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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 4 período (aula 3)

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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: INFÂNCIA, JUVENTUDE E VIDA ADULTA – AULA:3
Aspectos do desenvolvimento infantil na idade escolar
Desenvolvimento cognitivo 
 Segundo Jean Piaget (1896-1980), grande pesquisador sobre o desenvolvimento cognitivo, este se dá em paralelo ao desenvolvimento físico da criança. A medida que a criança se desenvolve, a sua inteligência se modifica, partindo de reflexos e movimentos espontâneos, quando bebe, até a conquista de habilidades para realizar operações abstratas, no final da adolescência.
 Para Piaget, o desenvolvimento cognitivo se divide em quatro estágios, de forma que cada um deles é condição necessária para o próximo. São eles:
 1- Estágio sensório motor (de 0 a 2 anos): fase onde o bebê compreende o mundo a partir dos sentidos e ações motoras.
 2- Estágio pré-operatório (de 2 a 6 anos): fase onde a criança começa a usar símbolos, lógica simples e classificar objetos.
 3- Estágio operatório concreto (de 7 a 11 anos): fase onde inicia o desenvolvimento de operações mentais como adição, subtração e inclusão de classes. 
 4- Estágio operatório formal (de 12 anos em diante): fase onde o adolescente organiza ideias, eventos e objetos, imaginando e pensando dedutivamente sobre eles.
 Os estágios do desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget, embora sigam uma ordem, são vivenciados pelas crianças em diferentes velocidades. Na idade escolar, a criança aprende habilidades como a capacidade de pensar sobre o mundo, a partir de experiências concretas.
 Para Piaget, ao final do período de desenvolvimento cognitivo, alguns comportamentos devem ter sido aprendidos pela maioria das crianças, como: pensamento espacial; noção de causa e efeito; classificação e seriação; raciocínio indutivo; noção de conservação e habilidade para lidar com números, solucionando problemas matemáticos envolvendo as quatro operações.
 A criança em idade escolar adquire essas habilidades à medida que se desenvolve cognitivamente e se torna capaz de compreender e aprender os conteúdos trabalhados em sala de aula. Ainda que esse seja um processo gradual, é fundamental dar oportunidades para as crianças de sistematizar e organizar a aprendizagem.
 O desenvolvimento na idade escolar ocorre à medida que as crianças aprendem habilidades que a permitem processar e reter informações. O desenvolvimento cognitivo se dá à medida que as crianças aprendem a usar a memória, a ter atenção concentrada e aprendem a ler e escrever.
 Para que isso ocorra, o professor precisa oferecer possibilidades de leituras, para aperfeiçoar a compreensão das crianças. É papel do professor monitorar e incentivar seu aluno a compreender o que lê assim como a desenvolver estratégias para solucionar problemas e dificuldades na leitura.
 Da mesma forma, o papel da família exerce uma grande influência na aprendizagem. Quando há defasagens no ambiente familiar, o papel da escola se torna ainda mais fundamental. Uma comunicação constante entre escola e família é essencial para o desenvolvimento das crianças.
 Vale lembrar que algumas crianças apresentam necessidades especiais e um olhar individualizado. As dificuldades de aprendizagem na idade escolar podem ter origem em transtornos como dislexia, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), autismo, assim como em deficiências visuais, auditivas, motoras ou intelectuais.
 Nesses casos, é preciso oferecer condições de ensino que visem superar essas dificuldades de aprendizagem. Em muitos casos, será preciso uma reorganização curricular para suprir as necessidades educacionais de alguns alunos.
Desenvolvimento emocional e social 
 Ao mesmo tempo em que as crianças em idade escolar se desenvolvem cognitivamente, aprendem mais sobre elas mesmas assim como a ter mais controle emocional. Podemos definir emoção como uma resposta a um estímulo externo ou interno, como medo, alegria, tristeza ou raiva.
 As emoções podem ser negativas ou positivas e nos preparam para reagir diante situações de desconforto ou prazerosas. Quando as crianças começam a tomar consciência de suas emoções, se tornam capazes de reconhecer sentimentos e lidar com eles.
 As crianças em idade escolar aprendem a se conscientizar não só de suas emoções, mas as dos outros. Esse aspecto é fundamental para a interação social e a medida que se desenvolvem, aprendem a controlar suas emoções. 
 Ainda que inicialmente reajam de forma inadequada a emoções como tristeza e medo, aprendem a identificá-las e expressá-las de formas mais adequadas, com a mediação dos adultos.
 Por exemplo, quando a criança é contrariada pode reagir com agressividade, mas professores e familiares podem ajudá-la a entender a situação, a perceber o outro e identificar outras formas de expressar quando se sentir dessa forma. 
 Tanto a escola quanto a família ajudam a criança a desenvolver o controle de suas emoções, assim como a sua autoestima. A medida que a criança percebe seus sentimentos e as possibilidades de reagir a eles, ela adquire mais autoconfiança e a capacidade de lidar com desafios.
 Assim com as crianças que reagem agressivamente, aquelas mais quietas e retraídas, também devem receber a atenção dos adultos. Ainda que pareça um comportamento adequado, pode ser um motivo de preocupação, por isso essa criança deve ser orientada e, se preciso, encaminhada para um atendimento psicológico.

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