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Síndromes Articulares

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Síndromes Articulares
Referência: Goldman-Cecil Medicina
Maria Luíza Lacerda - 23/03/22
febre reumática aguda
● sequela retardada de uma infecção
por GAS (estreptococos do grupo A)
● manifestações = artrite, cardite,
coréia, nódulos subcutâneos e
eritema marginal
● epidemiologia
○ mais frequente em países
subdesenvolvidos
○ quase inexistente em países
desenvolvidos
○ melhores condições de vida →
menor sobrelotação e maior
higiene → menor transmissão
de GAS
○ “doença vinculada à pobreza”
Critérios de Jones
● diagnóstico de FRA
○ 2 critérios principais
○ 1 critério principal + 2 critérios
menos importantes + evidência
de infecção estreptocócica
● critérios principais
○ poliartrite migratória =
inflamação migrante
temporária das grandes
articulações; começa nas
pernas (joelho, tornozelo) e
migra para cima; assimétrica
○ cardite = inflamação do
músculo cardíaco → ICC,
pericardite com atrito ou novo
sopro cardíaco
○ nódulos subcutâneos =
coleções de fibras colágenas
sobre os ossos ou tendões;
comuns no punho, cotovelo e
joelhos
○ eritema
marginado
= máculas
que se
iniciam no
tronco ou
braços e se
disseminam
para fora
clareando
no meio
○ coréia de sydenham =
movimentos involuntários da
face e braços; ocorre mais
tardiamente na doença
● critérios menos importantes
○ febre
○ artralgia = dor nas
articulações sem inchaço
○ VSH ou CRP aumentados =
velocidade de
hemossedimentação e
proteína C-reativa (reagentes
de fase aguda)
○ leucocitose
○ ECG com características de
bloqueio cardíaco
○ evidência de apoio de infecção
estreptocócica
○ episódio anterior de FR ou
doença cardíaca inativa
artrite reumatoide
● doença inflamatória sistêmica
crônica
● etiologia desconhecida
● acomete primariamente o tecido
sinovial
● manifestações sistêmicas = fadiga,
febre baixa, anemia e elevação dos
reagentes de fase aguda (VHS ou
PCR)
● epidemiologia
○ prevalência de 1% nos adultos
○ prevalência nas mulheres 2-3x
maior que nos homens
○ componente genético
significativo
● inflamação generalizada envolve o
endotélio vascular → aterosclerose
prematura
● sinovite (proliferação dos tecidos
sinoviais) → produção excessiva de
líquido sinovial → infiltração do
pannus no osso e cartilagem
adjacentes → destruição da
cartilagem e do osso marginal ou
ruptura da cápsula articular ou dos
tendões e ligamentos →
deformidades e incapacidade
● manifestações articulares (em ordem
de início)
○ articulações
metacarpofalangianas (MCFs)
○ articulações interfalangianas
proximais (IFPs)
○ articulações
metatarsofalangianas (MTFs)
○ punhos
*síndrome do túnel
do carpo = causada
pela compressão
do nervo mediano
pelo edema
(proliferação
sinovial) no punho
○ grandes articulações = joelhos,
tornozelos, cotovelos, quadris
e ombros → acometimento
simétrico (lado do corpo e
superfície de cada articulação)
● manifestações extra-articulares
○ nódulos reumatóides na pele
○ vasculite reumatóide
○ ceratoconjuntivite seca
○ Síndrome de Felty = AR +
esplenomegalia + neutropenia
● curso clínico
○ início = dor insidiosa, rigidez
ou edema em articulações
pequenas
○ rigidez matinal ou após longos
períodos de repouso
● diagnóstico = sintomas + presença
de inflamação (edema e/ou calor) no
exame das articulações
lúpus eritematoso sistêmico
● doença autoimune multissistêmica →
danos teciduais
● heterogênea = várias combinações
de manifestações clínicas
● evolução clínica com períodos de
exacerbações e remissões
● epidemiologia
○ mais frequente em mulheres
(15-44 anos)
● manifestações clínicas
○ fadiga, cefaleia, perda de peso,
febre, artralgia generalizada,
mialgia e linfadenopatia
○ erupção eritematosa facial
com distribuição em asa de
borboleta
○ lesões cutâneas discóides =
placas eritematosas com
cicatrizes centrais que podem
ser cobertas por descamação
(lúpus discóide) → associadas
à alopecia (apoptose das
células do folículo capilar)
○ mucosite → úlceras da mucosa
(bucal e palato superior)
○ artralgias e artrites não
erosivas = IFPs, MCFs, joelhos e
punhos
○ envolvimento renal = indicador
de pior prognóstico
○ pericardite e nódulos nas
valvas cardíacas
○ manifestações neurológicas e
psiquiátricas
● diagnóstico
○ 11 critérios para classificação
de pacientes com LES
■ erupção malar
■ erupção cutânea
discóide
■ fotossensibilidade
■ úlceras orais
■ artrite
■ serosite
■ distúrbio renal
■ distúrbio neurológico
