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GESTÃO DE OPERAÇÕES Conceito, evolução histórica da produção e estrutura da produção

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GESTÃO DE OPERAÇÕES 
Oscar Bombonatti Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
1 CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PRODUÇÃO E ESTRUTURA DA 
PRODUÇÃO 
Apresentação 
Gestão de Operações envolve, de forma geral, a Administração da Produção e 
Operações e envolve, também, as atividades orientadas para a produção de um bem 
físico ou à prestação de um serviço. (MOREIRA, 2006) 
Neste primeiro bloco será apresentado o conceito geral de administração da produção, 
assim como a evolução histórica desse conceito, culminando na estrutura de produção 
da forma que a vemos atualmente. 
Podemos entender que tudo o que utilizamos e que são bens materiais, como 
alimentos, roupas, automóveis etc. existem graças ao gerenciamento da produção, 
assim como todos os serviços que você utiliza, reparos executados em seu automóvel, 
os livros emprestados na biblioteca, as aulas na universidade, tudo isso também sofre 
um processo de produção, e para que isso ocorra, esses serviços também foram 
gerenciados por alguém, embora nem sempre as pessoas que fizeram esse trabalho 
sejam chamadas de gerentes de produção, mas sim de gerentes de operações. (SLACK 
et al., 2006) 
O objetivo geral dessa disciplina é habilitar você para a gestão da produção e de 
serviços (de forma geral Gestão de Operações), e tratar das tarefas e decisões que 
envolvem o cotidiano do gerente de produções, que tornam possível a produção dos 
serviços e produtos que utilizamos. Para isso, vamos iniciar com um pouco da histórico 
e do conceito de tudo que envolve o que chamamos, atualmente, de produção de bens 
e serviços. 
1.1 Histórico e conceitos 
A Administração da Produção evoluiu historicamente através dos tempos e tem em 
sua origem, o fato de que o homem sempre precisou procurar alimentos, iniciando 
com a caça, depois agricultura, pastoreio etc., até o momento da construção das 
3 
 
primeiras cidades, há cerca de 6000 anos. Já máquinas utilizadas em escala quase 
industrial podiam ser encontradas na Idade Média, até pelo menos o século XIV. 
(MOREIRA, 2006) 
Entretanto, o momento mais importante que marca o início da produção industrial 
moderna foi a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX, onde a utilização de 
máquinas se torna intensiva, fábricas são criadas e a produção começa a se tornar 
padronizada. 
Os Estados Unidos alcançam, através dessas mudanças, a predominância industrial, 
política e econômica no século XX, acompanhado mais recentemente de perto por 
outros importantes países como o Japão, a Alemanha, a França e outros. O Século 
passado foi marcado pela hegemonia desses países que desenvolveram técnicas de 
administração e as difundiram para muitos países ao redor de todo o mundo. 
(MOREIRA, 2006) 
A aplicação de uma forma racional de pensar e os métodos científicos trazidos por 
Frederick Taylor e por Henry Fayol, a partir dessa época trouxe as seguintes mudanças: 
padronização dos produtos; padronização dos processos de fabricação; treinamento e 
habilitação da mão de obra direta; criação dos quadros gerenciais e de supervisão; 
desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle da produção; 
desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro; desenvolvimento 
de técnicas de vendas. (CHIAVENATO, 1983) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Revolução Industrial 
 
O marco inicial é o ano de 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-
1819) e a sua aplicação à produção, modificando a forma de trabalho e a estrutura social e 
comercial da época, com mudanças rápidas e profundas de ordem econômica, política e social, 
muito mais rápidas que nos séculos anteriores. 
É o período chamado Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se 
alastrou por todo o mundo civilizado. A Revolução Industrial pode ser dividida em duas épocas 
bem distintas: 
1780 a 1860: 1ª Revolução Industrial ou revolução do carvão e do ferro; 
1860 a 1914: 2ª Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade. 
Embora o início seja a partir de 1780, a Revolução Industrial não adquiriu todo o seu ímpeto 
antes do século XIX (CHIAVENATO, 1983). Outro evento muito importante desse período foi o 
surgimento do conceito de Controle de Qualidade Total (CQT ou Total Quality Control – TQC), 
que expressivamente visa à eliminação das causas dos defeitos de produção e que tem a 
empresa Toyota como símbolo dessa evolução, com o surgimento do Sistema Toyota de 
Produção (STP), cuja base é a eliminação de desperdícios. (CAMPOS, 2004) 
SAIBA MAIS 
 
