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Slides de Aula - Unidade II(2)

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Unidade II 
ORIENTAÇÃO E PRÁTICA DE 
PROJETOS DE ENSINO 
FUNDAMENTAL
Profa. Eliana Chiavone Delchiaro
Objetivos da Unidade II
 Explicitar as formas de organizar o 
tempo didático através da metodologia 
de projetos e outras modalidades 
presentes no cotidiano escolar.
A fábula da convivência
 Durante uma era glacial muito remota, 
quando parte do globo terrestre esteve 
coberto por densas camadas de gelo, 
muitos animais não resistiram ao frio 
intenso e morreram indefesos, por não 
se adaptarem às condições do clima 
hostil.
 Foi então que uma manada de 
porcos-espinhos, em uma tentativa de se 
proteger e sobreviver, começou a se 
unir, ajuntar-se mais e mais. Assim, cada 
um podia sentir o calor do corpo do 
outro. E todos juntos, bem unidos, 
aqueciam-se naquele inverno 
tenebroso.
A fábula da convivência
 Porém, a vida ingrata, os espinhos de 
cada um começaram a ferir os 
companheiros mais próximos, 
justamente aqueles que forneciam mais 
calor, aquele calor vital, questão de vida 
ou morte.
 E afastaram-se feridos, magoados e 
sofridos. Dispersaram-se por não 
suportarem por mais tempo os espinhos 
de seus semelhantes. Doíam muito...
 Mas essa não foi a melhor solução.
 Afastados, separados, logo começaram a 
morrer congelados.
A fábula da convivência
 Os que não morreram voltaram a se 
aproximar, pouco a pouco, com jeito, 
com preocupações, de tal forma que, 
unidos, cada qual conservava uma certa 
distância do outro, mínima, mas 
suficiente para conviver sem magoar, 
sem causar danos recíprocos.
 Assim, suportaram-se, resistindo à longa 
era glacial.
 Sobreviveram.
Função social das escolas
“Entendendo que a função da escola não é 
só ‘transmitir conteúdos’, mas também 
facilitar a construção da subjetividade para 
as crianças e adolescentes, de maneira que 
tenham estratégias e recursos para 
interpretar o mundo no qual vivem e 
sintam-se parte dele, precisamos com 
urgência rever a forma como estamos 
trabalhando.” 
(HERNÁNDEZ, 1998)
Como será a realidade das escolas 
brasileiras?
 Mais uma vez somos obrigados a 
reconhecer que ainda temos na escola 
uma incoerência entre a teoria e a prática. 
 Embora tenhamos uma flexibilização 
curricular indicada pela LDB (art. 15), que 
permite um trabalho mais aberto, a escola 
continua autoritária, difundindo um 
conhecimento fragmentado, imposto, 
memorizado, confrontando-se com a 
exigência do mundo globalizado, que é a 
formação de um indivíduo inteiro, capaz 
de estabelecer relações, criativo, que se 
torne apto para resolver desafios e viver 
num mundo conectado. 
(KLEIMAN e MORAES, 2002)
Como responder a esses 
questionamentos?
 Como equacionar estas duas situações: 
de um lado, a escola difunde um 
conteúdo fragmentado e, do outro, a 
sociedade exige um homem por inteiro?
 Como enfrentar essa realidade?
 Que saída podemos encontrar para 
romper com um currículo que fragmenta 
o conhecimento?
Modalidades organizativas do 
tempo didático
Atividades permanentes:
 Sistemáticas e intencionais.
 Marca principal é a regularidade.
 São suportes para outras propostas mais 
complexas.
 Favorecem o intercâmbio de 
informações e ampliam as relações 
vividas entre os colegas da classe.
Modalidades organizativas do 
tempo didático
Atividades ocasionais:
 São situações esporádicas.
 São assuntos importantes que devem 
ser trabalhados, mas variam e se 
resumem a uma única atividade.
 Devem ser planejadas com 
intencionalidade e antecedência.
 Exemplos de atividades ocasionais: 
programar visitas a recursos naturais, 
culturais, visitas diversas, estudos do 
meio, uma campanha sobre saúde etc.
