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Behaviorismo - breve resumo

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O Behaviorismo Radical, criado por Burrhus Frederic Skinner, surgiu em 1945 como uma proposta de diferenciação dos behavioristas nomeados como metodológicos e mediacionais. Nesta criação, além de desenvolver conceitos e princípios que buscavam situar o seu behaviorismo como uma filosofia da ciência do comportamento, ele criou e adotou recursos metodológicos e técnicos em uma ampla linha de pesquisa experimental em laboratório (CARVALHO NETO, 2002).
Neste sentido, o Behaviorismo Radical não seria, segundo Skinner, considerado uma teoria e sim uma filosofia, que forneceria as concepções teóricas, filosóficas e históricas para a ciência: Análise do Comportamento. Segundo Matos e Tomanari (2002), o Behaviorismo Radical deve ser considerado uma postura filosófica diante do mundo, diante da ciência e diante do conhecimento.
A Análise do Comportamento (AEC) é uma área da Psicologia, inserida nas Ciências Naturais. Os comportamentos, na ciência do comportamento, devem ser explicados por eventos naturais, que existem nas dimensões espacial e temporal. É considerada um modo de investigação do comportamento, que produz evidência científica. Ela seria, portanto, considerada o braço empírico do Behaviorismo Radical (CARVALHO-NETO; MATOS;
TOMANARI, 2002).
A Análise Aplicada do Comportamento, por outro lado, envolve a aplicação, administração e produção de tecnologias comportamentais aplicadas, intervenções em diferentes áreas de atuação do psicólogo (na clínica, saúde, organizacional, social, educacional, jurídica, esportiva, entre outras) e de outros profissionais. Tem sido muitas vezes nomeada como Terapia Comportamental, Medicina Comportamental ou somente Análise do Comportamento.
As três subáreas estão inter-relacionadas em um processo contínuo de alimentação recíproca, na qual as ciências básica e aplicada, produziriam conhecimento que, de forma contínua, alimentaria a filosofia da ciência, o Behaviorismo Radical visando, ao longo da história, uma vasta produção científica de conhecimentos advindos de pesquisas e intervenções, que juntos corroboram com o progresso da assim chamada Ciência do Comportamento.
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BEHAVIORISMO METODOLÓGICO – Abordagem psicológica que, em função do método científico do início do séc. XX, restringia o objeto da Psicologia apenas aos comportamentos publicamente observáveis. Buscava superar o dualismo mente-corpo e não estudava os chamados processos mentais, por serem objetivamente inacessíveis. Não negava os eventos mentais, embora não os estudassem por falta de acesso, principalmente, a observação direta.
BEHAVIORISMO MEDIACIONAL - Caracteriza-se por uma posição internalista quanto à determinação do comportamento. Edward C. Tolman publicou, em 1932, o livro Purposive behavior in animal and men. Nessa obra, ele propõe um novo modelo behaviorista – o mediacional. Esse modelo apresenta o seguinte esquema ou paradigma: S – O - R (estímuloorganismo-resposta) onde, o estímulo e a resposta, e o organismo passam por eventos mediacionais, que Tolman chama de variáveis intervenientes. O processo mediacional ocorre entre os estímulos ambientais e as respostas observáveis. Neste behaviorismo os eventos ambientais não são os responsáveis pela ação do indivíduo, mas sim os eventos mediacionais, aém de aceitar processos mentalistas. 
BEHAVIORISMO RADICAL – É uma filosofia da ciência do comportamento que se diferencia do Behaviorismo Metodológico, pois trata-se de uma abordagem de concepção monista (eventos privados e públicos são de mesma natureza, ou seja, físicas), não nega a existência de eventos internos ou privados, pois os considera como comportamentos. Esta 3 modalidade de behaviorismo é denominada de Radical por B.F. Skinner (1904-1990), pois busca investigar a raiz (= causa, determinação) de todos os comportamentos, sejam eles publicamente observáveis ou não. Segundo o Behaviorismo Radical, os comportamentos encobertos (eventos internos) não são as causas dos comportamentos manifestos (publicamente observáveis). A causa de todos os comportamentos está sempre na história do organismo, e da cultura da qual faz parte. Além disso, os chamados fatos mentais não são entendidos como diferentes em natureza dos fenômenos corporais (são físicos).
COMPORTAMENTO – Objeto de estudo do Behaviorismo Radical. É resultado da interação entre o organismo e o ambiente em constante mudança. Consiste em todas as atividades, publicamente observáveis ou não dos organismos (seres humanos ou outros animais). Exemplos: andar, falar, salivar, pensar, escrever, sentir, correr, ler, lembrar, respirar, etc.... 
COMPORTAMENTO OPERANTE – controlado pelas consequências ambientais, produz modificação no ambiente e é mantido por essas modificações (consequências). Esse comportamento opera sobre o ambiente, dizemos que ele é emitido. Além das consequências, deve-se considerar o contexto - antecedente (s) no qual o comportamento operante ocorre. RESPOSTA (R) – Ocorrência específica (parte) de um comportamento operante ou respondente, tomada como a unidade “daquilo que o organismo está fazendo”... A resposta no comportamento operante deve ser entendida como “ação” (emitida) e no respondente “reação” (eliciada). 
ESTÍMULO (S) – Propriedade (parte) do ambiente, em relação ao comportamento operante ou respondente, tomada como a unidade ambiental, antecedente ou consequente. CONDICIONAMENTO – Nome que a Análise do Comportamento (AC) dá ao processo de aprendizagem resultante da interação de um organismo com o seu ambiente, através da qual se altera tanto a frequência quanto a probabilidade de ocorrência de uma resposta. 
COMPORTAMENTO RESPONDENTE OU REFLEXO – Comportamento controlado por um estímulo antecedente eliciador. Pelo fato desse tipo de comportamento ser, então, provocado, dizemos que ele é eliciado.
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE, REFLEXO OU CLÁSSICO (ou ainda, Pavloviano) - envolve a eliciação de comportamentos respondentes através de novos estímulos eliciadores. Esses estímulos, anteriormente neutros, passam a ser condicionados pela associação ambiental (ou emparelhamento espaço - temporal) a um ou mais estímulos incondicionados (que naturalmente produziam a resposta reflexa).

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