Foi a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX que proporcionou o início da produção 
industrial moderna, através da utilização intensiva de máquinas e a criação de fábricas. Esse 
processo foi impulsionado graças à chamada “Administração Científica” liderada pelos cientistas 
Frederick Taylor (Americano) e por Henry Fayol (Francês). Dessa forma, ao longo do século XX, os 
conceitos de produtividade e de administração da produção foram evoluindo à medida que a 
própria indústria evoluía. Após o término da Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos se 
consolidaram como uma grande potência e as técnicas produtivas utilizadas por eles foram 
replicadas, e em alguns casos aperfeiçoadas, por inúmeros países. Ao mesmo tempo que com 
um controle satisfatório na área produtiva, outras áreas como Marketing e Finanças evoluíam de 
forma significativa. Com essa evolução geral da indústria após a Segunda Guerra Mundial, a 
demanda por serviços passa a ter um forte crescimento, o que levou o mercado americano, na 
década de 1960, a apostar na área de serviços, influenciando um grande número de países. Com 
isso, a Administração da Produção passa a tratar também da gestão das operações, envolvendo a 
área de serviços (MOREIRA, 2006). Na década de 1970, a Administração da Produção volta a ter 
uma posição de evidência, principalmente pelo grande crescimento japonês e de outros países 
que aliaram às técnicas originais, conceitos modernos relacionados à qualidade e produtividade 
(MOREIRA, 2006). Esse processo fez com que surgissem, nos anos 1980, diversas filosofias 
administrativas e tecnológicas, tais como: a filosofia de manufatura Just in time, que busca 
integrar um conjunto de atividades para obter grandes volumes de produção com o mínimo de 
estoque possível, se baseando no fato das peças chegarem ao posto de trabalho no exato 
momento em que devem ser produzidas. (CHASE; AQUILANO; JACOBS, 2006) 
 
 
 
 
 
5 
 
 
Curiosidade 
A lição dada pelos japoneses é que produtividade, confiança e sutileza não 
são elementos isolados. Não basta ter um departamento altamente 
desenvolvido nos aspectos de sutileza, se o mesmo não inspira confiança. A 
falta de confiança entre as partes acabará exigindo que a sutileza seja posta 
de lado, face à necessidade de decisões e ações explicitamente defensáveis. 
(LEITE, 2006 p. 2) 
Outro passo muito importante na evolução da gestão da produção e operações ocorre 
no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, quando surge o conceito de gestão da 
qualidade total e os padrões de certificação ISO 9000, estabelecidos pela Organização 
Internacional para a Padronização (International Organization for Standardization - 
ISO). 
Em nossa disciplina trataremos do tema gestão da qualidade, que tem uma influência 
direta nas demais gestões de uma organização. Nos anos 1990 começa a surgir o 
conceito de empresas de comércio eletrônico (internet, World Wide Web) e 
administração da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management). Na continuidade 
dessa evolução, nos anos 2000, o comércio eletrônico toma um impulso e divulgação a 
nível global. (CHASE; AQUILANO; JACOBS, 2006) 
1.1.1 Comércio Eletrônico 
O Comércio eletrônico (E-Commerce) é um tipo de transação comercial (que pode ser 
com ou sem fins lucrativos) que utiliza equipamentos eletrônicos como, por exemplo, 
computadores, tablets esmartphones. É um comércio virtual (também chamado de 
loja virtual). Teve seu início no fim dos anos 1990, contando com uma expansão 
significativa a partir do início do século 21, com a evolução da Internet se tornando 
cada vez mais relevante nas operações em toda economia mundial, demandando 
profissionais cada vez mais qualificados em TIC (Tecnologia da Informação e 
Comunicação). Envolve ainda pesquisa, desenvolvimento, marketing, propaganda, 
negociação, vendas e suporte, sendo o segmento que gerencia todas as informações 
 
