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Classe de medicamentos o que é, como identificar e como realizar a intercambialidade

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Classe de medicamentos
o que é, como identificar e como realizar a 
intercambialidade. 
O que é? 
A classe de medicamentos promove a divisão de
todos os fármacos do mercado brasileiro em
categorias específicas conforme sua hierarquia
de registro na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA).
O que ocorre é que, após a quebra de patente
dos medicamentos conhecidos como “éticos”,
outras indústrias farmacêuticas podem começar
a reproduzir a fórmula do anterior, desde que
sigam orientações e os adéquem às suas
determinadas classes.
Principais classificações de
medicamentos:
Conforme legislação da ANVISA, existem três
classes de medicamentos: referência, similar e
genérico. 
Todos os tipos de remédios do mercado podem
ser encaixados nessas três classificações e,
dentro delas, podem se dividir em diferentes
categorias de medicamentos, como
antibióticos, antitérmicos e anti-hipertensivos,
por exemplo. 
Para compor um estoque variado de uma
farmácia ou drogaria, o ideal é que a gestão do
estabelecimento consiga dividir a receita entre
eles, oferecendo tanto medicamentos de
referência quanto genéricos e similares aos seus
consumidores.
Medicamentos de referência:
A primeira classe de medicamento é chamada
“referência”, pois é a partir dos fármacos desta
classe que as outras categorias são criadas, já
que foram os primeiros a serem desenvolvidos
a partir dos estudos de uma determinada
composição.
eficácia;
segurança;
e qualidade.
São esses medicamentos inovadores e
autênticos que antigamente podiam ser
encontrados nas drogarias como “de marca”,
“ético” ou “original”.
Para compreender a importância destes
remédios, eles respondem por grande parte do
varejo farmacêutico mundial, e a empresa que
desenvolve um medicamento de referência (o
ético) detém a sua exclusividade no mercado por
até 20 anos (no Brasil)!
Para um medicamento de referência entrar no
mercado, são necessários muitos anos de estudo
e pesquisas clínicas sobre um fármaco para que
se comprovem seus resultados e eventos
adversos na população.
Assim, um medicamento “de marca”, precisa
apresentar estudos que comprovem sua:
Por isso, há muito investimento em ciência e
tecnologia por parte das indústrias
farmacêuticas em medicamentos de referência
que, por essas características, geralmente, são
mais caros e mais difíceis de serem adquiridos
por boa parte da população.
Medicamentos similares:
A segunda classe de medicamentos é a dos
similares. 
Essa categoria engloba todos os remédios
registrados na ANVISA que possuem o mesmo
princípio ativo que os de referência, mas podem
ser produzidos por qualquer laboratório após a
quebra da patente — assim como os genéricos.
Dessa forma, os medicamentos similares
apresentam equivalência determinada ao
medicamento “original”, mas ainda preservam
características próprias, como nome comercial,
tamanho e formas específicas, rótulo,
excipientes e veículos. 
https://www.mypharma.com.br/blog/consultar-registro-anvisa/
https://www.mypharma.com.br/blog/lista-de-antibioticos/
https://www.mypharma.com.br/blog/gestao-em-farmacia/
https://www.mypharma.com.br/blog/como-tecnologia-aumenta-produtividade-industria-farmaceutica/
equivalência farmacêutica;
perfil de dissolução;
e bioequivalência / biodisponibilidade
relativa (BD/BE).
Para um medicamento similar ser registrado no
Brasil, as indústrias farmacêuticas precisam
entregar um estudo sobre a segurança e
qualidade do produto mais as seguintes
comprovações:
 
