Buscar

Farmacologia - Vias de Administração Animal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Vias digestivas: Para absorção do
medicamento, tem capacidade de atravessar
as barreiras do trato digestivo, sendo oral,
sublingual, retal e ruminal.
● via oral: o intestino delgado é o
principal local de absorção de
medicamentos adm por via oral, é um
local de ácidos e bases fracas devido
extensa área e boa vascularização.
Absorção pela cavidade oral: Independente
da espécie, tem uma boa absorção em função
do tipo de tecido (epitélio estratificado
pavimentoso, não queratinizado) e rica
vascularização que facilita uma absorção
rápida (principalmente região sublingual).
Vantagem da absorção da cavidade oral:
O medicamento não sofre efeito de primeira
passagem e não sofre risco de ser inativado
pelo suco gástrico.
Absorção pelo esôfago: Possui baixa
absorção devido a ser revestido por epitélio
cornificado.
A.P.: Inglúvio nas aves - acúmulo de
medicamento no esôfago em forma de bolsa
causando retardo na absorção do
medicamento.
Absorção pelo estômago: o revestimento
parede estomacal simples (sem queratina)
facilitaria absorção, porém em monogástrico o
muco protetor dificulta a absorção.
Em animais poligástricos, o rúmen impede
adm por via oral por ter grande capacidade –
compartimento diluidor –
alterando a velocidade de absorção, além da
flora microbiana causando inativação de
medicamentos.
Efeito de primeira passagem: é a
passagem do medicamento do TGI até o
fígado pela via porta (circulação porta
hepática que liga o intestino ao fígado), onde
sofre metabolização podendo ser levemente
inativado. Acontece em todas as espécies
com efeito marcante em herbívoros, pois
possuem maior capacidade de
biotransformação (toda modificação química
que um fármaco sofre no organismo).
vantagens x desvantagens da via oral:
As formas farmacêuticas disponíveis por
via oral para os animais incluem: Xaropes,
suspensões, géis, pastas, cápsulas, tabletes,
comprimido, bólus ruminal, pós e
grânulos para a adição no alimento, pós
solúveis para adição na água de bebida e
premix para adição no alimento, entre outras.
Contraindicações para administração de
medicamentos por via oral: Pacientes
inconscientes, pacientes com dificuldade de
deglutição, pacientes apresentando vômito,
pacientes em jejum para cirurgias e exames.
● via retal: Indicações para pacientes
em estados de inconsciência, crise
epiléptica, sua utilização é restrita em
Medicina Veterinária com exceções de
supositórios, clister ou enema.
A via retal sofre parcialmente o efeito de
primeira passagem diferente da administração
oral. O medicamento ao ser absorvido não
penetra totalmente pela veia porta, não
sofrendo portanto, em grande parte da
biotransformação hepática, já sendo
distribuída na circulação.
Tem como desvantagem a absorção irregular
e incompleta, principalmente em paciente com
motilidade intestinal aumentada (diarréia) ou
irritação mucosa retal.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
● via ruminal: Uso restrito à
medicamentos que possuem ação
direto no rúmen como
anti-helmínticos.
Vias parenterais: administração de
medicamentos “ao lado do tubo digestivo”ou
sem utilizar o trato gastrointestinal como
medicamentos intravenosos (IV),
intramusculares (IM) e subcutâneos (SC).
● via IV: A administração do
medicamento é realizada diretamente
na corrente sanguínea por uma veia
tendo rápido efeito. Tem a
possibilidade de administração de
grandes volumes através da
fluidoterapia. Além de ter melhor
controle da dose administrada.
É uma via de adm para emergências e tem a
possibilidade de administração de uma única
dose até uma infusão contínua.
Essa via possui risco de embolias, infecção e
não deve administrar substâncias oleosas ou
insolúveis.
A.P.: trocar acesso venoso a cada 24/48h pois
há risco de infecção.
IV em animais para coleta de sangue ou
aplicação de medicamentos:
I. Bovinos, equinos, ovinos - veia
jugular.
II. Suínos - veia marginal da orelha.
III. Pequenos animais - veia cefálica,
radial, femoral, jugular.
● via IM: mais utilizada pelo MV, possui
absorção relativamente rápida
suportando volumes moderados e
veículos aquosos. Pode causar dor e
processos inflamatórios pela adm.
o músc. escolhido tem que ser: bem
desenvolvido, ter facilidade de acesso, não
possuir vasos de grande calibre e não possuir
nervos superficiais no trajeto.
Geralmente usados: musculatura da coxa e
tábua dos pescoço (Trapézio).
● via SC: tem absorção lenta e
contínua, e ocorre através dos
grandes poros e fenestrações dos
capilares e vasos linfáticos.
●
outras vias parenterais:
● Intradérmica: usada em testes
alérgicos.
● Intraperitoneal: para grandes
volumes, diálise peritoneal, usada na
Administração de medicamentos em
animais de laboratório.
● Intracardíaca: utilizada em
eutánasia animal.
● Intra-articular: utilizada para efeito
anti-inflamatório em determinada
articulação.
● Intraóssea: usada como IV em
neonatos.
● Epidural: Administração no espaço
peridural. Usada para anestesia para
cirurgias abdominais.
A.P.: no momento de realizar a epidural
deve-se puxar com a seringa antes de aplicar
a medicação - ao puxar deve vir líquor e não
sangue.
● vias transmucosas ou tópicas:
possui a obtenção de efeitos
terapêuticos não sistêmicos – seu
efeito é localizado e sua absorção
lenta e segura. Administrado na pele
íntegra (pour on, spot on) ou em
lesões como pomadas e cremes.
● via intramamária: aplicação através
da gl. mamária.
● via inalatória: o agente terapêutico é
um gás, usado em anestesia inalatória
ou nebulização.

Continue navegando