 
 
 
6 
 
 
eletrônicas armazenadas por uma organização. Já o E-Business é a infraestrutura, em 
termos de sistemas necessários, para que se opere o Comércio Eletrônico. (KOTLER, 
2007) 
1.1.2 Principais Modalidades do Comércio Eletrônico 
→ Modalidade B2C: Business to Consumer (Empresa para Consumidor). 
Modalidade dentro do E-commerce que envolve transações em que uma 
organização vende produtos ou serviços para consumidores através da 
Internet (Lojas Virtuais). Por exemplo: Americanas.com, Submarino.com.br, 
Netshoes.com.br etc. 
→ Modalidade B2B: Business to Business (Empresa para Empresa). Modalidade 
que abrange as transações comerciais (operações de compra e venda de 
produtos e serviços) entre organizações ou entidades. Por ex.: temos as 
indústrias que vendem para os atacados e esses vendendo aos varejos. 
Existem também as chamadas alianças de compra, com empresas que se 
juntam (GM, Ford e Chrysler formaram a Covisint, por exemplo) para obter 
descontos por volume de fornecedores comuns. 
→ Modalidade C2C: Consumer To Consumer (Consumidor para Consumidor). 
Modalidade que envolve comércio entre consumidores, feito de forma direta, 
através do uso de sites apropriados, como por exemplo: Mercado Livre, 
Webmotors, Ebay, OLX etc. Pessoas anunciando com o objetivo de vender 
para outras pessoas. 
→ Modalidade C2B: Consumer To Business (Consumidor para Empresa). 
Modalidade na qual os consumidores oferecem produtos e serviços para as 
empresas. É uma inversão completa do modelo de negócio tradicional, onde 
as empresas oferecem bens e serviços aos consumidores. Por exemplo: temos 
a Catho, onde as pessoas que buscam um novo emprego oferecem suas 
informações (currículos) para que empresas que se interessem pelo seu perfil 
possam entrar em contato para contratá-las. 
 
 
 
 
7 
 
 
1.2 Estrutura da Administração da Produção 
Vamos ver agora como funciona a função produção dentro das empresas e entender que 
quando falamos em produção estamos tratando da geração ou transformação de um bem 
ou serviço. 
A gestão da Produção trata da produção de um bem ou serviço como já citado 
anteriormente, e usaremos o modelo apresentado na figura 1.1 para podermos explicar o 
funcionamento dessa função tão importante. 
Fonte: SLACK et al. (2006, p.25) 
Figura 1.1 – Modelo geral da administração da produção 
Vamos examinar alguns termos básicos e seus conceitos, que irão nos ajudar no sentido 
de entender a administração da produção e como os recursos de entrada, através da 
função produção, são transformados nas saídas, como está representado na figura 1.1: 
• A função produção: em uma empresa, pode ser definida como a junção de 
recursos que serão utilizados na produção de bens e serviços. Todas as 
organizações utilizam a função produção, porque produzem um bem e/ou um 
serviço; 
• Gerentes de produção: são funcionários da empresa, responsáveis pela 
administração dos recursos utilizados dentro da função produção. Quando 
 
 
 