Modalidades organizativas do 
tempo didático
Atividade sequenciada ou sequência 
didática:
 Conjunto de atividades planejadas e 
orientadas com o objetivo de promover 
aprendizagens específicas.
 O critério é o nível de dificuldade.
 A sequência apresenta problemas que a 
criança deverá resolver de diferentes 
modos: fazendo, pensando, 
experimentando, afirmando, perguntando 
etc.
 Ao contrário das atividades permanentes, 
essas sequências têm duração 
limitada.
Vamos conhecer mais sobre a 
metodologia de projetos?
 Os projetos são sequências de ações 
organizadas por um determinado 
propósito e que culminam na elaboração 
de um produto final compartilhado com o 
grupo de alunos. Sua duração pode 
variar conforme o objetivo, o desenrolar 
das várias etapas, o desejo e o interesse 
pelo assunto tratado.
 Eles têm o mérito de articular propósitos 
didáticos e comunicativos, colocando 
em ação um propósito relevante pela 
perspectiva do aluno. Eles 
contextualizam conteúdos de forma 
interdisciplinar.
Artigo 13 das Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para 
a Educação Básica
I. Concepção e organização do espaço 
curricular e físico que se imbriquem e 
alarguem, incluindo espaços, ambientes 
e equipamentos que não apenas as salas 
de aula da escola, mas, igualmente, os 
espaços de outras escolas e os 
socioculturais e esportivo-recreativos do 
entorno, da cidade e mesmo da região. 
(grifo nosso)
 Que tal começar pela reorganização da 
sala de aula do Ensino Fundamental?
Inspiração na Educação Infantil
“Está na hora de pensarmos numa 
organização espacial mais voltada para os 
interesses e autonomia das crianças, 
quebrando o paradigma das carteiras 
perfiladas, móveis fixos, armários 
chaveados e um aluno dependente do 
adulto para qualquer atividade.”
(BARBOSA e HORN, 2008)
Cantos diversificados
 Podemos buscar inspiração na 
Educação Infantil, que desenvolve um 
trabalho muito interessante. 
 A sala de aula é transformada em cantos 
de atividades diversificadas. O espaço 
organizado num contexto temático com 
cantos e recantos permite o livre trânsito 
das crianças, proporcionando autonomia 
intelectual e liberdade de escolhas. 
 Um ambiente rico e instigante sugere 
possibilidades de descobertas e o 
desenvolvimento de projetos. 
(BARBOSA e HORN, 2008, p. 51)
Interatividade 
A organização do currículo por projetos é uma das 
propostas para o desenvolvimento integral do ser humano. 
Portanto, na sua realização deve-se considerar a elaboração 
de projetos:
a) Que sejam integrados, interdisciplinares, fruto de 
planejamento conjunto, com participação ativa e 
compartilhada de todos os envolvidos, considerando-se, 
também, a realidade sociocultural e os interesses dos 
alunos.
b) Que priorizem os programas governamentais como 
forma de atingir os índices satisfatórios de 
aprendizagem.
c) Com um tema comum, de interesse pessoal, previamente 
aprovado pelo conjunto dos professores. 
d) Que reorganizem os espaços educativos como forma de 
manter a disciplina dos alunos na escola. 
e) Que sejam interligados com as necessidades dos 
educadores, tendo em vista as precárias condições de 
trabalho em que se encontram. 
Resposta
A organização do currículo por projetos é uma das 
propostas para o desenvolvimento integral do ser humano. 
Portanto, na sua realização deve-se considerar a elaboração 
de projetos:
a) Que sejam integrados, interdisciplinares, fruto de 
planejamento conjunto, com participação ativa e 
compartilhada de todos os envolvidos, considerando-se, 
também, a realidade sociocultural e os interesses dos 
alunos.
b) Que priorizem os programas governamentais como 
forma de atingir os índices satisfatórios de 
aprendizagem.
c) Com um tema comum, de interesse pessoal, previamenteaprovado pelo conjunto dos professores. 
d) Que reorganizem os espaços educativos como forma de 
manter a disciplina dos alunos na escola. 
e) Que sejam interligados com as necessidades dos 
educadores, tendo em vista as precárias condições de 
trabalho em que se encontram. 
