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UEA - AULA 04 - INFECCAO HOSPITALAR (REVISADA)

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Prévia do material em texto

TRANSCRIÇÕES XIFOIDES LTDA 
 
DIP 
16.03.18 
 
Transcrito por: Gaspar de Carvajal 
Revisado por:	Бразилия, шестой чемпион 
 
AULA 04 – INFECÇÃO HOSPITALAR 
O	conceito	de	infecção	adquirida	em	ambiente	hospitalar	atualmente	é	muito	mais	amplo,	não	é	somente	a	infecção	
adquirida	 em	ambiente	 hospitalar,	 é	 a	 infecção	 que	 está	 realmente	 relacionada	 a	 situações	 do	 hospital.	 Paciente	
pode	estar	internado	e	adquiriu	a	infecção	em	ambiente	hospitalar	ou	paciente	fez	algum	procedimento	relacionado	
ao	 ambiente	 hospitalar	 (biópsia,	 endoscopia	 digestiva,	 colonoscopia)	 e	 adquiriu	 a	 infecção,	 ou	 seja,	 a	 infecção	
adquirida	em	ambiente	hospital	não	depende	de	internação,	o	paciente	pode	ter	sido	internado	ou	não.	Os	critérios	
diagnósticos	 estão	 bem	 relacionados	 aos	 sítios	 de	 comprometimento,	 ao	 local	 onde	 aconteceu	 a	 infecção	 ou	 ao	
procedimento	relacionado	à	infecção.		
	
COMO	ESTUDAR	–	MANUAL	DE	CRITÉRIOS	DIAGNÓSTICOS	DE	INFECÇÃO	RELACIONADA	À	ASSISTÊNCIA	À	SAÚDE:	
-	O	QUE	ESTUDAR:	
• Capítulo	1:	
o Introdução;	
o Definições;	
o Critérios	diagnósticos	de	infecção	do	sítio	cirúrgico:	
§ Quadro	 01	 (importante	 saber	 diferenciar	 o	 que	 é	 infecção	 do	 sítio	 cirúrgico	 incisional	
superficial	e	profunda,	incluindo	infecção	do	sítio	cirúrgico	órgão/cavidade).	
o Sítios	específicos	de	ISC	(infecção	do	sítio	cirúrgico/órgão	cavidade);	
o Infecção	da	prótese	–	importante	saber;	
• Capítulo	2:	
o Introdução	–	pode	constar	na	prova;	
o Definições	–	importante;	
o Critérios	 epidemiológicos	 para	 notificação	 de	 infecção	 primária	 de	 corrente	 sanguínea	 (IPCS)	 –	
extrema	importância;	
§ 3	critérios	laboratoriais	e	2	critérios	clínicos.	
o Fluxogramas	1	e	2;	
o Hemoculturas	–	importante;	
• Capítulo	3:	
o Introdução;	
o Definições;	
o Critérios	–	trato	respiratório	inferior	e	trato	respiratório	superior;	
• Tudo	o	que	for	relacionado	a	critérios	clínicos	para	orientar	o	diagnóstico	é	importante	saber.		
-	O	QUE	NÃO	ESTUDAR:	
• Capítulo	1:	
o Critérios	e	 critérios	definidores	de	 infecções	do	 sítio	 cirúrgico	para	 cirurgias	endovasculares	 (tema	
mais	detalhado	–	importante	dar	uma	olhada,	mas	priorizar	os	assuntos	do	tópico	o	que	estudar);	
o Quadros	02,	03,	04,	05,	06	,	07,	08	–	temas	mais	específicos;		
o Indicadores	 de	 processo	 para	 prevenção	 de	 ISC	 (pré	 e	 intra-operatório),	 indicador	 de	 estrutura,	
indicadores	de	resultados;	
§ Quadro	10	–	descrição	dos	indicadores	de	processo.	
• Capítulo	2:	
o Notas:	 IPCS	 laboratorialmente	 confirmada	 associada	 a	 dano	 de	 barreira	 mucosa;	 IPCS	
laboratorialmente	confirmada	versus	infecção	de	corrente	sanguínea	relacionada	a	cateter	(ICSRC);	
o Tabela	–	resumo	das	principais	diferenças,	propósitos	e	vantagens	e	desvantagens	de	IPCS	x	ICSRC;	
o Cálculo	de	indicadores;	
• Capítulo	3:	
o Indicadores	para	a	vigilância	epidemiológica	da	Pneumonia	Associada	à	Ventilação	Mecânica	(PAV);	
• Indicadores	e	cálculo	da	CCIH.		
OBS:	os	capítulos	4	e	5	devem	ser	estudados	da	mesma	maneira	que	os	capítulos	anteriores	priorizando	introdução,	
definições	e	critérios	diagnósticos.	
	
O	 PAPEL	 DO	 AMBIENTE	 ASSISTENCIAL	 NA	 TRANSMISSÃO	 DE	 INFECÇÕES	 NOS	 SERVIÇOS	 DE	 SAÚDE	 E	 PRÁTICAS	
SEGURAS	DE	HIGIENIZAÇÃO	E	SEU	REFLEXO	NA	SEGURANÇA	DO	PACIENTE		
O	 termo	 infecção	 hospitalar	 está	 sendo	 pouco	 utilizado	 pelo	 fato	 de	 a	 qualidade	 na	 assistência	 estar	 sendo	mais	
valorizada,	ou	seja,	busca-se	abordar	os	riscos	que	o	paciente	se	expõe	quando	está	no	ambiente	hospitalar.	Então,	
quando	 o	 paciente	 interna,	 deve-se	 pensar	 em	 não	 causar	 outro	mal,	 ou	 seja,	 atender	 o	 paciente	 com	 intuito	 de	
resolver	 o	 problema	 que	 ele	 já	 tem,	 sem	 causar	 outro.	 A	 segurança	 do	 paciente	 está	 relacionada	 às	 práticas	 de	
higiene	para	que	o	indivíduo	não	seja	infectado	por	germe	que	não	participava	de	sua	doença.		
	
