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AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA I Professora Marcella Tamiozzo 1-Antropometria 2-Massa Corporal (Peso Corporal) 3-Estatura / Comprimento 4- IMC 1- Antropometria: anthro (corpo) e metria (medida) Utiliza medidas e dimensões do tamanho corpóreo Utiliza medidas e dimensões do tamanho corpóreo nas diferentes idades ou situações fisiológicas Importante método no monitoramento do estado nutricional Pesquisas epidemiológicas e prática clínica VANTAGENS: Simples Diretas DESVANTAGENS: Isoladamente não identificam carências nutricionais específicas Diretas Relativamente barato Fácil obtenção Não invasivo Fácil padronização Não detectam alterações recentes na composição e distribuição corporal Dependem de outros fatores como o estado de hidratação Necessidade de profissionais treinados FALHAS COMETIDAS PELO ANTROPOMETRISTA: Falta de cuidado, cansaço ou desconhecimento do emprego da técnica correta Falta de sistematização dos procedimentos Falta de sistematização dos procedimentos empregados Inadequação no uso dos equipamentos, no fluxo de trabalho e no local de coleta Erros de leitura nos equipamentos e no registro equivocado dos dados nos formulários. RESPONSABILIDADE DO ANTROPOMETRISTA: Reconhecer a necessidade de uso de técnicas padronizadas para coleta de dados; Reconhecer a importância de ambiente adequado para a Reconhecer a importância de ambiente adequado para a coleta de dados; Conhecer as características dos equipamentos utilizados; Ter responsabilidade, concentração e atenção necessárias durante a realização dos procedimentos, para que as medidas coletadas sejam confiáveis e precisas. CONCEITOS IMPORTANTES: Para compreender a aplicação do método antropométrico, precisamos nos aproximar de alguns conceitos importantes. Índice combinação entre duas medidas antropométricas produzindo em uma única medida uma avaliação mais rica e complexa do estado nutricional a partir única medida uma avaliação mais rica e complexa do estado nutricional a partir da integração de dados antropométricos e demográficos. (Ex: IMC, PESO/IDADE, ALTURA/IDADE...) Indicadores refere-se à aplicação dos índices, permitindo o diagnóstico nutricional. Corresponde à classificação que é atribuída a um indivíduo ou a uma população, saudável ou não, como resultado da aplicação de um valor crítico (ponto de corte) a um índice. (Ex: OBESIDADE, DESNUTRIÇÃO...) Pontos de corte correspondem aos limites que separam os indivíduos que estão saudáveis daqueles que não estão. (EX: IMC 22 e IMC 27 em idosos) 2- Massa Corporal (Peso Corporal) É a soma de diversos componentes corporais (água, tecido adiposo, tecido ósseo, tecido muscular) e reflete o equilíbrio energético proteico do indivíduo. Um indivíduo que relata aumento de peso, deve ser melhor avaliado, pois esse aumento pode estar relacionado a um ganho de massa magra, edema, aumento de órgãos e tumores, e também ao aumento de gordura corporal. Técnica e instrumentos de avaliação da massa corporal Crianças menores de 2 anos, com até 16 kg balança pediátrica ou “tipo-bebê” mecânica ou eletrônica (digital) Crianças com mais de 2 anos, adultos e idosos balança plataforma ou portátil, mecânica ou eletrônica (digital). plataforma ou portátil, mecânica ou eletrônica (digital). Outra balança usada para aferir o peso de crianças em atividades externas ao serviço de saúde é a balança de campo ou tipo pêndulo. Recomenda-se que as balanças pediátricas tenham precisão mínima de dez gramas e, as balanças tipo plataforma, de cem gramas. Técnica: Crianças A criança deve estar despida e descalça. Balança pediátrica 1. Deitar a criança na balança, com o peso distribuído igualmente em ca1. Deitar a criança na balança, com o peso distribuído igualmente em ca da lado do centro da bandeja. 2. Realizar a leitura quando a criança estiver deitada e quieta. Balança plataforma ou balança portátil 1. A mãe/responsável deve estar descalça e com roupas leves (retirar blusas, casa cos, etc). 2. Solicitar que a mãe/responsável suba na plataforma com a criança no colo. 3. Posicionar a mãe/responsável no centro da plataforma com o peso distribuído em ambos os pés. 4. Faça a leitura com o bebê quieto/calmo. 5. Registrar o peso da mãe/responsável com o bebê. 6. Solicitar que a mãe/responsável suba na balança sem o bebê.6. Solicitar que a mãe/responsável suba na balança sem o bebê. 7. Posicionar a mãe no centro da plataforma com o peso distribuído em ambos os pés. 8. Realizar a leitura quando a mãe/responsável estiver quieta. 9. Registrar o peso da mãe/responsável. 10. Subtrair o peso médio da mãe com a criança menos o peso médio da mãe. Adultos 1. Indivíduo deve estar descalço e não vestir casacos e/ou blus as grossas. 2. Padronizar roupas. 3. Posicionar indivíduo no centro da plataforma.3. Posicionar indivíduo no centro da plataforma. 4. Indivíduo ereto com o peso distribuído em ambos os pés. 5. Realizar a leitura quando o indivíduo estiver quieto. 6. Registrar o valor do peso corporal. 