Projetos: resgate histórico
 Escolhemos os estudos de Maria da 
Graça Souza Horn e Maria Carmen 
Silveira Barbosa (2008)* para subsidiar 
nossos estudos.
 O uso da palavra projeto é antigo, 
provavelmente surgiu em Florença, no 
período do Renascimento, com o 
nascimento dos esboços de projetos 
técnicos, como por exemplo, da 
arquitetura e da engenharia mecânica, 
usados como antecipações metódicas
(“Projetos Pedagógicos na Educação Infantil”. 
Editora Artmed: Porto Alegre, 2008)
Projetos: resgate histórico
 No Iluminismo também surgem 
discussões sobre projetos sociais com o 
objetivo de usar o conhecimento para se 
pensar em uma vida melhor para o 
futuro. 
 O próprio Emílio, de Rousseau, era um 
projeto educacional inovador para a 
época, que detinha uma visão 
revolucionária de criança.
Projetos: resgate histórico
 No período entre os séculos XIX e XX, o 
movimento denominado Escola Nova, 
representado por Decroly, Montessori e 
Dewey, entre outros, fez uma crítica à 
escola tradicional e procurava criar 
formas de organizar o ensino que tivesse 
como característica a integração dos 
conhecimentos. 
 No Brasil esse movimento foi 
coordenado por educadores expressivos 
como Lourenço Filho e Paschoal Lemme, 
que criaram o documento “Manifesto dos 
Pioneiros pela Educação”, em 1932. 
Projetos: resgate histórico
 Tivemos outras experiências com 
Decroly e os centros de interesse; com 
Dewey e seu seguidor Kilpatrick tivemos 
o nascimento dos projetos.
 Dewey defendia que os seres humanos 
têm desejo de aprender e conhecer, e a 
partir de suas dúvidas buscam respostas 
e explicações válidas para os seus 
questionamentos. 
 A partir dessa premissa, a escola deveria 
auxiliar a criança a compreender o 
mundo por meio de pesquisa e debates. 
A participação da comunidade e da 
família eram consideradas 
importantes.
Projetos: resgate histórico
 Dewey (1959, p. 47)* é considerado o 
grande responsável por essa pedagogia, 
pois ele dizia que preparar uma criança 
para a vida seria colocá-la em condições 
de projetar, de buscar meios de realizar 
seus próprios empreendimentos e de 
realizá-los pela própria experiência. 
 Ele afirmava que “projetar e realizar é 
viver em liberdade”.
(*DEWEY, John. “Vida e Educação”. São Paulo: 
Melhoramentos,1959)
Projetos: resgate histórico
Para Horn e Barbosa (2008):
 No século XX várias escolas americanas 
tentaram implantar o trabalho com 
projetos, mas enfrentaram entraves como 
o ensino tradicional, que devido a uma 
densa programação de conteúdos 
fragmentados e impostos, conflitava com 
a proposta.
 Outro fator prejudicial foi o rigor na 
previsão de tempo para a duração do 
projeto. Antes mesmo de implantá-lo, o 
seu prazo já estava predeterminado, o que 
se tornava incoerente com a ideia original,
ou seja, a de respeitar o tempo
de interesse dos envolvidos.
E por fim
 Na tentativa de incorporar os conteúdos 
e o controle do tempo, a proposta foi 
adaptada para outro modelo de 
organização de ensino chamada 
unidades de ensino, as quais 
abandonaram os princípios importantes 
dos projetos, transformando-se em 
unidades didáticas, com temas e tempo 
controlados, e a centralidade das 
decisões ficava a cargo dos adultos.
Projetos aproximam-se dos temas 
geradores de Paulo Freire
 A proposta de trabalho partia dos 
interesses e das necessidades dos 
alunos, tomando como referência a 
realidade socioeconômica deles e era 
associada aos conteúdos e às 
habilidades a serem desenvolvidas.
 Podemos dizer que os projetos foram 
pensados com objetivo de romper com o 
modelo tradicional de ensino e seus 
criadores. Conforme confirmam as 
autoras, buscavam a inovação e tinham a 
convicção de romper com o modelo 
tradicional vigente.