EVENTOS	ADVERSOS	
• De	quem	é	a	culpa?	
A	culpa	dos	eventos	adversos	envolve	uma	cadeia	de	pessoas	entrelaçadas.	Mais	de	70%	das	infecções	hospitalares	
ocorrem	por	translocação	bacteriana	da	flora	endógena,	ou	seja,	do	próprio	paciente.	A	presença	de	doença	indica	
quebra	 da	 barreira	 de	 imunidade,	 da	 barreira	 de	 defesa	 e	 do	 equilíbrio.	 As	 bactérias	 que	 antes	 estavam	 sem	
atividade	podem	se	reproduzir	a	partir	do	rompimento	da	barreira	de	defesa.		
Quando	 o	 profissional	 médico	 não	 seleciona	 um	 antibiótico	 adequadamente	 e	 quando	 o	 uso	 do	 antibiótico	 é	
intempestivo	 ocorre	 o	 surgimento	 das	 KPC	 (Klebsiella	 pneumoniae	 Carbapenemase),	 ou	 seja,	 bactérias	 Klebsiella	
pneumoniae	produtoras	de	carbapenemase.	Bactérias	produtoras	de	carbapenemase	(KPC)	são	microrganismos	que	
contém	um	gen	produtor	de	uma	enzima	que	confere	resistência	aos	cabapenêmicos	(inibição	aos	carbapenêmicos).	
O	surgimento	da	enzima	metalobetalactamase	“New	Delhi”	 (NDM-1)	 incrementou	a	possibilidade	das	bactérias	 se	
tornarem	 multirresistentes.	 A	 enzima	 metalobetalactamase	 inibe	 os	 carbapenêmicos	 que	 são:	 meropeném,	
ertapeném	 e	 imipeném.	Os	 carbapenêmicos	 devem	 ser	 usados	 diante	 de	 infecções	 graves	 (sepse	 grave),	 quando	
pode-se	usar	 como	monoterapia	 ampliando	 espectro	de	ação,	 diante	 de	possível	 agente	 resistente.	 Se	 existe	 uma	
bactéria	resistente	aos	carbapenêmicos,	deve-se	mudar	a	classe	de	acordo	com	o	perfil	de	resistência	da	bactéria	em	
questão.	 A	 culpa	 da	 infecção	 hospitalar	 também	 passa	 pelos	 médicos	 na	 escolha	 de	 antibioticoterapia,	 além	 de	
passar	pela	enfermagem	quando	acontece	cruzamento	de	infecções	de	superbactérias.		
	
NOTÍCIAS	
• Superbactéria	KPC	é	atual	vilã	dos	hospitais	no	Brasil;	
• KPC	não	é	mais	mortífera	que	outras	superbactérias;	
• Superbactéria	NDM	(New	Delhi	metallo-beta-lactamase)	mobiliza	Ministério	da	Saúde	no	RS.		
As	NDM	formam	um	grupo	de	bactérias	que	produzem	a	metalobetalactamase,	enzima	que	inibe	os	carbapenêmicos.	
A	quantidade	de	bactérias	que	prozuem	metalobetalactamase	está	crescendo,	esse	 fato	chama	atenção	não	só	da	
Agência	Nacional	de	Vigilância	Sanitária	 (ANVISA)	como	do	mundo	todo.	Pessoas	morrem	pela	 infecção	hospitalar	
por	 superbactérias,	 não	 são	 apenas	 jovens,	 idosos	 ou	 pacientes	 imunocomprometidos,	 a	 situação	 afeta	 todas	 as	
pessoas.		
	