■ distúrbio hematológico
■ distúrbio imunológico
■ anticorpo antinuclear
○ achados laboratoriais
■ TTPa prolongado =
presença de anticorpos
antifosfolipídios
■ ureia e creatinina
■ urina de 24h ou relação
proteína/creatinina
■ albumina sérica baixa →
proteinúria resistente e
GN membranosa
(nefrótica)
■ cilindros eritrocitários e
leucocitários na urina →
GN proliferativa
(nefrítica)
■ ASLO, VHS, PCR
■ FAN positivo
■ anticorpos anti-DNA de
dupla hélice = atividade
da nefrite lúpica
GOTA
● artrite inflamatória de origem
metabólica
● cristalização dos cristais de urato
monossódico mono-hidratado (UMS)
nas articulações
● hiperuricemia = urato sérico superior
a 6,8 mg/dL → pré-requisito para
desenvolvimento da gota
● epidemiologia
○ mais comum nos homens e
mulheres idosas
○ incidência mundial crescente
● curso clínico = monoartrite
intermitente ou oligoartrite nas
extremidades inferiores → poliartrite
crônica, destrutiva e debilitante
(articulações periféricas)
● manifestações clínicas = 3 estágios
○ hiperuricemia assintomática =
urato > 6,8 mas sintomas de
deposição do cristal ainda
não aparecem
○ gota intermitente aguda
■ décadas após a
hiperuricemia
■ rápido desenvolvimento
de calor, edema, eritema
e dor em uma ou duas
articulações
■ ataques iniciais
monoarticulares nas
articulações inferiores =
1ª MTF (podagra),
tornozelo, médio pé e
joelho
■ após anos, pode
envolver as articulações
superiores
■ sintomas sistêmicos =
febre, arrepios e mal
estar
○ gota crônica avançada
■ paciente não tratado
após 10 anos ou mais de
gota intermitente aguda
■ gota poliarticular
■ períodos livre de dor
desaparecem → dor
constante
■ tofos (nódulos de
cristais) subcutâneos em
qualquer zona do corpo
(mais frequentes nos
dedos, punhos,
pavilhões auriculares,
joelhos e tendão de
Aquiles)
■ nessa fase, pode ser
confundida com AR
● diagnóstico
○ microscopia de líquido sinovial
da articulação afetada =
presença de cristais em
formato de agulha
síndrome de sjögren
● doença autoimune sistêmica
● secreção de autoanticorpos e
infiltrados de linfócitos nas
glândulas salivares e lacrimais →
boca e olhos secos
● primária (SSp) = surge isolada ou
secundária (SSs) = surge na presença
de outras doenças autoimunes
sistêmicas (AR, LES, ES)
● epidemiologia
○ maior prevalência em mulheres
○ pico de incidência após a
menopausa
● manifestações clínicas
○ diminuição da secreção salivar
→ boca seca (xerostomia) e
maior incidência de infecções
orais
○ infecções fúngicas
○ diminuição do fluxo lacrimal e
composição lacrimal
deficitária → danos no epitélio
da córnea e da conjuntiva =
ceratoconjuntivite seca (olho
seco, xeroftalmia) → sensação
de grão de areia, irritação,
fotossensibilidade e secreções
purulentas no canto interno →
deficiência visual com perda
funcional
○ manifestações sistêmicas =
fadiga, febre baixa
○ poliartralgia, poliartrite
● achados laboratoriais
○ hipergamaglobulinemia
○ FAN e FR
○ anti-SSA/Ro
○ anti SSB/La = sempre presente
em conjunto com o SSA/Ro
○ VHS elevada
● diagnóstico
○ American-European
Consensus Group (AECG)
■ presença de infiltrados
linfocíticos focais em
pelo menos uma das
glândulas salivares
menores
■ presença de
autoanticorpos
anti-SSA/SSB
○ American College of
Rheumatology = presença de
pelo menos 2 dos 3 critérios
■ anti-Ro/SSA e/ou
anti-La/SSB positivos; FR
e FAN positivos
■ ceratoconjuntivite seca
de grau ≥ 3
■ sialadenite focal
(infecção bacteriana na
glândula salivar) com
infiltração linfocitária
osteoartrite
● sinônimos = doença articular
degenerativa, osteoartrose
● dor e perda funcional
● inflamação local das articulações
envolvidas
● não está associadaa um processo
inflamatório sistêmico
● forma mais comum de artrite
● deterioração progressiva de todas
as estruturas articulares e da
remodelação do osso subcondral
não essencialmente inflamatória
● epidemiologia
○ prevalência na população
idosa
○ maior incidência em mulheres
○ maior prevalência em
afro-americanos
○ fatores de risco não
modificáveis = idade,
componente genético
○ fatores de risco modificáveis =
obesidade, atividades
profissionais ou de lazer que
implicam trauma repetido ou
carga excessiva
● manifestações clínicas
○ dor limitada às articulações
afetadas, mas pode se tornar
generalizada
■ característica variável
■ fator de piora = uso da
articulação mais rígida
após longo período de
inatividade
■ doença avançada = dor
persistente que
perturba o sono
○ rigidez matinal breve (< 30
minutos)