Comparação com base em 
Hernández e Ventura (1998)
 O quadro presente no livro-texto traz 
uma comparação dos modos de 
organizar o ensino ao longo da história, 
conforme já explanamos. Nele pode-se 
observar as diferenças e as semelhanças 
mais relevantes entre os modelos: tema 
gerador, unidade didática, centro de 
interesse e projetos. 
 A comparação transcrita está baseada 
em Hernández e Ventura (1998) no livro 
“A organização do currículo por projetos 
de trabalho: o conhecimento é um 
caleidoscópio” e consta também em 
Barbosa e Horn (2008, pp. 20-21).
Comparação com base em 
Hernández e Ventura (1998)
 Tema gerador.
 Unidade didática.
 Centro de interesses.
 Projetos.
Parafraseando Hernández (1998)
 Atualmente, estamos ajudando nossos 
alunos a globalizar, a estabelecer 
relações entre os diferentes 
conhecimentos a partir do trabalho que 
estamos fazendo na sala de aula?
Atenção à reflexão dos autores!
 Quando não se compreende o que se 
aprende, não há uma boa aprendizagem, 
isso indica a necessidade de se 
reorganizar o currículo a partir de uma 
nova abordagem, por que não? 
 Os projetos de trabalho.
 Portanto, mudar a forma de se trabalhar 
a organização do currículo é mudar a 
organização do espaço e do tempo. São 
questões que envolvem o entendimento 
da função da escola como geradora de 
cultura e não só de aprendizagem de 
conteúdos. 
(HERNÁNDEZ, 1998, p. 32)
Considerando que:
 Não é recente na história da educação a 
pedagogia de projetos.
 Voltamos a tratar deles hoje, diferente do 
formato proposto pelos escolanovistas.
 Há necessidade de se modificar a 
estrutura e a organização da vida 
escolar, tendo em vista a dinâmica da 
sociedade contemporânea.
 Conclui-se que os projetos podem ser 
uma forma de se trabalhar os conteúdos 
de forma integrada e interdisciplinar.
Outros argumentos são necessários 
para revigorar a pedagogia dos 
projetos 
“O currículo globalizado e interdisciplinar 
converte-se assim em uma categoria 
‘guarda-chuva’ capaz de agrupar uma 
variedade de práticas educacionais 
desenvolvidas nas salas de aula, e é um 
exemplo significativo do interesse em 
analisar a forma mais apropriada de 
contribuir para melhorar os processos de 
ensino aprendizagem.”
(SANTOMÉ apud BARBOSA e HORN. 2008, p. 44)
Novas formas de aprender
 O conhecimento é socialmente construído 
nas interações entre os sujeitos e o 
ambiente físico e social do qual fazem 
parte:
“Não só a escola, mas todo o ambiente 
ensinar-aprender significa criar cultura”.
(BARBOSA e HORN, 2008)
Nova forma de organização do 
conhecimento e da gestão do tempo 
e do espaço na escola
“O tempo é pensado em períodos de 
trabalho, onde o que se valoriza é o que 
cada aluno vai aprendendo, pois ele se 
torna responsável pela sua aprendizagem, 
tendo no professor um mediador, 
juntamente com a participação de outros 
alunos.” 
(HERNÁNDEZ, 1998)
A organização curricular por 
projetos de trabalho leva em conta a 
ideia de integrar os conhecimentos
 Não é uma tarefa fácil mudar. A escola 
tem ainda que construir muitos 
caminhos e depende dos profissionais 
docentes, das expectativas das famílias 
e das políticas públicas e 
governamentais para concretizar 
mudanças que envolvem rever 
estruturas consolidadas há muitas 
décadas.
Interatividade
De acordo com os estudos apresentados, 
são modalidades organizativas da 
aprendizagem:I. Projetos.
II. Sequências didáticas.
III. Atividades permanentes.
IV.Atividades ocasionais.
Escolha o(s) item(ns) correto(s):
a) I e II 
b) III e IV
c) I, apenas
d) IV, apenas
e) Todos os itens.
Resposta
De acordo com os estudos apresentados, 
são modalidades organizativas da 
aprendizagem:
I. Projetos.
II. Sequências didáticas.
III. Atividades permanentes.
IV.Atividades ocasionais.