ALERTAS		
• OPAS/OMS	 divulga	 Alerta	 Epidemiológico:	 Carbapenemases	 do	 tipo	 “New	 Delhi	 metalobetalactamases”	
(NDM);	
o Perante	ao	 recente	achado	de	 carbapenemases	do	 tipo	 “New	Delhi	Metalobetalactamases”(NDM)	
em	 isolamentos	 de	 Klebsiella	 pneumoniae	 na	 Guatemala,	 a	 Organização	 Pan-Americana	 de	
Saúde/Organização	Mundial	de	Saúde	(OPAS/OMS)	enfatiza	a	 importância	da	vigilância	e	detecção	
deste	 mecanismo	 de	 resistência	 na	 Região,	 que	 pode	 aumentar	 a	 morbidade	 e	 mortalidade	 das	
infecções	associadas	à	atenção	à	saúde.	
• Comunicação	de	Risco	nº	001/2013	-	GVIMS/GGTES-ANVISA:	
o Circulação	 de	 micro-organismos	 com	 mecanismo	 de	 resistência	 denominado	 "New	 Delhi	
Metalobetalactamase"	ou	NDM	no	Brasil;	
o A	 metalobetalactamase	 é	 um	 mecanismo	 de	 resistência	 de	 micro-organismos	 aos	 antibióticos	
carbapenêmicos	que,	até	então	vinha	sendo	identificado	em	pacientes	que	tiveram	alguma	relação	
com	a	região	geográfica	da	Índia	e	Paquistão	(locais	em	que	existiam	as	superbactérias	inicialmente).		
Gabriel Pinheiro
Sublinhar
Gabriel Pinheiro
Sublinhar
Gabriel Pinheiro
Sublinhar
o A	resistência	microbiana	é	caracterizada	pela	comprovação	 laboratorial	do	perfil	de	sensibilidade	
do	 agente,	 in	 vitro,	 por	 meio	 de	 testes	 microbiológicos	 padronizados,	 às	 diversas	 classes	 de	
antimicrobianos.		
§ Importante	que	os	pacientes	com	infecção,	principalmente	os	com	infecção	grave,	 façam	a	
coleta	de	amostra	química	para	cultura	e	antibiograma.	A	partir	desses	exames,	 inicia-se	a	
verificação	da	bactéria	sensível	ou	resistente.		
o A	OMS	orienta	que,	 frente	às	 limitadas	opções	terapêuticas,	as	combinações	de	antimicrobianos	
apresentamresultados	melhores	que	a	monoterapia,	mas	adverte	 sobre	a	ausência	de	evidências	
científicas	 consistentes	 sobre	 a	 efetividade	 dessas	 combinações.	 Portanto,	 não	 é	 possível	 emitir	
uma	 recomendação	 geral	 em	 função	 da	 complexidade	 do	 tratamento.	 O	 esquema	 terapêutico	
deverá	 ser	 definido	 por	 infectologista	 com	 o	 apoio	 da	 CCIH	 (comissão	 de	 controle	 de	 infecção	
hospitalar),	 CMCIH	 (coordenação	municipal	 de	 controle	de	 infecção	hospitalar)	 e	CECIH	 (comissão	
estadual	de	controle	de	infecção	hospitalar).	
§ Quando	 a	 bactéria	 é	 resistente	 a	 todos	 os	 betalactâmicos	 e	 às	 quinolonas,	 deve-se	 iniciar	
terapia	com	os	novos	antibióticos	(linezolida,	quinupristina	e	tigeciclina).		
§ Na	 situação	 de	 resistência	 de	 microrganismos	 aos	 carbapenêmicos,	 geralmente	 é	
administrada	 dose	 máxima	 (dose	 tóxica)	 do	 meropeném	 (2g	 de	 6	 em	 6	 horas).	 A	
administração	 da	 dose	máxima	 de	meropeném	 é	 contraindicada	 para	 idosos	 porque	 pode	
causar	 crises	 convulsivas	 e	 distúrbios	 hidroeletrolíticos.	 Outra	 alternativa	 terapêutica	 é	 a	
administração	de	colistina	(polimixina	E)	associada	a	um	aminoglicosídeo	para	tentar	curar	a	
infecção.		
o Os	gestores	do	serviço	de	saúde	e	do	laboratório	possuem	papeis	determinantes	sobre	as	medidas	
técnicas	e	administrativas	de	prevenção	e	controle	das	infecções	no	ambiente	hospitalar,	devendo	
direcionar	os	esforços,	juntamente	aos	demais	trabalhadores	de	saúde,	para	garantir	a	identificação	
precoce,	a	correta	precaução	padrão	e	a	limpeza	do	ambiente.		
	
RECOMENDAÇÕES	
As	recomendações	passam	pelo	controle	da	infecção	hospitalar.	Os	principais	controles	da	infecção	hospitalar	são:	
• Enfatizar	 a	 importância	 da	 higienização	 das	 mãos	 para	 todos	 os	 profissionais	 de	 saúde,	 visitantes	 e	
acompanhantes;	
• Disponibilizar	continuamente	 insumos	para	a	correta	higienização	das	mãos,	conforme	a	RDC	no	42/2010	
(responsabilidade	do	hospital	–	serviço	de	saúde);		
• Disponibilizar	continuamente	Equipamento	de	Proteção	Individual;	
• A	dedicação	ao	cuidado	com	o	paciente	(colonizado	ou	infectado);	
o Quando	existir	um	paciente,	em	ambiente	hospitalar,	 infectado	com	uma	bactéria	multirresistente,	
deve-se	 isolar	 o	 paciente.	 O	 cuidado	 com	 esse	 tipo	 de	 paciente	 é	 redobrado,	 o	 técnico	 de	
enfermagem	 deve	 fazer	 uso	 de	 todos	 os	 EPIs	 (equipamentos	 de	 proteção	 individual)	 e	 trocar	
continuamente	durante	o	atendimento	a	outros	pacientes.	A	utilização	de	muitos	materiais	a	partir	
das	 trocas	 contínuas	 torna	 a	 situação	 onerosa.	 O	 ideal	 seria	 reservar	 apenas	 um	 técnico	 de	
enfermagem	para	os	cuidados	com	pacientes	infectados	por	bactérias	multirresistentes,	essa	medida	
evitaria	a	transmissão	da	infecção	e	diminuiria	gastos.		
• Enfatizar	as	medidas	gerais	de	higiene	do	ambiente;	
• Aplicar,	durante	o	transporte	intra-institucional	e	inter-institucional,	as	medidas	de	precauções	de	contato,	
em	adição	às	precauções-padrão;	
• Comunicar,	no	 caso	de	 transferência	 intra-institucional	e	 inter-institucional,	se	o	paciente	é	 infectado	ou	
colonizado	por	microrganismos	multirresistentes;	
• Não	se	recomenda	a	interrupção	da	assistência	em	serviços	de	saúde	como	medida	a	ser	adotada	de	forma	
sistemática	no	controle	de	microrganismos	multirresistentes.	
	
