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Questoes Criminais U1

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PERGUNTA 1
 Frederico entrou no ônibus com o intuito de assaltar o cobrador e levar todo o dinheiro do caixa. Deparou-se com o coletivo que continha apenas o motorista. Ao entrar no coletivo e sentar-se atrás de um casal de namorados, percebeu que ambos não tiravam os olhos da tela dos seus celulares que eram aparelhos de última geração e que poderiam valer um bom dinheiro. Aproximou-se do casal, mostrou o revólver que portava e mandou que entregassem os aparelhos, o que foi imediatamente feito pelos dois. Frederico guardou a arma e os celulares na mochila; e desceu do ônibus. Não contava que no local em que pediu para descer havia uma base da Polícia. As vítimas gritaram que era assalto e os policiais prenderam o meliante.
Com base nas informações fornecidas e no entendimento do STF sobre o tema, indique qual ou quais foram os crimes praticados por Frederico.
Frederico cometeu o crime de roubo com a majorante (2/3) pelo emprego da arma de fogo, conforme o artigo 157,§ 2°- A, inciso I do Código Penal., incluído lei 13.654/2018.
Conforme o entendimento da Súmula 582, do STJ e reiterado pelo STF, no HC 104.593/SP, “Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada”. “ 
No caso em tela o Frederico aproximou-se do casal, logrando os aparelhos das vítimas , ocorrendo à inversão da posse do objeto, no momento em que entregassem os celulares, mediante ameaça portando arma de fogo.
Por fim, logo em seguida Frederico os guardou tanto a arma quanto a os aparelhos na mochila e desceu do ônibus com o intuito de levar os aparelhos roubado do crime para um lugar seguro , constituindo o fato consumado de crime de roubo.  
Bibliografia: Tratado de Direito Penal Cesar Roberto Bitencourt, Parte geral, 23 d.
2 João está sendo investigado por crimes de estelionato em continuidade delitiva. Alegando a imprescindibilidade para as investigações, bem como o fato de João não ter residência fixa, o Delegado de Polícia representou ao juiz de direito requerendo a prisão temporária de João, a qual foi decretada, com a anuência do membro do Ministério Público.
A esposa de João o procurou para saber o que pode ser feito em seu favor e qual medida pode ser tomada.
A prisão temporária trata – se de uma modalidade de prisão cautelar voltada para a garantia e eficiência da investigação policial, uma vez ocorrido em determinados tipos de crimes graves. 
No entanto, caberá somente ao juiz para a decretação nesta modalidade pelo prazo de 5 dias, sendo se necessário nova decretação por mais 5 dias. Para tanto, se faz necessário observar os elementos descritos na lei 7.960/89 para que seja tipificado prisão temporária, que são:
I - Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;, II quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade, III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
Artigo 1° - Caberá prisão temporária nos casos:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;, II quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;,III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);,b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);,d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);,e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);,f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único);
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único);,h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único);,i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);,j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);,l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;, m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n. 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas típicas;,n) tráfico de drogas., o) crimes contra o sistema financeiro.
Contudo, conforme o caso supramencionado, o crime de estelionato cometido por João não consta previsto no rol da lei de prisão temporária 7.960/89, não havendo cabimento, bem como, fundamento do juízo para a decretação de prisão temporária face de João para este tipo de crime. 
Portanto o juiz bem como, o representante do membro do Ministério Público não agiram corretamente ao decretar prisão temporária sem o devido fundamento legal em homenagem a lei 7.960/89., podendo ser passível de se tornar uma ilegalidade de prisão ou abuso de poder, pois não atende nenhum dos requisitos da prisão temporária proferida a João, uma vez que João deveria responder por estelionato, artigo 171 CPP.
Assim, como na condição de advogada inicialmente, tomaria como medida requerer ao juízo a revogação da prisão temporária decretada, por não haver fundado motivo para a prisão provisória, pois não há sentido para o recolhimento cautelar de João, uma vez que ser a prisão a exceção e a liberdade a regra, conforme a garantia constitucional da presunção de inocência Art. 5º LVII ,CF/88, e por conseguinte, a pedir a absolvição de João com base no 386 CPP e incisos seguintes por não constituir fato de infração penal para prisão temporária.
Por fim, caso o juiz não entenda pela absolvição, poderia impetrar com ação autônoma de Habeas Corpus liberatório, com base no artigo, . Art.5º, LXVIII.CF/88
 e subsidiariamente que se aplique as medidas alternativas diversas de prisão conforme 319, 321 do Código de Processo Penal, para a concessão da liberdade plena do cliente João.

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