Escolha o(s) item(ns) correto(s):
a) I e II 
b) III e IV
c) I, apenas
d) IV, apenas
e) Todos os itens.
Conceito
 Vamos conhecer o significado da palavra 
projeto?
 A palavra projeto vem do latim projectu, 
que significa colocar adiante, lançar-se à 
frente. 
 É uma ação intencional, um plano de 
ação que propõe algo, que se antecipa 
em um esboço que se concretiza por 
várias representações, sejam elas 
desenhos, textos, cálculos, plantas com 
vistas a vislumbrar a passagem do 
intencional para se tornar real.
Para Machado apud Barbosa e Horn 
(2008, p. 32)
 Projetar é uma das características do 
homem:
“Os sonhos, as ilusões e as utopias são 
essenciais para alimentar a imaginação 
quando se pensa na elaboração de 
projetos, mas é o caráter operatório dos 
projetos que os distingue das utopias.”
(MACHADO, Nilson. “Educação: projetos e 
valores”. São Paulo: Escrituras, 2000)
Diferentes denominações para 
projetos
 Projeto político-pedagógico.
 Projeto de trabalho pedagógico.
 Projeto pedagógico.
 Projeto didático.
 Projeto de trabalho, entre outros nomes.
E as siglas que esses nomes representam?
Cuidado com os modismos!
 O modismo dos projetos tem sido 
representado nas escolas por projetos 
temáticos que envolvem um trabalho em 
grupo com um tema, como a Copa ou as 
Olimpíadas, ou ainda um projeto do meio 
ambiente. 
 Muitas vezes, esses “projetos” se 
resumem a um cartaz enfeitado para 
emoldurar as paredes das salas de aula. 
São na maioria reducionistas e 
superficiais na aquisição do 
conhecimento.
Barbosa e Horn (2008) nos alertam 
que o projeto:
 Tem como marca a inovação, mas isso 
não significa que devemos imputar a 
essa marca um poder mágico na 
metodologia que ele abarca, existem 
preceitos básicos dos quais não 
podemos nos esquecer.
 Dá um sentido novo na forma de 
aprender, mas outras possibilidades 
devem ser levadas em conta, 
dependendo do momento e da natureza 
dos conhecimentos.
 Vamos verificar os pontos em comum 
em um projeto?
Barbosa e Horn (2008, p. 33) 
apontam que no âmbito educativo
 Alguns momentos decisivos são 
universais na sua elaboração e estão 
presentes em quase todos os projetos. 
São eles:
 A definição do problema.
 O planejamento do trabalho.
 A coleta, a organização e o registro.
 A avaliação e a comunicação.
Projetar, portanto, vai além do 
sonho, da utopia
Nogueira (2002) criou um roteiro de ações 
para a implantação de um projeto e ainda 
esclarece que esse roteiro é o que 
diferencia um projeto de trabalho de um 
projeto temático, a saber:
1. Ter clareza nos objetivos.
2. Elaborar.
3. Planejar e definir um percurso.
4. Levantar hipóteses e fazer 
investigações.
5. Executar e replanejar, se necessário.
6. Apresentar e avaliar.
A palavra chave é participação
 Um projeto não é um plano de trabalho 
ou um conjunto de atividades 
justapostas.
 Ele é uma intervenção pedagógica que 
tem um sentido claro, ou seja, é uma 
necessidade de aprendizagem de 
situações-problemas reais e 
diversificadas.
 Permite, assim, que os alunos, ao 
participarem do processo, decidam, 
opinem, debatam, construam sua 
autonomia e seu compromisso com o 
social, formando-se como sujeitos 
culturais.
Para Hernández (1998)
 Os projetos de trabalho são 
possibilidades de se ressignificar os 
espaços de aprendizagem de forma que 
eles venham a contribuir para a 
formação de sujeitos ativos, reflexivos e 
participantes.
 Os projetos criam necessidades de 
aprendizagem de novos conteúdos, que 
poderão ser aprofundados e 
sistematizados em módulos de 
aprendizagem, que por sua vez irão 
repercutir sobre as situações e as 
intervenções dos alunos em outros 
momentos da vida escolar.