MICRORGANISMOS	GRAM	NEGATIVOS	COM	MECANISMOS	DE	RESISTÊNCIA	DIFERENTE	DOS	CARBAPENÊMICOS,	
NOTIIFICADOS	À	CECISS	DESDE	2013	
	O	quadro	a	seguir	representa	os	microrganismos	que	foram	isolados	em	certo	trabalho	científico,	o	mecanismo	de	
isolamento,	 o	material	 (sítio	 da	 coleta)	 e	 o	 desfecho	 da	 pesquisa.	 No	 desfecho,	 conclui-se	 que	 5	 pacientes	 de	 14	
foram	a	óbito,	 3	 pacientes	 receberam	alta	 e	 1	 paciente	 foi	 para	o	 domicílio	 (não	 significa	 cura,	 pode	 ter	 ido	 com	
bactéria	 resistente),	 1	 paciente	 transferido	 e	 3	 pacientes	 permaneceram	 internados.	 Se	 os	 3	 internados	 fossem	 a	
óbito,	aumentaria	a	mortalidade	de	5	para	8	pacientes.		
Gabriel Pinheiro
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Gabriel Pinheiro
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Gabriel Pinheiro
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Gabriel Pinheiro
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O	QUE	FAZER?	
• Isolar	(muros,	solitária)	como	na	idade	média?	
	
FLORENCE	NIGTHINGALE	(1820-1910)		
Uma	das	grandes	figuras	da	história	do	controle	da	infecção	hospitalar	foi	a	enfermeira	Florence	Nigthingale,	tendo	
seus	trabalhos	mais	nomeados	em	1910.	Ela	conseguiu	separar	os	pacientes	com	doenças	infecciosas,	identificando	
aqueles	que	apresentavam	febre,	além	do	trabalho	de	humanização	realizado	com	a	população.		
Guerra	da	Criméia	(1854-1856):	
• Lazareto	de	Escutari	(Bósforo,	Ásia	Menor);	
o Doentes	deitados	no	chão	sob	acúmulos	de	palha	
com	uniforme	sujo;	
o Mortos	e	detritos	acumulados;	
o Sem	 sistema	 de	 água	 corrente	 e	 esgoto	 a	 céu	
aberto	no	porão;	
• Florence	Nightingale	organiza	equipe	de	enfermagem:	
o Utilização	 de	 dados	 estatísticos	 para	
administração	 e	 avaliação	 de	 resultados	
(epidemiologia	hospitalar);	
o Transmissão	de	infecções	através	de:	
§ Colchões;	
§ Escovões	para	limpeza;	
o Rede	 de	 esgoto	 e	 água	 quente	 chegando	 às	
enfermarias	–	transmissão	de	infecções;	
o Humanizou	o	hospital	criando	atividades	recreacionistas;	
o Redução	de	20	vezes	na	mortalidade	institucional.	
	
EVOLUÇÃO	HISTÓRICA	DAS	PRÁTICAS	DE	ISOLAMENTO	
Século	XIX:	
• 1847	–	Ignaz	Philips	Semmelveis	–	importância	da	lavagem	das	mãos	(aumento	da	expectativa	da	sobrevida	
da	população);	
o Observou	 a	 semelhança	 das	 infecções	 entre	 cadáveres	 estudados	 e	 pacientes	 atendidos	
posteriormente	ao	estudo.	Os	médicos	e	estudantes	estavam	levando	a	infecção	do	cadáver	para	os	
pacientes.	 Concluiu-se	 a	 necessidade	 da	 higienização	 das	 mãos	 através	 da	 observação	 da	 não	
transmissão	de	infecções	em	grupo	de	pessoas	que	lavavam	as	mãos.		
• 1854-1855	–	Guerra	da	Criméia	–	Florence	Nightingale	–	limpeza	e	desinfecção;	separação	física	de	doentes;	
• 1877	 –	 primeira	 recomendação	 publicada	 (separação	 de	 pacientes	 com	 doença	 infecciosa)	 –	 criação	 de	
hospitais	de	doenças	infecciosas;	
• 1880	–	Brasil	–	Fundado	o	Hospital	Emilio	Ribas.	
o Criação	de	hospitais	de	doenças	infecciosas,	sanatórios	para	abrigar	pacientes	com	tuberculose.		
nº IDADE
DATA 
INTERN
AÇÃO M.O.
MECANIS
MO MATERIAL DESFECHO
DATA 
DESFECH
O MES ANO
1 59 10/11/13
Klebsiella 
oxytoca IMP
SWAB 
RETAL OBITO 09/12/13 Nov 2013
2 21 21/05/13
Acinetobacter 
spp. NDM SANGUE ALTA 27/06/14 Abr 2014
3 54 18/11/14
Citrobacter 
freundii NDM
SWAB 
RETAL OBITO 16/12/14 Dez 2014
4 49 17/10/14
Psudomonas 
aeruginosa SPM URINA OBITO 15/11/14 Nov 2014
5 77 09/11/14
Psudomonas 
aeruginosa SPM
ASPIRADO 
TRAQUEAL OBITO 21/01/15 Jan 2015
6 57 18/01/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM
ASPIRADO 
TRAQUEAL DOMICÍLIO 12/02/15 Fev 2015
7 57 22/01/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM
ASPIRADO 
TRAQUEAL TRANSF. 21/02/15 Fev 2015
8 64 23/01/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM
ASPIRADO 
TRAQUEAL
PERM. 
INTERNADO Fev 2015
9 82 29/01/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM URINA ALTA 21/02/15 Fev 2015
10 88 02/02/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM FEZES OBITO 01/03/15 Mar 2015
11 14 06/01/15
Klebsiela 
pneumoniae 
Pseudomonas 
aeruginosa
NDM FERIDA 
REG. 
GLÚTEA
PERM. 
INTERNADO 
2015
12 60 06/02/15
Klebsiela 
pneumoniae NDM
ASPIRADO 
TRAQUEAL ALTA 11/03/15 Mar 2015
13 67 14/02/15
Pseudomonas 
aeruginosa SPM
SWAB 
RETAL
PERM. 
INTERNADA 2015
14
Pseudomonas 
aeruginosa SPM
SWAB 
RETAL 2015
Século	XX:	
• 1910	–	EUA	–	Enfermarias	de	isolamento	em	hospitais	gerais	–	surgem	as	“barreiras	de	enfermagem”;	
• 1940	–	era	da	“Medicina	curativa”	–	descoberta	dos	antibióticos;	
• 1945	–	Brasil	–	1º	hospital	geral	com	unidade	de	moléstia	contagiosa	–	Santa	Casa	de	Misericórdia	de	Santos;• 1950	–	Fechamento	dos	Hospitais	de	Doenças	Infecciosas	nos	EUA,	exceto	para	Tuberculose	(TB);	
o Surgimento	de	S.	aureus	resistente	à	penicilina;	
o Epidemiologia	Hospitalar	(fatores	de	risco,	modos	de	transmissão);	
• 1960	–	Fechamento	dos	Hospitais	para	TB.	Tratamento	domiciliar	de	TB	e	áreas	de	isolamento	nos	hospitais	
gerais.	
o CDC	 –	 investiga	 surto	 de	 infecção	 nosocomial	 –	 necessidade	 de	 uma	 política	 padronizada	 para	 o	
isolamento	de	pacientes	internados.	
• Anos	80	–	Surgimento	do	HIV;	
o Maior	 cuidado	 com	 pacientes	 imunossuprimidos	 através	 do	 isolamento	 de	 pacientes	 neoplásicos,	
paciente	 em	 quimioterapia,	 e	 assim	 surgiu	 o	 isolamento	 reverso	 (isolamento	 para	 proteger	 o	
paciente	 de	 agentes	 infectantes	 daqueles	 que	 potencialmente	 podem	 transmitir-lhes	 doenças	
infecciosas;	casos	de	imunodeprimidos,	operados	de	grandes	cirurgias,	transplantados,	queimados).		
• Até	o	início	do	anos	90	–	diversas	recomendações	e	interpretações;	
• 1996	–	"Guideline	for	Isolation	Precautions	in	Hospitals“	–	CDC	/	HICPAC;	
• 2007	 –	 ”Guideline	 for	 Isolation	 Precautions:	 Preventing	 Transmission	 of	 Infectious	 Agents	 in	 Healthcare	
Settings	–	2007”.		
	