9. Não subtrair a roupa do peso corporal. Peso atual: é aquele medido no momento da avaliação, sendo determinado em balanças; Peso habitual (usual): é definido como aquele "normal" que o indivíduo apresenta, quando considerado hígido e exercendo suas atividades usuais. Em geral, é obtido recorrendo-se à memória do paciente: “qual o seu peso antes de adoecer?” memória do paciente: “qual o seu peso antes de adoecer?” Peso ideal: são valores subjetivos ideais de peso, de acordo com a estrutura, gênero e idade. peso ideal mínimo = (altura)2 X 19 para mulheres e x 20 para homens; peso ideal médio = (altura)2 x 21,5 para mulheres e x 22,5 para homens; peso ideal máximo = (altura)2 x 24 para mulheres e x 25 para homens. % Peso perdido: maior acurácia, é o percentual de peso perdido não intencionalmente, calculado da seguinte forma: Relacionando o % de peso perdido e o tempo com o que ocorreu podemos classifica-lo como perda ponderal significativa, de acordo com a tabela 1: % Adequação de peso: peso atual x 100 peso ideal (IMCm) MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DO PESO: a) Estimativa de peso pela compleição corporal: utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade. Utiliza a relação (R) entre a estatura (E) e o perímetro (circunferência) de pulso (PP). A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo e então se classifica o seu estado nutricional. estado nutricional. Tipo de compleição corporal: Tabela de peso esperado para estatura pelo método da compleição corporal: b) Cálculo do Peso Ideal pela “Fórmula de Lourentz”: c) Estimativa de peso pela circunferência de panturrilha, altura do joelho, circunferência do braço e prega subescapular: (Chumlea, 1985): e) Estimativa de peso pela circunferência do braço e altura do joelho: (Chumlea, 1988): f) Estimativa de peso com Edema (Duarte e Castellani, 2002): 10 - 12 g) Estimativa de peso ajustado (a partir do cálculo de “Adequação do Peso”): é o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes, quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%. É obtido pela equação: Peso ajustado = (peso ideal - peso atual) x 0,25 +/- peso atual h) Estimativa de peso para amputados: para corrigir o peso ideal de amputados, deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal calculado, conforme a tabela abaixo: % de peso correspondente (Nieman e Lee, 1995) (Ostercamp 1995) 3- Estatura / Comprimento A estatura representa a medida realizada em posição vertical entre a parte mais alta da cabeça e a sola dos pés. São medidas que expressam o processo de crescimento linear do corpo humano. Pode ser aferida ou estimada (acamados, cadeirantes) • Estatura: é a medição em pé de crianças maiores de dois anos até a idade adulta. Utiliza-se o estadiômetro.• Comprimento: é a medição em decúbito dorsal (deitado, de ventre para cima), utilizado para crianças até dois anos de idade (mesmo que esta já fique em pé). Utiliza-se o infantômetro. ESTADIÔMETROS / ANTROPÔMETROS / INFANTÔMETROS Técnica e instrumentos de avaliação da estatura / comprimento 1- o paciente deve permanecer em pé, ereto, com os braços estendidos ao lado do corpo, cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos 2- calcanhares, ombros e nádegas em contato com o antropômetro2- calcanhares, ombros e nádegas em contato com o antropômetro 3- ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna de ambos os joelhos, pés unidos, fazendo ângulo de 90º com as pernas 4- abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça do paciente 5- realizar a leitura da estatura sem soltar a parte móvel do equipamento MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA ALTURA: a) Estimativa da altura pela altura do joelho 1: MÉTODOS PARA ESTIMATIVA DA ALTURA: a) Estimativa da altura pela altura do joelho 2: Homem = 64,19 – (0,04 x I) + (2,02 x AJ) Mulher = 84,88 – (0,24 x I) + (1,83 x AJ) b) Estimativa da altura pela envergadura: A envergadura representa a estatura de um adulto (até 65 anos) c) Estimativa da altura pela meia envergadura: em pacientes com mais de 65 anos d) Estatura Recumbente: O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo.Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do indivíduo. Medir a distância entre as marcas utilizando uma fita métrica flexível. 4- IMC (Índice de Massa Corporal) Há duas décadas, Keys e col. (1972) sugeriram chamar a relação PESO/(EST2) de Índice de Massa Corporal (IMC), com a massa corporal expressa em quilogramas e a estatura em metros. IMC = Peso (kg) Altura (m)2 A partir daí esta relação ficou popular na avaliação nutricional de adultos e alguns passaram a chamá-la também de índice de Quételet em homenagem a seu criador. Importante que se correlacionem os valores de IMC com outras medidas independentes de composição corporal, quais sejam, a massa de gordura corporal (MGC) ou o percentual de gordural corporal (% GC) Limitações do IMC Garn e col. (1986) enumeraram três limitações para o uso do IMC: correlação com a estatura (que apesar de baixa ainda é significativa), correlação com a massa livre de gordura (principalmente nos homens) correlação com a proporcionalidade corporal (relação tamanho das pernas/tronco), o que, segundo os autores, poriam em risco a utilização do IMC como indicador de gordura corporal.como indicador de gordura corporal. Baseado nesses argumentos e acrescentando ainda a importante influência da distribuição de gordura corporal à saúde, McLaren (1987) sugeriu o total abandono do uso do IMC em estudos de obesidade. Garrow (1988) concordou com as limitações do IMC, mas mesmo assim enfatizou que "seria absurdo sugerir o abandono do IMC em estudos epidemiológicos", devido principalmente à ausência de outro indicador que seja tão simples e conveniente e para o qual existem tantos bancos de dados disponíveis. Classificação do estado nutricional de adultos pelo IMC (ambos os sexos): Classificação do estado nutricional de idosos pelo IMC (ambos os sexos):
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