Nogueira (2002) diz que projeto é
“uma ação de investigação que possa 
propiciar a interação do sujeito aprendiz 
com meio e com o objeto de conhecimento, 
gerando por consequência a pesquisa, 
criação, elaboração, depuração, (re) 
elaboração e múltiplas aquisições.”
 Projetos de trabalho ou projetos 
didáticos
 os que são desenvolvidos na sala de 
aula, aqueles elaborados pelo professor 
a partir e com a participação dos alunos.
Projetos da escola
 Os projetos da escola são aqueles que 
envolvem as famílias, a comunidade 
escolar, as equipes docentes e técnica, 
por exemplo, o projeto 
político-pedagógico, ou os projetos 
organizados para serem trabalhados 
com as famílias e os alunos ou ainda só 
para a formação de pais.
 O projeto político-pedagógico é um 
conjunto de intenções que revelam uma 
concepção de mundo, sociedade e 
educação da escola.
Projeto político-pedagógico
 A sua construção envolve participação, 
compromisso e comprometimento de 
toda equipe escolar, pais e comunidade 
escolar. 
 Nesse trabalho, muitas reuniões são 
feitas para discussão e cabem as mais 
diversas questões no seu debate para a 
elaboração de um documento que 
expresse a “cara”da escola  define a 
carta de intenções das ações 
pedagógicas da escola.
Projeto político-pedagógico
 Que tipo de escola se quer construir: 
com que características, valores e 
diretrizes?
 Que tipo de aluno se quer formar, com 
que valores, conhecimentos, 
habilidades, capacidades para 
participarem da sociedade onde vivem?
 Como devem ser as relações com a 
comunidade escolar?
Nogueira (2002) traz em seu livro 
“Pedagogia dos projetos”
 Projetos Manguezais: importância da 
preservação.
 Projetos Pipas: um exemplo de projeto 
interdisciplinar.
 Projeto Centro Médico: um exemplo 
transdisciplinar.
 Exemplos de projetos sobre o sistema 
solar.
 Aniversário da cidade.
As etapas de um projeto, segundo 
Nogueira
 Sonhos, utopias, desejos e 
necessidades.
 Planejamento.
 Execução e realização.
 Depuração.
 Apresentação e exposição.
 Avaliação e crítica.
As etapas de um projeto, segundo 
Barbosa e Horn
 Definição do problema.
 Mapeamento de recursos.
 Coleta de informações.
 Sistematização e reflexão das 
informações.
 Documentação e comunicação do 
projeto.
Resumindo
Um projeto é:
“[...] uma abertura de possibilidades amplas 
e com vasta gama de variáveis, de 
percursos imprevisíveis, criativos, ativos, 
inteligentes acompanhados de uma grande 
flexibilidade de organização.”
(BARBOSA e HORN, 2008)
Interatividade
Uma característica significativa de um 
projeto de trabalho e que o diferencia das 
outras modalidades organizativas da 
aprendizagem é que ele conta com:
a) A determinação da secretaria de 
educação.
b) A decisão exclusiva do professor.
c) A participação ativa dos alunos no 
processo de seu desenvolvimento.
d) A influência da realidade local.
e) O suporte de recursos materiais da 
Associação de Pais e Mestres.
Resposta
Uma característica significativa de um 
projeto de trabalho e que o diferencia das 
outras modalidades organizativas da 
aprendizagem é que ele conta com:
a) A determinação da secretaria de 
educação.
b) A decisão exclusiva do professor.
c) A participação ativa dos alunos no 
processode seu desenvolvimento.
d) A influência da realidade local.
e) O suporte de recursos materiais da 
Associação de Pais e Mestres.
Interdisciplinaridade
 A proposta de se trabalhar com projetos 
vem superar a ideia linear e fragmentada 
dos currículos.
 Os projetos representam novas 
configurações curriculares, que 
favorecem a interação da escola com a 
realidade, evitando a transmissão do 
conhecimento e incentivando a 
formulação de perguntas e da pesquisa.
Interdisciplinaridade
 É vital que o professor compreenda a 
contribuição de cada área do 
conhecimento na construção dos 
saberes dos alunos, permitindo com isso 
um diálogo entre as disciplinas. 