PRECAUÇÃO	PADRÃO	*PERGUNTA	DE	PROVA*	
• Medidas	básicas	são	agrupadas	em	precauções	padrão	–	cujas	medidas	devem	ser	aplicadas	em	TODOS	os	
pacientes,	TODO	o	 tempo,	 independente	do	diagnóstico	ou	estado	 infeccioso	e	em	TODOS	os	 serviços	de	
saúde;	
o A	 principal	 precaução	 padrão	 é	 lavagem	 das	 mãos	 –	 ação	 que	 deve	 ser	 realizada	 em	 todos	 os	
momentos	 no	 ambiente	 hospitalar.	 As	 precauções	 padrão	 envolvem	 também	 o	 uso	 de	 EPIs	 (luva,	
gorro,	máscara,	capote).		
• Medidas	 adicionais	 (além	 das	 precauções	 padrão)	 baseadas	 na	 transmissão	 de	 agentes	 etiológicos	
epidemiologicamente	importantes:	precauções	específicas	–	CONTATO,	GOTÍCULAS	e	AEROSSÓIS.		
o Paciente	 com	 infecção	 por	 bactéria	multirresistente:	precaução	 de	 contato,	 ou	 seja,	 deve-se	 usar	
EPIs	(luva)	para	ter	contato	com	o	paciente;	
o Paciente	com	sarampo	(doença	com	transmissão	através	de	gotículas):	precaução	de	gotículas,	ou	
seja,	deve-se	usar	máscara	cirúrgica;	
o Paciente	com	tuberculose	(doença	com	transmissão	através	de	aerossóis):	precaução	de	aerossóis,	
nesse	caso,	as	partículas	são	mais	 leves	e	ficam	mais	tempo	no	ambiente,	por	esse	motivo	deve-se	
utilizar	máscara	com	filtro	N95	para	evitar	que	a	partícula	seja	inalada.		
	
ENTENDENDO	A	DINÂMICA	DAS	DOENÇAS	INFECTOCONTAGIOSAS	
	
		
	
Existe	uma	fonte	de	infecção,	que	pode	ser	
o	 paciente,	 um	 funcionário,	 visitante	 ou	
objetos,	 e	 o	 hospedeiro	 suspceptível	
(translocação	 bacteriana	 da	 flora	
endógena	 e	 quebra	 da	 barreira	 de	
proteção).	Os	meios	de	transmissão	podem	
ser:	 mão	 do	 médico	 ou	 enfermeiro	
contaminada,	 sondas	 como	 porta	 de	
entrada,	etc.		
	
	
	
	
	
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CADEIA	DE	TRANSMISSÃO	DE	MICRO-ORGANISMOS	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Cadeia	de	transmissão	detalha	os	 tipos	de	agentes	 infecciosos,	as	 fontes	das	 infecções,	portas	de	saída,	modos	de	
transmissão,	portas	de	entrada	e	hospedeiro	susceptível.	Atenção	para	os	componentes	de	cada	tópico.		
	
