido 
no Ensino Fundamental gratuito e 
compulsório com o apoio necessário. 
 
Os objetivos do atendimento educacional 
especializado são definidos no Artigo 3º, a fim 
de prover condições de acesso, participação 
e aprendizagem no ensino regular, garantir a 
transversalidade das ações da educação 
especial no ensino regular, fomentar o 
desenvolvimento dos recursos didáticos e 
pedagógicos, e assegurar condições de 
continuidade dos estudos. 
 
O apoio técnico e financeiro da União é 
estendido aos sistemas públicos de ensino dos 
Estados, Municípios e Distrito Federal, e a 
instituições comunitárias, confessionais ou 
filantrópicas sem fins lucrativos. 
 
Em dezembro de 2012, a Lei nº 12.764 
instituiu a política nacional de proteção 
especificamente de pessoa com Transtorno 
do Espectro Autista. 
 
Políticas públicas para a educação infantil 
propõem aumento do número de crianças 
atendidas e incentivam a educação 
continuada. No entanto, conflitos são gerados 
e a qualidade desse nível de ensino está 
aquém da desejada. 
 
Na maioria das questões, mais da metade do 
grupo de professores relatou ter 
conhecimento precário, grande parte deles 
preferiu apresentar justificativas, ao invés de 
exemplificar ações que pudessem ser 
realizadas. 
 
Há um paradoxo: é desejável que a educação 
ocorra cada vez mais cedo, para possibilitar 
uma sociedade mais igualitária, mas o cuidado 
necessário com essas crianças pode estar 
em risco, bem como a oferta de vivências 
que lhes possibilitem atingir seu potencial de 
desenvolvimento. 
 
A inclusão social é feita por etapas. 
 
Considerando-se que a autonomia pode ser 
estimulada quando são oferecidas diversas 
possibilidades de decisão sobre atividades 
(LEITÃO et. al., 2011), que o estímulo ao 
desenvolvimento da autonomia das crianças 
pode ocorrer durante as práticas corporais 
(RUIZ, 2011), ou ainda que, nas práticas 
corporais, as crianças podem ser estimuladas 
a realizar atividades sozinhas (ASSIS, 2010), 
apenas 5,45% dos professores deram 
exemplos adequados; 84,5% dos professores 
evitaram trabalhar com o tema. 
 
Apenas 4,95% dos professores deram 
respostas que relacionam atividades motoras 
a alguma característica social, e, mesmo 
assim, não esclareceram devidamente. 
 
Embora diferentes significados e posturas 
sejam atribuídos à inclusão social, não foram 
encontradas respostas que fossem além de 
oferecer brincadeiras como instrumentos de 
relacionamentos sociais. 
 
Professores avaliaram não ter conhecimento, 
ou tê-lo de forma escassa, o que mostra que 
os professores não se percebem preparados 
sequer para atuar com situações que podem 
ocorrer no cotidiano escolar, quando estão 
presentes crianças com determinadas 
condições. 
 
Por exemplo, crianças usuárias de cadeiras de 
rodas precisam deixar a cadeira para 
participar de diferentes atividades realizadas 
na rotina escolar, porém 66,34% dos 
professores declaram desconhecimento de 
como fazer a transferência da criança que 
está na cadeira para outro assento ou chão, 
e apenas 1,49% disseram ter conhecimento 
muito bom sobre o assunto. 
 
Observa-se também (ver Tabela 1) que 
64,85% afirmam não ter conhecimentos 
mínimos para manipular uma cadeira de 
rodas, o que pode prejudicar o ir e vir dessas 
crianças dentro da sala de aula, e, 
consequentemente, diminuir a autonomia. 
 
Pode ocorrer também risco à segurança das 
crianças, caso entre elas exista uma que 
tenha crises convulsivas, pois essa situação 
pode ocorrer no período escolar e 63,7% 
dos professores afirmaram não ter 
conhecimento sobre como lidar com elas 
nesse momento. 
 
O discurso sobre inclusão social não tem sido 
esclarecedor, e profissionais que atuam no 
ensino infantil ainda demonstram não ter 
conhecimento suficiente sobre o assunto, 
bem como têm dificuldades em apontar 
ações que poderiam auxiliar na inclusão de 
crianças com deficiência(s) na escola. 
 
Tanto os cuidados com as crianças quanto as 
ações pedagógicas para o pleno 
desenvolvimento e educação delas podem 
estar comprometidos e, para que avanços 
possam ser obtidos frente à questão da 
inclusão de crianças com deficiências na 
escola, é necessário mais do que a oferta de 
cursos para capacitação profissional 
 
Desafios psicossociais 
 
Essas crianças não conseguem se adaptar 
adequadamente ao meio em que vivem e 
nem corresponder às expectativas dos 
adultos; por isso, o nível de estresse das 
pessoas que convivem com elas é sempre 
alto. 
 
O resultado disso é a dificuldade dos 
professores e pais em encontrar maneiras 
para controlar essas crianças 
 
Escola e família constituem sistemas nos quais 
a criança está inserida e onde deve 
desempenhar papéis diversos, às vezes 
conflitantes 
 
A fantasia de ter um filho “normal” gera 
pensamentos conflitantes nos pais, no qual o 
sentimento de rejeição entra em choque 
com o sentimento de culpa, ocasionando 
ansiedades, estresses e sentimentos 
compensatórios que ocasionam 
superproteção. 
 
Os desafios não são apenas para os familiares 
e para a escola, como principalmente para a 
pessoa com necessidades especiais que, 
como qualquer outra pessoa, necessita e 
deseja ser aceito e acolhido pela sociedade. 
 
A criança precisa ser estimulada para que 
possa desenvolver suas habilidades. 
 
Mais do que o foco nas necessidades 
especiais, é necessário ver a pessoa por de 
trás de suas patologias. Pessoas com 
sentimentos, afetos, necessidade de apoio, 
cuidado, dedicação e que possa ser 
estimulados em sua autonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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