 No entanto, dizer que a 
interdisciplinaridade se resume à tarefa 
de criar uma integração entre as 
disciplinas é perder-se no conceito, 
empobrecê-lo. 
 A interdisciplinaridade é marca do 
trabalho coletivo na medida em que 
aborda a intersubjetividade.
Vamos entender melhor o que isso 
significa?
 A interdisciplinaridade combate a 
fragmentação do conhecimento entre os 
diferentes campos do saber, que apenas 
informa o aluno do conhecimento 
histórico produzido.
 Os currículos conduzem os alunos a um 
acúmulo de informações e a cada dia 
novas disciplinas se agregam a ele, 
avolumando ainda mais os 
conhecimentos a serem organizados e 
sistematizados.
Vamos entender melhor o que isso 
significa?
“Com a adoção de novas metodologias de 
trabalho, algumas escolas têm abandonado 
o currículo tradicional e dado ênfase a 
novos conhecimentos, pautados no senso 
comum, considerados mais atuais. 
Esquecem-se, com isso, que essa atitude é 
conservadora, pois pode gerar prepotência 
ainda maior que o conhecimento 
científico.” 
(FAZENDA, 2001, p. 17)
Vamos entender melhor o que isso 
significa?
Fazenda (2001) continua:
“o senso comum, quando interpenetrado do 
conhecimento científico, pode gerar 
racionalidades – o conhecimento não seria 
privilégio de um, mas de vários.”
 Isso significa dizer que o pensar disciplinar 
tenta um diálogo com outras formas de 
conhecimento, deixando-se interpenetrar 
por elas. Aceita-se o senso comum como 
válido, ampliado através do diálogo com o 
conhecimento científico. Assim, em um 
projeto, causa e intenção se fundem, 
conseguindo captar a profundidade das 
relações entre as pessoas e as 
coisas.
Fazenda (2001) reforça:
 O projeto sob essa ótica não se orienta 
para produzir, mas como um ato de 
vontade. 
 O projeto interdisciplinar “não se ensina, 
nem se aprende, vive-se, exerce-se”. 
Isso exige entender a passagem da 
subjetividade para a intersubjetividade, 
quando o envolvimento e o desejo de 
busca de um contaminam o outro e o 
grupo, reelaborando-se a busca de um 
novo conhecimento, que não é interesse 
e nem privilégio de alguns, mas de 
todos.
Metáfora da Professora Sandra 
Lúcia Ferreira
 Compara a compreensão de 
interdisciplinaridade ao conhecimento de 
uma sinfonia. 
 Com objetivo de executá-la, é necessária 
a integração de muitos elementos: os 
instrumentos, as partituras, os músicos, 
o maestro, o público e os equipamentos 
eletrônicos, entre outros. 
 Organizada a orquestra, todos os 
elementos são igualmente importantes, 
pois eles se ligam em um todo, em um 
movimento contínuo, equilibrado. 
 O projeto é o mesmo para todos, ou seja, 
o foco é a execução da música.
Metáfora da Professora Sandra 
Lúcia Ferreira
 Todavia, cada uma das partes desse 
projeto tem sua marca, sua 
individualidade. 
 Para a sinfonia se concretizar, é preciso 
contar com a participação de seus 
envolvidos, da harmonia do maestro e a 
expectativa dos que a assistem para a 
composição de um todo integrado.
Assim é a interdisciplinaridade:
 É a integração das muitas ciências, 
como possibilidade de enriquecer e 
ultrapassar a construção dos muitos 
elementos que compõem o 
conhecimento. 
 A interdisciplinaridade tem a 
característica de integrar todos os 
elementos do conhecimento, mas 
pressupõe ainda um movimento 
ininterrupto, criando outros pontos de 
discussão, reinventando-se , buscando 
novas combinações e desdobramentos 
entre as pessoas que participam dessa 
busca.
A sinfonia então não termina...
... ela se recria, transforma-se, combinando 
cada um dos seus elementos, respeitando a 
sua ideia norteadora por eixos comuns: a 
intenção, a humildade, o respeito pelo 
outro, a totalidade, a consciência da 
importância do diálogo. 
 Sem esses elementos não estaríamos 
aprendendo uma atitude interdisciplinar 
que é pensar que um fato ou 
acontecimento nunca é isolado, mas 
uma consequência da relação entre 
muitos fatos. 