MICRORGANISMOS	PODEM	ATÉ	COLONIZAR	AMBIENTE	E	OBJETOS,	MAS	NÃO	TÊM	PERNAS	OU	ASAS	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
O	 principal	modo	 de	 transmissão	 são	 as	mãos	 contaminadas.	 Deve-se	 recordar	 os	 tipos	 de	 transmissão:	 contato	
direto	ou	indireto,	gotículas	(espirros)	e	pela	via	aérea.		
	
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O	QUE	É	INFECÇÃO	HOSPITALAR?	*PERGUNTA	DE	PROVA*	
Conceito	–	portaria	MS	2616/1998:	
• Infecção	hospitalar	é	aquela	adquirida	após	a	admissão	do	paciente	(48	horas	após	a	admissão)	e	que	se	
manifeste	durante	a	internação	ou	após	a	alta	(48	horas),	quando	puder	ser	relacionada	com	a	internação	
ou	procedimentos	hospitalares;	
o Deve	ser	considerado	48	horas	após	a	admissão	porque	se	for	considerado	um	período	antes	desse	
tempo,	paciente	pode	estar	com	infecção	comunitária	ainda	em	período	de	incubação.	Até	48	horas	
após	 a	 alta	 hospitalar,	 paciente	 pode	 iniciar	 quadro	 de	 febre	 e	 essa	 situação	 estaria	 relacionada	
também	 a	 infecção	 hospitalar.	 Os	 procedimentos	 hospitares	 relacionados	 à	 infecção	 hospitalar	
podem	ser	endoscopia	ou	qualquer	procedimento	cirúrgico.		
• As	infecções	no	recém-nascido	são	hospitalares,	com	exceção	das	transmitidas	de	forma	transplacentária	
e	aquelas	associadas	a	bolsa	rota	superior	a	24	(vinte	e	quatro)	horas;	
o O	 feto	 vive	 em	 ambiente	 estéril,	 logo	 não	 é	 contaminado	 ao	 nascimento.	 Se	 o	 recém-nascido	
apresentar	qualquer	 infecção	é	 considerada	 infecção	hospitalar.	A	 infecção	no	 recém	nascido	 só	é	
considerada	 comunitária,	 se	 a	 paciente	 grávida	 apresentar	 bolsa	 rota	 ou	 se	 for	 uma	 doença	 de	
transmissão	transplacentária	(ex:	rubéola).	
	
ORIGEM	DAS	INFECÇÕES	HOSPITALARES	
• Infecções	 hospitalares	 são	 divididas	 em	 endógenas	 e	 exógenas.	 São	 endógenas	 quando	 causadas	 pela	
microbiota	endógena	(flora	residente),	própria	do	paciente.	São	exógenas	quando	causadas	pela	microbiota	
exógena	(flora	transitória)	oriunda	de	reservatórios	e	veiculada	através	de	vetores	como	o	próprio	paciente,	
equipe	de	saúde,	artigos	hospitalares,	entre	outros.	
• Segundo	estudos,	70%	das	 infecções	hospitalares	são	causadas	por	germes	endógenos	e	as	 restantes,	por	
exógenos	(30%),	sendo	essas	últimas	passíveis	de	prevenção.	
Parece	ser	muito	fácil	controlar	infecção	hospitalar	porque	apenas	30%	são	causadas	por	germes	exógenos,	porém	é	
uma	tarefa	difícil	pela	ausência	de	atenção	em	relação	ao	cuidados	para	evitá-la.		
	
CADEIA	DE	TRANSMISSÃO	
	
	
	
	
Na	 cadeia	 de	 transmissão,	 existe	 o	
agente	 infeccioso	 que	 vai	 se	 deslocar	
pelos	 meios	 de	 transmissão	 dentro	 do	
ambiente	 hospitalar	 e	 vai	 contaminar	 o	
indivíduo	 susceptível.	 A	 cadeia	 de	
transmissão	 é	 composta	 por:	 homem	
susceptível,	 ambiente	 hospitalar	 inóspito	
(contaminado)	 e	 a	 via	 de	 transmissão	
(mão	 do	 médico	 que	 vai	 levar	 o	 agente	
infeccioso).		
	
	
	
	
	
	
	
CAUSAS	PREDISPONENTES	
• Inerentes	ao	próprio	paciente;	
• Técnicas	invasivas;	
• Antibioticoterapia	intempestiva	e	inadequada;	
o Uso	 crônico	 de	 ciprofloxacino,	 por	 exemplo,	 pode	 estimular	 a	 cepa	 resistente	 de	 Pseudomonas	
aeruginosa.	
• Inerentes	ao	ambiente	hospitalar;	
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• Superpopulação	hospitalar;	
• Muitas	pessoas	manuseando	o	mesmo	paciente;	
o Exemplo	dessa	situação	é	o	que	acontece	em	hospitais-escola.		
• Movimentação	do	paciente	dentro	do	hospital;	
o Pacientes	 precisam	 se	 deslocar	 para	 realização	 de	 exames	 ou	 pela	 transferência	 para	 áreas	
diferentes	dentro	do	hospital.		
• Pessoal	hospitalar	não	adequadamente	treinados.		
	
FATORES	DE	RISCO	
Os	fatores	de	risco	são	inerentes	a	portas	de	entrada.		
• Sondagem;	
• Punção;	
• Intubação;	
• Drenagem	de	cavidades;	
• Endoscopias;	
• Cirurgias;	
• Soluções	alimentares	de	uso	intravenoso;	
• Biópsias;	
• Cateterismos.
	