 
8 
 
 
tratamos de empresas que fabricam produtos, esse é o nome geralmente 
utilizado. No caso de empresas de serviços podemos ter outras designações como 
por exemplo: gerente de operações (assistência técnica), gerente de loja 
(supermercado) etc. (SLACK et al., 2006) 
• Administração da produção: é o termo usado para as atividades, decisões e 
responsabilidades gerais dos gerentes de produção. 
1.3 A empresa, suas funções e a produção 
A função produção, que também pode ser chamada de sistema de produção, é uma 
das funções centrais de uma organização, pois tem como resultado a produção de 
bens ou serviços. No entanto, existem outras funções, cada uma com suas 
responsabilidades específicas, conforme mostrado na figura 1.2. De uma forma geral, 
as organizações adotam estruturas e funções que podem variar de uma organização 
para outra. Aqui, para nosso propósito, além da função produção, que já foi definida 
anteriormente, estabeleceremos mais três funções consideradas principais (SLACK et 
al., 2006): 
• Função Marketing (que inclui vendas): responsável por definir o mercado, 
definir e comunicar os produtos e/ou serviços que serão oferecidos aos 
consumidores; 
• Função Desenvolvimento de Produto/Serviço: responsável por 
desenvolver novos produtos e serviços ou modificá-los, de acordo com as 
necessidades estabelecidas pelo Marketing; 
• Função contábil-financeira: responsável pela administração e controle 
dos recursos necessários para que a organização atenda seus clientes. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.2 – Funções centrais e de apoio 
Fonte: adp. Slack et al. (2006, p.31) 
Ainda segundo Slack (2006), compondo o restante das funções que uma organização 
pode ter, existem as chamadas funções de apoio, que suprem e apoiam a produção: 
• Função Engenharia/Suporte Técnico: envolve todo o suporte técnico necessário 
após o desenvolvimento do produto; 
• Função Recursos Humanos: recruta e desenvolve os funcionários da 
organização e se encarrega de seu bem-estar; 
• Logística/Compras e Administração de materiais: envolve a gestão dos 
materiais produtivos e improdutivos (incluindo o planejamento e 
compras), além dos processos que envolvem armazenagem, controle, 
Administração 
da Produção
Engenharia / 
Suporte 
Técnico
Marketing
Logística / 
Compras e 
Administração 
de Materiais
Contabilidade 
e Finanças
Recursos 
Humanos
Desenvolvimento 
de Produto / 
Serviço
SAIBA MAIS 
 
A função produção pode ser chamada, também, de sistema de produção e entendida 
como o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção 
de bens ou serviços. (MOREIRA, 2006) 
 
 
 
 
 
10 
 
 
movimentação e segregação desses materiais. 
1.2 Transformação através do sistema de produção 
Uma organização produz seus bens ou serviços através do que chamamos de processo 
de transformação. Podemos entender transformação como o uso de recursos de 
entrada (input) que possuem estados alterados, tendo como resultado bens ou 
serviços (output, em português, saídas). Isso ocorre através de um processo. Por esse 
motivo que a produção pode ser entendida como um processo: input-transformação-
output. As saídas, que são o resultado do processo de transformação, são os bens ou 
serviços produzidos. (SLACK et al., 2006) 
 
Fonte: SLACK et al. (2006, p. 32) 
Figura 1.3 – Modelo de transformação: input-transformação-output 
 
 
 
 
SAIBA MAIS 
 
Processo é um conjunto sequencial ou uma série sistemática de ações dirigidas à 
realização de uma meta. Processo Produtivo é uma sequência de ações que possibilitam 
a produção do produto acabado ou o serviço. (CHASE, 2006) 
 
 
 
 
 
11 
 
 
A figura 1.3 apresenta o modelo de transformação, onde temos os inputs, o processo e 
como resultado o output, ou seja, os produtos ou serviços. Vejamos cada uma dessas 
partes do modelo: 
Inputs para o Processo de Transformação 
Os inputs (ou entradas) para a produção podem ser classificados em: 
Recursos Transformados: os que são transformados em bens ou serviços. 
Normalmente temos como recursos transformados: 
● Materiais, informações e consumidores; 
Recursos de Transformação: é o que precisamos para transformar os recursos de 
entrada. Normalmente, temos como recursos de transformação: 
● Instalações: prédios, equipamentos, terreno e tecnologia do processo de 
produção; 
● Pessoal: os que operam, mantêm, planejame administram a produção. 
(SLACK et al., 2006) 
Processo de Transformação em um sistema produtivo 
Processo é conjunto sequencial ou uma série sistemática de ações dirigidas à 
realização de uma meta. Processo Produtivo é uma sequência de ações que possibilita 
a produção do produto acabado ou do serviço. (CHASE et al., 2006) 
No caso do modelo apresentado na figura 1.3, temos como entradas a serem 
transformadas através do processo: 
• Processamento de Materiais: os materiais podem ser transformados em suas 
propriedades físicas como forma, composição ou características. Podemos 
mudar, também, a localização dos materiais no caso da operação de 
transportes, por exemplo; 
 