(FERREIRA, 2001, pp. 33-34)
Exemplo de uma prática 
interdisciplinar
 A pipa
(NEIRA, 2008, pp. 88-89)
Para Ferreira (2001, p. 35), a 
interdisciplinaridade é: 
 “norteada por quatro eixos básicos: a 
intenção, a humildade, a totalidade, o 
respeito pelo outro [...]”. A autora explica 
que um fato nunca está sozinho, mas ele 
é consequência da relação entre muitos 
outros fatores.
 Complementando, Fazenda (1993) diz: é 
importante considerar a necessidade de 
se assumir uma nova postura diante do 
conhecimento, ou seja, o ponto de 
partida e chegada de uma prática 
interdisciplinar depende da ação do 
diálogo que acontece entre as 
disciplinas e os sujeitos da ação.
Interdisciplinaridade
 Integra horizontalmente os conteúdos, 
superando a fragmentação deles e 
aponta para a construção de um 
currículo mais vivo, articulado e 
participativo.
 Diante do exposto, retornamos o início 
da unidade II com a reflexão da fábula da 
convivência, ao se abordar a importância 
de sentir-se componente de um todo e 
que para isso precisamos nos 
desintegrar no outro e integrar-nos 
novamente, em um movimento que 
envolve a unidade e a totalidade, a razão 
e o humano.
Resumindo
O projeto de trabalho é uma modalidade 
organizativa do tempo didático que visa: 
 Compartilhar objetivos mediante um 
propósito educacional.
 Elaborar um produto final que possa ser 
partilhado, divulgado.
 A organização/planejamento de etapas 
de trabalho em que todos devem se 
envolver.
 Comprometer todos os envolvidos, pois 
suas ideias, intenções e desejos estão 
circulando pelo projeto, constituindo e 
estruturando o projeto.
O projeto de trabalho visa
 Promover o trabalho cooperativo, já que 
é preciso tomar decisões.
 Discutir ideias e avaliar em conjunto.
 Ampliar o conhecimento de um 
determinado saber, informação, 
situação, acontecimento.
 Ter como referência inicial o 
levantamento de dados conhecidos, 
evidenciados em uma dada situação 
(conhecimentos prévios do grupo).
Por que trabalhar com projetos?
 Porque eles propiciam aprendizagens 
significativas, tiram o aluno da 
passividade, vão além do conteúdo 
conceitual, permitem uma formação mais 
ampla, auxiliam no desenvolvimento 
como um todo e oferecem a 
aprendizagem em diferentes áreas: 
emocional, social, afetivo, motor e 
cognitivo.
Por que trabalhar com projetos?
 O trabalho com projeto favorece o aluno, 
pois o coloca no centro da atenção 
pedagógica. Parte da ideia das crianças, 
simboliza uma aprendizagem mais 
significativa, impulsiona o 
desenvolvimento e a autonomia do 
aluno, criam-se aulas dialogadas que 
partem de necessidades, problemas, 
perguntas e hipóteses dos alunos e ele 
nunca é um planejamento de passos 
fechados.
Interatividade
Do que aprendemos, cabe à disciplina OPPEF,em 
relação à formação do futuro professor:
I. Contribuir para a construção de novos 
modelos didáticos.
II. Colaborar para a solidificação das informações 
adquiridas durante seu processo escolar.
III. Ajudá-lo a compreender que o ponto de partida 
é o conhecimento prévio do aluno.
A única resposta correta é:
a) I, II, III. 
b) I e II. 
c) Apenas a III.
d) Apenas a II.
e) I e III.
Resposta
Do que aprendemos, cabe à disciplina OPPEF, em 
relação à formação do futuro professor:
I. Contribuir para a construção de novos 
modelos didáticos.
II. Colaborar para a solidificação das informações 
adquiridas durante seu processo escolar.
III. Ajudá-lo a compreender que o ponto de partida 
é o conhecimento prévio do aluno.
A única resposta correta é:
a) I, II, III. 
b) I e II. 
c) Apenas a III.
d) Apenas a II.
e) I e III.
ATÉ A PRÓXIMA!

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