AGENTES	PREVALENTES	DAS	INFECÇÕES	HOSPITALARES	
• MRSA	(Staphylococcus	aureus	resistente	à	meticilina	(oxacilina));	
• VISA	(Staphylococcus	aureus	com	resistência	intermediáriaà	vancomicina);	
• VRSA	(Staphulococcus	aureus	resistente	à	vancomicina);	
• Streptococos	epidermidis;	
• Enterococcos	resistentes	a	vancomicina	(ERV);	
• KPC	(Klebsiella	pneumoniae	produtora	de	carbapenemase);	
• NDM	(New	Delhi	Metalobetalactamase);	
• Bactérias	 gram	 negativas	 produtoras	 de	 ESBL	 (betalactamases	 de	 espectro	 estendido	 produtoras	 de	
enterobactérias).	
	
CLASSIFICAÇÃO	TOPOGRÁFICA	DAS	INFECÇÕES	HOSPITALARES	
A	infecção	pode	ser	classificada	com	a	topografia,	de	acordo	com	o	órgão	que	está	sendo	acometido.		
Na	ordem	crescente	as	mais	frequentes	são:	
• Vias	urinárias;	
• Vias	respiratórias;	
• Cirúrgicas;	
• Corrente	sanguínea	(relacionada	à	sepse);	
• Cutâneas	não-cirúrgicas	(úlceras	de	pressão);	
• Intrabdominais;	
• Demais	(pele).		
	
INFECÇÃO	DO	TRATO	URINÁRIO	
• 35	a	45%	do	total	das	infecções	ocorrem	no	trato	urinário;	
• 70	a	80%	das	infecções	estão	relacionadas	ao	uso	de	sonda	vesical;	
• 13%	de	mortalidade	relacionada	a	bacteremia	por	infecção	do	trato	urinário	ligada	a	sonda	vesical;	
• Infecção	 do	 trato	 urinário	 hospitalar	 pode	 disseminar-se	 para	 outros	 sítios	 e	 evoluir	 para	 sepse,	
principalmente	nos	extremos	de	idade	(criança	e	idoso).		
	
PNEUMONIA	HOSPITALAR	
• Responsável	por	20%	de	todas	as	infecções	hospitalares;	
• Alta	taxa	de	morbimortalidade	(25	a	75%);	
• Frequência	de	6	a	10	episódios	por	1000	hospitalizações;	
• Acomete	em	torno	de	18%	dos	pacientes	em	pós-operatórios;	
o Principalmente	em	pós	operatórios	abdominais,	após	manipulação	do	trato	gastrintestinal,	paciente	
pode	evoluir	com	broncoaspiração	procedente	de	refluxo	do	trato	gastrointestinal.		
• Pacientes	em	ventilação	mecânica	é	de	1	a	3%	para	cada	dia	no	ventilador.	
o Aumenta	o	tempo	de	permanência	no	hospital,	além	de	ser	danosa	e	onerosa.		
	
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INFECÇÃO	DA	CORRENTE	SANGUÍNEA	ASSOCIADA	AO	ACESSO	VASCULAR	
• Aproximadamente	60%	dos	pacientes	hospitalizados	utilizam	cateter	endovenoso;	
o O	fato	de	usar	cateter	não	significa	a	presença	de	infecção.	A	infecção	pode	não	existir	desde	que	o	
cateter	seja	implantado	com	técnica	asséptica	adequada,	além	de	manipulação	adequada	também.			
• A	taxa	de	mortalidade	varia	entre	14	a	38%;	
• Germes	gram-positivos,	estafilococos	coagulase	positivo,	coagulase	negativo	e	Enterococcus	podem	ocorrer,	
sendo	que	os	gram-negativos	são	muito	mais	frequentes	no	paciente	imunossuprimido.		
A	infecção	em	pele	não	cirúrgica	também	ocorre	muito	nos	hospitais,	principalmente	nas	úlceras	de	pressão.	Então,	
não	ocorre	apenas	infecção	de	pele	de	sítio	cirúrgico,	existem	também	as	infecções	não	cirúrgicas,	um	dos	exemplos	
mais	frequentes	são	as	úlceras	de	pressão	infectadas.		
	
Um	 programa	 efetivo	 de	 controle	 pode	 reduzir	 até	 40%	 das	 infecções.	 Após	 retirada	 do	 cateter,	 deve-se	 fazer	 2	
amostras	em	sítios	diferentes	para	realização	de	hemocultura	(presença	de	infecção).	Não	precisa	fazer	a	retirada	em	
14	dias,	deve-se	apenas	observar	se	existe	 infecção	no	 local	do	cateter	(sinais	de	 infecção	–	hiperemia,	enduração,	
secreção).	Por	isso,	o	ideal	é	que	os	curativos	do	cateter	sejam	transparentes	para	melhor	visualização	de	sinais	de	
infecção.	 Deve-se	 ter	 cuidado	 com	 os	 curativos	 transparentes	 compostos	 por	 clorexidina	 porque	 o	 paciente	 pode	
iniciar	quadro	de	alergia	ao	produto,	e	a	clorexidina	irá	estimular	a	infecção	por	bactéria	resistente.		
O	que	fecha	critério	é	o	isolamento	da	bactéria.		
Infecção	 em	 ambiente	 hospitalar	 pode	 ocorrer	 na	 pele	 não	 cirúrgica,	 caracterizada	 por	 escaras	 em	 tronco	 de	
trocânter,	na	região	sacra	e	abre	lesões.	A	abertura	de	lesões	expõe		o	tecido	e	pode	surgir	infecção.		
	