Feito isso, farmácias e drogarias podem
comercializar estes produtos com valores de
venda reduzidos — se comparado ao de
referência — para alcançar públicos que não
conseguem arcar com o custo de medicamentos
mais caros.
Mas um ponto interessante dos similares é que
eles podem acabar se tornando referência
também!
Similar e referência são a mesma coisa?
Em suma, não! Mas uma coisa é o que diz a
legislação, e outra é a prática!
Conceitualmente, o medicamento de referência
é o que conhecemos também por “ético”, ou
seja, o fármaco que foi aprovado como inovador
pelo comitê de ética da ANVISA ou órgãos
equivalentes em outros países.
No entanto, o que faz ele se tornar uma
referência é seu tempo de exclusividade no
mercado, além da confiança ganhada
automaticamente pela indústria que o produziu.
Assim, profissionais da saúde se acostumam a
prescrever e dispensar esses medicamentos por
muitos anos.
Mas, com o surgimento dos similares, que
também recebem uma marca comercial, esses
profissionais podem prescrever e dispensar os
medicamentos daqueles laboratórios nos quais
mais confiam.
Com essa prática, alguns medicamentos
similares também acabaram se tornando
referências nos consultórios e nas farmácias.
Então, ainda que a legislação aponte apenas 3
classes de medicamentos, a prática mostra que
existem 4: os éticos, os similares, os referências
e os genéricos.
Éticos: medicamentos inovadores
aprovados por comissões de ética.
Similares: produzidos por laboratórios
terceiros após a quebra de patente dos
éticos, podendo conter uma marca
comercial.
Referência: medicamentos que são
referências para as comunidades médica e
farmacêutica. São os medicamentos éticos e
alguns similares que alcançaram grande
reconhecimento.
Genéricos: produzidos por laboratórios
terceiros após a quebra de patente dos
éticos, mas não podem exibir marca
comercial.
Medicamentos genéricos:
Um genérico é um medicamento que possui a
mesma fórmula do medicamento de referência. 
A diferença está em sua produção realizada por
outro laboratório após a quebra de patente,
com insumos mais baratos ou subsidiados — o
que garante um valor de custo muito menor.
Por não possuírem patente exclusiva e
utilizarem a fórmula do medicamento de
referência, os genéricos não podem apresentar
um nome comercial (como Dorflex, Luftal ou
Neosaldina). 
Por isso, eles carregam apenas o nome científico
(também chamada Denominação Comum
Brasileira ou DCB), ou seja, apenas o nome de
sua substância ativa.
Existem normas rigorosas da ANVISA para
garantir que medicamentos genéricos possuam
os mesmos critérios de segurança, eficácia e
qualidade que um medicamento “de marca”.
A agência realiza testes e comparativos de
desempenho e efeitos adversos desta classe de
medicamentos periodicamente.
Tudo isso para manter a autorização de
comercialização destes produtos no país.
Ainda que sejam amplamente conhecidos,
existem muitos mitos sobre a eficácia dos
medicamentos genéricos. 
No entanto, eles são extremamente seguros e,
por isso mesmo, sua venda e consumo é
estimulada por profissionais de saúde e órgãos
do governo.
https://www.mypharma.com.br/blog/medicamentos-genericos/
https://www.mypharma.com.br/blog/dcb-anvisa/
https://www.consultadcb.com.br/
medicamentos de referência podem ser
substituídos por genéricos ou similares
equivalentes;
genéricos podem ser substituídos por
referências equivalentes;
similares podem ser substituídos por
referências equivalentes;
genéricos não podem ser substituídos por
similares e vice-versa;
similares não são intercambiáveis entre si.
Posso trocar um medicamento por outro?
Sim, mas nem sempre!
Muitos consumidores de medicamentos de
referência nem sempre conseguem pagar
sempre por eles. 
O alto custo destes medicamentos atrapalha a
adesão ao tratamento, principalmente de
condições e doenças crônicas, que exigem uma
medicação constante ao paciente.
Assim, através de regras estabelecidas pela
ANVISA, é possível trocar um medicamento de
referência por um genérico ou similar de
mesma equivalência. 
A isso chamamos “intercambialidade de
medicamentos”.
Praticar a intercambialidade na sua farmácia ou
drogaria é simples. 
O primeiro passo é possuir um estoque diverso,
que te permita oferecer opções diversas, com
diferentes preços, para cada tipo de cliente. 
Assim, é possível conferir se eles apresentam,
de fato, biodisponibilidade e bioequivalência
com segurança — o que impede perdas ao
paciente durante seu tratamento.
Para isso, é preciso atentar-se à lista oficial de
Intercambialidade da ANVISA e orientar seus
colaboradores a sempre consultá-la.Todos os medicamentos são
intercambiáveis?
Não, nem todos os medicamentos são
intercambiáveis. 
 
As regras de intercambialidade definem o
seguinte:
Além disso, medicamentos isentos de prescrição
(MIPs ou OTC), fitoterápicos, específicos como
vitaminas, minerais, aminoácidos e
hemostáticos, não podem ser substituídos.
Assim, a terapia deve ser mantida com o 
medicamento indicado pelo(a) prescritor(a).
Em receitas emitidas na rede pública de saúde,
os medicamentos de referência podem ser
substituídos por genéricos. 
Já em receitas emitidas pela rede particular de
saúde, é preciso respeitar a escolha do
prescritor ou do paciente.
Além disso, farmacêuticos possuem papel
essencial em indicar o melhor tratamento ou a
aconselhar as substituições entre remédios de
referência, similares e genéricos, sempre
respeitando a opinião, tanto do médico quanto
do paciente atendido.
 Benefícios da intercambialidade para sua
farmácia
A intercambialidade de classes de
medicamentos traz muitas vantagens para o seu
negócio. 
Além de favorecer uma melhor adesão ao
tratamento do paciente, ela diminui custos de
aquisição da sua farmácia, diminuindo seu CMV.
Por regra, um medicamento genérico deve
possuir ao menos 35% de valor de venda
inferior ao de referência.
Além disso, quando medicamentos genéricos e
similares surgem no mercado, após a quebra de
exclusividade do medicamento “de marca”, eles
agitam a concorrência, abaixando o preço e
favorecendo não só o varejo farmacêutico, mas,
principalmente, os consumidores.
https://www.mypharma.com.br/blog/intercambialidade-medicamentos/
https://www.mypharma.com.br/blog/controle-de-estoque-de-medicamentos/
https://www.mypharma.com.br/blog/medicamentos-otc/
https://www.mypharma.com.br/blog/como-vender-vitaminas-em-farmacia/
https://www.mypharma.com.br/blog/custo-das-mercadorias-vendidas-cmv-farmacia/
https://www.mypharma.com.br/blog/tipos-de-consumidor/

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