 
 
 
12 
 
 
• Processamento de Informações: podemos transformar as propriedades 
informativas, ou seja, a forma da informação (contadores); ou transformar a 
posse da informação (empresas de pesquisa de mercado); as informações 
podem ser estocadas (bibliotecas) e, finalmente, podemos mudar a localização 
da informação (empresas de telecomunicações); 
• Processamento de consumidores: Podemos ter a transformação de 
propriedades físicas dos consumidores (cabeleireiros); podemos acomodar 
(hotéis); mudar a localização dos consumidores (linhas áreas); mudar seu 
estado de saúde (hospitais) etc. 
Outputs para o Processo de Transformação 
Os outputs são o resultado final ou a saída do sistema produtivo, através do processo 
de transformação. O propósito da função produção ou sistema de produção é a 
realização de bens físicos e/ou serviços para atender aos clientes. (CHASE et al., 2006) 
Conclusão 
Vimos, nesse bloco, os fatores geradores da necessidade de se produzir bens e 
recursos, desde a era pré-histórica, onde tínhamos a caça, a pesca, o plantio e tudo 
que envolvia a subsistência do ser humano. 
Até a Revolução Industrial, a produção não era tratada como algo que trouxesse 
benefícios maiores e que tivesse como finalidade principal, por exemplo, o lucro ou 
ganho em termos financeiros. 
A partir da Revolução Industrial, que possibilitou aumento da produção, 
principalmente devido à padronização e administração estruturada, e, 
consequentemente, um aumento progressivo da demanda e do consumo, a produção 
começa a ser vista como uma fonte geradora de capital e de grandes lucros, se 
transformando em parte essencial para qualquer tipo de negócio. 
 
 
 
 
13 
 
 
Após o primeiro período dessa revolução, diversas ferramentas e técnicas vão sendo 
desenvolvidas e, ao mesmo tempo, estratégias são estabelecidas no sentido de tornar 
a produção cada vez mais eficiente e eficaz, culminando no momento atual, onde é 
crucial a existência, em qualquer organização, de um bom sistema de gestão da 
produção e operações, totalmente integrado com o sistema de gestão da qualidade e 
também com o gerenciamento da cadeia de suprimentos. 
Passamos a ver, então, a estrutura do sistema de produção ou da função produção, em 
que analisamos as demais funções dentro de uma organização, dividindo-as em 
funções principais e de apoio para o sistema de produção, estabelecendo suas inter-
relações. 
O sistema de produção utiliza de entradas para, através do processo de transformação, 
produzir saídas. Esse modelo é denominado input-transformação-output. As entradas 
podem ser: Materiais, consumidores ou informações e as saídas são bens físicos ou 
serviços. 
REFERÊNCIAS 
CAMPOS, V. F. TQC Controle da Qualidade Total (No Estilo Japonês). 8ª ed. Belo 
Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços LTDA, 2004. 
CHASE, R. B.; AQUILANO, N. J.; JACOBS, F. R. Administração da produção para a 
vantagem competitiva. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: 
McGraw-Hill, 1983. 
KOTLER, Philip. Marketing Essencial. São Paulo: Pearson, 2007. 
LEITE, Gildo Costa. Administração da produção: a evolução com a ferramenta de 
melhoria contínua no Brasil e Japão. 20 fev. 2006. 
MOREIRA, D. A. Administração da produção e operações. São Paulo: Thomson 
Learning, 2006. 
 
 
 
 
14 
 
 
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; et al. Administração da produção. Edição compacta. São 
Paulo: Atlas, 2006.

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