DESAFIOS	PARA	O	CONTROLE	DA	INFECÇÃO	
• Expectativas	da	clientela:	
o Direitos	do	paciente;	
o Acesso	à	informação	médica	(internet);	
o Influência	da	mídia;	
o Código	de	defesa	do	consumidor;	
o Processos	legais;	
o Aspectos	éticos.		
• Patologia	de	base:	
o Perfil	patológico;	
o Avanços	tecnológicos;	
o Consequências	da	maior	sobrevida;	
o Bioética	(morte	digna).		
• Avanços	tecnológicos:	
o Qualidade	assistencial	(exigida	pelos	próprios	pacientes);	
o Recurso:	comissão	de	padronização	de	materiais	e	insumos;	
o Segurança	Nacional;	
§ Necessidade	de	núcleo	de	segurança	do	paciente	–	cores	de	pulseiras	diferentes	de	acordo	
com	o	estado	do	paciente;	
§ Registro	de	todos	os	dados	relacionados	ao	paciente	em	prontuário.		
• Aspectos	econômicos:	
o Prioridades/	avaliação	do	impacto;	
o Racionalização;	
o Financiamento;	
o Reutilização	de	descartáveis.	
§ Maior	utilização	de	materiais	descartáveis	principalmente	em	centro	cirúrgico	–	maior	gasto,	
porém	diminui	a	infecção	hospitalar.		
• Ambiente	hospitalar:	
o Atendimento	a	maioria	dos	casos	comunitários;	
o Integração	das	autoridades	sanitárias	(notificação)	–	importante;	
o Dificuldades	diagnósticas	(clínica	e	laboratorial).		
§ Quanto	mais	 o	 paciente	 fica	 dentro	 do	 ambiente	 hospitalar	 fazendo	 exames	 e	 realizando	
procedimentos,	mais	está	sendo	exposto.		
o Tratamento;	
o Medidas	de	controle.		
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PRECAUÇÕES	PADRÃO:	CONJUNTO	DE	PRÁTICAS	DE	PREVENÇÃO	DE	INFECÇÕES	–	CDC	
• Higiene	das	mãos;	
• Seleção	de	EPIs	(equipamentos	de	proteção	individual);	
• Higiene	respiratória	da	tosse;	
o Orientar	virar	o	rosto,	usar	máscara	ou	lenços.		
• Higiene	ambiental;	
• Cuidados	com	material,	equipamentos,	roupas,	utensílios	alimentares;	
• Segurança	na	administração	de	medicações	injetáveis;	
• Prevenção	de	acidentes	com	material	perfuro	cortante	e	material	biológico;	
• Evite	tocar	desnecessariamente	as	superfícies	próximas	ao	paciente.	
	
O	AMBIENTE	COMO	FONTE	DE	TRANSMISSÃO	DE	INFECÇÃO	
	
	
	
	
	
Coleta	 de	 ambiente	 –	 Staphylococcus	
resistente	à	vancomicina.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
O	AMBIENTE	NA	TRANSMISSÃO	DE	INFECÇÃO	
	
	
	
	
	
	
	
	
Representa	 cultura	 positiva	 de	 MRSA	
(Staphylococcus	 aureus	 resistente	 à	
meticilina).	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
DESAFIOS	DO	NOSSO	SISTEMA	DE	SAÚDE	
Os	 desafios	 envolvem	 custo,	 tecnologia,	 demanda	 de	 pacientes	 com	 necessidade	 de	 internação	 e	 necessidade	 de	
procedimentos.	
• Ambiente	de	alta	concorrência,	caracterizada		por	custos	progressivos,	cuja	eficácia	é	questionada;	
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• A		maior	complexidade	do	atendimento	através	do	uso	crescente	da	tecnologia	com	procedimentos	cada	vez	
mais	sofisticados;	
• Atuamente,	temos		um	sistema	de	saúde	caracterizado	por	repressão	da	demanda,	baixa	resolutividade	dos	
serviços,	com	escassez	e	desperdício	de	recursos,	reflexo	da	ausência	de	política	eficaz	da	saúde;		
• Aumento	progressivo	da	demanda;	
• Usuário	cada	vez	mais	exigente	e	informado.	
	
QUEM	PAGA	A	CONTA?	
• Hospital	público	–	sociedade;	
• Hospital	particular	–	dificuldade	em	definir.		
	
IMPORTÂNCIA	DO	CCIH	
• Realiza	vigilância	epidemiológica	dos	casos;	
• Possui	um	comitê	de	antimicrobianos;	
• Realiza	educação	continuada	com	os	profissionais	de	saúde;	
• Controle	do	uso	de	antimicrobianos	para	evitar	uso	intempestivo.		
	
MEDIDAS	DE	PREVENÇÃO	E	CONTROLE	
• LAVAR	AS	MÃOS;	
• Utilizar	corretamente	o	EPI	para	não	disseminar	germes;	
• Uso	correto	deantibióticos;	
• Uso	das	técnicas	corretas	ao	realizar	procedimentos;	
• Isolar	o	paciente	quando	estiver	infectado;	
• Material	descartável	de	uso	único	(não	pode	ser	reutilizado).		
Diante	de	 infecção	multirresistente,	 utiliza-se	associação	de	antimicrobianos	e	 se	deve	dar	atenção	à	higienização	
das	mãos.		
No	hospital,	a	lavagem	das	mãos	diminuiu	até	80%	das	chances	de	se	adquirir	a	transmissão	de	uma	infecção	por	
um	germe	resistente.		
	
	
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