○ instabilidade articular
○ limitação do movimento
● padrões de envolvimento articular
○ grandes articulações “de
carga” = joelho e quadril
■ desvio em varo =
compartimento medial
do joelho afetado
■ desvio em valgo =
compartimento lateral
do joelho afetado
■ dor piora ao subir
escadas =
compartimento
patelofemoral do joelho
afetado
○ quadril = dor sentida na virilha
e pode irradiar para a coxa
anterior e joelho
○ pé = 1ª MTF → joanetes
○ colunas lombar e cervical =
articulações apofisárias e
intervertebrais
○ pequenas articulações da mão
= IFDs (nódulos de Heberden),
IFPs (nódulos de Bouchard), 1ª
CMC (articulações
carpometacarpianas),
● diagnóstico
○ história clínica - anamnese e
exame físico
○ exames laboratoriais e de
imagem não são tão
essenciais para o diagnóstico
espondilite anquilosante
● protótipo do grupo das poliartrites e
oligoartrites com envolvimento axial
= espondiloartrites (EPA)
● distúrbio inflamatório mais comum
do esqueleto axial
● epidemiologia
○ maior prevalência em homens
○ sub-reconhecida em mulheres
○ início na fase de adulto jovem
● manifestações clínicas
○ oligoartrite periférica =
envolvimento assimétrico de
membros inferiores
○ apresentação clássica da EA =
lombalgia de início insidioso
que persiste por mais de 3
meses + rigidez matinal que
melhora com exercício, mas
não com repouso
○ dor na região das articulações
sacroilíacas, com ou sem
irradiação para as nádegas
○ menos comuns = dor na região
média da coluna torácica e
dor cervical à noite
○ inflamação inadequadamente
controlada → rigidez
persistente com perda da
mobilidade e da flexibilidade
○ manifestações
extra-articulares
■ envolvimento ocular =
uveíte anterior aguda
(irite) → discreto
comprometimento da
acuidade visual,
fotofobia e dor ocular
unilateral e recorrente
● diagnóstico
○ exame físico da coluna
vertebral = restrição de
movimentos → espasmo do
músculo paraespinal
○ anquilose (fusão) das
articulações zigoapofisárias
○ surgimento dos sindesmófitos
dos corpos vertebrais
○ teste de Schober positivo =
mede a mobilidade na região
lombar baixa
○ retificação da lordose lombar
○ hipercifose torácica
○ achados laboratoriais
■ VHS e PCR elevados, mas
valores normais não
descartam a doença
■ anemia da doença
crônica
○ exames por imagem
fibromialgia
● síndrome multissintomática
● dor crônica generalizada e cansaço
crônico inexplicado
● geralmente aparece após lesão
aguda, carga laboral repetitiva,
estresse persistente, infecções e
exposição a toxinas
● frequentemente associada a outras
doenças = AR, LES, SS, DII, OA
● comum em vítimas de estresse
pós-traumático
● epidemiologia
○ maior prevalência em mulheres
○ aumento progressivo de FM
com a idade
● manifestações clínicas
○ dor e rigidez generalizadas =
constante, agrava com
hiperatividade muscular
○ fadiga fácil ao esforço físico,
esforço mental e estressores
psicológicos
○ alteração do sono = sono não
restaurador (dormem o
suficiente, mas ainda assim
acordam cansados)
○ disfunção cognitiva e
psicológica
● diagnóstico
○ critérios de classificação do
American College of
Rheumatology = sintomas
persistem há pelo menos 3
meses + dor generalizada +
dor à palpação de 11 ou mais
de 18 pontos (9 pares)
esclerose sistêmica
● doença autoimune crônica do tecido
conjuntivo de causa desconhecida
● associada com morbidade
significativa e mortalidade
aumentada
● heterogênea, manifestações clínicas
variáveis
● esclerodermia = espessamento e
endurecimento da pele
○ simétrica
○ proximal às MCFs e MTFs
● também afeta os pulmões, o TGI, os
rins e o coração
● estágios iniciais = associada com
inflamação e autoimunidade
proeminentes
● manifestação precoce = fenômeno de
Raynaud
● classificada em dois subgrupos:
○ ES cutânea difusa (EScd)
■ envolvimento da pele
proximal nos cotovelos e
joelhos, incluindo o
tronco e as
extremidades distais
■ evolução rápida, logo
após o início do
fenômeno de Raynaud
■ fibrose de órgãos
internos é mais comum
○ ES cutânea limitada (EScl)
■ envolvimento cutâneo
restrito aos dedos das
mãos, dos pés,
extremidades distais e
face
■ tronco e extremidades
proximais poupados
■ Raynaud pode ser o
último sinal da doença
■ doença visceral é menos
comum
■ manchas hiper e
hipopigmentares “em sal
e pimenta”
■ pode ocorrer remissão
espontânea
● epidemiologia
○ predominância feminina
○ mais acentuada na idade
reprodutiva (30-50 anos)
○ maior incidência em
afro-americanos

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